Ela entrou no Salão Principal; procurando um lugar distante dos alunos na mesa da Grifinória. É, não tinha nenhum lugar que preenchesse seu requisito. Sentou-se perto de um grupo de meninas quintanistas, que conversavam animadamente sobre algo. Hermione sentou-se e olhou para mesa da Sonserina; Tom comia sua refeição despreocupadamente, sem dar atenção ao que um garoto lhe dizia.
- Olá? Você é a garota nova do sétimo ano, não é? Uma das meninas pergunta a ela. Hermione olha para ela. Era loira com cachinhos perfeitos (diferente dos cachos desgrenhados da Hermione) e outras cinco garotas encaravam ela também.
- Sim, sou... Hermione Granger... Ela diz, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha timidamente.
- Você é... Uma amiguinha do Tom? Pergunta uma das garotas, trocando olhares sugestivos com as outras. Hermione irritou-se, como alguém poderia dizer que ela era amiga do cara que ela estava tentando destruir?
- Não e se fosse não seria da sua conta. Hermione diz rispidamente, servindo-se do jantar.
- Ui... Mas, e aí? Quem irá lhe levar ao baile? Pergunta outra garota, ela tinha uma voz aguda desagradável. Hermione tinha ouvido Minerva falar algo com ela sobre um baile de abertura. Ela não estranhou, afinal de contas estavam em 1944, tudo era motivo para garotas usarem vestidos rodados e meninos serem galanteadores.
- Ninguém, infelizmente é obrigatória a presença das meninas... Naquela época as garotas eram criadas para encontrar um marido, casar-se, ter filhos e morrer. Suspirou tristemente. Vou sozinha por que... Mas ela foi interrompida por outra menina.
- Como assim? Ninguém lhe convidou? Oh, coitadinha! Bem, quero dizer, você é sangue-ruim... Disse a garota, cruelmente. Hermione levantou-se, cansada de tanta humilhação, e disse encarando a garota nos olhos:
- OLHA AQUI GAROTA, SOU SANGUE-RUIM SIM E COM MUITO ORGULHO! Hermione grita; não aguentava mais as pessoas olhando para ela como se ela fosse uma leprosa (naquela época, Hogwarts tinha um número maior de sangues-puros que no futuro, portanto ela e mais dois gêmeos da Lufa-Lufa eram os únicos nascidos trouxas). MAS NÃO SOU UMA VADIA COMO VOCÊ QUE NÃO VÊ A HORA DE ENGRAVIDAR DE UM CARA RICO PARA PODER TER UM FUTURO GARANTIDO! EU TENHO QUE LUTAR PELO O QUE EU QUERO, AS COISAS NUNCA CAÍRAM DO CÉU PARA MIM, ENTÃO NÃO DIGA O QUE VOCÊ NÃO SABE! Ela agarrava a garota pela gola, quase a fazendo subir na mesa. A garota estava começando a chorar.
- Detenção, Srtª Granger! Diz o monitor chefe da Corvinal que se aproximava da mesa. Hermione soltou a garota e olhou para o monitor; saiu do refeitório e foi seguida pelo monitor até a sala do diretor. Quando entraram lá, Dumbledore estava conversando com ele. Hermione sentou-se em uma cadeira na frente da mesa do diretor. Dumbledore estava mais afastado, perto da porta e o monitor sentou-se ao lado dela. O diretor Dippet estava sentado em seu lugar.
- O que aconteceu, Ziplinn? O diretor pergunta ao Corvinal.
- A Srtª Granger estava agindo de forma inapropriada, ela chegou a fazer uma quintanista Grifinória chorar. Disse Ziplinn. Hermione o fuzilou com o olhar.
- Isto é verdade, Srtª Granger? Pergunta o diretor para ela.
- Não! Bem, ela me ofendeu e... E eu não bati nela... Só segurei a gola dela... Disse Hermione, ficando vermelha e gaguejando.
-... E a fez chorar... Disse o monitor para o diretor.
- Olha, não... Me desculpe, diretor Dippet, eu perdi o controle... É que eu já estava farta de te que aturar as pessoas me chamando de sangue-ruim... Eu... Sinto muito. Ela fala sinceramente.
- Tudo bem, perdoe o mau comportamento destes alunos, você terá que aprender a relevar este tipo de situação... Diz o diretor com os olhos grandes e verdadeiros.
- Eu sei... Ela sorri timidamente.
- Armando, eu não vejo motivo para punirmos a Srtª Granger, já que a culpa foi desta quintanista. Claro que não estou defendendo suas ações, mas acho que isso não irá mais se repetir, não é? Dumbledore fala, pronunciando-se pela primeira vez.
- Sim, Professor. Diz ela, convicta.
- Terei que concordar com você, Alvo. Aliás, todos os professores têm dito que ela é uma aluna excepcional. Fala o diretor, com um sorriso digno de professor Slughorn.
- Obrigada. Diz Hermione, aliviada por não ter que perder tempo em uma detenção enquanto poderia estar analisando Riddle.
- Podem sair. Diz o diretor. Hermione e o monitor saem rapidamente, ela vira no corredor, indo para aula de Poções.
Entrou rapidamente e sentou-se numa mesa vazia. Aquela aula era com a Lufa-Lufa, então Hermione poderia responder todas as perguntas, livre de qualquer tipo de detenção ou obstrução no seu sucesso. Sorriu com este pensamento.
- Olhem! Parece que alguém está apaixonada! Diz o professor Slughorn entrando na sala de aula. Olhando sugestivamente para Hermione. Várias risadinhas foram abafadas. A garota corou fortemente.
- Não, não é que eu... Ela tenta se explicar, mas o professor põe as mãos na frente.
- Não, não tem nenhum problema, não é necessário se explicar... Ele diz. Hermione se cala, mas ainda consegue escutar risinhos e tosses forçadas.
As primeiras semanas foram se passando e a cada dia o baile era mais ansiado, pelo menos para as outras garotas. Hermione andava sempre com Tom, mas não trocara nenhuma palavra com ele, nenhuma mesmo. Eles andavam juntos pela biblioteca e durante a troca de aulas, mas Tom tinha vergonha de andar com ela pelos jardins ou pelo Salão Principal. Hermione queria voltar para a casa, mas ainda não podia, queria mais informações sobre ele.
Era véspera do dia do baile, também era dia de passeio a Hogsmead (que fora providenciado especialmente para compras de vestidos). Muitas garotas ficaram a tarde inteira nas lojas procurando vestidos, até Minerva, mas Hermione usaria um vestido qualquer, não se importava com o que os outros pensavam sobre ela, desde o acidente durante o almoço ela não tinha uma imagem tão boa para os alunos, um pouco mais de indelicadeza não faria diferença. O lado bom do plano de Hermione, é que ela estava conseguindo ser discreta e silenciosa. Praticamente se misturava com as paredes de Hogwarts, ninguém a via, a não ser no horário de aulas e refeições. Mas precisava ainda de informações sobre Riddle. Agora ela estava sentada em um pequeno bar, tomando cerveja amanteigada.
- Olá, Srtª Granger. Diz Tom, ela não percebera que ele havia entrado no bar, estava absorta em pensamentos.
- Olá, Sr. Riddle, sente-se. Ela diz indicando o banco a sua frente.
- Obrigado. Ele fala friamente. Sentou-se; ele tinha um copo de cerveja amanteigada também.
- Um brinde? Ele pergunta, com uma sobrancelha arqueada. Educado demais, ela pensa. Levanta seu copo e colidi com o de Tom.
- Então... Porque não está escolhendo vestidos com as garotas? Ele pergunta, bebendo um gole da bebida.
- Bem, eu realmente odeio festas e já que estou indo contra a minha vontade... Ela dá de ombros. Vou com qualquer vestido que eu achar...
- Você parece não importar-se muito com a aparência... Ele fala, curioso. Ela não percebe que ele está tentando extrair informações dela e responde olhando pela janela, sonhadora.
- Tenho coisas mais importantes que estes detalhes fúteis para me preocupar... Ela fala calmamente.
- Como o que?... Ele pergunta, concentrando-se na mente muito bem bloqueada dela. Hermione pareceu ser acordada de um sonho, olha para ele.
- Coisas que não lhe interessam... Ela diz, pensando que foi por pouco que ele não descobre algo a mais.
- Está bem... Ele responde.
- Você vai ao baile com quem? Ela pergunta, sem ter realmente curiosidade, mas outro sentimento...
- Ninguém, não gosto de levar garotas, elas podem manchar minha reputação por causa de um comportamento inadequado... Ele diz sem olhar para Hermione.
- Pelo visto você ficou sabendo da grande indiscrição que eu cometi? Ela pergunta com as sobrancelhas erguidas.
- Hermione, você gritou para todo o salão... Não me olhe assim, foi você que gritou, não pude evitar escutar... - Ele aproximou-se dela, falando mais baixo. E quer saber? Aquela garota ficou pensando coisas muito ofensivas a seu respeito quando você saiu...
- Ah, obrigada por avisar... Ela disse, colocando a mão no peito e fingindo suspirar aliviada. Ele dá de ombros. Hermione olhou para fora do bar; já era o fim da tarde. Bem... Vou indo, ainda tenho que escolher o meu vestido! Ele levanta-se e bate palminhas falsas de entusiasmo.
- Isso mesmo! Ele diz, fazendo um sinal positivo com a mão. Eles sorriram (para incredulidade de Hermione: Verdadeiramente) e ela saiu.
Andou até Hogwarts tranquilamente, chegou ao Salão Principal; parecia que havia um enxame de insetos, as conversas eram constantes e sem pausa. A cabeça de Hermione começou a latejar, jantou rapidamente e dirigiu-se ao seu dormitório, mas não sem antes olhar para um certo sonserino...