Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 11
Atear fogo à chuva


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas!!! Gente, eu escrevi essa fic inspirada em uma musica, Set Fire To The Rain, da Adele, nesse capítulo eu coloquei alguns trechos. Provavelmente, vocês irão ver mais dessa musica pela minha fic.
Boa Leitura!
Desculpem os erros
Beijinhosss, de sua querida autora e amiga JuB'S...



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Hermione foi para um corredor deserto e encostou-se em uma parede, começando a chorar violentamente, escorregando até o chão e depois deixando seu corpo cair completamente, deitando-se no chão. Ainda não havia sido dado o toque de recolher, alguém podia vê-la chorando ali, mas não queria ter que voltar para o dormitório e ter que responder a várias perguntas de suas colegas porque estava chorando. Permitiu-se pensar no beijo, parecia que os braços de Tom ainda estavam na sua cintura. Ela tocou sua cintura com os braços, depois os cruzou no peito. Hermione não tinha nenhuma certeza sobre sua vida, mas sabia que não conseguiria esquecer Tom, seu aroma, seu calor, seus braços, seus lábios, sua inteligência e sua arrogância. Seu Tom, seu próprio assassino.

I let it fall, my heart,

(Eu deixei cair, meu coração,)

And as it fell, you rose to claim it.

(E enquanto ele caía, você apareceu para reivindicá-lo)

It was dark and I was over,

(Estava escuro e eu estava acabada,)

Until you kissed my lips and you saved me.

(Até que você beijou meus lábios e me salvou)

Ela não podia dizer que estava apaixonada ou qualquer outra coisa, Hermione só queria ver os olhos de Tom, mais que qualquer outra coisa no mundo naquele momento. Deduziu que era só porque ele era lindo. Mas no fundo, ela sabia que não era.

My hands they were strong, but my knees were far too weak,

(Minhas mãos são fortes, mas meus joelhos são muito fracos,)

To stand in your arms without falling to your feet,

(Para permanecer em seus braços sem cair aos seus pés,)

Hermione queria bater em si mesma; não podia fraquejar, não, não podia se envolver com ninguém, muito menos com Voldemort. “Ele jamais ficaria perto de uma sangue-ruim feia como você, Hermione!” ela pensava sem parar, “Mas porque ele me beijou? Merlin me ajude, por favor! Eu não quero me apaixonar por ele! Não quero! Não irei! Eu nunca vou me apaixonar por ninguém!!!”.

But there's a side, to you, that I never knew, never knew.

(Mas há um lado, de você, que eu nunca conheci, nunca conheci)

All the things you'd say, they were never true, never true,

(Todas as coisas que você disse, nunca foram verdadeiras, nunca verdadeiras)

And the games you'd play, you would always win, always win.

(E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre ganharia)

Levantou-se e foi atrás de Tom, precisa saber por que ele a beijara. Foi andando sem olhar para ninguém. Chegou à biblioteca e o procurou por cada corredor, tentando achar seus olhos cinza. Ele não estava lá. Ela ficou extremamente irritada. Queria vê-lo! Precisa de respostas! Ele não podia fugir dela! Ela queria causar dor em Tom por ele ter despertado um sentimento desconhecido em Hermione.

But I set fire to the rain,

(Mas eu ateei fogo à chuva,)

Watched it pour as I touched your face,

(Observando ela cair enquanto eu tocava seu rosto,)

Well, it burned while I cried,

(Bem, ela queimava enquanto eu chorava,)

'Cause I heard it screaming out your name, your name!

(Porque eu a ouvi gritar seu nome, seu nome!)

Enquanto ela tentava se recompor e voltar para o dormitório, Tom estava deitado no chão frio da Câmara Secreta, pensando por que beijara a sangue-ruim. Ela não era bonita como as garotas da Sonserina, mas ela era corajosa, inteligente, perspicaz... “Pare Tom!” ele pensou, “O que você acha que está fazendo? Ela é sua inimiga, um obstáculo!”. Ele tentava achar desculpas por tê-la beijado, mas era impossível. Ele havia ficado muito surpreso quando ela falou do assassinato de seu pai. Nem seus Comensais sabiam disso. Ninguém sabia disso. Há não ser ela. Queria provar que não era ameaçador, que não era para ela o temer. Talvez no início disso tudo ele quisesse que ela ficasse com medo, mas depois de tudo que ele a viu passar, só queria poder dizer que a entendia. Talvez fosse por isso que a beijara. Mas isso poderia ter sido bom; se ele fosse “namorado” dela, talvez ela falasse seus segredos para ele. Ele sorriu duramente, olhando o teto alto, toda sua dúvida desaparecendo. Ele a beijou porque seu cérebro raciocinara rapidamente sabendo que a melhor forma de tê-la em suas mãos era sendo um namorado. Começou a planejar o que faria. Foi quando um contratempo apareceu.

Não, não poderia namorá-la, eles não estavam no orfanato. Que imagem as pessoas teriam dele se ele namorasse a sangue-ruim? A ideia foi vetada. Uma pequena parte dele estava triste por não tê-la em seus lábios novamente...

- Cale a boca! – Ele gritou consigo mesmo, indo para as masmorras.

O que ambos desejavam era poder seguir com seus planos originais e esquecer que aquilo aconteceu. Hermione pensava que retribuíra o beijo porque fora pega de surpresa e Tom pensava que iniciara o beijo porque ele pensou que seria a maneira mais fácil de tê-la vulnerável. Mentiras.

Depois de uma noite agitada e mal dormida, Hermione foi ao café da manhã. Ninguém falou com ela, para seu alívio. Mas para sua frustração, sua primeira aula era DCAT com a Sonserina.

Ela conseguiu achar o caminho sozinha. Entrou na sala, foi a primeira a chegar. Começou a organizar seus materiais meticulosamente sobre a mesa para passar o tempo, assim não pensaria nele. Tom foi o segundo a chegar; sentou-se ao lado de Hermione. Ela olhou para ver que sentara ao seu lado. Porque ele tinha que sentar ao lado dela?

- Hm... Hermione? Desculpe-me por ontem... Eu não... Olhe... Ah, me perdoe, por favor? – Ele falou para Hermione, que o encarava confusa. Ele tinha um vinco de preocupação na testa.

- Ahn... Si-sim, acho que...  Sim? – Ela estava praticamente o questionando.

- Sim? Está bem... – Ele fingiu relaxar sua expressão.

- Falso. – Ela fala baixinho voltando a organizar seus livros.

- Disse alguma coisa, Srtª Granger? – Ele fala a fuzilando com o olhar. Ela vira-se para encará-lo nos olhos, determinada.

- Sim, Sr. Riddle, acabei de lhe chamar de falso. – Ela explica calmamente. Ele sorri sem humor nenhum.

- Foi o que eu pensei. – Ele diz.

- Então porque me perguntou? – Ela fala, irritada com olhar superior dele, virando-se novamente para suas coisas em cima da mesa.

- Queria ver até onde sua estupidez vai. Não tem medo de mim? – Ele fala a última frase aproximando-se dela. Hermione sente um arrepio de medo.

- Nã-nã-não... – Ela diz nem um pouco convincente.

- Claro que não. – Ele fala sorrindo verdadeiramente. Hermione estava pronta para lhe dar uma resposta rude quando alguns alunos começam a chegar. Entre eles, Malfoy e Lestrange, que se sentaram na mesa atrás de Tom e Hermione. Tom se vira, apoiando um braço na mesa deles.

- Ora, ora, veja se não é a sangue-ruim, Lestrange... – Provoca Malfoy, Hermione vira-se e assume a mesma postura de Tom.

- Ah, é você Malfoy? Pensei que tivessem soltado uma bomba de bosta no corredor... – Ela diz friamente. Lestrange dá uma risadinha, mas se cala com o olhar que Tom lançou a ele.

- Você não sabe que deve respeitar e temer seus superiores, Granger? – Diz Malfoy, inclinando-se para Hermione. Que não se intimida.

- Na realidade, Tom estava falando sobre isso antes de vocês entrarem... – Ela olha para Tom que estava observando a cena atentamente. – Não, não lhes respeito nem os temo, afinal, vocês não são superiores a mim. – Diz voltando o olhar para Malfoy, dessa vez foi Lestrange que se inclinou para Hermione.

- Não tem medo da Maldição Cruciatus? – Diz Lestrange, baixo, apesar de só estarem eles ali. “Será que Tom pediu para eles me interrogarem antes da aula?” ela pensou. Aproximou-se mais de Lestrange.

- Não, porque para lançar um Crucio é necessário querer, e você realmente não vai querer lançar um em mim... – Ela fala imitando a voz fria e assustadora de Tom. – Eu posso fazer coisas piores do que um Crucio, acho que você não gostaria de saber...

Ela sorriu satisfeita ao ver ele se afastar. Malfoy e Tom estavam se encarando, Hermione podia ter certeza de que eles estavam conversando mentalmente. Mais alunos começaram a chegar e a professora entrou. Ela não era muito nova...

Hermione e Tom revezavam-se respondendo as perguntas. Eles foram juntos para o almoço, porém sem se falar ou se olhar.

As aulas foram normais. Hermione sentiu saudade de seus amigos durante a aula de Trato de Criaturas Mágicas. “É por vocês que eu estou fazendo isso” pensou enquanto se dirigia para o jantar. Jantou tranquilamente e dormiu um sono limpo, sem sonhos. Acordou atrasada e foi direto para as primeiras aulas. Que foram normais, também. Mas não foi assim no almoço.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Valeu por ler!!!!!!
Próximo capítulo: Baile......