Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 10
Seus lábios


Notas iniciais do capítulo

Tipo... EU AMO MUITOOO ESSE CAPÍTULO!!!... Não sei se é meu favorito, não escrevi os outros ainda...
Excelêntissíma Leitura
Sorry pelos erros
Obs.: Ah, a história fala por si só...



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Na manhã seguinte, Hermione acordou mais cedo que todas as garotas do dormitório. A cama era muito mais confortável do que a do orfanato e o fato de estar na familiar Hogwarts acalmou seu sono. Dormiu como não dormia há alguns meses, por isso estava muito animada. Sua primeira aula era poções; havia ficado tanto tempo lendo os livros de poções no Salão Comunal da Grifinória que não percebeu quando a maioria dos alunos já estava indo para as aulas. Perdeu o café da manhã. Foi andando pelos corredores com sua mochila (que parecia uma bolsa) pedindo ajuda a quem encontrava no caminho. Quando abriu cuidadosamente a porta da masmorra (que era a sala de aula do Professor Slughorn) viu que teria aula com a Sonserina. Sua animação indo embora.

- Ah, senhorita...? – Perguntou o professor Slughorn com entusiasmo.

- Granger, Hermione Granger. Desculpe o atraso Prof. Slughorn, eu me perdi... – Ela disse, era meia verdade; as salas eram realmente em lugares diferentes.

- Ah, claro, claro, não se preocupe. Sente-se. – O Slughorn jovem era ainda mais animado. A sala estava cheia e para o azar dela teve que sentar-se ao lado de Tom. Arrumou seu tinteiro e seus livros timidamente. Slughorn olhou para os dois com um sorriso maroto antes de começar a falar.

- Bem, vejamos... alguém pode me dizer que poção é esta? – Ele diz apontando um frasquinho que estava em uma bancada rodeado de outros frascos; Hermione levantou sua mão, afinal já havia tido aquela aula. Ficou incrédula que outra pessoa também tivesse levantado a mão.

- Vamos dar uma chance à aluna nova, Tom... Sim, Srtª Granger? – Ele pergunta afetuosamente; Hermione não pode deixar de olhar de esguelha para tom e vê-lo se esforçando ao máximo para não deixar transparecer sua irritação.

- É Amortentia. Ou poção do amor. – Ela diz, orgulhosa.

- Perfeito! Dez pontos para a Grifinória! – Ele diz. – E essa...? – Slughorn aponta para outro frasco, maior.

- Poção Polissuco. Serve para uma pessoa assumir a forma de outra. – Hermione recita sem ao menos ser questionada ou levantar a mão.

- Muito bem, Srtª Granger! Creio que saiba que poção é esta aqui... – Ele aponta sorridente para outro frasco pequenino.

- Felix Felicis ou sorte líquida. Ela dá sorte temporária para quem a beber. – Ela sorria abertamente enquanto falava.

- Maravilhoso! Trinta pontos para a Grifinória! Acho que você encontrou uma adversária, Tom... – Slughorn diz com um sorriso de todos os dentes. Riddle também sorri dando um aceno de cabeça.  Aquela foi a única aula com a Sonserina que ela teve. O resto das aulas foram normais; Hermione aproveitava os intervalos entre as aulas para fazer os deveres. Quando chegou a hora do almoço ela não tinha nenhum dever para o dia seguinte; assim poderia aproveitar a Hogwarts desconhecida.  Estava sentada na mesa da Grifinória, aproveitando um pudim delicioso de sobremesa, quando alguém a chama.

- Ei! Você, garota nova! – Diz um garoto de olhos azuis, alto e cabelos pretos e desgrenhados. Ele era seguido por McGonagall jovem. Ambos tinham distintivos de monitores.

- Seja educado, Charlus! – Ralhou Minerva enquanto se aproximavam do lugar onde Hermione estava sentada.

- Eu estou sendo educado... Olá, meu nome é Charlus Potter e esta é Minerva McGonagall, somos os monitores chefes, vimos que você se perdeu antes de ir para a aula de poções..., Bem, se você precisar de ajuda... É que você parece ser muito tímida, então viemos lhe falar que se você precisar de ajuda... Hm... – Ele disse gentil.

- Obrigada, Charlus... – Ela não sabia como dizer que ela não podia se envolver de nenhuma maneira com ninguém sem que alterasse o futuro. – E Minerva... Mas eu... – Ela foi interrompida pela presença de Riddle que foi atrás dela e sussurrou com os lábios em seu ouvido:

- Devo dizer que fiquei impressionado que você esteja cursando as mesmas matérias que as minhas... Nós temos um período vago agora depois do almoço, me encontre na Floresta Negra... Quando terminar de comer seu pudim... – Ele disse friamente e com o polegar limpou o canto da boca de Hermione e foi embora, provavelmente deveria estar com pudim... “Espera um pouco, ele tocou em mim?” ela pensou, “Será que ele vai me torturar na Floresta Negra...? Não, não, alguém poderia vê-lo... Mas eu vou... Vou sim...”.

- Com licença... – Ela diz olhando para os dois monitores estupefatos á sua frente; pegou sua mochila e foi no encalço de Tom até passarem um pouco do limite da floresta, mas não adentraram muito.

Tom estava de costas para ela (que segurava com as duas mãos a alça de sua bolsa, nervosamente) e com as mãos nos bolsos, na postura elegante e despreocupada; não via seu rosto, mas sabia que estava frio e inexpressível.

- Então, você é mais inteligente do que eu pensava... Isso é bom... Será divertido ter que extrair informações de uma bruxa muito, muito poderosa... Boa oclumente, devo admitir... – Ele vira-se para olhar para ela. – Mas não uma boa legilimens como eu...  – Sem aviso ele penetra na mente de Hermione; fazendo a cair de dor no chão. Ela usava toda sua força para bloquear seus pensamentos... A dor era insuportável, mas a vontade de não deixar todo seu plano se perder era maior. Expulsou de sua mente com o último suspiro de sua força. E, pela segunda vez em um mês, desmaiou.

Acordou na enfermaria de Hogwarts; era igual a que ela conhecera, mas ao invés de ser Madame Pomfrey, uma senhora baixinha estava mexendo na mesa ao lado de Hermione.

- Oh, querida, ainda bem que você acordou... Como se sente? – A mulher pergunta com uma voz materna.

- Co-confusa... O que aconteceu? – Ela pergunta, lembrava-se de expulsar Tom de sua cabeça antes de desmaiar.

- Você caiu da escada do dormitório feminino e bateu com a cabeça, a Srtª McGonagall a trouxe, você desmaiou. Não se preocupe, não teve nenhum ferimento externo, eu estava agora mesmo verificando se havia algum ferimento interno, mas não tem nenhum. Acho que foi o impacto... Bem, se você correr ainda consegue pegar a primeira aula da tarde... – Ela mal havia terminado de falar e Hermione já corria pelas escadas para aula de Transfiguração, com Dumbledore.

- Desculpe, professor... – Ela disse sem fôlego, se apoiando em uma classe para recupera-lo.

- Tudo bem, Madame Hupofh me avisou... Sente-se ao lado da Srtª McGonagall. – Disse Dumbledore, que estava na frente da classe. Ela foi obediente até Minerva.

- Obrigada. – Ela sussurrou para Minerva quando se sentou. Dumbledore começou a explicar transfiguração humana e Hermione logo se distraiu.

O dia passou rapidamente; Hermione conhecera professores novos, tivera aulas interessantíssimas e só uma coisa a deixava preocupada. Fora por pouco que Tom não descobriu os segredos de Hermione. Ela deduziu que ele havia levado seu corpo até a escadaria do dormitório feminino e Minerva havia a encontrado e pensado que ela caíra.

Depois do jantar (que por sinal, foi muito silencioso, só trocou uma meia dúzia de palavras com Minerva por mera educação) foi para seu refúgio: a biblioteca.

Andava pelas grandes estantes, vendo como os livros daquela época eram dos mais diversos assuntos, alguns com uma leve tendência a Magia das Trevas. Talvez fosse dali que Tom retirasse algumas das informações que ele tinha. Anotou mentalmente que iria lê-los no seu tempo livre.

Enquanto passava pelo fim de um corredor de estantes, um pouco menos iluminado, percebeu vozes baixas conversando. Não se tinha como distinguir o que eles diziam. De repente, os murmúrios cessaram. Ela olhava para os lados procurando algum movimento, mas não achava nada. Claro que não acharia, estava atrás dela.

- Alguém lhe disse que é feio bisbilhotar a conversa dos outros, Srtª Granger? – Tom diz com a voz fria e um pouco irritada. Ela tinha uma vaga ideia de com quem ele estava conversando.

- Nada que você fale com aqueles parasitas que você chama de Comensais me interessa. – Ela diz com todo nojo e desprezo que conseguiu reunir em sua voz. Ela estava com raiva pelo que ele fizera mais cedo com ela.

- Você tem nojo deles? Olhe para você, garota! Não serve nem para falar mal de meus servos. – Ele diz falando com a mesma voz de Hermione, ele era muito cruel com as palavras.

- Servos, não é? Porque você não poderia ter amigos, não é, Tom? – Ela disse se aproximando dele – A verdade é que você é um assassino, um ser que não possuí amor, só pensa no poder, que não existe o bem e o mal, só o poder! Você disse que ninguém nunca irá me amar como mulher, mas olhe para você que nem ao menos conseguiria amar uma mulher!!! – Ela estava com a voz um pouco alterada, mas não o suficiente para que a bibliotecária escutasse no inicio da biblioteca.  – Por Merlin, Riddle! Você matou seu próprio pai!!!  Ninguém irá lhe amar, nunca!!!

Ela estava próxima de Tom e ele tinha os olhos arregalados de incredulidade e surpresa; parecia que iriam saltar das órbitas.

- Co-como você descobriu? – Lord Voldemort gaguejando, ela não estava sonhando? – Me diga, sangue-ruim, como você descobriu?

- Não lhe interessa... – Ela disse com medo dele, sua expressão era de fúria. Começou a se afastar e a chorar.

- Você irá me contar... – Ele agarrou seus pulsos a puxando para mais perto. De repente expressão dele se dissolveu e tornou-se vazia, inexpressível. –Porque você está chorando? Está... Está com medo de mim?

Ela olhou profundamente nos olhos dele e viu um brilho vermelho passar por eles. Depois uma das mãos dele tocou a cintura dela, tocando com a ponta dos dedos e sem quebrar o contato visual deles, ele apoiou toda a palma na cintura dela. Hermione não pensou que ele era Voldemort ou qualquer outra coisa, só se perdeu nos olhos cinza que agora estavam com as pupilas dilatadas, iguais aos dela. Ele colocou a outra mão no cabelo dela e se abaixou; fechando os olhos, como ela. Encostou os lábios, somente encostou, nos dela. Hermione estava tendo uma sensação incrível. Nunca fora beijada (Nota da autora: Krum não a beijou, foi só um boato que a Gina inventou para deixar o Rony bravo), e ele nem a beijava direito, só manteve os lábios parados sobre os dela, mas era a melhor sensação do mundo. A boca de Hermione se encaixou perfeitamente na de Tom. Ele entreabriu os lábios e Hermione o imitou, sentindo o hálito frio dele invadir sua boca e mente. A língua dele enroscava-se delicadamente na dela e ela sentia uma das mãos dele acariciar sua cintura e a outra sua nuca. Ela tocou os cabelos macios dele e sua nuca. Era impossível ela ficar mais arrepiada do que já estava. Tom não a beijava com luxúria ou desejo, era com carinho e... E... E... E amor?

Eles se separaram por causa da falta de oxigênio, ela olhou para ele profundamente e ele aproximou seus lábios novamente para continuar o beijo casto, porém romântico, até o ar faltar novamente. Afastaram os rostos, as mãos dela no pescoço dele e as dele em sua cintura. Hermione teve um surto de realidade e saiu correndo para seu quarto, chorando por ter gostado de beijar Voldemort; e pior, por sentir que nunca mais conseguiria esquecer a sensação de proteção e carinho que os braços dele causaram em seu corpo.


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Notas finais do capítulo

O Krum nunca beijou a Mione, pelo menos não pra mim...
Como ficou? Me digam....
Obrigada por ler e até o próximo...