Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 9
Como ser uma Sonserina


Notas iniciais do capítulo

Então, mais um cap. Tô sem criatividade para os títulos dos capitulos, então, desculpem aí...
Boa Leitura
Foi mal pelos erros...
Obs.: Primeiro beijo dos dois... Próximo capítulo...



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Hermione acordou não acreditando que Lord Voldemort estava no mesmo quarto que ela e mais surpreendentemente: Dormindo e vulnerável. Olhou o relógio, ela tinha tempo de sobra. Arrumou-se preguiçosamente e ajeitou seu malão. Viu que Tom ainda dormia, se ele não acordasse agora iria se atrasar. Um pouco medrosa se aproximou.

- Tom... Acorde, iremos nos atrasar... -                Disse com a voz baixa e calma. Vendo nenhuma reação, o sacode um pouco. – Anda...  – Ele resmungou algo – Tom Riddle saia imediatamente dessa cama! – Ela diz um pouco alterada, odiaria ter que aturar o humor dele caso ficassem atrasados. Não que ela não achasse divertido ele irritado, mas só quando ela não estava por perto e algo lhe dizia que ele a manteria por perto como estava fazendo aqui.

Funcionou. Ele se sentou rapidamente e esfregou os olhos.

- Que horas são, Srtª Granger? – Ele diz com a voz grogue.

- Sete horas. – Ela diz observando ele ficar com uma expressão raivosa e depois relaxar. Ele saiu do quarto dela. Ela extinguiu a cama com um aceno de varinha e ajeitou um pouco seu quarto. Ela vestia um vestido até o joelho, vinho, com mangas até os cotovelos; um sapato com um salto cone de seis centímetros; uma meia calça escura; luvas curtas e um chapéu cloche de mesma cor: um vinho bem escuro.

Esperou Tom, que não demorou muito, na frente do orfanato. Os órfãos a observavam com seu malão atravessar a estradinha cimentada. Tom estava igual ao um príncipe, como sempre. “Hermione, para de pensar sobre como ele é bonito!” ela pensou “Ele é bonito, mas nem tem uma alma direito”.

 - Então... Esta é King’s Cross – Ele anunciou friamente ao chegarem à estação. Ela ficou fascinada como a estação era diferente e nem pensou na resposta que deu.

- Eu sei... – Ela olhava sonhadora para todos os lados, sorrindo. Ele arqueou uma sobrancelha. – Quero dizer... Eu sei que essa é a Estação King’s Cross por que... Por que...

-Por que... ? – Ele instiga.

- Por que sei. – Ela diz cruzando os braços, irritada.

- Tsc, tsc, quanto mais você mente, mais trabalho você está me dando... – Ele diz resignado.

- Você acha realmente que irá descobrir algo sobre minha vida, Sr. Riddle? - Ela pergunta docemente e curiosa. 

- Sim, terei trabalho, mas sim. – Ele fala, agora estavam entrando no trem, ele não olhava para as pessoas que passavam por ele pelos vagões. Ele e Hermione andavam próximos, ele andava um pouco mais a frente e a timidez dela a fazia andar encolhida e grudada a Tom.

 - Quem é a protegida, Tom? – Pergunta sarcasticamente um rapaz da porta de uma cabine. Ele era a cópia de Draco Malfoy. Tom se aproxima dele e Hermione vai atrás, curiosa.

- Não protejo sangues-ruim, Abraxas. – Ele diz friamente, se escorando na porta da cabine, fazendo Abraxas entrar nela. Hermione espiava a cabine atrás de Tom, na ponta dos pés. Havia o loiro e mais um menino de cabelo negros, mais escuro que os de Riddle. – Lestrange. – Ele cumprimenta com um aceno de cabeça. Ela estremeceu ao ver o avô de Belatriz.

- Então porque você esta andando com uma? – Pergunta Lestrange olhando Hermione com repulsa, ele havia escutado a conversa. Tom deu de ombros.

- Trabalho da monitoria. Os pais dela foram mortos em um bombardeio, ela foi instruída magicamente por uma mulher que morreu junto com seus pais. Agora ela vai cursar o sétimo ano em Hogwarts, não é mesmo Srtª Granger? – Ele vira seu rosto encarando ela, que ainda olhava para Lestrange.

- S- Sim... – Ela diz virando-se para o rosto de Tom.  Ela não queria ficar mais nem um segundo ali. Toca no pescoço de Tom o puxando para baixo, para poder falar em seu ouvido. Ele entendeu e se abaixou. Mesmo assim ela ainda teve que ficar na ponta dos pés. – Eu não quero ficar aqui... Se você quiser eu vou sozinha procurar uma cabine. – Ela sabia que ele, em hipótese alguma, a largaria pelos corredores daquele trem. Hermione só não sabia por quê.

- Não. – Ele disse friamente olhando profundamente em seus olhos. Ela ficou com medo.

Ele saiu da cabine e foi seguido por Hermione, sem dizer adeus aos seus amigos. Andaram bastante até encontrarem uma cabine vazia. Sentaram-se um de frente para o outro. Ele olhava para a janela assim como ela. Ela queria muito perguntar o motivo dele não a deixar andar nem no mesmo trem sozinha. Sabia que parte era por que ele queria conhece-la para poder destrui-la. Mas não era necessário eles andarem todo segundo juntos. Respirou fundo, tomando coragem.

- Sr. Riddle? – Ela o chamou calmamente. Ele desgrudou o rosto da janela e olhou para ela com superioridade. – Posso lhe fazer uma pergunta? – Tudo bem, talvez ela estivesse sendo um pouco exagerada em sua educação; mas não queria meter os pés pelas mãos. Sabia que seu plano, que já não estava tão estruturado, poderia se extinguir por causa de uma irritação há mais que ela causasse nele. Diga-se de passagem, ela já havia o irritado suficiente nas férias.

Ele não respondeu e ela era muito orgulhosa para que continuasse a falar quando sua fala era indesejada.  Uma prova de que ela o estava conhecendo era que ela sabia que ele não aguentaria muito tempo sem querer descobrir o que ela queria dizer.

- Faça, sangue-ruim. – Ele disse apesar de sua expressão estar fria e vazia ela sabia que por dentro ele queimava em vontade de saber.

- O que houve com a educação? – Ela pergunta fingindo decepção.

- Eu tenho você na palma da minha mão; você não pode sair desse trem, não vejo necessidade de ser educado. Claro que seria muita estupidez sua se atirar de um trem em movimento, mas não espero muita inteligência de você... – Ele diz a olhando com arrogância. Ele esperou, passaram alguns minutos. – Não vai me perguntar?

Ela ficou quieta, esperando para ver como ele faria para persuadi-la. Assim ele estaria respondendo sua pergunta sem perceber. Olhou para a janela.

- Você não irá falar? – Ele pergunta um pouco... Divertido? – Ótimo. – Ela o olhou; Tom olhava pela janela com um sorriso sem humor na ponta dos lábios.  

Eles não se falaram durante algum tempo. Hermione e ele saíram e foram se trocar, depois voltaram e permaneceram em silêncio. Era isso que ele estava fazendo. Ah, como ela era fácil de manipular, não aguentou sua própria curiosidade e perguntou.

- Então é assim que você acha que vai fazer eu lhe contar algo sobre mim? Com o silêncio? – Ela fala; talvez esse tipo de brincadeirinha a fizesse contar algo, mas não as coisas importantes que ele realmente queria saber.

- Não... Acho que para esta situação essa é a maneira de você contar sobre a sua pergunta... Em outras situações eu agirei diferente... – Ele fala, vazio. - Você ainda não me fez sua pergunta...

- Você acabou de respondê-la. – Hermione diz, voltando a olhar para a janela.

Eles ficaram um pouco em silêncio. Hermione o olhou novamente; ele estava com a coluna reta, escorada na janela e os dois pés sobre o banco. A cabeça nos joelhos que estavam flexionados.

A senhora do carrinho de doces passou e ela levantou-se e chamou a atenção da velhinha para que parasse na cabine. Comprou vários doces (que eram muito diferentes dos de sua época) e voltou para dentro da cabine. Tom continuava na mesma posição. Ela cutuca seu ombro com um pacotinho de sapos de chocolate; oferecendo-os. Ele continua na mesma posição.

- Não toque em mim sua sangue-ruim. – Riddle diz friamente sem encará-la.

- Estúpido... – Ela murmura azedamente, bem baixinho.  Faltava mais ou menos uma hora para eles chegarem a Hogwarts; ela estava com muita fome, os doces acabaram rápido. Levantou-se para checar o maleiro pela terceira vez, estava bastante perturbada. Foi quando o trem balançou um pouco e ela se desequilibrou, caindo com tudo em cima do colo de Tom.

- AI!!! – Ambos dizem juntos e se olharem reciprocamente assustados. Aquela situação era inimaginável, ela caída sobre o corpo dele e ele a segurando pelos ombros. Seus rostos estavam muito próximos, ambos surpresos e chocados. Sem motivo aparente, eles começaram a rir, uma risada que Hermione há tempos não dava. E ele talvez nunca tivesse dado; Hermione parou de rir para poder aproveitar a risada deliciosa que ele dava. Era sincera, musical e linda. O rosto dele ficava perfeito quando estava contorcido numa expressão feliz.

Aos poucos Tom começou a ficar sério; até seu rosto ficar completamente frio. Ele jogou Hermione no seu assento de volta, ela ficou massageando os braços nos lugares que ele apertara. Ele voltou a sua posição anterior e ela voltou a encarar a janela. 

Ela percebeu que ele a encarava com um olhar curioso; ela olhou para ele e como uma criança mostrou a língua. O observou botar a cabeça nos joelhos novamente.

O trem começou a parar e aos poucos as pessoas começaram a circular pelos vagões.

- Espere saírem. – Tom ordenou Hermione; que já começava a levantar-se. Odiava ter que obedecer a ordens de Lord Voldemort. Depois que o trem já estava quase vazio eles saírem, conseguiram uma carruagem só para os dois. Andaram até o Salão Principal juntos, porém afastados do resto do grupo de alunos. Ela deu um meio sorriso frio.

- Vergonha de ser visto com uma sangue-ruim, Sr. Riddle? – Ela pergunta cinicamente; ganhou um olhar “Não tem medo da morte, garota?” de Tom.  Adentraram o Salão e ele rapidamente foi para a mesa da Sonserina. Ela ficou um pouco afastada dos primeiranistas, aguardando a seleção. Para seu azar ela foi a primeira a ser chamada.

- Ah, sim... Recebam a nossa nova estudante de Hogwarts, Srtª Hermione Granger! – Dumbledore anuncia animadamente enquanto Hermione se dirige ao banquinho. Sentou-se com um sorriso tímido; era falso, mas era o melhor que ela podia fazer. Para sua surpresa, o chapéu falava com a voz ampliada, para que todo o Salão ouvisse, ao invés da vozinha dentro de sua cabeça. Lembrou-se de Hogwarts, Uma História e de um trecho que dizia que até 1950 o Chapéu Seletor realizava as seleções com a voz amplificada.

- Ora, vejamos o que temos aqui... Uma grande bruxa... Muito, muito poderosa... Maldito sangue trouxa, você seria uma ótima Sonserina... Por Merlin, como é madura e corajosa! Acho que não tenho escolha... GRIFINÓRIA!!! – O chapéu anunciou depois de vasculhar cada cantinho da mente de Hermione. Ela sorriu verdadeiramente enquanto uma salva de palmas a acompanhava até seu assento. Pelo contrário do que os estudantes Grifinórios esperavam, ela se sentou o mais longe possível de toda a bagunça do banquete. Aguardou pacientemente toda a seleção e os avisos do Diretor Dippet. Olhou todo o Salão Principal, era igual o que ela conhecia, apesar de serem outros alunos e outros professores. Reconheceu o avô de Rony e a professora Minerva. Não falou com eles, não queria interferir mais no destino, sabia que há essa hora a Minerva do futuro estaria estranhando o fato de ter conhecido uma garota idêntica a sua aluna favorita. Comeu um pouco sem ânimo. Ela não sabia que um Sonserino, que no futuro seria o mais temido bruxo do mundo mágico e trouxa, não conseguia engolir direito o jantar pensando nas palavras “Muito, muito poderosa...” e “Ótima Sonserina...” .


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Notas finais do capítulo

E aí? Queria agradecer a minha mãe *O.õ?* por me deixar ficar até tarde no pc... Valeu mãe !!!
E queria agradecer a vocês, caros leitores, por lerem a minha fic, como acham que ela está?
Beijos...
Docinho (é que eu tenho vários apelidos)...