Black Rose escrita por DehBlackRose


Capítulo 4
A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se! ^^



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A proposta

-Sim- respondeu Takeo.

Ele se aproximou de Kitsune enquanto seu chefe deixava a sala.

Por algum motivo, Kitsune achou que podia confiar em Takeo, então “acordou” e começou a conversar com ele.

-Por favor, não me leve de volta para o convento!- implorou Kitsune.

Ela só havia se conformado com a idéia de continuar lá por falta de opção. Porém, agora havia uma opção...

-Você estava acordada?-perguntou Takeo, desnorteado.

-Por favor, deixe-me ficar aqui!- insistiu Kitsune.

-Por que eu deveria?

-Porque...eu ouvi tudo!- sim, era um tiro no escuro, mas era sua única esperança. Teria de mentir se quisesse mudar sua vida.

Takeo demorou um pouco a responder.

-E o que me impede de te matar?- ameaçou Kitsune com uma adaga que acabara de tirar do bolso e colocar no pescoço dela.

-Nada...exceto que você não quer.- desafiando-o, Kitsune deu a impressão de estar no controle da situação.

-Por que você quer ficar aqui ao invés de ficar com sua família?- Takeo queria se mostrar frio, mas seus olhos o denunciavam: ele não sabia o que estava fazendo.

-Eu...não tenho família- Kitsune respondeu friamente.

-Isso é algo que temos em comum.- Takeo guardou a arma. Tinha de falar com seu chefe. –Fique aqui.

Ele foi para a outra sala e começou a cutucar o outro homem.

-Ei, Shigeru, acorda! Tenho que falar com você!- normalmente, a relação entre os dois era de amigos. Apenas quando Shigeru estava sob pressão é que ele tratava Takeo com mais ferocidade.

-É melhor ser importante para me acordar a essa hora!- retrucou, sonolento.

-É importante!

Depois disso, Kitsune não conseguiu escutar mais nada, pois eles começaram a sussurrar.

-Ela sabe demais.

-Então, mate-a!

-Eu...não posso.- Takeo sentia certo respeito por membros da Igreja, algo que remonta à sua infância.

-Eu já agüentei as suas besteiras por muito tempo! Eu não permitirei que você arruíne a nossa missão! Se não vai matá-la, eu vou!- Shigeru não podia se arriscar por causa de uma mera garota.

Takeo queria pedir Shigeru para reconsiderar, mas isso não era algo que um alguém como ele faria. Então, apenas puxou Shigeru pelas roupas.

-Chega!- Shigeru empurrou Takeo para o lado.

Kitsune sobressaltou-se com os gritos e barulhos na sala ao lado. Temia o que havia provocado.

Takeo jogou Shigeru no chão e o imobilizou.

-Sinto muito, mas não posso deixá-lo fazer isso.- Takeo detestava ter de se voltar contra o seu companheiro, porém era necessário.

-Então, o que vai fazer? Levá-la conosco?- ironizou Shigeru.

-Sim.- respondeu naturalmente.

-Você está louco?! Não podemos levar uma freira conosco! Somos caçadores de recompensas!- a face de Shigeru ficava vermelha de raiva.

Então era isso! Kitsune começava a entender quem eles eram e o que faziam. O dinheiro de que falavam antes era, provavelmente, a recompensa pelos seus serviços. 

-Eu posso fazê-la ser útil.- Takeo tentava argumentar.

-Como? Não precisamos de serviços domésticos!- Shigeru sentia vontade de espancar Takeo pela teimosia. Porém, Takeo tentou mais uma vez:

-Ela..pode se tornar uma de nós...

 


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Notas finais do capítulo

As coisas começam a tomar seu rumo aproximado...
Daqui para frente, não há mais volta!

Reviews? :3