“BIP! BIP! BIP! BIP!” São 9 da manhã. O despertador toca. Elizabeth lembra que ficou o dia anterior inteiro sem comer. Ela foi ver o que tinha para comer em sua casa. Nada. Absolutamente nada! Sua madrasta era mesmo muito incompetente. Ela até havia tirado Elizabeth da escola, pois tinha medo de que, se ela fosse sozinha ela contasse para alguém o que sua "má-madrasta" fazia a ela e tinha preguiça de levá-la também.

Como ela iria fazer para comprar comida? Ela nunca saía para a rua e tinha medo de sair sozinha pois sua empregada que fazia as compras. A mesma empregada que fugiu por conta da morte da madrasta de Elizabeth...

Sem mais nada para fazer nem comer, ela teve uma ideia, arrumou uma simples mala, trancou toda a casa, claro, e saiu à procura de um orfanato com sua gata embrulhada num pano velho em seus braços.

Coitada dela. Órfã, sem nenhum amigo, não sabe andar na rua e o único ser vivo que ela tem é sua gatinha Mia, uma linda gata siamesa quase toda branca e com seus lindos olhos azul claros, que naquele momento se escondiam pelo pano que a embrulhava.

No meio do caminho, uma multidão de gente circunda uma pessoa no parque. Era a sua empregada morta, cheia de sangue em volta. Era uma falação danada. Muita gente em um lugar só!

– Meu Deus, o que houve aqui? – Elizabeth falou com um policial que estava verificando a morte de sua ex-empregada

–Você conhece essa mulher? – ele falou, com cara de preocupação

–Conheço, sim. Ela era a empregada da minha casa, mas fugiu por conta da morte de minha madrasta e agora eu estou sozinha.

– Ótimo! Primeiro eu ligo para alguns colegas meus que são policiais, então eu falo para eles verificarem o que houve aqui. Enquanto isso eu te levo para um orfanato aqui perto e veremos o que fazer depois. Tá tudo bem pra você assim?

–Claro! E... O que eu faço com minha casa?

–Hum... Me dê o número do seu celular que, assim que eu tiver uma resposta para essa sua pergunta, é só te ligar.