Elizabeth E Um Rastro De Morte escrita por Ana Clara Araujo


Capítulo 2
A morte




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–Uma noite chuvosa, 3 horas da manhã, já com meus 16 anos... Estou em uma ilha deserta. Espera... Ela não é deserta?! Estou vendo uma coisa se mexer... São índios? Está tudo muito confuso! NÃO! NÃO! NÃO! “TRIIIIM! TRIIIIM!” Arf, arf... De novo o mesmo pesadelo! Desde os 13 anos é o mesmo pesadelo! 3 ANOS TENDO O MESMO SONHO! “TRIIIM! TRIIIM!” É melhor eu atender o telefone. Alô? Aham! Tá bom. Obrigada por ligar. Já estou descendo.

“ASSASSINA!! FINALMENTE!! Quer saber o que aconteceu, diário? Hoje, às 3 da manhã, quando no mesmo sonho que eu tenho sonhado nos últimos 3 anos eu ia ser devorada pelos índios canibais (eu acho que eram índios canibais), me ligaram dizendo que a Senhoritaperfeitinhaqueficouriquinhaquandosecasoucommeupai estava andando com seu carro, comprado com o meu dinheiro por direito, depois de apresentar-se em uma boate (saiu de lá bêbada, é claro) quando de repente ela avançou o sinal e deu de cara com um caminhão que estava transportando gasolina bem aqui pertinho do prédio. Quando eu desci para ver exatamente o que tinha acontecido, estavam todos assustados, e com razão. A batida foi tão forte que pegou fogo! A gasolina ajudou no fogaréu fazendo um escândalo no bairro todo, que era bem grande, um dos maiores da cidade. Eu fiquei tão feliz! Mas... aimeudeus! Com quem eu vou morar? Como eu vou para os lugares longes já que eu não posso dirigir? De táxi? Talvez se fosse nos EUA... Mas tinha que ser no Brasil! Logo comigo! Só vou poder tirar carteira de motorista daqui a 2 anos! Nossa! Já é quase 1 da manhã. Como o tempo passa rápido! Amanhã eu vejo o que faço a respeito disso! Mais um dia te dando tchau. Ao todo são 10 anos que eu escrevo em um diário. Desculpa, diário antigo, se eu te troquei por esse diário que eu escrevo nesse momento. É porque suas folhas acabaram. Boa noite.”

–Ai como a vida é triste e confusa. Ela prega cada peça... De vez em quando eu tenho vontade de me matar, Mia! Mas é, né? Não dá para saber quando a vida vai dar uma reviravolta, se é que a minha vidinha, tão triste vidinha, vai dar! Pelo menos tenho a você, a gata mais linda do mundo! Graças a você, Mia, sou um pouquinho feliz. - diz Elizabeth, triste e com pouca esperança. Então ela se deita e dorme.


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