Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 5
Coisas inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Oie, boa leitura.



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- Então, as meninas não quiseram vim? – perguntei. Já tínhamos entrado e estávamos afivelando o cinto.

- Não, então somos só nós duas. – disse ela.

- Tudo bem, aonde vamos? – perguntei curiosa. Fitei meu carro e senti um aperto no coração, ele olhava para mim. – acho melhor ir ao meu carro, não posso deixá-lo aqui sozinho, e todos já foram embora.

- Você que sabe. – disse Taylor, desafivelei o cinto e saí levando minha mochila junto. Caminhei até meu carro, entrei e joguei-a no banco do carona, liguei o carro e esperei por Taylor. A segui até uma espécie de lanchonete. Estacionou o carro, e eu estacionei o meu à vaga ao lado. Peguei uma nota de vinte dólares em minha carteira que estava dentro de minha mochila e saí. Essa semana estava quente, chovia pouco. Acontecimento raro em Forks.

Entramos e sentamos numa mesa de quatro lugares, sentou de frente para mim. Depois chegou uma garçonete ruiva, branca e com sardas no rosto.

- Oi, querem fazer seu pedido? – perguntou ela com um caderno pequeno na mão esquerda e na outra uma caneta. Pensei um pouquinho enquanto Taylor lia o cardápio.

- Hã... Eu quero um hambúrguer com bastante molho roze. E... Um copo médio de coca-cola – pedi e ela anotou meu pedido. Olhei para Taylor que me olhava com expressão indignada. – O que foi?

- Vai mesmo comer carne?E tomar refrigerante? – perguntou como se não acreditasse. Que besteira!

- Claro, eu não me importo de ficar com um peso a mais. – dei de ombros. Eu comia bastante isso e não estava gorda!Olhou mais um pouco e fechou o cardápio.

- Vou querer um sanduíche, masss – puxou o S - sem carne e um suco de laranja natural. – disse ela sorrindo para a garçonete e a mesma anotou.

- Já voltarei com seus pedidos! – disse ela e foi até o balcão.

- Então... – disse Taylor e levantei os olhos que antes fitava o enfeite da mesa de madeira. – conta sobre sua vida.

- Hã... – o que ia dizer?Que minha mãe é uma meio vampiro e meio humana? E que meu pai é um lobisomem?E que além do mais o resto de minha família é composta por vampiros e vegetarianos?

- Então? – perguntou ela.

- Bem, meu pai é... Ele gosta de restaurar carros. Faz mais como um hobby, suas obras ficam perfeitas, como novas. Minha mãe é... Ela é decoradora. São legais e o máximo, tenho um irmão mais velho que está na faculdade da Califórnia, ele vem nos visitar nas férias. – eu disse. O que eu disse não era mentira, só ocultei a parte de sermos diferentes.

- Hum... Sua mãe é famosa?

- Não que eu saiba, ela é dona da própria agencia. – eu disse sorrindo.

- Isso explica o seu carro ser o modelo mais avançado. – disse ela sorrindo.

- É.

A garçonete finalmente chegou com nossos pedidos, e começamos a comer. Taylor falou sobre ela também, seu pai era um advogado conceituado e famoso, sua mãe era uma médica cirurgiã. Tinha dois irmãos, uma mais velha de vinte e um anos e um pequeno de oito anos. Eram felizes e moravam em uma mansão um pouco longe daqui.

- Olhe Lizzie, eu tenho que fazer essas coisas, para as pessoas saberem quem manda. – disse ela o que provocou ânsia de vomito. Eu apenas assenti, e eu aqui achando que ela era tudo ao contrário do que pensava, mas não é pior ainda!

- Er... Eu tenho que ir embora. – eu disse e olhei através da janela, estava escurecendo.

- Tudo bem, vamos então! – disse ela, pagamos a conta à garçonete e lhe desejamos uma boa noite de trabalho. – tchau Taylor. – eu acenei quando já estávamos no carro, acenou de volta e entrei em meu carro.

Respirei fundo, só faltava enlouquecer, não agüentaria Taylor por mais nenhum segundo!Era insuportável! Sorte minha que ela não teve tempo de falar sobre moda, essas coisas entediantes.

Liguei o carro e dirigi de volta para casa. Joane não pode vim, ia sair com seus pais. Programa de família. Agora que percebi que nunca tive um programa de família, como piquenique, passeios, essas coisas. Por parte que eu não gostava, e outra por que seria estranho. As pessoas não nos veriam como realmente éramos. Uma família, mas sim três jovens “amigos” fazendo um piquenique!Essa era a parte ruim de ser diferente.

Estacionei meu carro na garagem, fechei o portão e caminhei para casa. Subi para meu quarto, joguei minha mochila num canto e me joguei em cima de minha cama, exausta. Sacudi meus pés para poder tirar os sapatos, puxei o lençol de seda e me embrulhei sem me importar se estava suada e grudenta, dormi em seguida.

Acordei com o despertador, incrível que eu não o tenha quebrado. Estava de bom humor, tive um sonho na noite passada, mas não consigo me lembrar de nada. Só sinto que foi bom. Levantei com disposição e fui tomar meu banho, sem lavar o cabelo; saí relaxada e mais esperta, fui até meu closet procurei uma roupa bonita. Eu não entendia do por que estava assim. Querer estar bonita.

Fui até a janela e tirei a cortina da frente, os raios do sol ardia meus olhos e coloquei a mão em frente ao rosto. Fui até onde tinha colocado minha roupa e caminhei até o closet novamente para trocar, pois não precisaria de uma calça jeans pesada, uma blusa de manga cumprida e luvas de couro.

Procurei um vestido e encontrei um perfeito, de algodão florido. Quando o dia está assim eles deixam ir com a roupa que quisermos. Terminei de arrumar meu cabelo e procurei na gaveta de uma das minhas cômodas e encontrei o gloss. rosinha que eu costumava usar.

Peguei minha mochila, desci as escadas e fui até a cozinha, como minha mãe não estava em casa, eu apenas comia torradas e suco de laranja. Não tinha tempo e não sabia fazer panquecas ou algo mais elaborado.

Então coloquei as torradas na torradeira e esperei. Fui até a geladeira e tirei a jarra de suco. Pus o suco em um copo de vidro médio, a torradeira apitou e coloquei as torradas num prato de porcelana florido. Sentei e joguei minha mochila no chão.

Quando terminei tudo olhei no relógio e já era hora de ir para escola, coloquei a louça em cima do balcão da pia, peguei minha mochila e saí porta a fora. Ia lavar quando chegasse em casa, peguei meu carro na garagem e dei a partida.      

Chegando no estacionamento da escola, vi um carro prata desconhecido. Nunca o vi ali, parecido com uma Ferrari. Era mais bonito. O sino tocou e tirei minha mochila do carro, saí e tranquei com o botão em seguida.

Fui direto para minha próxima aula, não sabia o por que dos olhares em mim. Isso era um pouco irritante. Fingia que não percebia, cheguei na sala de aula e todos puseram a me olhar, irritante, irritante! Caminhei até meu lugar, sentei-me, tirei meu caderno e minhas canetas, ignorava todos a minha volta. Até que o professor chegou e começou a dar sua aula, me livrei dos olhares!

Quando o sino tocou eu apanhei minhas coisas e joguei dentro de minha mochila, que a coloquei nas costas e corri para fora da sala. Eu estava irritada com todo mundo me olhando e ser o centro das atenções!Respirei fundo e segui para minha aula seguinte.

Seria inglês, entrei e novamente os malditos olhares!Sentei atrás, na ultima carteira da fila do canto direito, onde eu achava que teria paz, mas ainda sim eles se viravam e me fitavam. Quê?Poucos minutos depois de o professor entrar, quem passa pela porta?

Henrique Baudelaire!

Quando passou me mandou um sorriso encantador, que me fez sentir como se morassem mil borboletas no estomago. Sorri de volta. Mais o que havia de errado comigo?Falou alguma coisa com o professor e este o mandou sentar, nada de apresentações.

Sentou-se na carteira vazia ao meu lado.

- Oi Henri. – eu disse sorrindo.

- Oi Lizzie. – disse ele.

O professor chamou atenção dos alunos e começou a dar sua aula. De vez em quando eu olhava pelo canto dos olhos, e o via me encarando. Eu sentia meu rosto esquentar. O sino finalmente tinha batido e saí praticamente correndo dali. Me sentia envergonhada e estranha diante de Henri. O único olhar que não me irritava nem me enraivecia era o dele. O único acalentador, não reprovador ou debochado, ou curioso.

Mesmo assim, tinha que manter a máxima distancia possível. Pelo que eu era, e para esconder minha verdadeira origem. Isso me entristeceu, a única pessoa além de Joane que me fazia sentir bem e eu tinha que o afastar.

Era difícil, já está sendo difícil tentar ser normal. Se um humano descobrisse... No máximo iriam rir, mas nunca se sabe. Se minha avó não tivesse se envolvido com um frio, minha mãe não teria surgido e se minha mãe não tivesse surgido eu não estaria aqui!Por que me lamentar?É só mais um humano insignificante!

Só percebi que tinha esbarrado em alguém quando senti uma pancada forte no ombro e ver meus livros todos largados pelo chão... e eu ir ao chão junto!Bati minha cabeça no chão com força.

- Aí! – eu choraminguei.

- Meu Deus, Lizzie, me desculpe! – disse o Newton. Tenho sorte mesmo!Ele ofereceu a mão para mim e eu sem escolha tinha que a pegar!Mas, quando eu ia pegá-la, outra mão substituiu a de Nicholas.

- Lizzie!Se machucou? – perguntou quando ajudou a me levantar, preocupado. Não queria ser grosseira, mas tinha que o afastar. E a maneira mais fácil de começar era com grosseria.

- Não, não está vendo que eu bati minha cabeça no chão? – perguntei grosseiramente. Primeiramente me olhou confuso, mas depois me olhou tristemente. Sabe quando diz algo que não devia, mas devia e depois se arrepende? Foi isso que aconteceu comigo. Ficou calado e eu me xinguei internamente.

- Er... Vamos a enfermaria, pode ter fraturado algo. – disse Nicholas. Eu ri.

- Nick, não precisa. Foi uma batida de nada. – eu disse, olhei de relance para Henrique que me olhava com cenho franzido, depois olhou para Nicholas. Na maneira como o tratei.

- Bem, tenho que ir para aula. Tchau para vocês. – disse ele e saiu. Eu estava para gritar: Não vai, não vai fica aqui comigo!Sacudi a cabeça. Esse distúrbio de sentimentos está me deixando maluca!Espera... Eu disse sentimentos?Eu ri e Nicholas me olhou confuso, eu balancei a cabeça, deu de ombros.

Eu não podia gostar de Henrique!Eu mal o conhecia!Mas, pensar ele longe, talvez com outra pessoa... Me entristecia demais e um aperto no coração eu sentia em pensar nisso!Ele era humano e merecia alguém melhor que eu, alguém bonita e boa o bastante para ele. Já vi isso acontecer antes, minha avó e meu avô são prova disso. Que pode haver um amor a primeira vista, mas o que eu sentia não era amor... Não podia ser isso, eu só o conheço há dois dias!

Nicholas me obrigou a ir à enfermaria, a senhora Gotti me mandoueu colocar uma bolsa de gelo na cabeça, pois segundo ela eu estava com um galo enorme e doía bastante. Estava deitada na maca olhando para o teto da sala cor de creme. A senhora Garner me dispensou do terceiro e do quarto tempo.

Estava entediante, cantarolava uma canção de uma de minhas cantoras favoritas. Taylor Swift. Mine. Eu gostava muito dela, eu também me identificava bastante com suas músicas.

- Lizzie! – entrou Joane escandalosamente.

Virei o rosto para olhá-la. 

- Minha nossa, está bem?Agora que o idiota do Nick veio me dizer sobre o que aconteceu! – disse ela num fôlego só. Fez uma pausa e continuou – por isso que não te vi em Calculo!Eu achei que não tinha vindo!Se bem que você me avisa...

- Senhorita Witlock!A senhorita Black tem que descansar não grite! – disse a senhora Gotti entrando na sala com um copo de plástico com água e na outra um comprimido. – aqui querida, um analgésico. – me entregou e eu tomei.

- Posso ficar aqui não é? – perguntou Joane a senhora Gotti, que assentiu e depois foi buscar algo na recepção que ficava ao lado.

- Mas, você vai perder o almoço. – eu disse, ela puxou uma cadeira e sentou.

- Não me importo, alias não quero deixar você aqui sozinha. – disse ela sorrindo, eu retribuí. Meus olhos até marejaram.

Conversamos, eu perguntei sobre Henrique e ela disse que eles estava um pouco distante hoje em Química, isso não pode ter sido por minha causa!Parei de pensar nisso, já estava me sentindo pior do que eu fiz mais cedo. Iria me martirizar para sempre!

- Já posso ir embora! – eu disse animada a Joane que me esperava do lado de fora da enfermaria. Ficou comigo até o quinto tempo, demos uma desculpa para senhora Garner que a liberou do quinto tempo.

- Que bom, agora vamos para a aula de física! – disse ela e puxou para o prédio. Chegamos lá e eu fiquei estática no lugar ao ver Henrique sentado na ultima carteira. Joane e eu andamos até nossos lugares e sentamos, que coincidência eu sentar justamente na ao lado de Henrique.

Ele não falou comigo, então eu também não disse nada. Na maior parte do tempo eu me sentia mal, fisicamente e internamente. Só queria ir para casa, me sentia muito triste, queria ser amparada por papai e sentir as mãos quentes de mamãe a afagar meus cabelos. E meu rosto, mas não tinha ninguém em casa!

O sino tocou e eu saí correndo chorando com minha mochila desajeitada nas costas. Abri o carro e a joguei ali, respirei fundo e as lágrimas escorriam quentes e frescas por meu rosto, não omiti nenhum som apenas as deixei rolar.

Repousei minha cabeça no volante do carro e fiquei um tempo assim, lembrar de que meus queridos pais não estariam em casa quando eu voltasse para me amparar me fez chorar mais ainda, meu peito doía, então resolvi ir a um lugar onde eu costumava ser mais feliz.

Liguei o carro e pisei fundo no acelerador, algumas pessoas que estavam no estacionamento reclamaram da velocidade, mas nem importei e ignorei a dor de cabeça. Dirigi por algum tempo até que cheguei à grande casa, ou melhor mansão. Sorri lembrando dos dias que corria ao redor dela, e tio Emmett atrás de mim. Era divertido demais.

Estacionei em frente a casa, saí e tranquei. Caminhei até a porta da frente a cor estava um pouco desbotada, girei a maçaneta, mas não abriu. Droga!Fui até a lateral da casa e uma pequena janela estava levemente aberta, é La mesmo por onde vou entrar! Fiz um montinho com baldes que encontrei na beirada da floresta, incrível como o ser humano polui o meio ambiente!

Subi no montinho e faltou alguns centímetros para alcançar a janela, me estiquei mais e consegui, prendi meu pé em alguma coisa e me apoiei na borda da janela. O espaço era pequeno, mas ia conseguir passar por ali!Como eu era magra eu conseguia!

Me espremi um pouquinho e passei!

- Ufa! – eu disse aliviada, pensava que ia morrer sufocada.

Ajeitei meu vestido e saí do banheiro. Espera!Eu estava dentro de um banheiro?Dei de ombros. Eu arregalei os olhos quando descobri a quem pertencia o banheiro, meus olhos marejaram. O quarto decorado em amarelo, com acabamentos clássicos, e móveis de madeira lisa e avermelhada. Porta retratos em cima de uma mesa cumprida denunciava que o quarto que eu estava era de minha tia maluca por compras!

Saí do quarto com meu peito dolorido e apertado. Caminhei pelo corredor e acabei chegando ao quarto de meu avô. Livros empilhados numa estante, na outra um aparelho de som e em cima vários CDs e DVDs que ele amava. Uma cama com um dossel de flores douradas em ferro. E um sofá preto grande de couro. Tinham deixado tudo igual quando se foram.

Saí novamente do quarto com aquela sensação de dor e perda. Desci as escadas e me deparei com o lindo piano de calda preto. Fui até lá, sentei no banco e comecei a dedilhar, ao longe de minha mente veio a lembrança de uma canção suave e bonita, fechei os olhos, não passava de uma lembrança distante. A canção se tornou mais nítida depois de um tempo tentando me lembrar, sorri e comecei a tocar. A cada nota uma lágrima caía, sentia tanta saudade!Que chegava a doer, por um momento esqueci de Henrique, de mamãe e papai, de Taylor de Joane de todos; Só os queria aqui comigo!Os nomes que eu não queria pronunciar e pensar de repente gritaram em minha cabeça. Eu queria meu avô Carlisle aqui, vó Esme, tia Alice, tia Rosalie, tio Emmett, tio Jasper, vó Bella e vô Edward!Eu parei de tocar e abri os olhos.

Meus olhos pareciam que iam sair das orbitas, esfreguei os olhos várias vezes, como se havia desejado oito pares de olhos dourados me fitavam, felizes. Estava boquiaberta então...

- Ahhh! – eu gritei. Eles olharam espantados pela minha reação. – são fantasmas! Mamãe!Papai!Socorro! – eu gritei e corria de um lado para o outro. Tio Emmett começou a gargalhar.

- Continua a mesma piadista! – disse ele entre gargalhadas.

- Não tem graça Emmett e pare de rir! – disse Esme. É, eu estava sim brincando!Quando ia parar de correr e abraçá-los minha sapatilha prendeu no carpete da sala e caí de barriga no chão, como fora bastante rápido ninguém teve reação de me ajudar.

- Aí! – eu choraminguei. – hoje é mesmo meu dia! – eu reclamei. Me levante, ajeitei meu vestido e corri a abraçá-los. Mesmo eles terem nos deixado ainda os amava e não ia culpar ninguém, pois era necessário eles se mudarem.

- Oh, como está grande! – disse tia Alice que acabava de me beijar a bochecha. Não sei como conseguiu, acho que eu me inclinei. Apenas sorri.

- Onde está Nessie e Jacob? – perguntou Bella.

- Estão caçando e eu estou sozinha em casa. – eu disse dando de ombros.

 - E como tem se alimentado?Tadinha dela, como come? – perguntou tio Emmett.

- Há-há muito engraçado, eu mesma cozinho! – eu disse ofendida.

Ele riu.

- Você continua o mesmo brincalhão tio! – eu disse a ele, que sem aviso me rodou no ar, era divertido, mas quando eu era criança!Depois me soltar me deu um abraço de urso. – não... consigo... respirar! – me soltou e respirei melhor.

- Então, como vão as coisas? – perguntou vô Carlisle.

- Vão bem.

- Está tocando muito bem o piano! – elogiou vô Edward.

- Obrigada. – eu disse.

- Então, como conseguiu entrar?Já que a porta da frente estava trancada assim como as outras? – perguntou tia Alice.

- Depois, me deixa vê-la melhor! – disse tia Rosalie me puxou de frente para ela e me olhou minuciosamente. Sorriu e me abraçou. – está tão linda meu amor!

- Obrigada tia, você também está! – eu disse. Ela sorriu.

- Não respondeu minha pergunta! – disse tia Alice impaciente.

- Er... eu entrei por ali! – eu apontei para cima.

- Pela escada?

- Não, por uma janela do seu banheiro! – eu disse envergonhada.

Eles arfaram, dei de ombros.

- Queria entrar aqui de qualquer jeito! – eu murmurei mais para mim mesma. Eles riram.

Estranho que eu tenha ouvido meu celular tocar, já que estava no meu carro. Quando pensei em ir lá, Edward já o estendia para mim.

- Obrigada vô. – eu agradeci e o pressionei contra a orelha. – alô?

- Elizabeth, onde está? – perguntou mamãe.

- Estou na casa, hã, dos Cullen mãe. – eu disse hesitante.

- O que?Por que está aí? – perguntou ela.

- Por que, por que... eu quis! – eu disse.

- Elizabeth isso é jeito de fala com sua mãe?

- Desculpe mamãe.

- Tudo bem, está tudo bem com você?Está se alimentando bem?Está se sentindo sozinha?

- Não, está tudo ótimo, tem uma surpresa para você quando voltar!

- O que é?

- Se eu contar deixa de ser surpresa!

- Ok, bem, tenho que ir. Se cuida bebê! – disse ela.

- Tchau mãe. Beijos.

- Beijos meu amor, te amo de montão.

- Eu também te amo mamãe. – eu disse e ela desligou, joguei meu celular em cima do sofá.

- Nessie mudou hein. – disse Emmett.

- Mudou muito. – concordou Bella.

Eu bocejei.

- Vão ficar? – perguntei.

- Sim, vamos estudar na mesma escola que você. – disse Jasper. O que?Como assim?

- Sei que não está tão feliz, mas acredite é melhor assim. – disse Edward.

Pegaram suas malas e subiram, somente ficou Edward e eu na sala de estar.

- Então, quem é esse Henrique? – perguntou de repente.

- Como... – eu ia perguntar, lembrei que podia ler meus pensamentos.

- É... É um colega de escola. – eu disse e estreitei os olhos.

 - Sei... – disse ele. Tio Jasper apareceu na sala e eu o olhei, me fitava de volta com o cenho franzido.

- Por que está sentindo todo este remorso? – perguntou ele.

- É que eu fiz algo que não devia, mas devia! – eu disse – fui grosseira.

- Com esse tal de Henrique? – perguntou Edward.

Assenti.

- Ele é legal, quando o conhecer vai gostar dele. – eu disse, quando eles virem aquele sorriso encantador... seus olhos que continham gentileza e carinho... Sacudi a cabeça quando percebi que eu não tinha mais privacidade mental!Edward me olhou com um sorriso torto insinuando algo. Ele pigarreou.

- Há algo aqui que não sabemos? – perguntou tio Jasper sorrindo. Raro para ele.

- Na uh... Por que... Por que acham isso? – me enrolei na frase. Droga!Eles riram alto. Os fuzilei com os olhos.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Esme descendo as escadas, ah, minha salvadora!

- Nada Esme. – respondeu Edward sufocando a risada.

Meu celular começou a tocar novamente. Fui até lá e o apanhei.

- Alô? – perguntei irritada.

- Nossa, que bicho te mordeu? – perguntou Joane da outra linha.

- Desculpe Joane, o que é?

- Eu só queria saber onde você está, e por que não ficou para o treino! – disse ela.

- O treino! – dei um tapinha na testa – esqueci, tive que... Er... hã... Você sabe. Tinha que... Arrumar a casa!

- Elizabeth Black!Como assim?Você nunca arruma a casa! – disse ela e fez uma pausa – a Taylor ficou uma fera!Disse que se não tiver nenhuma desculpa convincente te tira da torcida! - ouvi um gritinho atrás de mim, me virei e era tia Alice que quicava no chão.

- Mesmo? – meus olhos brilharam com essa possibilidade.

- Ah, não vem, estamos nessa juntas não é? – aquele tom me fez ficar com remorso novamente. Respirei fundo, estava sendo egoísta pensando apenas em mim. Joane era minha melhor amiga, desde o jardim. Devia estar com ela nessa besteira de torcida, mesmo que isso fosse tolice ela gostava e eu não tiraria isso dela.

- Estamos sim. Vou dizer a ela algo bastante convincente. – eu lhe garanti, ela suspirou aliviada.

- Obrigada amiga, já disse que te amo?

- Hoje não. – eu brinquei.

- Eu te amo. – disse ela animada. – como vai a cabeça?

- Não está doendo tanto agora. – eu disse.

- Que bom, Lizzie do meu coração eu tenho que desligar, prometi que iria assistir um filme com meus pais. Beijos, até amanhã.

- Até Joane. – eu disse e ela desligou.

- Está na torcida e não conta nada? – perguntou tia Alice e eu joguei o celular numa mesinha próxima.

- Que história é essa de cabeça está doendo? – perguntou meu avô Carlisle.

- Hoje eu esbarrei num garoto chato, e bati minha cabeça no chão... Fui na enfermaria, mas ela só me mandou colocar uma bolsa de gelo na cabeça!

- Venha comigo! – ele me puxou até seu consultório. Me fez deitar numa cama de hospital e examinou minha cabeça, olhei para o lado e todos os Cullen estavam ali. – hum... pelo que eu estou vendo foi apenas uma contusão, mas o galo ainda está alto. Tome. – me deu uma bolsa de gelo e coloquei em cima do galo.

- Então, está na torcida! – disse tia Alice animada. Fiz uma careta. – temos que ir as compras! – cantarolou animada. Por tudo que é sagrado!O que mais ela vai me obrigar a fazer?Tentei não pensar muito nisso!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
bjus: L. Cullen.