Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 4
Novos sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Estou pensando em fazer três temporadas, isso depende de minha cabeça... Se ela for bastante criativa só terá essa ou outra, ou um epilogo.



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O quê?

- Como assim? – perguntou Joane com as sobrancelhas unidas e o cenho franzido, eu devia estar igual a ela.

- Bem, passaram no teste!

- Mais como se nem o fizemos?

- Claro que fizeram, não nos entregaram para a diretora Clark.

- Então o teste foi esse? – perguntei.

- Sim, queríamos saber se eram fiéis e confiáveis. Pelo que vejo são e nem ao menos gostam da gente! – disse Taylor com um sorriso. Ela nunca tira este sorriso?Esta começando a me dar náuseas. Ficamos paradas, Joane e eu nos entreolhamos. – então?Estão dentro ou não?

Joane olhou para mim, com aquelas pedras azuis pidonas. Revirei os olhos, mas assenti.

- Estamos dentro! – disse ela. Espero não me arrepender!

- Ótimo, nos vemos depois das aulas então. – disse ela, antes de sair deu um sorriso enorme ao olhar Henrique. Que me irritou, tive vontade de dar uma tapa naquele rosto cheio de pó de arroz!Respirei fundo de olhos fechados. Afinal por que estava sentindo essas coisas?Virei-me para encarar Joane, que tinha um sorriso enorme.

- Obrigada amiga!Sabe que eu sempre quis ser uma líder! – disse ela e o sino tocou.

- Vamos – eu lhe disse e acenamos para Henri. Que acenou de volta.

- Amiga ele é lindo! – disse Joane abanando a mão em frente ao rosto enquanto caminhávamos.

- É. – eu disse.

- Escutei bem?Você achou alguém... Ou melhor, algum garoto lindo? – perguntou ela brincando.

- Sim, qual o problema? – perguntei e paramos em frente a nossa sala de aula. Tínhamos essa aula juntas.

- Nenhum, é só que. É estranho você dizer isso! – disse ela. Dei de ombros.

A professora caminhava pelo corredor e veio direto para a sala.

- Vamos entrar senhoritas? – disse ela e assentimos. Ao entrar na sala sentamos em nossos lugares;

A última aula se seguiu monótona, eu nem prestava atenção. Meus pensamentos eram voltados ao Henrique. Por que eu estava pensando nele afinal?E em como eu senti aquele choque?Tantas perguntas, não sei se saberia as respostas. Estava confusa de mais.

O sino tocou e eu apanhei meu caderno em cima de minha carteira, com tudo guardado saí da sala e andei até o lugar onde marquei para encontrar Joane. Ela ainda não havia chegado e eu sentei em um dos bancos que havia no corredor. Joguei minha cabeça para trás repousando-a na parede, fechei os olhos.

- Esperando alguém? – perguntou uma voz doce e bonita. Mesmo tendo só a ouvido algumas vezes sabia quem era. Nem precisava abrir os olhos, mas o fiz para melhor ver seu rosto lindo de anjo.

- Bem, sim. A Joane, a viu? – perguntei e desviei os olhos dos seus que pareciam safiras, me senti envergonhada.

- Não. – disse ele.

Um silêncio desconcertante pairou no ar e o decidi quebrar, quando ia falando ele também falou na mesma hora. E rimos.

- Fale você primeiro. – disse ele.

- Não era nada, só que... – eu ia dizendo, mas fui interrompida por Joane que apareceu ofegante. Ainda bem.

- Graças aos céus!Lizzie!Vamos, as meninas já devem ter começado! – disse ela.

- Tchau Henrique! – eu disse.

- Até amanhã Lizzie, Joane! – disse ele e acenou com um encantador sorriso. Revelando seus dentes brancos e perfeitos. Deu as costas e caminhou para fora do prédio...

- Lizzie! – gritou Joane e me beliscou.

- Aí! – me queixei alisando onde ela beliscou. Doía.  – por que fez isso?

- Estou te chamando, mas não responde!Ficou olhando até o Henrique sumir! – disse e deu um sorriso na última parte.

- Não imagine coisas. Vamos logo! – eu disse.

- Sei. – disse ela e caminhamos até o ginásio.

Havia chegado a Forks, Washington há um dia, eu e meu pai tivemos que nos mudar novamente. Sempre dava errado para nós. Ainda com mais três irmãos. Por parte de pai apenas.

- Henri! – chamou-me Haley. Fui andado em direção à enorme casa eu estava sentado na grama sem me importar com a umidade abaixo de mim e a que caía do céu cinza. Entrei e caminhei até a sala de estar, ela estava olhando ao redor.

- O que é Hay? – perguntei.

- Você acha melhor a mesinha ficar aqui ou ali? – perguntou ela indicando.

- No centro. – eu disse.

Pensou olhando e medindo. Sorriu para mim.

- Boa irmão. – disse ela e bateu palminhas animada.

Assenti sorrindo.

Subi as escadas e passei em frente ao quarto de Demi, que se olhava no espelho, penteava seu cumprido e sedoso cabelo castanho-escuro. Era bastante vaidosa, o que seria dela sem seu fiel espelho?Acho que por isso não tinha amigos além de nossa irmã Haley, Demi só pensava em si mesma. Até eu não a suportava as vezes.

Por outro lado, meu irmão do meio Kevin era meu melhor amigo e companheiro para todas as horas. Eles não poderiam ir à aula hoje, tinham compromisso. Na verdade era mais uma necessidade do que um compromisso...

- Acho que tenho que ir! – eu disse para mim mesmo. Suspirei, olhei-me no espelho e assenti. Vestia uma calça jeans escura, uma blusa de mangas cinza, um casaco verde e meu sapato esportivo azul-marinho.

Não estava nervoso, apenas estava ansioso por conhecer pessoas novas, eu queria esquecer o que tinha acontecido. Para isso tinha que refazer minha vida assim como minha família. E eu ia fazer isso!

Meu pai não estava aqui, com certeza resolvendo alguns assuntos profissionais sobre seu trabalho.

- Já vai mano? – perguntou Kevin quando eu já estava no hall da escada. Estava sentado numa poltrona ao lado do pequeno sofá branco da sala de estar.

- Sim. – não gostava de ser grosseiro com as pessoas. Podia muito bem ter o cortado.

- Então boa sorte! – disse ele mandando um sorriso motivador.

Ia saindo quando lembrei algo.

- Quando irão voltar? – perguntei a Kevin, não sabia onde Haley tinha se metido.

- No sábado. – disse ele.

Assenti e saí da casa. Fui até a garagem e peguei meu carro, um Mercedes Guardiã prata. Entrei e dei a partida, dirigindo para a Forks High. Liguei o rádio e a música depressiva do Simple Plan preenchia o silêncio do carro.

Eram realmente tocantes suas músicas. Eu gostava de algumas e tinham um pouco haver com minha vida. Cheguei ao estacionamento e não havia sinal de ninguém ainda. Olhei no relógio do rádio do carro e mostrava o quanto eu estava adiantado. Decidi ir até a secretaria, ainda não tinha pegado meu horário. Saí do carro, trancando em seguida.

Caminhei até a secretaria e andei até a recepção, uma mulher loira com alguns fios de cabelos brancos elevou o olhar, por detrás de seu óculos retangulares seus olhos verdes me encaravam atentamente.

- Com licença senhora, pode me ajudar? – eu disse e sorri.

- Claro, em que posso ajudá-lo jovem? – perguntou ela.

- Sou novo aluno, e preciso de meus horários! – eu lhe disse.

- Ah sim, qual seu nome?

- Henrique Baudelaire. – eu disse, sua mão pouco enrugada apanhou um papel.

- Aqui está. – disse ela e me entregou o papel. – tenha um bom dia! – concluiu. Olhei-a.

- Igualmente senhora...

- Garner.

- Igualmente senhora Garner. – eu disse e acenei e saí da secretaria. Voltei ao estacionamento e já haviam pessoas ali. O sino tocou, fui até meu carro, peguei minha mochila e marchei para dentro da escola.

Por onde eu andava as pessoas me olhavam, em especial as garotas. Eu apenas olhava para frente, olhei no papel e minha primeira aula seria Calculo. Caminhei até a sala de aula, onde o professor acabava de arrumar suas coisas em cima da mesa. Chamou-me com a mão e fui até lá. Disse que hoje era meu primeiro dia de aula e outras coisas.

- Pessoal, este aqui é o Henrique Baudelaire ele fará aula de Calculo conosco agora. Pode se sentar ali Henrique. Ao lado da senhorita Typpiton. – disse ele indicando um lugar na fileira do canto ao lado de uma garota loira. Que me olhava com interesse e insinuosamente. Fui para meu lugar e sentei.

O professor começou a explicar o assunto e prestava atenção quando a menina do meu lado me cutucou.

- Oi. – disse ela, me obrigando a olhá-la.

- Oi.

- É um prazer conhecê-lo, me chamo Taylor Typpiton. – disse ela com orgulho.

Sorri e a menina jogou o cabelo para trás. Como quando as meninas faziam isso para provocar. Lutei para não revirar os olhos. Era visível a futilidade dessa menina. O sino tocou, peguei minhas coisas e guardei dentro de minha mochila, coloquei nas costas e saí porta a fora.

Enquanto caminhava entediado, vi a mais bela garota. Ela praticamente correu até o bebedouro e bebeu apressadamente, ela não parecia bem respirava rápido de mais e estava pálida. Tinha cabelos castanho-escuros que caiam naturalmente como ondas em ambos seus ombros, mechas castanho-avermelhadas davam brilho ao seu cumprido e sedoso cabelo. Suas bochechas que eram levemente rosadas davam vida ao seu rosto em formato de coração e sua pele era parecida como porcelana, seus lábios eram avermelhados e cheios. Os olhos eram como chocolate derretido. 

Fui até ela num impulso de ajudá-la se precisasse de algo.

- Algum problema? – perguntei já perto dela. Ela olhou para mim, os olhos cor de chocolate me analisando, como se visse algo bom de admirar. Ela não estava assim por minha causa não é?Uma pessoa como eu não merecia um olhar desses, ainda mais de uma garota tão linda... Um encantador sorriso escapou de seus lábios avermelhados. Balançou a cabeça e como se desse conta de que deveria responder algo disse:

- N-não! – respondeu ela gaguejando.

- Estava caminhando e vi você, não parecia bem – eu lhe disse.

- É, não, não é nada. Estou melhor agora! – disse ela e eu sorri, será que eu fui o motivo?Fez uma pausa – bem, você é novato? – perguntou ela.

- Sim, me chamo Henrique Baudelaire! – eu disse e estendi a mão, ela apertou minha mão delicadamente. Senti algo como uma corrente elétrica passar por meu corpo.

- Oh, oi, sou Lizzie Black!Prazer em conhecê-lo Henrique. – disse ela sorrindo.

- O prazer é meu, mas acho que devíamos estar na sala de aula não? – eu perguntei. Ela arregalou os olhos, eu ri. Acenou para mim e correu em direção a sua próxima aula.

Estava caminhando pelo corredor indo em direção ao refeitório. Durante todas as aulas a menina do corredor não saía de minha mente, isto estava começando a assustar. Tentei deixar de lado mais não conseguia, meu coração e eu mesmo ansiava para vê-la novamente.

Entrei no refeitório e não a vi de primeira, caminhei até a comida e peguei um pouco de cada. Paguei e quando estava andando novamente a vi, sentada com uma garota, a mesma que faz aula de História Americana comigo. Elas conversavam sobre algo e decidi ir até lá.

Quando cheguei a garota da aula estava com seus olhos azuis arregalados, e Lizzie estava de olhos fechados.

- Oi Lizzie, posso me sentar aqui com você? – perguntei a ela que já me encarava, sua expressão estava animada.

- Claro – disse ela sorrindo. Sentei-me e pus minha bandeja em cima da mesa.

- Conte sobre você Henrique. – disse a menina que estava com Lizzie. Seu nome era Joane ou algo do tipo se eu não me engano. Contei sobre meu pai e sua profissão, sobre minha mãe morrer depois que nasci, eu jamais me conformei por matá-la. Contei sobre minhas inúmeras viagens, minha ida à Paris, Suíça, Itália e outros lugares, e principalmente o Brasil, era um país lindo, quando pudesse iria retornar ao Brasil.

Terminava de contar a elas quando um ser petulante loiro e que usava um perfume bastante adocicado pigarreou atrás de Lizzie.

- Olá meninas! – disse Taylor.

- O quê quer aqui? – perguntou Lizzie.

- Calma Elizabeth! – disse Taylor e Lizzie fez uma careta engraçada - vim aqui em missão de paz, meus parabéns, entraram para o time de torcida!

Lizzie ficou com a expressão que não acreditava no que escutava: Cenho franzido, sobrancelhas unidas e mãos na cintura, Joane era uma cópia de Lizzie.

- Como assim? – perguntou Joane.

- Bem, passaram no teste!

- Mais como se nem o fizemos?

- Claro que fizeram, não nos entregaram para a diretora Clark.

- Então o teste foi esse? – perguntou Lizzie.

- Sim, queríamos saber se eram fiéis e confiáveis. Pelo que vejo são e nem ao menos gostam da gente! – disse Taylor com um sorriso. Joane e Lizzie ficaram no mesmo lugar sem mover um centímetro de seus corpos. E depois se entreolharam. – então? Estão dentro ou não?

Joane olhou para Lizzie e se olharam por alguns segundos, Lizzie assentiu um pouco receosa.

- Estamos dentro! – disse Joane.

- Ótimo, nos vemos depois das aulas então. – disse Taylor. Antes de sair me deu um sorriso enorme. Lizzie parecia aborrecida com algo, mas não sabia o que era e dei de ombros. Lizzie se virou para encarar Joane e a mesma pulou de alegria.

- Obrigada amiga, sabe que eu sempre quis ser uma líder! – disse Joane feliz. O sino tocou.

- Vamos. – disse Lizzie e acenaram para mim, que acenei de volta. As duas caminharam rumo a sala de aula, alguns alunos ainda terminava seu almoço. Resolvi ir logo para minha próxima aula.

As ultimas aulas se passaram entediantes.

Já era a hora da saída e caminhava pelo corredor, vi Lizzie sentada em um banco com a cabeça repousada na parede e de olhos fechados.

- Esperando alguém? – perguntei. Ela abriu os olhos.

- Bem, sim. A Joane, a viu? - perguntou ela.

- Não. – eu disse.

Um silêncio perturbante e desconcertante se estendeu no ar, mas quando eu ia falar algo ela também disse. Rimos.

 - Fale você primeiro. – eu disse.

- Não era nada, só que... – ia dizendo ela, mas foi interrompida por Joane que estava ofegante pela corrida até aqui.

- Graças aos céus!Lizzie!Vamos, as meninas já devem ter começado! – disse ela.

- Tchau Henrique! – disse Lizzie.

- Até amanhã Lizzie, Joane! – eu disse e acenei com um sorriso enorme. Dei as costas e marchei para fora do prédio. Caminhei até meu carro, joguei minha mochila no banco do carona e rodei a chave pisando fundo no acelerador. Cada paisagem que passava via o rosto de Lizzie em minha mente, como é?Uma pessoa não pode gostar de outra apenas só de olhar não é? Isso é... Impossível!

A grande casa – mansão – estava ficando mais perto, cheguei a casa e estacionei meu carro na garagem. Peguei minha mochila e fechei o portão da garagem, caminhei para dentro de casa e ninguém estava ali pelo que percebi. Subi direto para meu quarto, abri a porta e quando vi a cama me joguei de costas.

Eu tinha tudo o que um adolescente normal tem, uma família – exceto uma mãe -, um closet – isso foi coisa de Hay que me obrigou! -, uma cama grande, um banheiro no quarto com uma jacuzzi, três cômodas, dois criados mudos, uma TV fina com DVD, um aparelho de som e um mini-bar. Tudo em meu quarto.

Coloquei meus braços atrás da cabeça e olhei para o teto da cama, o rosto de porcelana, as bochechas rosadas e os olhos cor de chocolate passearam por minha mente, de novo senti algo novo, como se eu pegasse fogo e meu coração se encheu de algum sentimento desconhecido – mais ou menos – pois me lembro de ter sentido mais ou menos isso por uma pessoa especial e muitíssimo importante na minha vida. Uma das, pois não passavam de lembranças!

Henrique Baudelaire.

Como as coisas dão tudo errado para mim!Eu, euzinha estava na torcida!O treino tinha terminado em poucos minutos, até que foi legal, não foi uma tortura como achei que seria. Foi até bom para relaxar. Estava terminando de guardar minhas coisas dentro de minha bolsa, O uniforme das líderes! Senti alguém do meu lado e me virei.

- Oi! – disse Taylor.

- Oi. – eu disse e voltei a guardar.

- Escuta, as meninas e eu sempre saímos para algum lugar. Não quer ir? – perguntou ela.

Pensei um pouco, que Mal fazia?Meus pais não estavam em casa mesmo!Raciocina Lizzie! Ela é a Taylor Typpiton esqueceu?A menina que você detesta!E que te detesta de volta!Só estou aqui pela Joane!Só por ela!

- Tudo bem. – eu disse, ela sorriu e saímos do ginásio para ir ao carro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Mandem Reviews.
Milhões de beijos da L. Cullen