Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 3
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Voltei, mil perdões, mas o site estava manutenção e não havia um meio de postar.



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As luzes se acenderam e as descerebradas estavam todas em uma linha reta, com baldes, ovos, umas com sacos de trigo nas mãos.

- O que é isso?- gritei para Taylor que se aproximava de mim e Joane.

- Ah, para entrar neste grupo terão de passar por provas!

- Eu não quero participar desse grupo! – eu disse com cara de nojo.

- Jura?Então por que está aqui? – perguntou ela com o sorriso cínico.

- Vou embora então. Sabia que não devíamos ter vindo aqui Joane! – eu disse e fui até ela, que me olhou confusa.

- Onde pensa que vai Lizzie? – perguntou ela.

- Vou embora e você virá também! – eu disse e a peguei pelo braço, que se desvencilhou e me olhou com cara de choro.

- Não vou a lugar nenhum!Vou fazer as provas! – disse ela.

- Bom, pelo menos uma corajosa! – disse Taylor. Agora sim ela me irritou, se soubesse o quanto corria perigo com uma descente de vampiros ao seu lado! Sairia correndo e as descerebradas também. Eu ri internamente com o pensamento. Imaginei a cara de espanto delas.

Olhei para Joane e esta estava com cara de que já tinha tomado a decisão. Não podia deixar minha amiga aqui sozinha afinal!Aí raiva!Bati os pés e caminhei até ficar ao lado de Joane. Que sorriu.

- Bom, vejo que quer muito entrar. Muito bem, entrem meninos! – disse ela alto. Olhei para trás e meus olhos quase sairão das orbitas. No máximo dez meninos entraram. Ela não ia nos obrigar a ficar com eles não é?

Estava nervosa, o medo me dominava e eu nunca fui de ter medo de nada – a não ser do escuro, mas deixe isso de lado – algo físico eu quero dizer.

- O que temos que fazer? – perguntou Joane a ela.

- Vocês terão de beijar todos eles! – disse a biscate sorrindo. Meretriz!

- O que?Você ficou louca? – eu perguntei gritando.

- Não, não estamos, vão ter que fazer isso senão não vão entrar! – disse Taylor.

- Pois eu me recuso! – eu disse.

- Tudo bem, você Joane? – perguntou ela a Joan.

- Eu... Eu er... Não sei. – disse ela e passou a mão nervosamente nos cabelos loiros lisos. Ela me encarou com aqueles olhos azuis e perguntando o que fazer, eu balancei negativamente a cabeça. – Não aceitamos!

Suspirei aliviada.

- Bem, então... Garotas! – disse ela e os projetos de Barbie jogaram os ovos, a tinta vermelha do balde, e o trigo. – eu vou gravar isso! – disse Taylor rindo, Joane e eu tentávamos nos proteger com a mão em frente ao rosto. Depois abrimos os olhos e vimos que elas já tinham ido embora... O estrago que ficou o ginásio era desesperador...

- Viu!Ela é uma pessoa má! – eu disse a Joane que começou a chorar. Fui até ela e a abracei. – tudo vai ficar bem Joan. – eu dizia para acalmá-la. Passei a mão em seus cabelos, mas senti os resíduos das cascas de ovos e os tirei com cuidado.

- Mais o que aconteceu aqui? – perguntou a diretora e olhou para nós. – Sta. Black e Sta. Witlock expliquem-se! – exigiu ela.

Estávamos fritas.

- É que... – eu não conseguia pensar em nada.

- Andem! – gritou a diretora Clark impaciente.

- Bem, diretora Clark... – ia começando Joane, mas foi interrompida por alguém que entrou.

- Eu sei o que aconteceu aqui! – disse Nicholas.

- Então explique Sr. Newton. – disse a diretora Clark.

- Foram alguns garotos, eles entraram aqui. As meninas estavam aqui fazendo o teste para as líderes... E eles entraram jogando ovos, tinta e trigo nelas. – disse ele e piscou para mim. Sorri agradecida, mas ele que não vá esperando algo em troca. Ótimo!

- Se é assim. Ao menos entraram para a torcida garotas?

- Não. Eles jogaram as coisas em nós e não podemos concluir. – disse Joane.

- Que pena – disse ela – vou indo, vou pedir ao faxineiro que venha limpar isso! – dito isso e saiu do ginásio. Quando não podíamos mais vê-la me virei para Nicholas, que tinha um sorriso nos lábios vermelhos.

- Obrigada Nicholas. – eu disse, grata verdadeiramente, pois podia até pegar uma semana de suspensão e meus pais iam amar isso!

- Por nada Lizz – disse ele, quanta intimidade!  - e me chame de Nick.

- Er... Temos que ir nos trocar! – disse Joane me livrando dele.

- Ah, ok. – eu disse e nos despedimos de “Nick”.

- Não acredito!Está podendo Lizzie:Nicholas Newton!- disse Joane com um sorriso.

- Pare com isso, eu nem quero Nicholas Newton e garoto nenhum! – eu disse irritada de repente. E aquilo que minha mãe me disse ontem voltou à mente. Amor!Amor!Revirei os olhos. Jamais iria amar alguém, para quê? Você ama e depois te machucam.

Joane riu de minha careta.

- Até que é bonito! – disse ela.

Fomos até o banheiro feminino onde tomamos um banho, e tivemos que vestir umas roupas esquisitas e feias. Que a diretora nos deu.

- Estou parecendo um palhaço! – queixou-se Joane e olhou para a camisa gigante, que dava duas dela e duas de mim. Seu cabelo loiro estava molhando, a expressão de irritação.

- Não reclame, podíamos ir embora para casa fedendo e sujas! – eu disse a ela, que arregalou os olhos – veio de carro?

- Sim. – disse ela.

Caminhamos para o estacionamento, não havia ninguém ali. Ao lado de meu carro estava o Audi vermelho de Joane, ela sempre se queixava de os pais não terem lhe dado uma Mercedes ou uma Ferrari. Os únicos carros que eu conheço são esses. E claro o meu lindo Porsche também.

- Então até amanhã Joane – eu disse abraçando-a, que correspondeu ao abraço – até, eu sinto muito por não ter dado certo!

Ela assentiu.

Antes de entrar em meu carro eu acenei para ela, dei a partida e voltava para minha humilde residência. Cheguei e ninguém estava em casa, Ah Claro!Foram jantar fora hoje. Subi as escadas e caminhei até meu quarto, abri a porta. Quando vi minha cama macia e convidativa eu fui até ela e me joguei de costas, suspirando.

Fechei os olhos e acabei adormecendo.

Acordei-me horas depois, fui tomar outro banho mais gelado. Saí do banho relaxada, vesti uma camisola de seda cor creme com rendas, sequei meu cabelo escuro, depois o penteei, a única coisa de que eu cuidava era meu cabelo, era precioso para mim. Gostava da maciez e da cor. Eu tinha algumas mechas naturais cor de bronze no cabelo desde bebê. Que sempre cuido.

Calcei minhas pantufas de... Coelho... Desci as escadas, minha barriga roncava. Alisei por cima do tecido do pano fino e macio.

Esquentei uma macarronada no forno de microondas, acho que mamãe a fez para mim. Conhecendo essas saídas de meus pais só chegariam pela manhã!

Tirei o prato do forno, deixei-o em cima do balcão da cozinha, peguei um garfo e dei uma garfada levando uma porção à boca. Estava delicioso, gemi pelo gosto ser ótimo.

Depois lavei o prato e arrumei a cozinha, tranquei a casa e subi até meu quarto. Fui até o banheiro e escovei os dentes. Voltei para o meu quarto e apaguei as luzes, deixando a do abajur ligada. Virava-me de um lado para o outro, não conseguindo dormir. Bufei irritada, joguei algo no chão que não sabia o que era, tinha que despejar minha raiva em algo!

Peguei meu Ipod e pus uma música calma e totalmente depressiva. Quando não conseguia mais deixar os olhos abertos, coloquei o Ipod em cima do criado mudo e adormeci.

Aquele despertador petulante novamente tocou!Argh!Coloquei minha mão para fora da coberta grossa e o empurrei com toda minha força. Levantei com bastante indisposição e fui para o banho. Aquelas garotas ainda iam ver por nos humilhar!

Sequei-me e pus uma roupa simples, uma calça jeans clara, uma blusa de mangas amarela com flores e rendas, calcei meu all-star rosa, penteei meu cabelo, estava ondulado como sempre. Minha mochila ficou no carro, agora que lembrei que não saí com nada do carro a não ser as chaves. Senti o cheiro de ovos e bacon. Com certeza meus pais já haviam chegado, eu sorri, iria fazer as piadinhas com eles! Bati a porta de meu quarto com uma força desnecessária. Desci as escadas correndo, encontrei meu pai em sua cadeira de sempre lia alguma revista, mamãe estava de costas fazendo os ovos.

- Então... – eu disse me sentando, papai olhou para mim – jantaram bem essa noite? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas. Ele cuspiu o café que acabara de tomar um gole. Eu comecei a rir. Não havia nenhuma maldade em minhas palavras!

- C-como? – perguntou ele.

Revirei os olhos.

- Deixe para lá pai. – eu disse e olhei para minha mãe.

- Ness... Temos que dar um jeito nesta menina! – disse papai e eu ri novamente. Eu sabia claramente o que se fazia entre quatro paredes, só que... Eu não gostava de falar no assunto, era vergonhoso, não com minha mãe, mas com meu pai sim!

- Foi você quem interpretou mal Jake. – disse ela. – escuta filha, eu vou caçar mais tarde e voltarei no sábado tudo bem?Jacob vai também. – concluiu e trouxe um prato grande de porcelana com ovos e bacon. Foi até o balcão da cozinha, trouxe outro prato com panquecas e torradas.

- Tudo bem mãe. – eu disse, hum... Ficar sozinha em casa por três dias!Interessante!

- Por que este sorriso? – perguntou ela, semicerrou os olhos achocolatados.

- Sorriso mãe?Nada. Só que... Eu estava lembrando algo. – eu disse.

- Sei. – disse ela, não se convenceu.

Tomei meu café em meio a pensamentos. Percebi que tinha terminado e que estava um pouco atrasada.

- Beijos mãe e pai! – eu disse e saí dali quase correndo. Antes de fechar a porta dos fundos escutei eles sussurrarem confusos “Beijos? Desde quando ela diz essas coisas?” Eu ri. Talvez o meu eu de verdade tenha retornado. Eu costumava ser carinhosa e meiga, mas isso tudo mudou quando... Eles foram embora.

Entrei em meu brilhante Porsche. Liguei o rádio e pus meu Cd do Simple Plan. Cantei junto das músicas que se seguiam, balançando a cabeça nas músicas meio animadas – em geral todas são depressivas e com um toque de rock -. Eu me identifico com algumas músicas deles.

O estacionamento estava cheio, ainda tinha uma vaga ao lado da Ferrari de Taylor Typpiton. Isso só podia ser maldição! Era o jeito estacionar ali!Sorte minha que ela não estava ali acompanhada de suas seguidoras. Até que não estava tão enraivecida com ela por ter feito aquilo como pensei que ficaria, eu nem ligava.

Logo que estacionei o carro o sino tocou, peguei minha mochila pulando para fora do carro, pus a mochila nas costas e andei despreocupadamente até o portão. Passei pelo portão e caminhei para minha primeira aula que seria Inglês.

Estava entediante, os alunos nem prestavam atenção uns cochichavam uns com os outros, outros escutavam música no celular ou no Ipod, outros liam revistas. O professor não estava se importando com a falta de atenção dos alunos.

Ele só falava, era o tipo de professor demente. Onde nas aulas quem mandavam eram os alunos. As vezes dizia coisas sem sentido e esquisitas. Eu me encolhia de medo. Minha boca salivou, só de olhar o pescoço do professor que no momento era atrativo.

Balancei a cabeça, o que estava havendo? Concentrei-me no livro em cima de minha carteira, sobre um amor não correspondido. Lia a introdução, mas minha boca salivou novamente, eu estava com... Seria sede?Como se estivesse desidratada. Umedeci os lábios.

O sino tocou e eu saí correndo da sala com minha mochila nas costas, eu parei num canto do corredor. Ofegante pela corrida, pus a mão no peito. Deve ser outra coisa!Talvez não tenha bebido água hoje. Caminhei até o bebedouro e bebi água até saciar minha sede. Respirava ainda com dificuldade, aos poucos minha respiração foi normalizando.

- Algum problema? – perguntou alguém. Era uma voz melodiosa e linda. Parecia música. Levantei os olhos, e me segurei para o queixo não cair. Minha nossa... Nunca vi alguém tão lindo, aqueles olhos... Hipnotizantes. Era um lindo garoto, acho que devia ter minha idade. Tinha os cabelos loiros, com corte que os de mais garotos faziam, mas ele não era como os outros garotos... Seus olhos eram azuis, como o céu em um dia de sol. Um sorriso involuntário escapou de meus lábios.

Balancei a cabeça. E depois de tempos, fui perceber que devia uma resposta.

- N-não! – eu respondi, que droga!

- Estava caminhando e vi você, não parecia bem. – disse ele.

- É, não, não é nada. Estou melhor agora! – eu disse e ele sorriu. Espera!Por favor que ele não interprete que estou tentando paquerá-lo!Não conhecia aquele garoto, conhecia quase todos os alunos dessa escola. – bem, você é novato?

- Sim, me chamo Henrique Baudelaire! – disse ele e estendeu a mão para mim, que a apertei gentilmente, algo estranho aconteceu no momento em que nossa pele se tocou!Senti algo diferente como um choque percorrer meu corpo.

- Oh, oi, eu sou Lizzie Black!Prazer em conhecê-lo Henrique. – eu lhe disse sorrindo.

- O prazer é meu, mas acho que devíamos estar na sala de aula não? – perguntou ele.

Arregalei os olhos. Ele riu. Acenei e corri até minha aula. A professora Kollins já estava lá.

- Muito obrigada por se juntar a nós Sta. Black – disse ela.

- Desculpe professora, posso me sentar? – perguntei.

Assentiu. Ela me amava, eu era sua melhor aluna!

Já era o almoço e estava na mesa de sempre, ansiosa, não sabia o por que. Quando uma figura me assustou.

- Ei Lizzie! – disse Joane sentando-se na cadeira com sua bandeja.

- Oi. – eu disse e relaxei na cadeira. Voltei a me concentrar em meu almoço, mordi um pedaço da pizza de queijo. Não gostava muito de verduras.

- Lizzie, você viu o garoto novo? – perguntou Joane se inclinado para comentar.

- Sim.

- Bem, ele é bonito, ta na cara!Aqueles olhos! – disse ela suspirando. Não sei por que eu me incomodei com aquilo. Olhei-a irritada. – Er... O nome dele é alguma coisa como Harti...

- É Henrique, Henrique Baudelaire! – eu disse entre dentes. Ela olhou-me confusa, as sobrancelhas unidas.

- Está havendo algo aqui, que ainda não captei? – perguntou ela com um sorriso debochado.

Eu ri, mas não era divertido ou animado, mas sim um riso nervoso.

- Não-o que besteira! – para que eu gaguejei!

- Está vendo... – ia dizendo ela quando, um aroma delicioso e bom invadiu minha narinas, fechei os olhos apreciando o perfume. E um ser apareceu ao meu lado. Joane arregalou os olhos.

- Oi Lizzie, posso me sentar aqui com você? – perguntou ele.

- Claro. – eu disse sorrindo, estava radiante.

- Conte sobre você Henrique. – disse Joane, praticamente babando em cima dele.

Ele começou a nos contar sobre tudo de sua vida, como era filho de um militar viajava bastante, sua mãe morreu após seu nascimento. Pelo que o percebi não aceitava muito bem, a maioria das pessoas que as mães morrem depois de seu nascimento se culpam. Ele já esteve em Paris, na Suíça, Itália, e outros lugares exóticos. Até no Brasil ele esteve. Disse que a temperatura é mais alta do que aqui.

Alguém pigarreou atrás de mim, me virei lentamente. Não acredito.

- Olá meninas! – disse Taylor.

- O quê quer aqui? – perguntei me levantando.

- Calma Elizabeth! – disse meu nome inteiro! – vim aqui em missão de paz, meus parabéns, entraram para o time de torcida!


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Mnadem Reviews, do que pode melhorar ou para eu continuar no que estou fazendo.
Bjus da L. Cullen.