O Jardim Secreto escrita por MarinaHinacha


Capítulo 23
Vigésimo Terceiro




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É domingo de manhã. 09: 00h. Hinata se encontra estressada. Sempre que escuta um barulho de carro ela corre até a varanda. Ela espera desesperadamente pelo carro de Menma. Mas até o momento nenhum dos barulhos pertencia ao carro dele.

— Meu irmão vem hoje mesmo. Doce Hinata. Se ele sair de Konoha, antes se despedirá de nós. — Naruto está na cama. Folheando o livro.

— Droga! — a azulada bate contra a testa:

— Ino tem o número dele!!! Como continuo sendo burra!!! — ela sorrir:

— vou ligar para ela! — mesmo ainda estando de camisola, a azulada busca descer. Ao alcançar o telefone da sala de estar, Hanashi sentada no sofá a observa com estranheza. Imaginava que a filha já desceria arrumada.

Hinata coça a cabeça. Aguarda a amiga atender a ligação. Mas o tempo passa. Passa muito. A Hyuuga coça a cabeça com mais força.

— Porcelaninha.

— Perdão mãe. Estou ocupada. — A azulada retorna para o andar de cima. E quando adentra no quarto vai procurando pela toalha:

— vou me banhar e me vestir para ir à casa de Ino. Não demoro!

— Vou-me com você. Ajudá-la a convencer tua amiga.

— Tudo bem!

Ele se anima e fecha o livro. Põe o livro sobre a cômoda. Ao lado do abajur. Mas quando coloca um pé no chão, Naruto logo escuta:

— Mas espere eu terminar o meu banho!

Ele se desanima.

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09: 35H. O casal de namorados está na frente da casa da Yamanaka. A casa de Ino é de estilo modernista com compartimentos bem alongados verticalmente. As linhas retas da construção se destacam. O concreto das paredes externas apresenta a cor natural dele, as janelas e a porta são rosadas.

— Que casa esquisita. — Naruto sobe a escada de mármore, logo atrás de Hinata que em breve para na frente da porta:

— eu posso tocar a campainha?

— Sim. — Hinata sorrir um pouco e arreda, fornecendo espaço para o namorado passar:

— você vai gostar dessa.

Sorrindo. Ele aperta no botão e se surpreende com a música instrumental.

— É no ritmo de uma música famosa “Barbie Girl”. — A perolada o revela.

— Tem um ritmo bom. — Naruto aperta de novo. Ele acha o ritmo viciante. O Uzumaki segue apertando até ele perceber que Hinata está sentada na escada. Ela abraça as pernas. Deprimida. Ele se afasta da porta e se acomoda ao lado da Hyuuga. Ele a abraça pelo ombro e esfrega o braço dela. Ele busca confortá-la.

— Não é possível. Será que ela ainda não acordou? — a azulada coça a cabeça e acaba ferindo o couro cabeludo. Havia coçado várias vezes no mesmo lugar. A região ferida arde. Mas ela ignora. Ela descansa a cabeça no ombro do Uzumaki. Um silêncio perdura. Os azuis pousam no céu. Comparam as formas das nuvens à animais. A Hyuuga observa alguns ciclistas passando na rua em frente da casa da Yamanaka.

— Doce Hinata.

— Hum?

— Por que essas calças são tão apertadas?

Os dois estão de calças jeans. Ela está com uma blusa branca de mangas folgadas. E alças finas. Os ombros estão expostos. Ela prendeu o cabelo em um coque caído que cobre a nuca dela. Ele está com camisa de mangas curtas. Laranja.

— Porque sim. Os jeans é um tecido grosso. É bom para se usar no outono e inverno ou quando vai na casa de alguém independente de qual estação. Agora se for em uma festa muito elegante é bom que escolha um visual como o do meu pai. Calça combinando com o paletó. — Carinhosa o observa:

— não está confortável?

— Prefere eu vestir algo leve.

— Eu também.

Os dois retornam ao silêncio. Depois de um momento estendido, a perolada o chama:

— Naruto?

— Doce Hinata?

— Sente falta das comidas da sua época?

— Não. Mas sente eu a falta de caçar. Era uma das atividades que ajudavam a manter a forma. Assisti eu a um vídeo de pessoas caçando com armas de fogo. Em que nisso ajuda a manter a forma? Que emoção tem conseguir atirar com esse tipo de arma? Eles deviam ir na faca.

A perolada rir.

— É o que acho sobre a caça. Não quero pagar de Pocahontas. Afinal eu consumo seres vivos. Mas não consigo deixar de me sentir mal quando vejo caça de animais que não fazem parte do consumo cultural dos japoneses.

— Pocahontas?

— Há há há vou pôr na lista para mostra-lo mais tarde.

É dessa forma que a perolada consegue suportar o tempo passar. Os dois puxando assuntos aleatórios para diverti-los. 11: 30H. Hinata já tem certeza que Ino não está mais em casa. Nenhuma janela ou porta foi aberta. Lamentosa a Hyuuga decide voltar para casa, pois escuta o estômago do loiro roncar. Ela finge que não escutou e aguarda só uns minutos a mais para se levantar. O Uzumaki lamenta pela namorada. Depois quando estão chegando em casa avistam um carro preto estacionado ao lado da calçada, na frente do portão da cerca. Animada a perolada corre e Naruto está ao lado dela. Porém, quando os dois chegam perto, Hinata descrer que seja o carro de Menma. Ao contornar o carro ela observa a placa.

— Naruto. — A perolada pousa uma mão no peito do namorado:

— acho que Sasuke está dentro de casa.

— O que?!!! — o Uzumaki se enfurece e avança correndo. Sem abrir o portão, ele salta por cima da cerca.

— Naruto!!! — Hinata abre o baixo portão:

— eu combinei de conversar com ele hoje!!! Por favor!!!

O loiro arfante e incrédulo se vira para fitar a namorada.

— Eu concordei de conversar com ele hoje. Mas não marcamos o horário. Ele deve ter me ligado, mas não atendi já que perdi meu celular. — Ela alcança o loiro e o abraça pela cintura.

— Hinata. — Naruto a segura pelos ombros:

— não a permitirei que fique a sós com ele.

— Ele não me fará nada. Naruto.

— Não permitirei!!! — a fúria sai em cada sílaba e em cada ar expirado pelo loiro.

— Tudo bem! Tudo bem! Calma! — ela esfrega o nariz contra a camisa dele e aos poucos, no decorrer de tempo, nesse abraço, o Uzumaki recupera o controle das emoções.

A porta é aberta por Hanabi.

— Eu disse que eles chegaram! — a Hyuuga mais jovem falou alto:

— que gritaria era essa? — Hanabi sorrir.

— Nada. — Hinata segura a mão do Uzumaki e vai andando na frente.

Ansiosa. Hanabi fala:

— Adivinha quem-

— Sasuke. Eu sei. — A perolada entra na sala e observa o Uchiha em pé. Enquanto Neji e Hiashi sentados fritavam Sasuke com os olhares mortais. Hanashi aparece na divida entre a cozinha e a sala:

— Que bom que chegaram. Estou preparando o almoço. Querida.

— Obrigada. Mãe. — Hinata não solta a mão de Naruto. Mas no interior dela, ela sente que é inútil. É o mesmo que ela segurar a coleira de um pitbull ou outro cachorro de grande porte. Se o animal sair correndo, ela não terá força para impedi-lo. O Uchiha com as mãos nos bolsos encara o loiro. Tenso. Naruto encara Sasuke. Olhar assassino.

— Você existe mesmo. — Sasuke já estava quase acreditando de que tudo foi uma armação de Hinata para mostra-lo que ela seguia muito melhor que ele.

— E tu infelizmente também. — Naruto devolve.

— Não quero brigas aqui! — Hinata alerta indo ao meio da sala:

— por favor. Pai. Neji. Mãe. Hanabi. Deixem-me a sós com o Sasuke.

— E comigo. — Naruto a lembra.

— Naruto. — Ela aperta as mãos o implorando:

— espere na cozinha. Se acontecer qualquer coisa eu chamo você.

O loiro cruza os braços. Discordante.

— Eu imploro. — A expressão que ela faz é um golpe em Naruto.

— Vem Neji. Vamos para o quintal dos fundos. — Hiashi se levanta.

— E eu vou lá para cima. — Hanabi mente. Ela quer sentar na curva da escada para escutar a conversa.

— Vem Naruto. Hinata precisa ter a privacidade respeitada. É um momento importante para ela. — Hanashi tenta convencê-lo:

— vamos para a cozinha. Vou lhe adiantar a sobremesa e lhe entregar pudim de chocolate.

O Uzumaki não desfaz a cara brava. Carrancudo ele abraça a azulada e a sustenta para beijá-la. Sasuke espreme os dedos dentro dos bolsos. Corada. A azulada é posta no chão e aguarda os últimos a se retirarem da sala para então, ela se voltar ao ex.

— Seja rápido. Sasuke.

O Uchiha podia estar louco, mas ele teve certeza que ela apresentou uma postura melhor depois de receber o beijo do Uzumaki. Os olhos ônix possuem um brilho muito forte. Ele luta para dominar a fúria. Porém, basta ele pensar no que tem para dizê-la que tudo nele vai serenando.

— Eu sinto tanto a sua falta. Está insuportável. Cada lugar que eu paro eu imagino você. Eu não tenho como provar além de palavras. Só posso repetir que me arrependo. E que fui burro. E que meu momento com Amaru não foi importante. Eu só a conhecia pelo que falavam dela “a garota de sobrancelhas grossas.” Ouvi meu primo Óbito um dia dizendo que iriam empurrar o Rock Lee para cima dela.

Rock Lee era um rapaz de sobrancelhas grossas. Que esteve presente na pequena festa da noite da traição.

— Mas é isso que dói. Sasuke. Você não foi forte para parar de beber e se juntar a mim. Você tinha um grande senso de responsabilidade. Sempre soube o momento de parar. Poxa Sasuke. Até quando você bebia apenas um copo, você evitava dirigir.

— Ainda faço tudo isso. Só que tive um deslize. Sou humano.

— Eu sei. E perdoar ou não um erro, fruto de uma escolha, também é humano. — Hinata consegue sorrir:

— eu o perdoou Sasuke. — Antes que ele se anime, ela continua:

— como amiga. Quero preservar um pouco de amizade. Se for possível.

A Hyuuga percebe os ônix brilhando. E o coração dói por vê-lo se esforçar para não chorar. Ele não se move, mas há veias no pescoço e pela testa dele. O momento se torna difícil para Hinata também.

— Você é especial pra mim. Sasuke. Vou preservar na mente os nossos momentos bons.

— Mas você acredita em mim? Quando digo que Amaru não significou nada? Acredita no meu arrependimento?

— Sim. E eu não consigo decidir o que é pior. Alguém sem significância conseguir fazê-lo me trair ou se alguém com importância fazê-lo me trair. Pois em ambas possibilidades- significa que seu amor não foi forte. Não naquele momento.

O Uchiha não ousa se defender desse argumento. Fecha as pálpebras durante pouco tempo. E ao abri-las. Ele diz com um pequeno sorriso envergonhado:

— Devo ser a pessoa que mais odeia no mundo.

— Não. É passado. Já dei o seu perdão. E espero que encontre alguém especial, da mesma forma, que eu encontrei.

Pensando no loiro. O Uchiha retorna a pulsar emoções pesadas em seu interior.

— Está apaixonada por ele? De verdade?

— Sim.

—  Tem que ter cuidado. Para não ir depressa.

— Eu não me importo de estar apressada ou não. Naruto me faz muito feliz. É uma felicidade pela qual estou disposta a arriscar. E você devia ser grato a ele.

Sasuke sorrir de canto. Descrente.

— Essa é boa. Por ele ter me tirado de você?

— Ele não me tirou de você. Eu não voltaria para você de qualquer jeito. Mas convivendo com Naruto eu ganhei por ele uma admiração imensa. E eu desejo ser como ele. Naruto tem uma bondade que ultrapassa o extraordinário. E para dar o primeiro passo eu- eu- resolvi perdoá-lo Sasuke. — Naruto perdoava tantas coisas horrendas e mesmo assim se encontrava feliz com a vida. Hinata só precisava perdoar uma:

— perdoei a mesma pessoa a qual semanas atrás eu desejava a morte. Eu me sinto tão leve agora, tão em paz comigo mesma. É uma sensação tão boa que mesmo se não der certo com Naruto, eu vou usar essa força que estou alimentando dentro de mim, para seguir em frente.

Sasuke enxerga a determinação da Hyuuga. É doloroso ouvir que a fez odiá-lo a ponto de mata-lo. Se ela agora está o olhando com ternura, por causa de Naruto, Sasuke de fato tem que agradecê-lo. O que é horrível para o Uchiha.

— Creio que eu não possa fazer mais nada quanto a isso. — Sasuke sorrir derrotado:

— seja feliz. Hinata.

— Igualmente. Sasuke. —  Ela aperta a mão dele e o puxa para um abraço. E enquanto tem o rosto contra o peito dele, ela lagrima, repensando apenas nos momentos bons tidos com o Uchiha. Sasuke também. Pensa ele o quanto desfrutou da felicidade da perolada. Ele não procurará um relacionamento novo tão cedo. Ele não quer dizer para ela, mas ele vai segurar uma esperança de que as coisas entre ela e o Uzumaki não durem muito. Ele acredita que ela se envolveu com Naruto por impulso. O Uzumaki tem presença para despertar atração em qualquer uma. Mas até os dois romperem Sasuke precisa se comportar e respeitar o espaço dela.

— Chega!!! — Naruto com a boca suja de pudim de chocolate aparece na divisa entre a cozinha e a sala:

— já estão muito tempo grudados!!!

— Naruto!!! — Hinata se afasta do Uchiha e raivosa encara o loiro:

— estava nos espiando?

— Eu lamento filha. — Hanashi se espreme entre Naruto e a marca da passagem. E pisa na sala:

— só foi me distrair com o fogão. O almoço está pronto.

— Eu tenho que ir. Bom almoço para vocês. — Sasuke se apressa e caminha à porta. Antes que Hinata o convide para a refeição. Além da antipatia de Hiashi e Neji, teria que ver o Uzumaki ocupando o lugar que foi dele.

— Sasuke você não gost-

Hinata foi até a porta, tentando convidá-lo para o almoço, mas ele não parou para escutá-la. Ele entra no carro e acena para ela. Com um sorriso pequeno. E ela retribui com um sorriso bondoso. Naruto pega a mão dela e fecha a porta. Ele a coloca sobre o ombro e a leva para a cozinha. Naruto receia que ela vá atrás do Uchiha para convidá-lo a entrar na casa de novo. A perolada fica irritada, mas depois ela rir.

CONTINUA


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