Com doze minutos após o início do jantar acontecem batidas na porta.

— Hinata! Você chegou?!! Você está aí?!! — é a Yamanaka desesperada por notícias da Hyuuga.

Hinata se levanta rapidamente:

— Meu Deus! Esqueci da Ino!!! — a pobre amiga deve ter ligado direto para o celular da azulada:

— eu não demoro. Continuem comendo!! 

— Cuidado. Querida. — Hanashi pede vendo a filha mais velha disparar em uma corrida.

— Ino! — Hinata abre a porta e abraça a loira.

— Graças a Deus!!! — a Yamanaka a aperta com muita força.

As duas se afastam, mas não soltam os braços uma da outra.

— Você ainda está com a roupa do festi – Hinata se interrompe. Notando o número 1 bem grandão na imensa faixa de flores que envolve inclinadamente o corpo da loira. Com grata surpresa a Hyuuga entende o que é:

— Ino! Você ganhou o desfile!!!

— Eu estava ansiosa para conta-la, mas quando fui até sua família me disseram que estavam a sua procura. Botei o Genma e o Sai para procurarem por você também.

— Lamento todo o transtorno que causei. Eu devia ter dado um jeito de comunica-la assim que cheguei.

— O importante é que está bem agora. Vou ligar para os rapazes. Principalmente, para Genma antes que ele considere caso de polícia. — A loira solta os braços da amiga e procura na bolsa pelo celular:

— a propósito. O que aconteceu?

— Um contratempo. Mas vou explica-la melhor depois. Ainda tenho aquela coisa importante para contar a você. Lembra?

— Claro. A coisa importante. Estou ansiosa. — Com o celular na mão ela digita o número do Shiranui que atende em menos de cinco segundos. Ela o avisa rápido sobre Hinata estar são e salva em casa e depois ela liga para o Pejon o repassando a mesma informação. Após guardar o celular de volta na bolsinha, a loira tem o braço direito envolvido pela perolada.

— Venha jantar com a gente. Estamos jantando com o irmão de Naruto.

— Irmão de Naruto?!! Como ele é?!!

— Acho q- parecido com o Naruto?

— Ele está solteiro?!!

— Ino. Você está saindo com o Genma.

— Ficante não é namorado. Está solteiro ou não?!!

— Não sei. Ainda não entramos nesse assunto à mesa.

— Segura o irmão de Naruto até eu voltar. Vou mudar meu visual rapidinho.

— Mas Ino-

— Eu não demoro!!! — o raio de flores vaza e é alvo de olhares de vizinhos. Akamaru late para ela.

No fim a azulada rir. A Hyuuga fecha a porta e retorna para a mesa de jantar:

— Convidei a Ino para vir aqui. Mas ela achou melhor se trocar antes.

— Esquecemos de avisá-la sobre você. Ela estava nos ajudando a procura-la. — Hanashi lamenta.

— Está tudo bem agora. Mãe. Eu também devia tê-la avisado antes. O bom é que ela não se irritou. Vou separar um pouco da sobremesa para Ino. — A sobremesa é gelatina de vários sabores. Escolhe a de morango. E a de uva.

— Diga-me. Senhor Namikaze. — Hiashi mantém o diálogo à mesa:

— é compromissado?

— Somente com o trabalho. — Ele sorrir:

— esse sushi está uma delícia.

— É de camarão apimentado. — Naruto revela ao irmão, depois de engolir três porções do mesmo tipo de sushi.

A azulada sorrir vendo que os dois loiros compartilham da mesma preferência.

— Não pretende arranjar relacionamento? Senhor Namikaze? — Neji pergunta.

— Por enquanto. Não. — Depois da vida no reino de Samas, Menma viveu apenas para vigiar o livro. Ele buscou ocupar funções, trabalhos que o permitissem se manter e entregar o livro nas mãos de várias moças consideradas por ele, fortes candidatas a se envolver com o Uzumaki:

— mas quem sabe. Talvez eu mude de ideia. — Além de desfrutar da companhia do irmão, agora o Namikaze também pode buscar viver a própria vida. Uma coisa não exclui a outra.

— Menma-kun, eu sugiro que espere uns cinco anos até pensar em se relacionar. — Hanabi aconselha de rosto rosadinho:

— é jovem. Reúna bastante dinheiro antes de dar um passo sério na sua vida.

Neji e Hinata entortam a boca para Hanabi. Hiashi está com seu cenho fechado, mas não por causa do seu jeito natural de ser, mas por ainda não gostar de saber que Hinata já considera se casar.

— É um bom conselho. Senhorita Hyuuga. — Menma fala evitando sorrir muito. O que ele mais tem é dinheiro e muitos anos e já teve muitos anos de juventude.

Hanabi fica toda feliz. Tenta não demonstrar, mas se balança um pouco na cadeira. Hanashi tem pena da filha caçula. Menma sendo homem jovem e bonito não durará cinco anos esperando a Hyuuga completar a maioridade.

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A Yamanaka retorna para a casa da amiga Hyuuga. O jantar acabou há meia hora. Mas a loira aprecia a companhia de Menma durante uma hora na sala de estar até ele decidir que é hora de partir. As despedidas são calorosas. O Namikaze se sente muito adorado pela família de Hinata. É um alívio para ele Ino não o reconhecer. Quando ele era Menma Nojima os dois se comunicaram algumas vezes por ligação, depois que fecharam negócio sobre a casa em Konoha. Ele atendia e ela disfarçava que queria saber sobre uma nova casa, porém ela se desviava sutilmente de assunto aqui e ali para algo mais íntimo. Ele até se divertia e alimentava uma conversa ou outra, porém nunca marcou um encontro com ela. Não que não a achasse bonita. Para ele - e para qualquer homem não cego - ela é extremamente gostosa! Mas naquela época evitava se envolver com qualquer mulher. Quem sabe agora podia dar uma chance a ela. Mas quando os dois estivessem a sós. “Hum. Talvez eu ainda não deva me envolver com ela. Ela é muito amiga da namorada do meu irmão. Pode dá problema se eu quiser experimentar outras ‘frutas’ depois dela.”. Ele está em indecisão. Há um momento no qual Ino solta “Tenho a impressão de que já nos conhecemos.” Tudo no Namikaze gela. Só sabe que está vivo porque ainda respira. Mas, como Ino não se recorda de onde acha tê-lo conhecido, logo o assunto morre e ele se alivia. Somente quando ele parte, já dentro do carro, é que Ino dilata as pupilas ao se lembrar:

— Ele tem o mesmo nome do corretor de imóveis! E os dois são loiros de olhos azuis!

— Até o sobrenome?!! — Hanashi fica curiosa.

— Não. Não. Só o primeiro nome mesmo.

— Grande coisa. Menma é um nome comum. — Hanabi engrossa a voz e vai para a casa da irmã. Seguida pelo primo.

— Parece que a irritei muito. — A loira comenta à amiga.

— Minha filha está com uma queda pelo senhor Menma. — Hanashi diz com um sorrisinho de pena.

— Entendi. — A Yamanaka dá uma jogada de cabelo para trás. Foi evidente para todos que ela se atirou para cima do Namikaze. Constantemente. E ela se sentiu triunfante todas as vezes que os orbes azuis dele apreciaram as curvas dela:

— sinto muito se alguém se sentiu desconfortável. Eu não resisto a um homem bonito.

— Espero que faça isso apenas para cima de homens descompromissados. — Hiashi comenta.

— Pai!

— Deixa Hinata. — Ino pousa uma mão no ombro da amiga e retoma a falar sobre Menma:

— além da beleza, o que achei curioso no Namikaze, é que ele também tem o mesmo modo de falar de Menma Nojima.

— Sério mesmo? Que coincidência. — Hinata diz. Revelar que os dois Menmas são os mesmos é algo que a Hyuuga contará a Yamanaka, mas não na presença dos pais:

— mãe. Pai. Avisem aos outros que estarei com a Ino no quintal dos fundos. Conversando com ela. — O modo gentil da perolada não passa a impressão de que tratará de um assunto sério.

— Está bem. Porcelaninha. — Hanashi vai com Hiashi para a casa da filha. As duas amigas escutam Hanashi brigar com o marido pelo comentário desrespeitoso que ele dirigiu à loira.

— Imagina se ele descobre que eu queria o teu namorado. — A loira rir. As duas estão mais afastadas do casal Hyuuga. Elas andam no caminho entre a parede e a cerca:

— acho que sua mãe ajudaria ele a me xingar.

— Mesmo se eles souberem não vou deixa-los que a tratem de modo ruim. Nós duas já nos entendemos.

Os orbes azuis cintilam. As duas chegam no gramado do quintal dos fundos.

Sob um céu estrelado e recebendo um vento suave de inicio de veraneio, a azulada segura as mãos da amiga loira.

— Ino. Eu gostaria de lembrar a você sobre a minha natureza. Sobre a pessoa que eu sempre fui. E que eu nunca brincaria com algo sério.

— Eu sei bem. Hinata. — A ansiedade da Yamanaka cresce.

— Eu queria sair com você para conta-la, mas depois do que aconteceu hoj-

— Não me importa. Hinata. Conte aqui mesmo!

— Tudo bem então. O que direi a você. É tudo sincero. Preciso que você acredite.

— Claro. Claro. — Ela assente e balança as mãos da azulada. Sente seus dedos serem apertados com muito mais força por Hinata:

— diz logo amiga! Diz logo!

A perolada dá uma respirada funda e começa pelo livro. Um pouco mais de trinta minutos se passa até a azulada chegar na parte de Menma e finalizar ao revelar que o Namikaze e o Nojima são a mesma pessoa.

— Eu ainda não conversei com ele sobre isso. Mas se eu conversar com ele, eu sei que posso convencê-lo a se transformar no Nojima. — Hinata acrescenta.

A Yamanaka se solta da amiga. Meio receosa do que deve falar.

— Estou cansada de ficar em pé. — É o que a loira consegue soltar depois de mais alguns minutos calada.

Hinata se apressa para buscar um banco alto para a Yamanaka. Quando a perolada põe o banco diante a loira, a loira não hesita em sentar. Com as pernas juntinhas. As mãos sobre os joelhos.

— O que devo dizer? Hinata?

— Que acredita em mim.

— Está bem. Eu acredito. — A loira coloca uma mão na testa e sorrir:

— só que é muita coisa para eu processar. Entende?

— Eu não a culpo Ino. Mas se quiser uma prova. Eu conversarei com o Menma. Só precisamos ficar em um lugar isolado.

— Sim. Eu compreendo. — A Yamanaka se ergue do banco e se espreguiça:

— hoje foi muito agitado. Preciso dormir cedo-

— Ino. — Hinata murmura.

— Não se preocupe amiga. Marcaremos um dia com Menma. Eu entendo que não pediu a ele hoje porque tinha muita gente e soaria estranho você chamar eu e ele para um lugar afastado dos outros. — Ino a abraça:

— estou ansiosa para vê-lo se transformar.

A perolada sente uma tremedeira na loira. A azulada acompanha a amiga. As duas param porque Ino quer um pouco de água. Depois continuam o caminho. Ino se despede rápido da família Hyuuga. No portão da cerca as duas amigas se dão mais um abraço e se afastam. A Hyuuga assiste a Yamanaka partir. Com a sensação de que Ino não queria magoá-la, por desacreditar no que ela escutou. Como culpa-la? É uma história fantasiosa demais. Na hora de dormir, Hinata entra no quarto e encontra Naruto lendo o livro que foi a morada dele por séculos. Ela está usando uma camisola que mesmo comprida é muito sexy na opinião de Naruto.

— Contei para Ino sobre nós. — Ela revela se deitando ao lado dele. Ele fecha o livro e a abraça fazendo ela deitar sobre ele. Ela sorrir.

— Se arrependestes? — ele acaricia os cabelos da namorada.

— Não. Na verdade, um pouco. Eu devia ter conversado com Menma primeiro. Eu revelei para ela sobre ele. Sobre a capacidade que ele tem para se transformar. Vou pedi-lo que se transforme no Menma Nojima, na frente de Ino.

— Hinata.

Sem o “Doce”! Aí vem. A Hyuuga se prepara.

— Sim? Naruto?

— Menma avisou-me que sente que os dons dele estão se acabando. Deve ser algo relacionado com o fim da maldição.

— Não! — a azulada se senta no abdômen do loiro. Ela apoia as mãos no peito dele:

— os dons não se acabam! São divinos!

— Deve ser algo a ver com os deuses estarem distantes do mundo de hoje. Tudo o que eles deixaram na Terra perdeu a força com o tempo. Incluindo os dons-

— Temos que fazer o Menma orar! Rezar para o Deus de Samas! Sei lá! Ele tem que fortificar a fé dele para se manter com o dom! Não quero que Ino pense que eu sou louca!!! — ela sacode o corpo do loiro. Subindo e descendo com o corpo dela.

— Calma. Doce Hinata. —  O Uzumaki segura pelo meio dos braços dela, mas considera os movimentos dela muito- estimulantes.

A azulada para de se sacudir. Os perolados estão úmidos.

— Eu só queria retribuir minha sinceridade para Ino. Ela me conforta tanto. Como fui burra!!! E eu nem anotei o número do teu irmão! E não sei onde ele se hospedará! — põe as mãos contra o rosto:

— eu devia ter planejado melhor esse momento.

— Menma voltará a ver a nós em breve. Há uma grande chance de ele ainda conseguir se transformar. Não se preocupe. Doce Hinata. — Ele faz carinho no rosto da namorada. Os polegares dele limpam o rosto umedecido da azulada. Consolada, ela volta a se deitar por cima dele. Escutando as batidas do coração imenso que ele tem dentro do peito.

CONTINUA