Capítulo 58: O tritão halterofilista contra o capitão do navio ACD, o tsunami contra a montanha

- Não existe maneira de você se defender de tantos golpes menino! – um tritão que lembrava um polvo fala desferindo vários golpes parecidos com socos no jovem capitão.

“Não sei pra quê tanto braço! Ele ta só me afastando do capitão deles, será que é de propósito?” Daniel se pergunta em pensamentos.

- Toma essa moleque! IMPACTO TSUNAMI! – a criatura golpeia com seus três braços da esquerda no que seriam três socos retos ao mesmo tempo. O garoto se defende fechando os braços a frente de seu corpo o que não evita que seja arremessado, Daniel gira no ar e cai de joelhos na areia da praia, o lado direito de sua boca sangra.

- Você até que é fortinho sabia? – o garoto fala a seu inimigo, um tritão vermelho com seis tentáculos no lugar dos braços, três na esquerda e três na direita, tinha pernas como de um ser humano, sua cabeça tinha uma forma alongada, sua boca era projetada para frente, lembrava uma corneta, um de seus olhos ficava acima da boca o outro abaixo, possuía cabelo moicano cinzento e uma tatuagem de escrito “te amo mãe” na nuca, vestia-se com uma bermuda azul e uma camiseta sem mangas com listras verticais.

- É lógico, eu malho todo dia pras garotas pirarem nos meus músculos! – ele fala fazendo poses de halterofilista com seus vários braços.

- Legal, você também malha! Eu também levanto uns pesos pra ficar bombado pras mulheres... – Daniel fala também fazendo várias poses de halterofilista.

- Desista garoto, meus músculos são muito mais impressionantes que os seus!

- Não é verdade, meus músculos impressionam mais porque sou forte como uma montanha! – continuam fazendo poses enquanto discutem.

- Você teria futuro menino, é uma pena que tenhamos que nos enfrentar senão poderia te ensinar alguns truques de malhação. – o homem peixe fala.

- Não se preocupe eu tenho meus próprios truques cara. – o jovem capitão fala se pondo em posição de luta.

- Se você é forte como uma montanha saiba que eu sou Lacun e sou poderoso como um tsunami! – o monstro fala fazendo uma última pose, repentinamente ele ataca o jovem capitão com três golpes retos com os tentáculos da esquerda, o garoto se desvia e golpeia com um soco de direita no abdômen da criatura, Lacun percebe a movimentação e se afasta evitando a potência máxima do golpe.

“Esse garoto é traiçoeiro e ágil! Quase que me pega de guarda baixa... Mas é impossível pegar Lacun de...” o raciocínio do homem peixe é cortado por uma dor forte no abdômen, começa a sangrar pela boca. “Mesmo evitando o máximo do golpe ele me causou esse dano, ele é mais forte que eu pensei e só um filhote, não posso deixar que a aparência frágil dele me iluda... Meus tentáculos são maiores que os braços dele, tenho uma ótima vantagem...” novamente seu raciocínio é cortado por um ataque do garoto, um soco de direita acertaria sua face se não fosse sua reação rápida, ele segurou o jovem capitão com seus tentáculos.

- Isso não vale... – o menino fala inconformado.

- Isso é guerra garoto, e guerra de piratas, filhotes não deveriam se meter nessas coisas! – o monstro fala e em seguida salta de leve, num movimento ele desfere uma voadora com os dois pés no garoto preso, Daniel é violentamente arremessado, gira na areia da praia e cai de costas. Subitamente uma sombra o cobre, se trata de Lacun que saltou para atacá-lo. – GRANDE FÚRIA TSUNAMI! – o monstro grita caindo, próximo ao menino desfere uma sequência de furiosos golpes com todos os seus tentáculos ao mesmo tempo, era como se fossem incontáveis socos. Ao fim o tritão se afasta.

- Eu sinto garoto, mas é assim a lei da selva, as espécies superiores dominam as inferiores é uma pena que você tenha que sofrer pelo seu capitão fraco... – o peixe fala, subitamente uma voz lhe chama atenção.

- O que você chama de lei da selva eu chamo de minha vida cara, eu cresci em meio as feras da minha ilha e nunca me curvei para nenhuma delas, eu não teria me decidido ser um capitão pirata se não entendesse as leis de sobrevivência. – o jovem capitão fala com propriedade se levantando, sangrava na boca e nos supercílios, mas parecia que aquilo não o incomodava.

- Não pode ter se levantado depois de receber aquele golpe ou pode?! O que é você?! – o tritão pergunta assustado.

- Eu sou Daniel o homem que se tornará o rei dos piratas! – o jovem responde sério caminhando em sentido a seu adversário.

- Rei dos piratas...?! Vai ter que me vencer primeiro! – o monstro fala correndo pra cima do jovem capitão, tenta golpear seu adversário com sua técnica impacto tsunami com seus tentáculos esquerdos, entretanto o garoto, num movimento veloz, se desvia do golpe segurando com seu braço direito os três tentáculos da criatura.

- Minha vez... – Daniel fala fechando sua mão esquerda. – PUNHO DE FERRO! – desfere seu soco certeiro no estômago do mostro que é jogado violentamente.

“A força dele é insana! Ele só pode ter comido da fruta do diabo, não existe outra explicação...” o monstro pensava enquanto se levantava, no entanto, pra sua surpresa, o jovem capitão já estava a sua frente, o garoto segura a cabeça de seu adversário e desfere uma poderosa joelhada de direita, o monstro é erguido ao ar, em sequência o gordinho golpeia novamente a cabeça da criatura, dessa fez usa a parte interna de seu braço esquerdo, Lacun gira no eixo do braço do garoto e cai ao solo.

- É melhor você desistir, afinal você não pode me vencer. – o gordinho fala caminhando pro lado de seu adversário abatido. Subitamente um tentáculo se enrola no pé esquerdo do menino.

- Não pense que me derrotará só com isso... – palavras do tritão que enrola em seguida todos os seus tentáculos no garotinho. – Você não conseguiu escapar desse golpe aquela vez não escapará de novo! – fala se levantando, apostaria suas últimas forças naquele golpe.

- Acha mesmo que vai me vencer com um golpe repetido? – o menino fala segurando forte os tentáculos mais próximos de sua mão, a dor intensa provocada pelo apertar do menino fez Lacun afrouxar um pouco seu golpe, pensou: “Como ele consegue ter tanta força assim? Eu usei tudo que tinha para segurá-lo e mesmo assim ele está conseguindo se soltar!” a força do jovem capitão estava a quilômetros do entendimento de Lacun, o pequeno afrouxar dos tentáculos do homem peixe devido a dor foi o suficiente para que Daniel usasse sua própria força para se desfazer de todos os tentáculos da criatura.

- TEMPESTADE DE FERRO! – o jovem capitão grita seu golpe partindo pra cima do homem peixe que, cansado e fraco, não pode fazer nada para se defender. A sequência de socos do capitão era tão intensa que o monstro chegou a tirar os dois pés do chão, num curto espaço de tempo, antes do monstro cair, Daniel pula de leve no lugar em que está. – CHUTE TITÃ! – ele grita golpeando com seu chute duplo que acerta em cheio o peito do tritão, Lacun é arremessado com muita violência, rola pela areia várias vezes até parar de bruços e, aparentemente, inconsciente.

- O senhor era bem forte senhor peixe, mas, como eu disse, sou forte como uma montanha! – o garoto fala com um sorriso largo, flexionando seu braço esquerdo e batendo com sua mão direita no bíceps deste braço. – Agora eu quero acertar a cara daquele capitão peixe, se ele acha que vai destruir a vila onde o Hellt mora está muito enganado! – fala com muita convicção.

- Se engana filhote se acha que pode vencer nosso capitão... – a voz de Lacun chega aos ouvidos do jovem. – eu admito minha derrota e sua força superior, mas Erlec Jr. é muito mais poderoso que eu, vocês perderão humanos é fato! – a criatura fala com muita dificuldade.

- É bom que ele seja forte mesmo, preciso fazer exercício, pelo menos metade da minha força eu quero usar... – foi a resposta sorridente de Daniel, uma resposta que fez o tritão pensar: “Será que esse menino quis dizer que não usou nem metade de sua força nessa batalha? Será possível que essa criança seja mais forte ainda?”

- Não pode ser sério, ou pode? – o monstro pergunta exausto, fecha os olhos novamente.

- Que fome... – o jovem capitão fala com sua mão na barriga, ela parecia rosnar como um animal selvagem. – Vou ver se acho alguma coisa pra comer antes de ir lutar contra o capitão peixe, mas onde? Já sei, na floresta deve ter muitas frutas né?! – fala pra si mesmo concluindo. – Vou lá pra comer e depois luto contra o peixão.

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Mal sabia o jovem capitão o perigo que seus colegas corriam, nesse exato momento Erlec Jr. olha fixamente para Rebeka, a jovem não se mexe, apenas aponta sua faca para o capitão tritão, ela tremia bastante e pensava em seus companheiros.

- Cinco minutos já se passaram garota, não vai nem tentar fugir? – Erlec Jr. pergunta.

- CINCO MINUTOS?! ISSO TUDO?! – a jovem fala gritando chorando cascatas, pensa: “Calma Rebeka, dez minutos é mais que suficiente para que a Naty e os meninos vençam seus adversários e voltem para me defender... Espero...” é fato, ela é puro nervosismo e apreensão, afinal ela precisa defender seus colegas e tem total noção que não tem forças para fazer isso sozinha.

- Acho melhor você fugir capitão peixe, quando meus colegas voltarem eles vão acabar com você! Você deveria considerar a situação em si, você tem só cinco minutos para escapar deles! – ela fala retrucando, o capitão responde com gargalhadas, ele tem total certeza de sua vitória.

Preview:

- Sua habilidade com espada é no mínimo interessante. – fala Naty com um leve sorriso, segurava sua espada apenas com a mão direita atrás de seu corpo.

- Você não viu nada ainda! Você ainda vai presenciar toda a capacidade de Aldar, o melhor espadachim da tripulação de Erlec Jr! – fala o tritão...

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- Te peguei garota, adeus humana! – fala atacando com um corte da esquerda para direita visando à cabeça dela. O golpe parecia certeiro, pode-se ver sangue, porém não muito. – Mas como...?! – o homem peixe se pergunta ao ver Naty segurando o ferrão dele com os dentes, o canto esquerdo de sua boca sangrava um pouco.

- Humnmnmnmnmnmninmnmninimnnmninmn! – o ferrão em seus dentes a impedia de falar corretamente, quis dizer: “A honra de um espadachim está em saber usar todo seu corpo como arma, inclusive os dentes!” depois de tais dizeres ela projeta seu corpo para trás puxando o tritão, a medida que caia erguia sua perna direita, ela coloca seu pé no abdômen dele, cai de costas na areia e arremessa seu adversário com a força de suas pernas.

Próximo capítulo: A arte de ferir o que não pode ser ferido, a honra inabalável da espadachim