Capítulo 57: A chegada de toda tripulação, reencontros e lembranças

– O que você fez? – o jovem escuta a voz de Liss, a fumaça já havia se dissipado e o homem peixe, desesperado, olhava seu irmão derrotado boiando. – Seu desgraçado! – o tritão fala coberto em fúria.

– Mas o que é isso?! Meu Deus, é um Tenryuubito*!!! – Jonas fala olhando impressionado para um sítio atrás de Liss.

– Onde? – o homem peixe se vira procurando o dragão sagrado. – Seu mentiroso! Não tem tenryuubito aqui... – o peixe fala se virando de volta para Jonas, para sua surpresa o jovem atirador está a sua frente sorrindo, ele coloca rapidamente o cano de sua arma esquerda na boca do monstro.

– Valeu pelo antídoto... – Jonas agradece mostrando o frasco em sua mão direita, o jovem o roubou quando seu adversário se distraiu. – carga de explosão máxima, disparar! – ele fala e atira dentro da boca do tritão aquele disparo violentíssimo, o monstro incha e desmaia como seu irmão. Jonas é jogado pelo impacto do tiro, mas se levanta rapidamente e corre até Gabriel.

– Humanos desgraçados! Vou acabar com eles! – o vice capitão fala furioso, fazendo menção de atacar, porém seu irmão o pára e lhe diz algumas coisas.

– Toma Gabriel, é o antídoto... – O jovem atirador fala colocando o liquido do frasco na boca de seu companheiro. – Você vai ficar bom cara... – Subitamente uma sombra cobre ambos.

– Como eu disse para meu irmão, deixa que eu destruo esse lixo de humanos! – se tratava do capitão que aparecera sobre os jovens e dissera tais palavras. Sua feição era de transtorno, ele golpeia furiosamente os dois garotos com um chute e os arremessa pra próximo das árvores na entrada da floresta.

“Como esse monstro pode ser tão poderoso?” Jonas pensava enquanto voava, o golpe lhe fez cuspir muito sangue, Gabriel estava desacordado. A colisão com as árvores era certeira, porém no meio do caminho eles são parados, seguros por alguém, se tratava do resto da tripulação do navio ACD, Naty segura Jonas, Daniel segura Gabriel. Agora Hellt, Naty, Rebeka e Daniel encaram os quatro tritões a sua frente.

– Não pode ser, eu matei esse desgraçado, como ele pode estar aqui de novo? – o desenhista fala olhando Erlec Jr., realmente sua semelhança com seu pai era de assustar, os mesmos dois metros de altura, a mesma pele azul claro, escamas idênticas, a falta de cabelo, de nariz e de orelhas, as mesmas fossetas nasais e auditivas, havia barbatanas no alto de sua cabeça, nas costas e nos antebraços igual ao pai, tinha cinco dedos e entre eles membranas, possuía uma longa cauda com duas barbatanas, dentes muito serrilhados, olhos negros com retina branca e reta são outras características idênticas a de seu pai. Erlec Jr. se diferenciava por sua cicatriz no olho esquerdo e por usar camisa e bermuda preta, estava de pés descalços.

– É ele irmão, é ele o homem com cassetetes que matou nosso pai! Aquele lixo ainda vive aqui! – são as palavras carregadas de fúria do vice-capitão Randy. Ao mesmo tempo em que falava se lembrava do passado, se lembrava daqueles dias perto da morte de seu pai.

Flash back on

– Pai, aquele lixo... Aquele homem te matou... Saiba pai você será vingado! – o pequeno Randy falava consigo mesmo em pensamento, lembrando do homem de cassetetes que matara seu pai. Ele estava nos mares da Grande Linha, seguia em sentido a uma ilha.

– Pra onde estamos indo jovem mestre? – um tritão pergunta.

– Já te falei um monte de vezes não foi? Estamos indo pra ilha onde meu irmão ta morando agora, a ilha que ele conquistou, ele precisa saber que um lixo humano matou nosso pai! – eram palavras carregadas de ódio.

Não demorou muito para que Randy chegasse à ilha que seu irmão dominou, seguiu sem nenhum problema até uma fortaleza onde Erlec Jr. estava morando.

– Quem você disse que está aí? Randy e alguns tritões da tripulação de meu pai?! O que eles estão fazendo aqui? Eles estavam no North Blue... – Erlec Junior tinha muitas perguntas, falou a seu serviçal, com quem estava conversando e que lhe trouxe a notícia que seu irmão ali estava, para que mandasse Randy entrar.

Os irmãos se cumprimentaram cordialmente, Randy não conseguiu segurar seu choro.

– O pai, mataram o pai lá no North Blue, foi um humano desgraçado! – as palavras do mais novo fizeram o mais velho formular muitas ideias e lembrar-se do que seu pai lhe dissera. Erlec contara a seu filho mais velho que navegaria para fora da Grande Linha por estar velho, essas águas se tornaram perigosas para ele então decidiu partir para lugares menos agitados como o North Blue, “Pai, o senhor saiu daqui temendo a morte e a encontrou justamente em águas que o senhor pensou serem calmas.”

– Não se preocupe Randy, nós vamos vingar nosso pai! – Erlec Jr. fala consolando seu irmão mais novo. – Porém não agora, antes vamos nos fortalecer e criar uma poderosa tripulação, depois vamos até o North Blue e vamos destruir o desgraçado que matou nosso pai!

– Mas se ele fugir como vamos achá-lo? – o mais novo pergunta.

– Vamos achá-lo nem que tenhamos que varrer todos os oceanos do mundo! Vamos destruir a casa dele, se ele não tiver lá vamos caçá-lo até os confins da Terra! – o mais velho fala com feição de fúria, estava muito determinado.

– Isso mesmo irmão, eu quero e vou matá-lo com minhas próprias mãos! – os dizeres também determinados do mais novo.

– Não vamos cometer os mesmos erros do pai, ele subestimou as águas do norte e por isso morreu, vamos ficar mais fortes, montar uma super tripulação e só depois vamos até lá para destruir aquele lixo que se atreveu a erguer a mão contra nosso pai! – Erlec Jr. prometia a morte de Hellt sem mesmo o conhecer, ele decidiu destruí-lo mesmo que aquela atitude o destruísse também.

Flash back off

– Me lembro como se fosse ontem desse desgraçado matando nosso pai com aquelas mesmas armas! Hoje o pai será vingado.

– Homem que carrega os cassetetes foi você quem matou meu pai? – Erlec Junior pergunta diretamente a Hellt, precisava confirmar o que seu irmão falara.

– Sou eu mesmo. – o desenhista responde, ele observa Randy bem e só então percebe que ele era aquele filhote de tritão que ele deixou vivo anos atrás, conclui: - É como eu suspeitava, eles querem vingança...

– Vingança, a faca de dois gumes, aquilo que destroi a alma e até mesmo a honra. – Naty afirma. – No fim das contas você sabia mesmo sobre vinganças.

– Por vingança ou não eu não vou deixar que eles entrem no vilarejo, e depois eu tenho que quebrar a cara desses peixes por eles terem machucado o Jonas e o Gabriel! – o gordinho fala golpeando com um soco de direita a palma de sua mão esquerda. Subitamente o garoto começa a correr, seu alvo eram os tritões, ele salta e desfere um soco, seu alvo era a face de Erlec Jr., entretanto tentáculos enrolam o garotinho e ele é arremessado para esquerda violentamente, um tritão com traços de polvo defendera seu capitão.

– Hum... – o capitão peixe não disse nada, apenas observava parado, subitamente Naty aparece a sua frente desferindo um golpe de espada descendo, porém uma espécie de lâmina pára o ataque dela, um tritão parecido com uma raia golpeia a espadachim com um chute a mandando para direita.

– Monstro desgraçado! – Hellt fala golpeando com seus cassetetes, golpeava descendo oposta e diagonalmente, no entanto, mais uma vez, o capitão é protegido, dessa vez por seu irmão mais novo, Randy segura as duas esferas de aço do desenhista.

– Eu vou acabar com você seu verme asqueroso! Seu lixo! – o peixe fala ao mesmo tempo em que abre os braços do jovem, pula e golpeia com uma voadora de dois pés no peito do jovem. Hellt é arremessado para dentro da floresta tamanha a força do golpe.

– Os três foram arremessados... E agora? – Rebeka fala, repentinamente Erlec Jr. começa a andar pro lado da jovem.

– Eu vou morrer! – ela fala chorando cascatas, pensa em fugir, no entanto ela olha para Jonas e Gabriel caídos, “Não posso fugir, tenho que proteger os garotos, é o que eles fariam por mim, mas eu não sou forte como eles, eu vou morrer!!!” Decidiu ficar e enfrentar, afinal era uma pirata fiel aquela tripulação. A cada passo o inimigo ficava mais próximo e as pernas dela tremiam mais, até que chegou bem perto.

– Não se aproxime mais! – ela fala quase gritando e sacando sua faca. – Eu tenho uma faca e não tenho medo de usá-la... – palavras em meio a muitos tremores. – Se chegar mais perto eu te furo monstro!

Erlec Jr. riu muito, não se aguentava em suas gargalhadas, a pequena garota trêmula estava o encarando.

– Tudo bem moça, vou te dar dez minutos para fugir e levar seus amiguinhos, depois de dez minutos vou atrás de você. – falou voltando para o local que estava e se sentando.

– Eu não vou fugir porque meus amigos vão voltar e vão acabar com você! – foram suas palavras decididas, pensava: “se eu conseguisse carregar os dois fugia mesmo, mas eu não aguento, como vou correr desse monstro? Daniel volta rápido, por favor!”

Daniel, Hellt e Naty têm suas batalhas para vencer e o mais ligeiro possível, pois precisam voltar e proteger Rebeka, Jonas e Gabriel, mais uma batalha contra o tempo que a tripulação do navio ACD precisa ganhar.

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– Não existe maneira de você se defender de tantos golpes menino! – um tritão que lembrava um polvo fala desferindo vários golpes parecidos com socos no jovem capitão.

“Não sei pra quê tanto braço! Ele ta só me afastando do capitão deles, será que é de propósito?” Daniel se pergunta em pensamentos.

– Toma essa moleque! IMPACTO TSUNAMI! – a criatura golpeia com seus três braços da esquerda no que seriam três socos retos ao mesmo tempo. O garoto se defende fechando os braços a frente de seu corpo o que não evita que seja arremessado, Daniel gira no ar e cai de joelhos na areia da praia, o lado direito de sua boca sangra.

– Você até que é fortinho sabia? – o garoto fala a seu inimigo...

– É lógico, eu malho todo dia pras garotas pirarem nos meus músculos! – ele fala fazendo poses de halterofilista com seus vários braços.

Próximo capítulo: O tritão halterofilista contra o capitão do navio ACD, o tsunami contra a montanha