One Piece ACD escrita por Hellt


Capítulo 50
Capítulo 50




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175937/chapter/50

Capítulo 50: Revendo a família, um passado que jamais será esquecido, parte I

- O que você está fazendo seu idiota? – uma mulher fala a um homem que estava dormindo numa cadeira, estavam dentro de uma construção alta que lembrava muito um farol.

- Desculpe, acho que adormeci... – o homem fala depois de se assustar, cair, e se levantar.

- Você não se lembra da nossa obrigação? Vigiar aqui e avisar pra todo mundo caso um navio pirata se aproxime? – a mulher fala indignada. – Só no meu turno que isso acontece. – fala com desânimo se referindo a seu colega.

- Ta bom desculpa, pelo menos não aconteceu nada... – fala o homem olhando com um binóculo o horizonte, sua fala e raciocínio são cortados ao ver um navio pirata ancorado, na bandeira dele havia um punho de ferro com ossos cruzados.

.................................................

- Esse lugar é bem simples não é? – Jonas fala observando as construções ao redor, usava as mesmas roupas de quando conheceu seus nakamas.

- Onde será a casa do Hellt? – Daniel pergunta olhando atentamente para as pessoas. O garoto usava uma camiseta preta sem mangas, a sua bermuda xadrez cuja cor predominante era o branco e as tradicionais sandálias.

- Go to hell! Essa terra é bem quente! – o músico fala. Ele usava sua tradicional cartola, vestia uma camiseta preta sem mangas com um crânio na frente e atrás escrito “NACHOS”, uma bermuda preta com uma corrente pendurada e coturnos também pretos.

- Pior sou eu que tenho que usar esse chapeu sem noção pra esconder o galo na minha cabeça! – Rebeka exclama, usava uma camiseta sem mangas laranja com um decote médio e uma bermuda jeans curta, usava também uma sandália com um leve salto, o chapeu que trazia consigo, que era motivo de sua reclamação, era ao estilo cowboy de cor entre o branco e o cinza.

- Acho que seria bem útil se perguntássemos as pessoas onde o Hellt mora, é bem possível que as pessoas saibam. – a espadachim opina, ela usava uma camiseta roxa com decote comportado, uma calça comprida escura, nem larga demais e nem justa demais e sandálias, em seus braços havia faixas brancas amarradas. As palavras dela os fizeram pensar, Jonas, Rebeka e Gabriel se entreolham com feição ao estilo “Por que não pensamos nisso? É tão óbvio!”

- Ótima ideia Naty! Vamos perguntar... – Daniel fala animado e começa a correr pra frente, porém olhando para seus colegas atrás de si, a colisão com alguém era inevitável, ele trombou com um senhor idoso. – Desculpa senhor. – ele fala sem graça, por sorte foi uma trombada leve e o senhor não se machucou.

- Não tem problema garoto... – o idoso fala sem prestar muita atenção no jovem capitão, até que ele olha bem pro garoto e sua feição muda, estava surpreso agora. – Daniel?! Isso é... – o senhor perde a fala.

- Você conhece esse homem Daniel? – Jonas pergunta.

- Não que eu me lembre. – o gordinho responde ao atirador. – Você me conhece senhor?

- Não, me desculpe, é que você me lembrou um garoto que conheci... perdão...

- Go to hell! Agora que o engano foi desfeito a gente precisa de uma informação, você conhece um cara turrão que atende por Hellt? – o guitarrista pergunta.

O senhor num momento inicial não compreende sobre a motivação da pergunta até que repentinamente um den den no muchi toca em seu bolso, ele o atende, uma pessoa do posto de observação ligou para ele pra lhe informar que piratas haviam aportado na ilha, o senhor então observa cada umas das pessoas que estavam a sua frente e compreende do que se trata aquela situação. Ele fala pelo den den no muchi, para as pessoas no centro de observação, para não se preocuparem, em seguida volta a falar com a tripulação de Daniel.

- Vocês são os piratas que estavam viajando com o Hélio correto? – o idoso fala a eles.

- Sim, como você sabe? – Rebeka pergunta.

- É que acabo e voltar da casa dele, ele me contou sobre vocês, sobre as aventuras que passaram resumidamente. – o senhor pensava: “agora entendo a ligação do Hélio com esses piratas, esse garoto é muito parecido com ele!”

- Moço e onde que fica a casa dele? – Daniel pergunta.

- Olha... – o idoso aponta para uma casa no alto de uma leve serra afastada da cidade. – É ali. – um sorriso de felicidade se desenha no rosto do gordinho.

- Obrigado senhor! – ele fala e sai correndo em sentido ao local.

- Go to hell! Espera a gente Daniel! – o músico fala quase gritando, os companheiros do jovem capitão faziam menção de segui-lo até que o senhor fala:

- Desculpe a falta de educação, meu nome é Augusto, eu sou amigo da família do Hélio há muito tempo, imagino que vocês vieram para tentar levá-lo para o mar junto com vocês certo?

- Era exatamente o que tínhamos em mente, por acaso você vai tentar nos impedir? – a espadachim fala já segurando sua espada.

- Não, não, não, não, não... – O senhor fala gesticulando assustado. – Não tem nada disso, eu só queria lhes contar sobre o Hélio, sobre as coisas que ele passou para que vocês entendessem melhor as próprias escolhas dele.

- Ta, tudo bem, a gente não ta com tanta pressa assim né? – a navegadora fala.

............................................................

- Quanta poeira, que bagunça...! – Hellt fala em sua casa, ele vai do lado de fora de sua casa e pega água em uma cisterna, pega uma vassoura e uns panos e começa a limpar sua casa, a moradia é pequena e a arrumação não demora muito, depois ele sai de sua casa e vai até uma árvore próxima da residência, perto dela havia duas cruzes artesanais de madeira, nelas estavam talhados os seguintes dizeres, “Esposa querida” e “Filho amado.”

- Quanto tempo não é? A viajem dessa vez foi mais longa que imaginei. – Hellt fala se sentando na frente das cruzes. – Eu trouxe presentes, essas flores são pra você querida, são daquelas que você sempre quis cultivar e nunca começou, e pra você meu menino advinha o que eu trouxe? – o desenhista falava como se aquelas pessoas estivessem vivas ali na sua frente. – Um barquinho e uma miniatura de dinossauro! Eu sei que você queria ver um desses bichos quando viajasse o mundo. – falava com um sorriso bobo, ele coloca os presentes debaixo das cruzes, subitamente seu sorriso se transforma em lágrimas, um silêncio mórbido se torna quase palpável até que Hellt o destroi. – Eu tenho que contar pra vocês tudo que aconteceu nessa minha última viajem, e tem bastante coisa! – fala sorrindo novamente.

..................................................

Hellt é nativo dessa ilhas, Arquipélago Esmeralda, as pessoas daqui sempre foram muito humildes e viviam de seus artesanatos, o único diferente era o pai de Hellt que era um estrangeiro, mestre em uma arte de luta que usava cassetetes, aquele homem se estabeleceu ali por se apaixonar perdidamente por uma jovem de lá.

O pai dele lhe ensinara sua arte de lutar desde cedo, mas o garoto, aparentemente, gostava mais do talento para desenho e pintura de sua mãe, o menino estudou com seus pais as duas artes. O senhor Augusto era vizinho da família e sempre via pai e filho treinando, a convivência os tornou amigos.

No arquipélago havia também certa garota, uma jovem de pele morena, lábios fartos, olhos e cabelos castanhos claros, chamada Maria, ela e Hellt se conheceram ainda bem meninos e desenvolveram certa afeição que foi evoluindo conforme os anos foram se passando. Eles se gostavam demais e não tinham juízo suficiente, imagine a surpresa das duas famílias quando eles contaram que Maria estava grávida de Hellt, tinham 13 anos naquela época.

O garoto precisava tomar responsabilidades de homem cedo demais e ele não fugiu a elas, ele assumiu sua paternidade, começou a trabalhar com qualquer coisa que fosse necessária para poder garantir um futuro para o filho que viria, da mesma forma agiu Maria, ela trabalhou enquanto teve forças para garantir ao filho que viria o sustento, ganharam um dinheiro que nunca foi gasto com eles mesmos de maneira direta. É fato que as duas famílias nunca aprovaram o fato de eles terem se deitado juntos tão jovens, mas nunca deixaram seus filhos desamparados, a atitudes dos dois jovens de trabalhar assumindo suas responsabilidades era considerada louvável pelas duas famílias apesar de nunca terem dito isso.

Hélio queria juntar dinheiro para erguer uma casa onde pudesse morar com Maria e seu filho que estava por vir, entretanto ganhar dinheiro nunca foi fácil, imaginava que teria ficaria na casa de seus pais ainda por muito tempo, no entanto as duas famílias e Augusto ajudaram os dois jovens a comprar e a erguer a simples casa acima da serra, quando a casa estava de pé o filho de Hélio e Maria já tinha cerca de dois meses de vida.

O filho deles era um garoto grande de pele morena e cabelo encaracolado, seus olhos eram castanhos claros e tinha pulmões fortes, decidiram em comum acordo colocar o nome do garoto de Daniel. Uma nova vida começava para aqueles jovens, agora mais do que nunca precisavam ser adultos responsáveis apesar da pouca idade. Com o tempo aquela casa vazia foi ganhando móveis, o garoto foi crescendo forte e saudável, um pouco bochechudo e barrigudo é bem verdade, os avós sempre foram muito carinhosos com o garoto, Augusto, que não era parente de sangue de nenhuma das famílias, também gostava muito do pequeno.

Os constantes bicos que Hélio fazia e o artesanato de sua mulher os rendia o dinheiro suficiente para viverem, Hélio nunca abandonou os treinamentos com seus cassetetes e sempre fazia seus desenhos, sua mulher nunca entendeu onde ele achava tempo pra fazer tudo aquilo e ainda ter momentos só para o garoto.

A relação dos jovens com as famílias não chegou a ser ruim nem na época que descobriram que Maria estava grávida, com o nascimento de Daniel elas se estreitaram bastante, o menino foi um laço que uniu não só Hélio e Maria, mas também seus familiares, entretanto uma das verdades absolutas sobre a vida é que ela acaba, Hellt e Maria eram da idade de 17 anos quando os pais dele faleceram. Os pais de Hélio já eram de idade avançada quando ele nasceu, era de se esperar que morressem de velhice enquanto seu filho ainda era jovem, a primeira a partir foi à mãe, um mês depois o pai, em seu leito de morte o pai do jovem segurou sua mão e falou:

- Meu filho, eu nunca deixei de me orgulhar de você, eu nuca deixei de te amar nem por um instante, hoje eu consigo perceber o como a mão de Deus agiu sobre nossa família, se as coisas não tivessem acontecido da forma que aconteceram talvez eu e sua mãe nunca tivéssemos visto nosso neto, seja feliz meu garoto e nunca deixe e amar sua família...

- Eu não posso esquecer a família nem se eu quisesse, afinal amar e apoiar a família foi o legado mais importante que o senhor e a mãe deixaram pra mim. – Hellt segurava a mão de seu pai quando ele morreu, naquele momento não houve maneira de segurar as lágrimas, aquele senhor havia morrido com um sorriso no rosto. No final deste mesmo ano os pais de Maria fizeram uma viajem para comemorar o aniversário de casamento, juntaram umas economias e decidiram viajar, morreram num naufrágio quando retornavam para o arquipélago de Esmeralda.

A princípio mortes nunca são bem aceitas, contudo morrer naqueles dias evitou que aqueles dois casais vissem o mal que estava por se abater sobre aquelas ilhas, coisas terríveis estavam a caminho, a vida de Hellt mudaria drasticamente nos anos seguintes.

Preview:

- Olha o desenho que fiz pai, são os animais nas estrelas! – era um desenho esforçado de um menino pequeno.

- Ficou legal, mas e esse nome aqui do lado? Nad?! Quem é Nad? – o pai pergunta curioso.

- Nad é minha assinatura de desenhista... Gostou? – Daniel fala, Hellt olha surpreso pra sua mulher e depois olha novamente para o menino.

- Você ta muito pra frente garoto, assinatura de desenhista... – fala em tom de piada.

- Todo desenhista tem, eu vi na revista que o senhor trouxe da última viagem... Qual é sua assinatura de desenhista pai?

- Eu não tenho, por que não inventa uma pra mim? – aquelas palavras do pai animam o menino que corre pra seus cadernos imaginando uma assinatura para o pai, Hellt então se levanta e vai até sua esposa.

- Esse garoto ta ficando bem esperto, ele tem lido as revistas e jornais que trago das viagens... – fala abraçando a esposa por trás e olhando a janela.

Próximo capítulo: Uma invasão, um passado que jamais será esquecido, parte II



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

foi o primeiro pedaço do passado do quebra-galho do navio ACD................ tem mais dois pedaços...... aguardem.............
té mais......



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One Piece ACD" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.