Capítulo 39: O espadachim da marinha contra a espadachim do navio ACD

- Que demônio é esse? – Se perguntava um marinheiro assustado e caído, a frente dele Naty empunhando sua espada e vários marinheiros caídos ao seu lado.

- Onde está o jovem que será executado? – ela pergunta apontando sua espada para o pescoço daquele homem que subitamente desmaia de medo.

- Preciso mudar minha abordagem, todos desmaiam e ninguém me responde, dessa forma nunca encontrarei o Jonas, pelo menos a Rebeka já encontrou a caravela. – a espadachim fala correndo pelo corredor, segue até chegar a uma sala, na verdade um tipo de cozinha com geladeira, mesas, fogões, facas, vegetais dentre outras coisas comuns num lugar desses.

- Acho que não há nada aqui, o capitão ia gostar desse lugar. – fala com um leve sorriso se virando para sair do local, de repente algo voa em sentido a ela, Naty se vira rapidamente sacando sua espada e cortando ao meio o que lhe foi atirado.

- Vejo que a espadachim dos piratas tem ótimos reflexos! Parabéns por cortar o tomate, pelo menos você serve pra fazer salada. – um homem fala com um sorriso de deboche, se tratava de Mateus, as cicatrizes em seus braços e o X em seu rosto confirmavam isso.

Mateus tem olhos e cabelos castanhos escuros, é claro e carrega consigo duas espadas embainhadas, estava sentado numa cadeira atrás da mesa.

- Como não consegui te ver aí? Talvez você seja um bom espadachim não é? – a garota pergunta um pouco animada.

- Sim, sou o melhor espadachim desse lado do oceano. – o homem fala gargalhando. – Então garota vai se render numa boa ou... – a frase de Mateus é brutalmente interrompida por uma investida de Naty, a sorte dele é que conseguiu sacar suas espadas e defender o corte descendo da espadachim pirata.

- Não me interesso por conversa! Apenas lute! – a moça fala, o marinheiro pensava no quanto era difícil defender aquele golpe, a força da garota era absurda.

Ele força sua espada esquerda ainda defendendo o golpe e puxa a direita para desferir um corte na garota, entretanto ela percebe e se afasta.

- Você pelo menos vai me dar mais diversão que o povo idiota dessa cidade! Não existe ninguém que valha a pena nessa merda de lugar! – o desprezo daquele marinheiro era latente. – Pelo menos conseguimos arrancar um bom dinheiro deles. – um sorriso se desenha em sua face.

A garota se projeta pra cima dele novamente, dessa vez seu corte atinge o chão porque o marinheiro se desvia pulando para esquerda, rapidamente Naty já estava acima dele golpeando com uma estocada visando à cabeça, Mateus se defende com as duas espadas em forma de X, depois as abre rapidamente afastando a moça.

- Que parte você não entendeu de “não me interesso por conversa?” – Nathália fala.

- Vou te dar uma lição menina pela sua arrogância! – Matheus parte pra cima da jovem, um corte de direita descendo é desferido, porém defendido pela lâmina de Naty, em seguida ele usa sua espada esquerda para acertar uma estocada, novamente a garota evita o golpe, essa vez se desviando pondo seu corpo de lado.

- Agora acabou menina! – um sorriso diabólico se desenha na face daquele homem, ele vira sua espada esquerda de tal forma que sua lâmina fique voltada para o corpo de Naty, ele desfere um corte visando a espadachim que não poderia se defender naquelas condições, o sangue jorra.

- Desgraçado!!! – Nathália fala a uma distância de segurança, estava segurando sua espada com sua mão direita, o braço neste mesmo lado havia se aberto um grande corte que sangrava bastante.

- Conseguiu evitar o golpe fatal... Você até que é forte sabia? – o homem fala sorrindo bastante.

- Você também, me impressiona o como você consegue se desviar apenas no instinto! – a garota fala com um leve sorriso, Mateus não compreende aquelas palavras até que um corte em X se abre em seu peito, o sangue jorra e ele se ajoelha. – Lâmina fantasma...

- Como e quando você me... Acertou...? – a cabeça do marinheiro estava confusa.

- Quantas vezes tenho que repetir? Sem conversa! – a garota fala se levantando, gesto repetido pelo homem.

- Eu vou acabar com você garota! Ninguém me machuca dessa forma! Prepare-se para sentir o verdadeiro horror! – ele fala abrindo seus braços em forma de cruz, de repente começa a girar em altíssima velocidade. – CENTRIFUGA SANGUINÁRIA!!! – ele grita partindo pra cima dela.

Naty não tenta contra atacar, apenas se desvia pulando para trás, porém somente a pressão do ar próximo ao golpe faz abrir alguns cortes na mulher. Mais uma investida, ela se desvia novamente dessa vez para a lateral.

- Sei o que você está pensando! Você quer me atacar depois que eu me cansar de girar não é? Desista dessa ideia louca! Eu posso girar assim por dias... – pode-se escutar a voz de Mateus em meio aquele turbilhão.

- Entendo, então terei que mudar a abordagem... – Naty fala pensativa, de repente a velocidade do golpe do marinheiro aumenta, ele aparece atrás dela girando aquela velocidade assustadora, ela nada pôde fazer pra evitar o golpe, ela foi arremessada ao ar sangrando muito.

- Acabou garota! Até o inferno! – ele fala confiante desfazendo seu golpe, ele vê Nathália caindo e para surpresa dele ela se levanta de maneira imponente.

- Tem razão cara, acabou mesmo mas não pra mim! – ela fala estalando seu pescoço e erguendo sua arma.

- Não venha falar merda! Você teve sorte e só isso, da próxima você morre! – ele fala num misto de surpresa e raiva, sua intenção era começar novamente seu golpe porém quando percebe Naty já havia passado por ele, a velocidade dela não pôde ser percebida pelo marinheiro.

- Fantasma sanguinário! – ela fala e vários cortes começam a ferir o ar no lugar onde Mateus estava, o sangue do marinheiro começa a jorrar para todas as direções.

- Como...? – ele se pergunta após o termino golpe, está ajoelhado e mal consegue pronunciar aquela palavra.

- Quando você me acertou seu golpe eu percebi uma coisa: estou a anos de distância de você no que diz respeito à força, habilidade e agilidade, infelizmente você não tinha nível nem próximo ao meu, não faz sentido prolongar essa luta. – ela fala séria caminhando em sentido a saída.

- Desgra... – Mateus não consegue terminar a frase, apenas desmaia, de súbito geladeira, mesa, fogões, talheres alimentos começam a se despedaçar, tudo naquele local começa a aparecer cortes até as paredes e teto.

- Acho que peguei meio pesado, enfim ainda tenho que achar o Jonas. – a espadachim fala e começa a correr novamente pelo corredor.

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“Oi Gabriel como vai? Finalmente você voltou pra casa e com a melhor banda de rock da história!”

“Go to hell Lucinda! Realizei meu sonho, agora preciso realizar o outro...”

“Senti tanto sua falta!” – a loira fala abraçando o garoto e o beijando nos lábios logo em seguida.

- Lucinda... – Gabriel fala se erguendo de uma cama, estava apenas sonhando. – Go to hell! O que são essas faixas no meu corpo? Quem cuidou dos meus ferimentos? – ele se perguntava surpreso.

- Man como você dorme! – De La Rosa fala também enfaixado sentado numa cadeira ao lado dele, a feição de surpresa do jovem músico só aumentava.

- Não se preocupe garoto, o De La Rosa cuidou de nossos ferimentos. – Lorenzo fala numa cama no lado oposto do marinheiro de Black Power.

- Mas o que ta acontecendo aqui? Go to hell! Vocês são inimigos por que me ajudaram.

- Man porque vocês é que estão certos! O capitão barrigudo de vocês me fez entender que estávamos agindo errado apoiando o capitão Marcus. – o homem de afro fala.

- De La Rosa tem razão, nos escondemos esse tempo todo na justificativa de que não poderíamos fazer nada, precisou que piratas viessem aqui e fizessem mais por esse povo do que qualquer um de nós para que entendêssemos que estávamos errados! – Lorenzo fala serrando os punhos.

- E o Daniel, ele também está aqui nessa enfermaria? – o guitarrista pergunta.

- Man seu capitão é muito forte man! Eu mal consegui encostar nele man! Só que aquele garoto é meio idiota man! – De La Rosa fala efusivamente, Gabriel pensa: “idiota o Daniel é mesmo, mas esse cara ta longe de ser normal go to hell!” referia-se a De La Rosa.

- Então o que vocês dois pretendem fazer? Não parecem que querem me prender go to hell! – o músico pergunta.

- É obvio... – Lorenzo fala se levantando. – Vamos ajudar vocês a tirar Marcus Flint do controle dessa cidade, mesmo que isso nos custe nossos cargos na marinha!

- Man!!! – De La Rosa fala também se levantando.

Foram palavras decididas daqueles dois marinheiros, no entanto até onde vai à força do capitão-tenente Marcus Flint? Qual o poder do homem que até os marinheiros mais fortes daquela divisão temem? A batalha ainda não terminou para os piratas do navio ACD, contudo agora eles terão ajuda de dentro da marinha.

Preview:

- Mais uma passagem, agora só pode ser a saída! – o mais alto fala esperançoso ao avistar aquela passagem aberta, no entanto a cruzá-la se viu numa espécie de depósito de armas vazio.

- Não deu certo de novo. – Clara fala.

- Não é bem assim, olhem. – Jonas disse apontando para algo na parede, são suas duas armas, seu sobretudo e sua mochila. – Por isso não achamos minhas coisas naquele depósito de pertences de detentos, eles pensavam usar minhas coisas como armas deles.

- Suas armas devem ser muito boas. – Hellt fala se dirigindo ao sítio onde as coisas de Jonas estavam, de repente a parede da esquerda se quebra, um gigante mascarado aparece a frente deles com sua clava enorme, o desenhista consegue se desviar usando de puro reflexo.

“De onde veio esse rinoceronte?” Hellt pensou.

- Ótis ta procurando prisioneiro que fugiu, você o viu marinheiro? – o gigante pergunta, depois ele observa Jonas e Clara.

- Pois é seu Ótis, eu o capturei, ele tentou fugir de mim mas eu não deixei. – Hélio responde, nesse instante o gigante observa os cassetetes que o desenhista trazia consigo.

- Os marinheiros contaram pra Ótis que um cara vestido de marinheiro e com cassetetes era um espião dos piratas. – os três companheiros fizeram feição de surpresa.

Próximo capítulo: O gigante da clava de aço e o jovem de cassetetes