Better Than Me escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 22
Do You Trust Me?


Notas iniciais do capítulo

Milena: Heey gente!!!! Como estão?? Eu sempre começo a falar assim, não é? Como sou pevisivel... Enfim, o capitulo saiu antes de completar 34 reviews por causa de duas lindas que recomendaram: Karla Black Malfoy e Greicy Jhefany, posso morder vocês??? Haha, muito obrigada lindas, esse é de vocês, viu?? E sinto que vão gostar... HOHO
Sobre o capitulo, ele tá grande novamente! Eu ia dividir os acontecimentos em 2 capitulos mas como sei que tem muuuuuita gente ansiosa pra isso acontecer, coloquei em apenas um...
Então, bom, aproveitem.... Haha, calei.



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O almoço se arrastava lentamente, olhares faiscantes passavam por toda a mesa e devo dizer que eram dirigidos principalmente a mim e a Scorpius, que estava ao meu lado. Eu olhava confusa para Albus, não entendia o porquê dele ter nos ajudado, sendo que quando ocorrera a briga, ele nem ao menos fizera nada. Mas Albus não me encarava, apenas fitava seu prato e, raramente, subia o olhar até James, que abria um sorriso de escarnio para ele. Rose me encarava sempre que possível, o sorriso idiota em sua face e a expressão era como se dissesse que havia vencido aquela. Devo admitir que minha vontade era voar em cima da mesa e arrancar cada fio ruivo de sua cabeça. Meus tios trocavam olhares desconfiados por toda a mesa, principalmente tio Ron e tia Hermione. Os olhos de meu pai nunca deixavam a mim ou a meu namorado, parecendo irritado, enquanto minha mãe ao seu lado tentava chamar sua atenção. Meus avós observavam confusos a tudo e meus primos se dividiam em comer e a nos olharem com desgosto.

Bufei impaciente, apertando o garfo a minha mão com mais força que o necessário. Scorpius colocou sua mão em meu joelho, o acariciando sobre a calça como se advertisse minha ira. Ele estava certo, eu não poderia explodir agora. Mas eu precisava falar com Albus.

Olhei novamente para meu irmão, que fitava seu prato novamente e me levantei subitamente, fazendo que todos os olhares se voltassem para mim. Encontrei os de Scorpius e esperei que ele visse que estava tudo bem e que eu não faria nada de imprudente. Ele assentiu, como se lesse meus pensamentos, coisa que eu não duvidava e eu falei em voz alta:

- Albus, será que eu posso falar com você? – observei meu irmão, que me olhava relutante. Ele correu os olhos pela mesa parando um pouco mais em Rose, que estava a duas cadeiras de distancia da sua e por fim assentiu, se levantando.

- Albus, não... – Rose falou, se levantando também e o olhando intensamente. Paralisei, já sabia o que aconteceria agora, meu irmão a olharia, assentiria e voltaria a se sentar, me ignorando.

- Pode ser lá fora? – ele perguntou, me fazendo arregalar os olhos por ele ter ignorado minha prima e concordar, confusa.

Ele foi até a porta da cozinha sem ao menos dirigir o olhar para minha prima, que estava da cor de seu cabelo, furiosa. O segui rapidamente, sem deixar que de lançar um olhar vitorioso a Rose, que grunhiu, apertando os talheres a sua mão.

- Por que nos ajudou, lá em cima? – perguntei diretamente assim que saímos da Toca.

Albus suspirou pesadamente, olhando para o nada e se sentando em um banco velho que havia por ali.

- Acho que primeiro eu deveria me desculpar – ele falou, sem voltar o olhar para mim – Por tudo.

- Não vejo seus motivos – respondi confusa – Não agora.

- Eu segui vocês de manhã, com a capa do papai – Albus murmurou, se virando pela primeira vez para mim – Vi o beijo da Rose e do Malfoy e ouvi tudo o que vocês disseram, eu nunca tinha percebido isso...

- Mas é claro que não – falei amarga – Estava ocupado demais sendo o cachorrinho dela, não é? Ocupado demais tentando fazer com que ela te notasse, quando na verdade ela sempre foi apaixonada pelo meu namorado. Irônico, não?

- Eu não era o cachorrinho del...

- Mas é claro que não era! – minha voz subiu um pouco – Me diga uma vez, Albus, em que você fez algo que realmente queria, uma vez que você passou por cima dela para falar comigo, eu sou sua irmã!

- Ela dizia que você queria nos separar, que deixou a inveja e a mágoa subir sua cabeça por ela conseguir mais coisas que você, você foi para a Sonserina!

- Sim, eu fui para a Sonserina, assim como você quase foi, se não tivesse implorado para o Chapéu te por na Grifinória, você é um covarde Albus – falei com desgosto – E a melhor coisa que pode acontecer comigo é ir para lá, sabe por quê? Eu descobri o quanto minha família perfeita era uma farsa, todos vocês são.

- Eu não queria que isso acontecesse, não era para ser assim – ele se levantou, vindo até mim – Você é minha irmã, Lily, eu não deveria ter te abandonado.

- Acho que você descobriu isso um pouco tarde demais – murmurei baixo, controlando minha vontade de chorar – Você escolheu a Rose.

- Mas eu me enganei! – ele exclamou, jogando suas mãos para o alto – Ela é que é a manipuladora, eu não tinha ideia disso.

- Tem certeza? Porque eu acho que você sempre soube disso, Albus. Você sempre soube até onde sua amada poderia chegar. Você se sente traído, não é? Depois de tudo que você fez por ela, ela ainda continua tentando conseguir algo com Scorpius e você quer se vingar e por isso resolveu me ajudar, o que seria melhor do que ajudar a pobre Lilian Luna Potter, aquela que Rose Weasley sempre odiou?

- Você não entendeu, não é nada disso...

- Mas é claro que é! – o interrompi, grunhindo irritada – Não se faça de tonto, irmãozinho, eu já estou cheia de todos vocês, se você realmente escutou o que eu disse para a Rose, deve se lembrar da parte em que eu falei que pararia de correr atrás de pessoas como vocês, que eu não me importaria mais.

- Eu sei que eu errei, mas vim me desculpar, eu realmente sinto muito, Lilian.

- Isso não vai mudar tudo o que você me fez por todos esses anos – comentei amarga – Desculpas não apagam isso, Albus, e eu não estou preparada para esquecer e fingir que nada aconteceu, não sou tão nobre assim.

- Eu não queria perder você – ele falou baixo, os olhos brilhando de lágrimas contidas, assim como os meus.

- Você me perdeu no dia em que virou as costas para mim quando entrei para a Sonserina, me perdeu no dia em que começou a obedecer a Rose.

- Eu sinto muito.

- Eu também sinto – murmurei baixo – Mas isso não muda nada.

- Eu sei que não – ele suspirou pesadamente – Acho que eu vou para casa.

Ele me fitou por alguns instantes, como se esperasse que eu o desculpasse e voltássemos a ser como antes de tudo, irmãos. Mas eu não o fiz e quando ele percebeu isso se virou, andando até nossa casa.

- Albus! – chamei, me lembrando de algo subitamente. Ele se virou, eu podia ver uma pontinha de esperança em seus olhos – Por que você não parou a briga, antes?

- James estava perdendo – ele falou desanimado, as mãos nos bolsos e o olhar ferido – Ele roubou minha coleção de cartões de Sapos de Chocolates.

Eu pisquei, incrédula, e balancei a cabeça, soltando um riso sarcástico.

- Vocês são ridículos – murmurei por fim, me virando e voltando para a Toca.

-*-

Três dias se passaram lentamente e as coisas continuam o mesmo. Eu não vira Albus desde nossa conversa, ele não queria mais voltar para a Toca. As brigas eram constantes, principalmente entre eu e algum de meus primos. No dia anterior Molly II e Louis vieram gritar comigo, dizendo que Rose estava triste porquê eu havia feito com que Albus parasse de falar com ela. Meu pai me ignorava e minha mãe não sabia o que fazer, mas geralmente ficava ao seu lado, me olhando com pesar e, às vezes, tentava convencer ele a falar comigo. Eu não queria isso.

Os únicos que falavam comigo eram Scorpius, Fred II e meus avós, que parecia cada vez mais triste pelo clima estranho em sua casa, eu me sentia culpada, vovó não merecia isso e cada vez mais me questionava sobre sair dali com Scorpius, mas não tínhamos para onde ir. Uma vez meu tio George pediu para eu passar o suco para ele, fora a única vez que outra pessoa veio falar comigo. Apesar de tudo, eu não sentia raiva de tio George, ele nunca fizera nada contra mim ou algo do tipo, eu quase não o via. Pelo que eu soube, antes do tio Fred morrer, ele era completamente engraçado e legal, mas até hoje, mesmo já passados mais de 15 anos, ele não conseguira superar a perda do irmão gêmeo e quase nunca ficava na Toca, pois possuía muitas lembranças dos dois aqui. Sua loja de logros ainda continuava, mas pelo mesmo motivo, ele não aparecia muito por lá, deixando-a nas mãos de empregados.

- Lily? – Scorpius me tirou de meus pensamentos e eu me virei para ele, estávamos no meu quarto desde o almoço e não trocamos nenhuma palavra realmente significativa.

- Eu estou tão cansada disso – murmurei me aconchegando um pouco mais em seus braços – Eu só queria voltar para Hogwarts e fingir que nada disso realmente aconteceu.

- Talvez eu não devesse ter vim – ele falou, uma de suas mãos brincando com uma mecha de meus cabelos – Acho que piorei as coisas para você.

- Se você não tivesse vindo seria pior – falei rápido, não queria pensar no que aconteceria se eu passasse por tudo aquilo sozinha – Eu não iria conseguir ficar ao menos um dia aqui, eu surtaria.

- Acho melhor descermos, daqui a pouco é a hora do jantar – Scorpius murmurou, depois de algum tempo calado e eu assenti, me separando dele – De qualquer forma, amanhã é véspera de natal, logo voltaremos a Hogwarts.

- Duvido que passe tão rápido assim – falei amargamente, e o puxei da cama.

- Eu também – ele soltou uma risada, entrelaçando nossos dedos e indo até a porta.

Chegamos até a mesa e não havia ninguém ainda ou melhor, quase ninguém.

- Acho melhor voltarmos depois – sussurrei para Scorpius, me virando para ele.

- Você confia em mim? – ele perguntou, olhando para algo a seu lado e se virando, os olhos com um brilho diferente.

- Eu peguei você beijando outra garota na minha casa e acreditei que você não fez nada, acho que não preciso responder a sua pergunta – falei amargamente, sem entender onde ele queria chegar.

- Confia? – ele insistiu, me olhando nos olhos.

Assenti, confusa, enquanto seus olhos escureciam.

- Então vá – ele falou baixo ao mesmo tempo em que flashes de minhas brigas com Rose apareciam em minha mente.

- Mas por qu...

- Apenas vá – ele me interrompeu, me olhava intensamente, os flashes ainda apareciam em minha cabeça.

- Ok – murmurei por fim, me voltando para Rose, que nos observa com um sorriso de escarnio.

- Olá, priminha – ela falou, se levantando e colocando-se a minha frente. Arqueei uma de minhas sobrancelhas, dando alguns passos mais a frente, sentia Scorpius um pouco atrás, nos observando.

- Ficamos um tempo sem nos ver, não? – comentei sarcástica, me lembrando que Rose não aparecera na toca nos últimos dias, alegando estar triste demais pelo meu irmão – Eu até poderia dizer que senti sua falta, mas eu estaria mentindo.

- Acho que você está comemorando cedo demais, Lily – ela falou, cruzando os braços – Você pode ter conseguido Albus, mas eu ainda tenho a família toda ao meu lado, te odiando.

Senti minha visão se nublar por alguns segundos, minha vontade era de partir para cima de Rose, mas a mão de Scorpius em minha cintura me impediu, enquanto ele me envolvia em seus braços, ainda atrás de mim.

- Como é saber que seu próprio pai gosta mais de sua prima que de você, a filha dele? Como é sentir como se ele preferisse que você não existisse, o estorvo da família, a ovelha negra – ela murmurou venenosamente e eu sentia cada vez mais a vontade de realizar meu desejo.

- Continue – o sibilar vindo de Scorpius em meu ouvido me impediu, enquanto eu encarava minha prima com ódio.

- Você não conseguirá me atingir novamente, Rose – murmurei, me condenando por minha voz baixa.

- Tem certeza? Pois eu acho que estou me saindo perfeitamente bem – ele soltou uma risada sarcástica – Foi tão fácil convencer a todos que você era a errada, que tinha inveja de mim e por isso sempre me atacava, me machucava. Devo dizer que esperava isso desde pequena, apenas esperava o momento em que poderia destruir a perfeita Lilian Luna Potter, a filha do Eleito, a princesinha da família. Mas é claro que eu não conseguiria isso sem sua ajuda, Sonserina, Lily? Posso te agradecer por tornar isso tudo ainda mais fácil?

- Acho melhor você parar agora, Rose – falei entredentes.

- Ou o quê? Irá esfregar na minha cara que conseguiu o Malfoy? – ela riu novamente – Tenho novidades para você, eu consegui todos da família. Todos eles acreditam que a vitima da historia sou eu, a pobre Rose Weasley, que não tem culpa da cruel e fria prima dela sentir inveja de tudo que ela conseguiu, inveja por ela ser melhor que você.

- Você é doente – murmurei, com nojo – Qual é a finalidade de tudo isso? Jogar na minha cara que meus pais preferem você, que todos preferem você? Eu não vou cair mais no seu joguinho, eu não preciso mais disso.

- Você quase me fez acreditar nisso, que havia se transformado realmente em uma Sonserina e que não se importava. Mas eu conheço você, Lilian e sei que lá no fundo, o que mais você quer é aquilo que eu tenho, o amor da nossa família.

- Não Rose, você me conhecia – neguei, a olhando profundamente – Quando eu pensava que éramos amigas, eu mudei, não sou mais a garotinha tola e frágil e não vou deixar você me atingir mais.

- Sabe o que seu pai me disse um dia? – ela perguntou, me ignorando – Que preferia que eu fosse filha dele, e não você, porque eu sim traria orgulho para a família Potter, você só trazia desgosto e vergonha.

Ela terminou sorrindo em escarnio e eu senti minha visão escurecer, me soltei rapidamente de Scorpius e avancei em cima dela, a dando um tapa na cara. Senti minha mão arder e quando eu estava prestes a continuar, com um soco dessa vez, escutei uma voz diferente.

- Parem, agora! – olhei para a porta, confusa e só então percebi que todos estavam ali, toda a minha família.

- Pai? – Rose perguntou, os olhos lacrimejando e a mão em sua face, que continha a marca exata de meus dedos.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam???Haha, finalmente o que todos esperavamos, não é??? Querem o proximo capitulo rápido, é só comentarem! Pode ser um simples "amei" ou um "continua", é importante saber que vocês gostam da historia, ou tenham criticas construtivas. Então, para não perder o habito, de novo, TRINTA E QUATRO REVIEWS para o proximo.
Beijos gente, até lá!