My Heart, Your Skin escrita por bramadas


Capítulo 2
If you have to ask, you'll never know


Notas iniciais do capítulo

Ahhh, gente, eu sei que os capítulos estão grandes, mas não da pra desenrolar a história de qualquer jeito... Espero que gostem!



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- Ok. Tudo bem. O que está acontecendo? A última vez que te vi nervosa assim... Foi quando seu pai disse que ia embora pra Austrália. Se acalme. - Ela disse, ainda segurando meus ombros e dando rápidos olhares na direção em que eu estava olhando.

- Não.. Não.. Você não está entendendo. -  Eu disse, agora me concentrando em dar atenção a ela, para que ela não visse o que eu estava vendo. - Aconteceram... Coisas estranhas, er... Antes de eu ir... Embora. - Eu disse devagar, parecendo uma débil mental.

- É, eu entendi essa parte. O que tem aquele cara? Porque você quase desmaiou quando o viu? -  Droga. Lauren pescava as informações beeem rápido quando queria. Às vezes mais rápido do que deveria também.

- Hm... Talvez eu conheça eu ele... - Eu disse, mal acreditando que eu estava começando a contar pra ela. Ela ficou quieta, esperando que eu continuasse.

- E aí.. Bem, você sabe como eu fiz aquelas coisas todas loucas antes de ir embora... - Continuei dizendo.

- Sobre que coisas loucas você esta falando? Usar drogas? Virar noites?  - Ela perguntou, mostrando que se lembrava de tudo.

- É.

- Mas o que esse cara tem haver com isso? E pula logo pra parte em que você me conta o que eu ainda não sei. - Ela exigiu, cruzando os braços e batendo o pézinho.

- Lauren.. Acho melhor eu te contar depois, sabe..? Não é uma boa idéia eu te contar isso agora. - Eu disse, com a voz um pouco baixa. E aí simplesmente um lampejo correu pelos olhos dela e ela começou a rir.

- Não acredito! Você deu pra ele, é isso? Ah, danadinha! Sabia que meu irmão não tinha aguentado segurar sua onda! Hm... - Ela olhou em volta, sorrindo mais um pouco. - Pelo o que eu vi ele é uma gracinha. Você tem razão. Bem melhor que meu irmão.

- Nãoooooo! Meu Deus, Lauren! Não! Seu irmão.. Hã? Da onde você tirou isso? Você sabe como acabaram as coisas entre eu e Bernardo, tira isso da cabeça. E porque você acha que eu faria sexo com um estranho? - Eu disse, tentando soar séria. Mas aquilo era engraçado, e na verdade, era uma desculpa tão cabível eu falar que era aquilo que tinha acontecido. Era até meio aceitável. Exceto pelo fato de que não era isso que tinha acontecido. Mesmo assim, Lauren me lançou um olhar sarcástico.

- Ah, é claro! Não é como se você estivesse fazendo coisas loucas pra se despedir desse lugar naqueles últimos dias, nem nada.. E você nem sumiu o dia inteiro! Claro que é uma maluquice total da minha parte achar que você, solteira e louca pra fazer uma besteira iria se privar de um último "tchauzinho" à lá Los Angeles? Hm, claro. Super a sua cara ser a controlada da história. - Ela riu. Eu não sabia se ria ou se chorava. Mas era engraçado, porque eu realmente não pensei muito no que estava fazendo... E independente do que realmente aconteceu, eu sabia que tinha chances de ter acontecido o que Lauren pensava, eu estava aloprando o tempo todo durante aqueles dias, mas preferi não contar pra ela a verdade. Eu simplesmente não podia. Isso estava enterrado num fundo de um baú, trancado com todos os cadeados possíveis e com todas as chaves muito bem escondidas. Talvez um dia eu conte, mas não estou pronta nem pra aceitar que isso realmente aconteceu. Claro que eu devia saber que quando a gente faz algo, aquilo permance pra sempre nas nossas vidas e de nada adianta fingir que não aconteceu, porque nossa própria mente é a nossa pior inimiga. Mas falando sério... Quem quer ficar lembrando das merdas feitas? Eu é que não.

Mas parece que alguém tinha aparecido exatamente para me relembrar de tudo.Hm.

- O que você quer que eu fale?

- O nome dele, pra começar.

- Sério? De tudo, é isso que você quer saber?

- Pra começar, sim.

- Você não precisa saber o nome dele...

- Claro que preciso, a gente sempre conta os nomes, é um hábito nosso e... Meu Deus! Você não sabe o nome dele!!! MEU-DEUS-DO-CÉU. Você não sabe! É isso? Não acredito! - Ela disse, fingindo que estava de queixo caído. - Sempre surpreendendo, Chars.

- Não, eu sei! Quero dizer.. Sei o apelido.

- Então me fala!

- Mas você vai rir, eu sei disso.

- E o que que tem? Nada pode ser pior do que ter perdido o bv com um cara que tem o apelido de Maionese, como é o meu caso. - Lauren disse, se lamentando fingidamente, mas ainda rindo.

- Ok, você sempre vai ganhar nesse quesito de pior nome, mesmo. Era Tony o apelido dele... Eu acho.

- Você acha? - Ela cruzou os braços e me encarou fingindo espanto.

- Ok, mas agora você vai me contar se foi bom... Com detalhes! Quero saber tud..

- Ah, Charlotte! Minha menina! - Ouvi uma voz masculina dizer à pouca distância. É claro que eu conheceria aquela voz até debaixo d'água, era meu pai. Me virei imediatamente para procurá-lo. Ele estava vindo em nossa direção. Corri para abraçá-lo, nem reparei se ele estava só ou acompanhado. Fazia um ano que eu não o via, eu merecia um abraço de urso desses. Quando meus braços passaram ao redor dele, percebi que ele estava mais gorducho e definitivamente mais relaxado, porque ele soltou uma risada tão boa, um tipo de risada das quais eu não via fazia anos. Era bom abraçar meu pai, era o único lugar onde eu me sentia realmente protegida (Isso talvez seja culpa da minha mamãe querida/monstra do lago ness).

- Pai! Como você está? Meu Deus, você parece tão feliz! - Eu disse, me afastando para poder olhá-lo de perto. Ele tinha o mesmo bronzeado de quando morava aqui, mas alguma coisa estava diferente. - Eu tô morrendo de saudades de você, meu velho! O que andou te ocupando tanto assim lá na Austrália, hein? - Perguntei sem hesitar. Ele podia ser meu pai e ser o cara pra mim, mas ele me devia explicações também.

- Oh, Charlotte. Me Desculpe, te explicarei tudo. Mal posso esperar pra te mostrar! Não vamos poder ficar para jantar, mas aposto que você vai adorar! E sim, eu estou ótimo! Gostaria que você conhecesse uma pessoa maravilhosa que me ajudou nesse processo todo de adaptação à Austrália.. Charlotte, esta é Gloria.  Gloria, esta é minha filha, Charlotte. - Meu pai disse, me introduzindo para uma mulher aparentemente da idade dele, parecia meio vivida, meio confortante, meio durona, meio hippie, mas legal, além de não ter a beleza artificial que a maioria das pessoas daqui tem. Ela me era muito familiar, talvez eu já a tenha visto em algum lugar.. Só não consigo me lembrar aonde.  Mesmo assim, gostei dela de "primeira"... Será que meu pai estava tendo um affair com ela? Hmmmm. Estaria tudo bem, na verdade, eu não podia perguntar agora na frente dela, mas meu pai responderia se eu perguntasse depois. Trocamos um aperto de mão, bem firme da parte dela e isso me fez imaginar que ela pudesse ser uma pessoa determinada no que queria, ela estava dando uma impressão ótima. Ponto pro meu pai. É.

- Olá! É um prazer conhecê-la. - Eu disse.

- Ah, é um prazer conhecê-la também, ouvi falar muito de você. - Ela respondeu, misteriosamente. Essa mulher tinha uma coisa. Um jeito. Sei lá, era alguma coisa que me fazia querer ter respeito por ela, sei lá... Estranho.

- Ah, meu pai é um amor, mesmo! - Eu falei, sorrindo pra ele. Quando olhei para Gloria novamente, ela tinha uma expressão engraçada no rosto, como se só de me olhar ela soubesse todos os meus segredos.

- Ah, é verdade. Ele também fala muito de você. - Ela disse, me lançando o sorriso mais misterioso que eu já tinha visto. Peraí. PARA TUDO! Como assim, ele também fala muito de você? Quem falou de mim pra ela sem ser meu pai? Meu Deus, tomara que ela não conheça minha mãe ou ninguém tão irritante quanto, porque Gloria parece ser uma pessoa legal. Legal de verdade, sabe? E não quero ter a impressão errada dela, mas ela estava me assustando um pouco, seja lá o que ela soubesse, ela não parecia que ia sair por aí falando, mas ela parecia querer mostrar que sabia. Se não ela não mencionaria o "também", né? Ou eu posso estar maluca e imaginando coisas também. Ah, como eu queria ter imaginado outra coisa que vi hoje...Grrr. Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, meu pai nos interrompeu:

- Sim, eu sou um amor. E filha, sei que você quer matar as saudades, assim como sei que temos muito o que conversar, mas eu preciso falar com esse pessoal todo por aqui e coisa e tal, você sabe... O de sempre. Mas antes do jantar eu vou pedir alguém pra te chamar e assim poderemos sair. Aliás, onde estão Lauren e Bernardo? Acho que eu gostaria de levá-los para ver minha pequena surpresinha também, avise a eles. Estou com saudades dos meus afilhados pestinhas.

- Onde nós vamos? - Perguntei, morrendo de curiosidade.

- Segredo! - Ele disse rindo, e saiu andando. Glória o seguia, mas ao passar na minha frente, girou a cabeça em minha direção, me olhou nos olhos e disse misteriosamente (de novo):

- Você vai gostar, não se preocupe. - E saiu andando, com um sorrisinho que eu não sabia dizer se era zombeteiro ou encorajador. Wow. Não sei se ela é maluca assim mesmo ou se tem realmente algo nessa história. Bom, se realmente tiver algo nessa história, provavelmente eu vou descobrir em breve.

Então me virei em direção ao espelho onde Lauren e eu conversávamos antes do meu pai nos interromper e tcharam: Dei de cara com Bernardo. Ele me encarou durante todo o caminho em que percorri até ele e Lauren, que por sua vez, se virou para ver o que ele estava olhando. Ela riu e deu um murro de brincadeira no ombro musculoso dele, que estava escondido sob um terno. Bernardo é meu ex-namorado, graças a Deus eu terminei com ele um mês antes de resolver me mudar, se não todo mundo estaria falando que o larguei só por causa disso. Ele era lindo, de verdade, era moreno de olhos azuis, diferente da loiríssima Lauren, mas não era o cara certo pra mim, não rolou química, nada, éramos amigos, apenas isso. Além do mais, tudo ficou bem, porque sempre fomos muito próximos, então no dia que concordamos que não dava mais, simplesmente fomos pra sala, assistimos um filme, comemos pipoca e depois ele foi pra sua dose diária de loucura, que era sair com os amigos e ficar chapado até o talo. Desde então, continua como sempre foi antes de namorarmos... É como sempre dizem, há coisas que simplesmente não são pra ser e a gente mais cedo ou mais tarde acaba percebendo. É que sempre pareceu meio errado namorar com ele, porque sejamos sinceros... Ele era como um primo pra mim (Me recuso a falar irmão, porque aí seria 500 vezes mais estranho, mas Lauren é como se fosse minha irmã... Ou seja, prefiro não chegar a uma conclusão sobre isso, porque já sou suficientemente meio esquisita com relações familiares e isso da nó no meu cerébro), claro que não tínhamos o mesmo sangue, mas nossas famílias eram amigas. Mesmo assim...Sempre diziam pra gente namorar... E eu me divirtia com ele, ele se divertia comigo, na época aconteceu, resolvemos tentar e não teve nada a ver, então acabou. Bem simples assim, mas ainda acho que as pessoas falam sobre nós as vezes. Sim, aquelas mesmas pessoas chatas, fúteis e típicas desse lugar, mas nós não ligavámos, nunca ligamos. Quando cheguei perto, ele cruzou os braços enormes sobre o peito e estreitou os olhos pra mim, como se fosse me acusar de alguma coisa.

- Então você resolveu aparecer, né? Parece que passaram vários anos desde que você partiu... Mas a gente te perdoa. - Ele disse, abrindo um sorrisão e passando os braços fortes em volta da minha cintura para me levantar num abraço. Eu me sentia tão pequena perto dele, ás vezes (até de salto).

- Ahhhhhhhhhhhhhhh, me bota no chão, Bernardo! - Eu disse, primeiro sacudindo os pés, depois o abraçando também. Definitivamente só amigo, pensei. Eu tinha que confirmar, não senti nada dessa vez,  assim como nunca tinha sentido em todas as outras vezes em que estive com ele. Estar abraçada com alguém me lembrou de uma certa pessoa que tinha me deixado desconcertada um tempinho atrás, suspirei levemente ao me lembrar disso. Bernardo me botou no chão.

- Pronto, pronto! Já está a salvo. Mas diz aí, quando é que eu vou poder ir lá no seu chiqueirinho, hein? - Ele perguntou, se referindo à minha casa em Nova York.

- Ah, cala a boca, cara! Chiqueirinho é o seu quarto, tá? Fica quietinho aí! - Eu protestei, rindo. - E você pode ir no meu APARTAMENTO LIMPO E CHEIROSINHO quando você quiser, seu bosta. Você não foi ainda porque não quis. - Completei, dando um sorriso forçado daqueles que mostram todos os dentes, pra mostrar que eu tinha rebatido a resposta dele. É, nós tínhamos esse nível de idade mental.

- Vou fingir que acredito! Você e Lauren são as coisas mais porcas que eu já vi na minha vida!

- Olha só quem fala!!! - Lauren protestou também, olhando ameaçadoramente pro irmão.

- Cala a boca, Lauren! Pfff. - Bernardo disse, segurando as bochechas de Lauren num ato quase fofo de demonstração de amor fraterno. Ou não. Lauren tentou falar, mas não conseguiu com as mãos de Bernardo apertando as bochechas dela, fazendo-a parecer um peixinho, com aquele biquinho. Nós três começamos a rir, quando me lembrei do que meu pai havia dito.

- Ahhhhhh, vocês já viram que meu pai chegou? Ele tem uma surpresa pra nós... Quero dizer, ele está meio que fazendo mistério comigo e mandou vocês dois me acompanharem. E tem tipo, uma mulher com ele que eu nunca vi antes, e ela é meio louca, misteriosa e total hippie, só que eu gostei dela. Bom, só sei que ele vai chamar a gente antes do jantar, porque não dá tempo de jantar e irmos ver a tal "surpresa", então... Estamos livres da cerimônia de hoje! Haha. Não é legal? Eu to doida pra saber o que é.

- Bom, parece que você aceitou bem o fato de que ninguém te contou do seu pai vir.. Ou elas te contaram quando você chegou? Me diz que não, assim posso zoar com a cara da Lauren por ela ser uma escrota.

- Eu to bem aqui na sua frente, Bernardo. - Lauren disse, cruzando os braços e encarando Bernardo friamente.

- Ah.. Não falaram. Mas tudo bem, não é muito surpreendente isso... E não posso culpar Lauren, ela estava prestes a me contar quando minha mãe chegou e fez uma ceninha comigo e aquelas coisas de sempre. - Eu disse olhando pra eles. - Então, eu não vou ficar me aborrecendo à toa por causa de uma estupidez da minha mãe. Eu topei ir com ele. Acho que vocês vão topar, porque vocês também não aguentam mais esses jantares, mas independente de vocês irem ou não.. Eu vou!

- Ok, Chars.. Nós sabemos que você faz tudo pelo seu pai, já. E eu to dentro. Eu vou com vocês. - Bernardo disse.

- Eu também, é claro. - Lauren disse, quando eu a olhei em busca de uma resposta. - Só queria saber pra onde vamos, porque talvez devêssemos trocar de roupa, essas roupas são muito formais.. Ou não? Bom, seu pai avisaria se tivéssemos que trocar, né? - Lauren perguntou, SEMPRE se preocupando com roupas... Ai, Lauren, quem pode te culpar, né? Fomos criadas assim, pensei.

- Hm, é.. Acho que ele falaria. De qualquer forma, vou pegar meu casaco e minhas coisas e encontro vocês daqui a pouco, pode ser? - Eu disse, já entrando no corredor que dava nas escadas pro próximo andar.

- Ok, nós vamos enrolar a mamãe com alguma coisa e te encontramos aqui daqui a 20 minutos. - Lauren disse e puxou Bernardo para o outro lado da casa, se movendo entre as pessoas.

Andei até o quarto de hóspedes pensando no que meu pai poderia querer mostrar... Será que era uma casa nova, ou algo assim? Será que ele ia pedir Gloria em casamento? Por mais que pareça estranho, sinto que eles são grandes amigos, não sei porquê. Será que ele ia nos levar pra conhecer as outras pessoas que minha mãe estava com medo de me contar sobre? Isso me deixou intrigada, porque Esther, a mãe de Lauren, disse que ele havia vindo com 4 pessoas a mais. Uma era a Gloria, certo? E as outras 3? Certamente elas estavam pela festa. Será que elas iriam pra esse lugar misterioso com a gente? Quantas perguntas, Aiiiiiii! Assim vou ficar maluca.  Eu havia acabado de entrar no quarto, eu estava procurando pelo meu casaco, quando bateram na porta. Devia ser Lauren.

- Já vou, Lauren, só um minuto. - Eu disse, remexendo numa bolsa minha distraídamente enquanto eu abria a porta.

- Acho que não é a Lauren. - Uma voz de homem disse, num tom completamente intrigante (e sexy!). Wow.

 Não é a Lauren, com certeza não é a voz do Bernardo, pensei, ainda olhando pra dentro da bolsa. Mas aí percebi que a tal pessoa estava muito quieta, então cometi o grande erro de levantar os olhos em direção a sombra parada na soleira da porta bem na minha frente. Era ele. Gloriosamente gostoso num terno aparentemente caro, puxando um isqueiro do bolso e acendendo um cigarro. Eu jamais imaginei vê-lo de terno. Ele parecia o tipo de cara rebelde demais pra ficar frequentando o tipo de festa em que se é obrigado a usar ternos. Fiquei estática novamente, assim como mais cedo. E quando concentrou a atenção em mim, levantando uma sobrancelha intrigantemente e tragando seu cigarro, eu pensei que eu nunca mais ia conseguir me mexer de novo. Ele estava apoiando um braço na porta enquanto fazia isso, e eu nem tinha reagido ainda, até que ele tombou a cabeça, soltou a fumaça pro alto meio dramaticamente, de modo que seus cabelos compridos se jogaram um pouco pra trás, e perguntou estendendo o cigarro pra mim:

- Você não vai querer, né? - E riu, novamente com apenas uma sobrancelha levantada. Ai, isso era definitivamente sexy.

Foi aí que eu fiquei mole de novo, tudo começou a ficar embaçado, embaçado e embaçado e eu me senti leve... Tão leve... Eu queria dizer alguma coisa, mas eu não conseguia nem abrir a boca pra gritar.

E aí... Aí sim me lembrei do nome dele.

Ou talvez eu nunca tenha esquecido.


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