My Heart, Your Skin escrita por bramadas


Capítulo 10
All the world gets high when you take a dare


Notas iniciais do capítulo

Hello! Espero que gostem (: (fiquei com preguiça de revisar, se tiver algum erro de português ignorem por favor... hahahahah)



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Capítulo 10 -

- Santo Deus. – Eu disse, abrindo os olhos. Lauren roncou ao meu lado e se virou.
- Eu vi seu sapato ontem. É. Ele é muito legal. Ele é muito bonito.  – Ela falou resmungando, ainda dormindo. Não resisti e lancei-lhe um sorriso: É sempre engraçado conversar com Lauren enquanto ela dorme.
- Certo, Lauren. Porque você não casa com ele? – Eu disse, me levantando da minha própria cama. Era estranho estar no meu quarto novamente. Pra minha alegria, minha mãe não tinha mudado ele em nada, estava exatamente do jeito que eu deixei quando parti.
- Não, só gosto de sapatos vermelhos agora. – Ouvi Lauren responder, enquanto eu entrava no meu banheiro e me despia para poder tomar banho.
- Claro, eu bem imagino porque você só gosta de sapatos vermelhos. – Eu disse baixinho, rindo. Pelo menos eu conseguia rir de alguma coisa, afinal de contas.
 Me olhei no espelho, lá estava eu, viva e sobrevivente ao dia anterior.
Meu Deus, porque eu não esqueço isso tudo e volto pra Nova York? Seria bem mais fácil.
Ok, agora... Analisando os estragos de ontem:
- 1 sapato perdido. (Tudo bem, não foi tão ruim. Só espero que ninguém o ache e venha trazer aqui, Cinderela não é o meu tipo)
- 1 amiga bêbada. (Nada que eu já não esperasse)
- Infinitas doses de tequila . (Estou viva, isso é o que importa)
- Centenas de baseados. (Tudo bem... Dezenas ficaria mais próximo)
- 1 mãe com raiva porque eu sumi e cheguei bêbada com 5 pessoas em casa. (Bem, ela está sempre com raiva, não é mesmo?)
- 2 tombos na mesma escada. (Quem é que consegue andar com apenas um sapato de salto? Me diz?)
- 100% vontade de me matar por ter quase abusado sexualmente do Anthony bêbada. (Não tenho nada a dizer sobre isso)

Acho que eu dormi em pé, ou então entrei em transe ou algo assim, enquanto tomava banho. Despertei com Lauren socando a porta:
- Sai logo daí, Chars! Você morreu ou o quê? – Ela perguntou, histérica.
Me enrolei na toalha e abri a porta rapidamente pra que ela pudesse ver que eu estava viva e etc.
- Que foi? Eu to bem. – Eu disse, saindo e indo procurar algo pra vestir. Ela revirou os olhos e entrou no banheiro, fechando a porta.
- Você demora demais, cacete. Não tem só você pra tomar banho. – Ela disse com a voz abafada por causa da porta fechada.
- Dãrrr! Como se não tivessem outros banheiros nessa casa! – Eu gritei pra ela enquanto abria as portas do meu closet e via que minhas coisas tinham sido postas no lugar. Meu Deus, não acredito que minha mãe mandou esvaziarem minhas malas. Isso é invasão de privacidade. Bom, pelo menos isso me adiantou de alguma coisa;
- Ah, você já está acordada! Aleluia!!! – Minha mãe disse, abrindo a porta do quarto supetão e entrando. – Bom, se você estivesse dormindo eu te acordaria de qualquer forma, porque é um desaforo você vir pra cá e ficar dormindo e...
Falando no diabo, ele aparece. Que merda. Deixei ela falar, enquanto eu olhava os cabides e pegava algo pra vestir, foi estranho ver todas as minhas antigas roupas ali... Quando me mudei, comprei tudo novo... Era estranho me lembrar das ocasiões em que eu tinha usado essas roupas.
- Ei!!! Você está me escutando? Eu estou falando com você, mocinha! Olha pra mim! Eu estou mandando você olhar pra mim!!! – Ela disse, quase gritando.
- Tô ouvindo, mãe. – Eu disse, não que eu realmente estivesse ouvindo, porque eu não estava, mas é melhor não discutir com a minha mãe.
Ela se sentou na minha cama e olhou em volta, reparando em todos os detalhes e coisa e tal.
- Mal você chegou e isso já está uma bagunça...
- Como se você ligasse...
- Por que você não está vestida? – Ela perguntou, ignorando o que eu havia dito.
- Eu saí do banho agora... Queria me vestir, mas você chegou.
- Isso é uma indireta pra eu ir embora? – Perguntou, me fuzilando com os olhos. Não acredito que ela conseguiu perceber!!! Isso é um grande avanço, sério.
- Hm... O que você está fazendo aqui, mãe?
- Porque você não me avisou que vinha?
- Pra quê? Não ia fazer muita diferença, você seqüestrou minhas malas e eu vim dormir em casa do mesmo jeito.
- Claro, eu sou sua mãe. Eu tenho responsabilidade por você. – Disse, me lançando um olhar severo, como se estivesse ofendida por eu duvidar disso.
- Ah, claro... Bem, não vou discutir com você sobre isso. De novo. Eu não avisei que vinha porque não tive vontade. Simples. Eu vim ver Lauren, apenas.
- Por falar em Lauren, aproveite que está enrolada na toalha e me mostre sua tatuagem ridícula.
Isso me fez lançar-lhe um olhar assustado. Isso sim era invasão de privacidade.
- Não. – Eu disse, cruzando os braços.
- Como, não? Quero ver agora, anda! – Ela disse, se levantando e botando as mãos no quadril, provavelmente querendo aparentar que manda em alguma coisa.
- Você ta ficando maluca? Eu não preciso te mostrar nada.
- Claro que precisa, eu sou sua mãe. Anda logo. – Ela disse, se aproximando da porta do quarto e a fechando. Não sei se era porque ela não queria que alguém entrasse, ou se ela não queria que eu saísse. Medinho.
- É só uma tatuagem, mãe!!! Pelo amor de Deus! – Eu disse, entrando no closet novamente e pegando a primeira roupa que vi.
- Não me dê as costas enquanto eu falo com você! – Ela respondeu, vindo atrás de mim.
- Mãe, não vou te mostrar nada. Sério. Se é só isso que você quer, já pode ir...
- Sempre desobediente! Vou esperar você se vestir.
- O quê? Me vestir com você aqui? Esquece. Você não vai ver essa tatuagem.
Bem, sempre fui desinibida. Mas eu gosto de fazer pirraça com a minha mãe. Principalmente porque ela reclamou tanto dessa tatuagem... E agora ela quer ver? Não, não. Ela não merece ver. Ela merece minha birra, isso sim.
- Até parece que eu nunca vi nada disso aí. – Ela disse , apontando com desdém pra mim. Não acredito que essa conversa está acontecendo, sério.
- Mãe... – Eu disse, saindo do closet e me afastando dela. – Eu tenho que me vestir... Se você puder me dar licença....
- Mas o que é isso? Você está mandando eu sair da minha própria casa?
- Não, eu estou pedindo pra você sair do meu quarto, apenas isso. -  Eu disse, abrindo a porta e fazendo um gesto indicativo, para que ela saísse.
- Só pode ser brincadeira!!! Eu não vou fazer isso, essa casa é minha.
- Mãe.. Não dificulte as coisas...
- Ah, mas agora mesmo que quero ver essa tatuagem! Você não quer me mostrar, deve ter alguma coisa bem errada com isso! Não vou me espantar se tiver algo bem feio aí.
- É mais bonita do que a sua! Agora me dê licença, mãe. Sério. – Eu disse, começando a me estressar. Eu estava em paz.. Por que ela veio me perturbar?
- Ou você vai fazer o que? A casa é minha. Ninguém vai me tirar daqui. – Ela disse, sentando na cama e afastando os lençóis como se tivesse nojo. Típico.
Porque ela está dando atenção pra essa maldita tatuagem, também?  Que saco.
- Ah, é? Se você não vai sair, eu saio. – Eu disse, saindo e batendo a porta atrás de mim.
Lá fui eu, toda enrolada na minha toalha, com os cabelos molhados e carregando minha muda de roupa. Corri pelo corredor e comecei a seguir até o quarto da minha mãe, pois ela nunca imaginaria que eu fosse pra lá. Eu poderia ter entrado em algum dos outros quartos vazios... Mas eu não sabia quem eu poderia encontrar dentro deles e preferi não arriscar.
Ao andar pelo corredor percebi que minha mãe havia redecorado tudo e...
- Cuidado por onde anda... – Uma voz disse, amigavelmente. Voltei a prestar atenção por onde andava e notei Bernardo vindo em minha direção. O que ele estava fazendo aqui?
- O que você ta fazendo aqui? Ta perdido? – Perguntei, enquanto ele observava como eu estava “vestida” e dava uma risada.
- Você parece mais perdida do que eu, Chars.
- Idiota. Minha mãe está atrás de mim. Ela quer ver minha nova tatuagem...
De repente, percebi os olhos dele faiscarem. Ele adorava tatuagens, tinha várias.
- Aquela da foto? Porque ela quer ver?
- Aquela da foto, sim... Mas era só pra Lauren ver, não todos vocês! Hunf. Minha mãe tá cheia de merda com isso, falou ontem várias asneiras pra mim. A Lauren não devia ter mostrado essa foto.
- Sua mãe não muda. – Ele disse, rindo. – Na verdade ninguém viu essa foto, Chars... A Lauren apenas comentou com a nossa mãe... E uma coisa leva a outra... Então... Já sabe, né?
- Ahhhh, explicado! – Eu disse, voltando a andar e fazendo que ele me acompanhasse.
- Então, você vai me mostrar? – Ele perguntou, segurando meu ombro para que eu me voltasse pra ele e parasse de andar. Ele realmente estava interessado.
- Ahn... Bem... Depois, né? – Eu disse, olhando pro meu estado. Meu Deus, não deve ser muito bom ficar andando por aí enrolada numa toalha com tantos homens dentro de casa. Bom, se eu tivesse sorte, meu pai já teria saído de casa... Quem sabe? – A propósito, o que você está fazendo aqui mesmo?
- Vim ver vocês, ué. E avisar que hoje temos outro jantar daqueles maravilhosos, que você adoooora.
- Ah, não... Sério? Onde? – Eu perguntei, meus ânimos desabrochando no mesmo instante. Tudo o que eu queria era relaxar um pouco, mas esses jantares eram sobretudo estressantes. Eu iria dar um jeito de fugir desse, com certeza.
- Adivinha? Aqui. – Ele disse, esperando pra ver qual seria minha reação.
- Porra, que merda. Eu já estava pensando em fugir.
- Sabia que você ia falar isso!
- Claro! Não dou sorte. Bem, tenho que me vestir, ta? Lauren está no meu quarto. Isso se ela não tiver fugido da minha mãe também, é claro.
Ele deu uma risada e saiu andando.
- Ok. Vou salvá-la. Até.  – E sumiu pelo corredor.
Entrei no quarto da minha mãe e rapidamente me arrependi, lá fedia a perfume francês. Aqueles perfumes que você passa e ficam entranhados na pele até depois que se toma banho, sabe? Mas acontece que o perfume da minha mãe é enjoado. Sério.
Me vesti e aproveitei que estava no quarto da minha mãe para fuçar um pouquinho. Entrei no closet dela (que era do mesmo tamanho que o resto do quarto) e comecei a futucar nas roupas... Até que tinham coisas interessantes lá... Pra alguém da minha idade, é claro.
E então me lembrei de que minha mãe adora tomar remédios pra dormir, tenho certeza de que eu irei precisar de alguns tendo que dormir na mesma casa que ela, então fui até seu banheiro e procurei por algo dentro dos armários.
Voi lá. Lá estavam as centenas de frasquinhos.
Meu Deus, eram muitos. Isso que dá ser problemática, você tem que ficar tomando centenas de remédios pra dormir, anti-depressivos e essas coisas.  Só de ficar perto desses remédios já me sinto mal. Curiosa, fui tentar ler os rótulos de alguns deles... E aí tive uma surpresa: Estava tudo em árabe. Ou russo. Ou qualquer merda dessas, porque eu não conseguia entender nada do que estava escrito.
Certo, vamos lá.. Por dedução... Remédios pra dormir devem ser os tarja-preta, certo? Porque todo mundo fala que vai “tomar um tarja-preta” antes de dormir e coisa e tal. Bem... Tem vários, como vou escolher um?
Ah... Enfim, peguei o frasco que mais me parecia familiar. Depois de pentear meu cabelo, botei tudo no lugar, e fui embora. Aquele cheiro estava começando a me deixar com dor de cabeça.
Já faziam algumas horas que eu não comia nada, então saí dali e fui direto pra cozinha, mas fiz questão de passar por outro caminho que não fosse perto do meu quarto.
Ouvi vozes masculinas. Ai, chegou a hora de encarar meus mais novos colegas de quarto. Ou quase isso.
Entrei na cozinha e lá estavam todos eles, inclusive Lauren, Bernardo e meu pai.
Graças a Deus não vi minha mãe.
Assim que entrei na cozinha todos me olharam. Estavam sentados perto de um dos balcões da cozinha, todos comendo.
- Bom dia. – Eu disse pra ninguém em particular e fui até a geladeira, evitando trocar olhares com alguém.
- Bom dia, ursinha. – Alguém disse e todos riram.
- Ha-há. Muito engraçado. – Eu me virei, fechando a geladeira depois de não achar nada de interessante e lançando um olhar mórbido a quem eu pensava que tinha falado aquilo: John.
Ele deu de ombros e voltou a comer alguma coisa que ele segurava. Mas antes ele me deu um sorrisinho tímido.
- Alguém acordou de mau-humor... – Chad disse, comentando com Flea, mas falando alto o suficiente para que todos ouvissem.
- Onde você tava? – Lauren perguntou, ignorando o comentário de Chad. Olhei pra cara de Bernardo e ele me deu uma piscadinha em resposta. Porque ele não falou pra ela, né?
- Tava fugindo da minha mãe. – Eu disse, me sentando em um dos bancos perto do balcão. Meu pai estava ao meu lado e Anthony estava em pé ao lado dele. Não pude deixar de dar uma espiadinha para ver a cara dele. Ele estava prestando atenção em Lauren.
- Só fugindo mesmo. – Meu pai disse, fazendo com que todos rissem. -  E então, soube que a noitada foi boa. – Ele continuou, me dando uma cotovelada levinha.
O que me fez gelar instantaneamente, é claro. Instintivamente olhei pra Anthony. Mas ele fingia não notar minha presença.
Certo, sobre o que meu pai está falando?
- É... foi. – Eu disse, olhando pra Lauren com cara de desespero.
- Todo mundo aproveitou! – Ela disse, rindo. – Não é, Bê?
- Principalmente o John... – Bernardo disse, lançando um olhar acusador pra Lauren.
Ei, pelo que eu me lembre eles não fizeram nada demais. Ok, talvez Lauren tenha oferecido um body-shot* de tequila pra ele. No meio dos peitos. E talvez ele tenha aceitado.
Várias vezes.
Mas tudo bem, pelo que eu me lembre. Bernardo só estava pilhando Lauren. Deu certo, pois ela lhe deu um olhar de censura. John, por sua vez, pareceu tímido ao comentário. Mas soltou uma breve risadinha, junto com os outros. Menos meu pai, que provavelmente não estava entendendo nada.
- Você também, Bê. Teve uma hora que eu te vi com 3. – Eu disse.
- Hmmm, nem vamos falar de você, Lauren. – Flea disse, trocando um olhar com Chad.
- Nem do Anthony. – John disse, antes que eu pudesse abrir minha boca.
E então... Sabe aqueles dois segundos de silêncio que parecem durar 2 horas? Foi o que aconteceu. Talvez só tenha durado na minha cabeça. Eu não arrisquei olhar na direção de Anthony, eu não queria saber como ele se sentia pelo o que eu fiz. Simplesmente olhei pra parede. Depois pro meu pai, pra ver se ele tinha captado algo. Aparentemente não, porque ele ria por educação. Como se achasse realmente engraçado, mas na verdade só ria porque queria fingir que entendeu.
- Ah, é verdade... Eu não perdôo as loiras. Vocês sabem disso, né? E aquela, então? Nossa! – Eu ouvi Anthony dizer.
Claro que isso me fez esquecer momentaneamente toda a minha vergonha, culpa, etc. e me peguei olhando pra ele. De novo. Ele estava falando sério mesmo.
Loira? Mas que loira? Eu não o vi com nenhuma loira.
- Sim, bem o seu tipo! Quando eu a vi... Pensei: Ela foi feita pro Anthony. – Chad disse pro meu pai.
- Já se dando bem? – Meu pai perguntou a ele.
- Por enquanto... – Anthony respondeu.
- Ih... Esse aí... Não perde tempo. Ele vai se dar bem com você. – Chad disse pra Bernardo e novamente todos acharam engraçadinho.
Ah, claro. Dois mulherengos. Sim, entendo a ligação que você fez, Chad.  Entendo perfeitamente. Acho engraçado pra caramba também. Mentira, nem acho.
- E então, Charlie, conta pro seu pai como você aproveitou a noite bem. – Anthony disse, parecendo me notar pela primeira vez. Percebi que eu havia prendido a respiração enquanto percebia que ele se dirigia à mim.
Nota mental: Não ficar tocando as pessoas só porque dá vontade e sair correndo depois.
- Charlie? Novo apelido, filha? – Meu pai perguntou, achando o máximo. Provavelmente pensando que isso era uma coisa boa. Sabe como é.. Sua filha se entrosar com membros de uma banda da qual você é empresário...
Não pai, não é uma coisa boa.
- É. – Anthony respondeu por mim, e me olhando enigmaticamente. – Então, Charlie, conta aí. Você aproveitou a noite tão bem quanto eu?
Tive vontade de fuzilar ele com os olhos. O que ele queria dizer com esse comentário?
- Sim! Aproveitei, sabe? Minha noite foi ótima! Graças a Deus não fiz nada de que eu me arrependesse. – Eu respondi diretamente a Anthony, dando um sorriso sínico a ele.
- Isso é bom, sabe? Não é legal sair por aí confundindo as pessoas. Alguém ainda vai acabar se dando mal por isso. – Ele disse, devolvendo o sorriso cínico.  Isso era uma ameaça? Meu Deus. O que ele está querendo dizer? Ou insinuar? Porra.
- Sim. Talvez você devesse me ensinar umas técnicas sobre como pegar qualquer uma, hein? – Eu disse, fazendo minha voz soar amigável falsamente.
- Pelo menos eu me controlo. Pode deixar que eu vou te dar umas aulas. – Ele respondeu.
Ai. Essa doeu. Merda, aquilo não foi sobre ontem... E sim sobre perder o controle com... Outra coisa. Eu entendi o recado. Mas ele não podia sair falando essas coisas perigosas por aí. 
Notei que todos estavam quietos prestando atenção. Olhei pra Lauren suplicando ajuda.
- O que aconteceu de tão bom nessa noite, hein gente? – Meu pai disse, se levantando e pegando o jornal que estava sobre a mesa. – Bom, seja lá o que for... Gostei de ver vocês se entrosando. Bem, rapazes... Vocês estão livres. Mais tarde nós nos encontraremos. – E saiu da cozinha, cantarolando alguma coisa.
E então o resto do universo, digo... Todos no recinto... Voltaram a conversar, enquanto Anthony e eu nos encarávamos.
Peguei um muffin no balcão e me levantei, passando ao lado dele e lhe lançando um olhar fuzilante, enquanto puxava seu braço e o encaminhava pra uma porta da cozinha que dava para o lado de fora.
Me surpreendi quando ele cedeu sem nenhuma resistência e foi atrás de mim.


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