Coração Protetor escrita por Amanda Angel


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Agora a porra ficou séria!!! É guerra, galere! O couro vai comer e o bicho vai pegar.
Quando você percebe que tudo aquilo você achava que deu errado na verdade era o que você queria o tempo todo. Ou algo do tipo.



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De repente, num piscar de olhos, Aska estava debaixo de uma chuva de flechas. Um paladino estava à sua frente, erguendo um escudo para protegê-la. Como ele era imponente e majestoso! Sua armadura resplandecia e a montaria impunha respeito. A jovem olhou ao redor e viu magos, caçadores de elite, assassinos, lordes e sacerdotes se protegendo como podiam das setas que caíam, vindo do outro lado da muralha. Muitos dos inimigos conseguiram invadir o palácio e um rastro de sangue tingia o solo de Payon.

Aska estava em uma guerra. Aquilo era real, e não sabia o que fazer.

Rapidamente, o líder da Ordem, um sábio, que conjurava um encantamento que espalhava uma névoa branca no chão, se dirigiu a ela e a nomeou Odalisca da Ordem.

Venha, precisamos de você na sala do Empérium.

Protegidos pelo paladino, que entoava uma música de glórias aos deuses, fazendo Aska se sentir mais ágil e mais corajosa, eles entraram no castelo, correram e logo estavam do lado daquela pedra magnífica. Aska estava admirada.

Precisamos proteger a pedra – disse o sábio – Se ela for destruída pelo inimigo, estaremos liquidados. Perderemos o direito legítimo de habitar neste feudo.

Os assassinos estão por toda parte, usando suas técnicas de invisibilidade. Você pode fazer com que eles se tornem visíveis, é tudo o que precisa fazer.

Aska nem mesmo sabia que podia fazer aquilo. Os assassinos inimigos eram ágeis, surgiam do nada cortando a carne dos defensores do castelo como manteiga e desapareciam novamente. Os magos invadiam desferindo nevasca e trovão de júpter, monges com punhos supremos. O castelo estava ruindo e o chão estava repleto de cadáveres dos habitantes de Payon. Aska correu para o canto e encolheu–se toda.

Tire essa máscara feliz e saia daqui antes que eu te espanque! – Gritou Aska. Estava apavorada, escondida nos escombros. Não era o que esperava de seu primeiro combate em uma guerra de verdade. Sonhara em entrar na guerra com um arco e um falcão, mas tinha apenas um chicote.

Se você encostar um dedo em mim eu vou dar um piti! – Gritou novamente. Viu que um assassino, prestes a matar o mago de seu pequeno clã, ficara tonto. Funcionou – pensou ela. Mas aquilo estava longe de ser o que sonhara.

Então ela olhou ao redor. Viu as pessoas de sua terra natal lutando pela sobrevivência. Não. Eles lutaram por algo mais. Lutavam para proteger as pessoas que amavam, suas famílias, os habitantes de Payon. Não havia egoísmo ali. Cada um protegendo o companheiro, dando cobertura, dando a vida um pelo outro. Eram homens e mulheres bravos e dignos. Heróis. Podia ouvir a voz de Borwaju:

“Um verdadeiro guerreiro é aquele que protege com seu próprio coração as pessoas que ama”

Ela estava vendo verdadeiros guerreiros ali e entendeu que não precisavam ser exímios atiradores ou ter armas mortais. Mas a verdadeira força vinha do coração deles, da determinação de proteger quem eles amavam.

Eu tenho essa força! – disse ela. E gritou. E gritou. Correu para perto do bardo que tocava o Poema de Bragi ao lado dos magos aliados e continuou gritando, agora mais rápido. Um sábio de Payon conjurou uma magia onde eles estavam; agora ninguém podia usar magia contra eles.

De repente, um assassino apareceu atrás dela e lhe desferiu um golpe. Aska recuou, sentindo o sangue quente escorrendo pelo rosto. Por pouco não fora um golpe fatal. Um monge interveio o matou rapidamente com um único soco! Ela ficou abismada com aquele poder e achou melhor não pensar naquilo, não naquela hora. Estava sangrando muito, mas tinha que ajudar o bardo. Um sacerdote se aproximou e, com orações sagradas, a curou quase que imediatamente e lhe invocou coisas que ela não sabia explicar, mas se sentiu diferente, mais ágil, mais forte. Pensou ter visto anjos acima de sua cabeça, mas achou que estava louca. Continuou gritando e viu que metade dos inimigos estava caindo no seu poder e ficavam paralisados. O assassinos invisíveis além de ficarem imóveis, tinham sua presença revelada.

De fato, o inimigo enviara apenas assassinos, monges e magos, e os poucos cavaleiros eram mortos pelos monges de Payon. Não havia quem resistisse ao Escândalo. Em pouco tempo, a situação se invertera. A pequena e frágil Ordem de Payon estava com a vantagem e expulsava o inimigo do castelo.

Quando tudo parecia mais tranquilo, Aska viu um assassino prestes a matar o mago. Gritou e atirou–lhe flechas de fogo com o Estilingue. Atirou de novo e de novo, muito rápido, pois a música executada pelo bardo a deixava mais eufórica e ágil. Levou alguns golpes, mas continuou atirando, fazendo o assassino cambalear. O mago invocou um Trovão de Júpter e o matou. Em meia hora a batalha estava encerrada. Os inimigos fugiram prometendo voltar.

Aska se sentou, cansada. Reconheceu algumas pessoas que vieram em sua direção. Eram seus ex–colegas arqueiros. Todos se tornaram caçadores, fortes e bonitos. Contaram–lhe sobre a morte de seu sábio instrutor, o que a deixou triste. Aska guardava em seu peito uma profunda admiração por ele, pois tivera um passado como o seu e se tornou um grande guerriro. Além disso, conhecera seu tio, e tinha a esperança de que pudessem conversar sobre ele.

Então desistiu de ser uma Atiradora de Elite? – perguntou um dos colegas.

Ah... digamos que encontrei meu verdadeiro dom. Não que seja bem o que eu queria, mas acho que nasci pra isso.

E agora, Lila? Vai voltar pra Comodo?

Aska percebeu que precisava de raízes. Ter algo que realmente devesse defender com o coração para assim se tornar mais forte.

Vou ficar um tempo por aqui. Acho que posso aprender mais lutando ao lado de vocês. Ah, e me chame de Aska.

 

Havia muito o que ser feito para reparar o castelo e reforçar as defesas, e muitos perderam a vida naquela batalha. Mas todos estavam sorrindo, pois não apenas sobreviveram, como viam a esperança de tempos melhores. Aska, pela primeira vez, sentiu que fez a diferença. Adorou a sensação. Poderia viver dessa forma para sempre; afinal, caçadora ou não, ela nascera para ser uma guerreira.

Fim

(Ou o início)


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Notas finais do capítulo

Eu não sou muito boa em descrever cenas de luta, guerra e tal, então podem falar se ficou muito ruim, eu aguento ;.;
Bem, essa foi minha simples historinha. Foi rápida, mas é apenas o início da saga de Aska. Se escreverei mais sobre ela, dependerá dos comentários da galere.
Como vocês acham que deve ser o futuro de Aska? Ela deve seguir como uma Slave ou deve continuar sua obseção por força e poder e se tornar uma odalisca ofensiva? Ela deve arrumar um namorado e ficar toda romantica ou deve continuar meio machona e abrindo mão dos sentimentos para proteger seu povo?
Enfim, são tantas dúvidas... mas é isso. Espero que tenham gostado, porque eu adorei escrever. Até a próxima fic.



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