Premonição 3: Redenção escrita por Lerd


Capítulo 4
Snuff


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, aqui vai a definição da wikipédia sobre o título do capítulo, "Snuff": "Filmes snuff são filmes que mostram mortes ou assassinatos reais de uma ou mais pessoas, sem a ajuda de efeitos especiais, para o propósito de distribuição e entretenimento ou exploração financeira. Embora existam muitos filmes que de fato mostram mortes reais, a existência de uma indústria financeira em torno deste tipo de filme geralmente é vista como uma lenda urbana."
Ou seja, Snuff movies são basicamente filmes de morte em que a vítima morre de verdade, não ocorre encenação. Bizarro não? Agora aproveitem o capítulo :D



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E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.” (Apocalipse 9:6)


Os garotos se acumulavam na cozinha dos Kappa Tau, e Melissa ainda permanecia em choque, com a mão no coração.

— Era a sua vez?! – Angel exclamou, surpreso.

Melissa não disse nada, mas ficou implícito que ela concordava.

— Era a vez dela? Que papo é esse? – Skip perguntou.

Angel e a garota entreolharam-se, como a decidir se deveriam contar à Skip.

— Vem, cara. – E Angel puxou o irmão pelo braço escada à cima, em direção ao quarto deles. Melissa os seguiu.

Os irmãos da Kappa Tau continuavam olhando a bagunça na cozinha, enquanto um deles exclamou:

— Nós vamos ter de limpar isso?!

— Considere uma prova de pledge. – Angel disse com firmeza.

x-x-x-x-x

Já no quarto, Angel fez Skip sentar-se na cama. Melissa já abria todos os armários, procurando uma maleta de primeiros socorros.

— Vocês não tem nada aqui? Ah, nojento... – A garota acabara por encontrar certos DVDs inapropriados.

— Está na gaveta do meio. – Angel disse. — E, de qualquer forma, isso é do Skip. Eu tinha namorada. — E riu, meio timidamente.

— Ah, achei!

E Melissa pôs-se a cuidar do nariz ensaguentado de Skip, enquanto o rapaz insistia para que contassem sobre a tal “vez” de Melissa.

— Olha, bro, antes de tudo eu preciso te dizer que a história é a maior doideira. Eu mesmo não acreditei no início, mas... Você precisa confiar em mim.

— Eu sempre vou confiar em você, Angel. Me conta.

Melissa sorriu delicadamente. Angel então começou a narrar toda a história. Sobre o caso de Bobby, a visão de Kelsey, a lista, a morte de Trip e o acidente de Melissa. Ao fim, Skip parecia estar de queixo caído.

— E então, Skip? Fala alguma coisa!

— Essa é definitivamente a doideira mais maluca que eu já ouvi na minha vida.

— Mas você acredita? – Melissa apressou-se a perguntar.

— Eu sei lá se acredito... Talvez se fosse qualquer outra pessoa contando isso, eu não daria à mínima. Mas você é meu irmão e eu jamais irei duvidar de você.

Angel sorriu.

— Mas e então, qual é o plano? — Skip perguntou.

— Eu não sei... Nós precisamos avisar aos outros sobre a lista. Mantê-los a par da situação. — Melissa sugeriu.

— Espera... Agora que você me falou me dei conta... Nós estamos nessa lista, certo? — Angel apavorou-se.

Melissa fez que sim com a cabeça, e os rapazes tremeram.

— E se... For a nossa vez? Quer dizer, nós não sabemos a ordem. Só a Kelsey sabe.

A garota então tirou o papel dobrado do bolso, deixando-o à vista de Angel e Skip.

— Ela deixou a lista escrita.

Angel abriu a boca, espantado. Skip tremeu. Disse, categórico:

— Se eu não for o próximo não quero saber. Só iria me fazer ficar paranóico, pensando qual vai ser o acidente e... Não, eu não quero saber.

Melissa então olhou para o outro rapaz.

— Angel?

— Tô com o Skip. Só me diz quem é o próximo e quando for a minha vez. Até lá mantém esse treco bem longe de mim.

A garota pareceu satisfeita com as respostas.

x-x-x-x-x

Nikki beijou o loiro por mais uma vez antes de deixá-lo levantar da cama.

— Você precisa mesmo ir, Elm?

Elm riu, colocando a calça jeans.

— É o memorial para as vítimas do massacre, Nikki. Você deveria ir também. É algo importante... Demonstrar respeito, sabe?

A ruiva bufou.

— Respeito? Metade daquele povo eu nunca tinha visto, e a outra metade me tratava como lixo. Por que diabos eu iria querer mostrar respeito a eles?

— Nikki! – Elm criticou. — Você é inacreditável. Esse seu coração de pedra me assusta, sabia?

— Você não reclamou dele noite passada.

Elm mostrou o dedo do meio à Nikki e saiu do quarto. A ruiva riu sarcasticamente. Olhou no relógio da escrivaninha e viu que ainda estava cedo, ela tinha tempo de se arrumar para o maldito memorial. Claro, ela iria: apesar de ter uma pose rude e sarcástica por fora, era uma boa pessoa. O que dissera sobre as vítimas fora da boca pra fora, ela jamais pensara neles daquela forma. Talvez esse fosse seu maior defeito: extremada, sempre acabava soando mais veemente e rancorosa do que realmente era. Precisava conter-se.

Sherry entrou no quarto sem bater.

— Quem era aquele rapaz que eu vi saindo daqui?

Nikki sorriu.

— Eu poderia tentar dizer que é um pledge, mas você não acreditaria né?

A morena mexeu a cabeça negativamente.

— Pois bem, ele não é. É um ex-Psi Alpha e dormiu comigo. Satisfeita?

Sherry riu e sentou-se na cama.

— Quase. — E deitou-se ao lado da amiga. — Você sabe onde o Chase está?

— Pior que não. Você ficou sabendo do barraco que ele e o Skip tiveram no vestiário?

Sherry bufou.

— Soube sim. E o que me deixa zangada é o fato de que não foi ele que veio me contar. Eu soube pelos moleques do campus. O Chase nem ao menos mencionou isso quando nos vimos hoje de manhã.

— Vai ver ele só quer esquecer. – Nikki sugeriu.

— Talvez. Ou talvez ele seja só um babaca.

x-x-x-x-x

Heather caminhava sigilosamente dentro do campus. Havia conseguido passar pela segurança e entrar no local, e agora precisava desesperadamente enturmar-se e ficar ali sem ser percebida. Sua intenção era conseguir arrancar depoimentos durante o memorial (que não havia sido aberto à imprensa) e publicar um material completamente inédito.

Ela havia escrito uma matéria de duas páginas sobre o caso para o jornal local, mas não fora suficiente: nem ao menos chamara a atenção da Fox News. Heather Diamond precisava de algo grande.

Sentou-se na arquibancada da quadra de futebol. Alguns rapazes malhavam ali e Heather reconheceu um deles mesmo de longe.

— Hei! Hei, você! – E começou a correr apontando para Chase.

Quando estava há uma distância segura, Chase perguntou:

— Eu?

A garota estava esbaforida pela curta corrida, e disse, entre suspiros:

— Sim, você. Eu te conheço de algum lugar.

Chase riu sarcasticamente.

— Eu ouço muito isso... Tenho um rosto comum.

Heather riu. Chase ficou distraído e não viu o exato momento em que a garota puxou o elástico de seu calção e olhou dentro de sua cueca.

— Ahá, eu sabia! Maxx Star!

O rapaz corou completamente, tapando a boca de Heather.

— Fica quieta! Não ouse dizer esse nome novamente!

Heather empurrou-o para longe, dizendo:

— Seus amigos não sabem sobre seus... Huh, vídeos?

— O que você acha, moça?

— Eu sei lá. Não sabia que era uma identidade secreta, tipo o Batman. Na verdade tá mais pra Super-Homem né, já que você não esconde seu rosto... Se bem que eu só tive certeza quando vi, sua, huh... Kryptonita. – E riu assustadoramente.

Chase puxou a mulher até os bancos da arquibancada.

— Olha, o que você quer? Destruir a minha vida?

Heather passou a mão no cabelo do rapaz.

— Calma, Maxx. Não é nada disso. Foi só que fiquei surpresa por ver um ídolo meu assim, em carne e osso.

— Então você não veio aqui especificamente pra me chantagear?

— Te chantagear? Não! Eu vim aqui pelo memorial... Só não esperava que fosse achar um ator pornô da internet por aqui né...

— Eu não sou... – E Chase pareceu irado. — Ator...

— Tudo bem, garoto, chame do que quiser. Desde que continue fazendo minhas noites de sábado mais divertidas você pode ser quem quiser e quando quiser.

Chase pareceu mais calmo pela última frase da repórter.

— Se bem que... — E o começo da frase de Heather assustou Chase. — Você podia me dar uma mãozinha.

— Olha, eu não faço programa, dona.

Heather riu alto.

— Não, não é esse tipo de mão que eu estou pedindo não. É um favor.

— Estou ouvindo.

— Bom, você já deve ter percebido que eu não sou uma estudante né? Eu estou aqui pra conseguir informações exclusivas sobre o massacre.

— Que tipo de informações?

— Qualquer coisa, depoimentos dos sobreviventes, histórias sobre o assassino, qualquer coisa que ninguém mais saiba.

Chase pensou durante alguns segundos.

— Pois eu acho que tenho algo perfeito para você.

Heather deu um gritinho frívolo de alegria.

x-x-x-x-x

O memorial ocorria sem muito alarde. O funeral das vítimas havia ocorrido no dia anterior no cemitério da cidade, e praticamente nenhum aluno compareceu. A maioria acabou nem ficando sabendo das cerimônias, o que motivou o reitor a fazer um memorial apenas para os estudantes. Familiares eram bem vindos, embora a maioria não tivesse comparecido.

Morgan empurrava a cadeira de Kelly de cabeça baixa. A garota usava um vestido preto que ia até seus joelhos e possuía delicadas alças prateadas. Seus cabelos loiros estavam presos num coque, e a maquiagem do rosto era natural, apenas realçava a beleza que já possuía.

— Você acha... Que nós deveríamos ter morrido também, Morgan?

O rapaz surpreendeu-se com a pergunta abrupta:

— Como assim?

Kelly deu com os ombros, dizendo:

— Eu sei lá... Foi só que me ocorreu que... Não sei, que poderia ter sido a gente. Imagina se tivéssemos continuado na Psi Alpha? Ou, que, pior: imagina se tivéssemos aberto a porta para o Dylan?

Morgan engoliu em seco.

— Você está se referindo ao ataque da Kelsey?

— Talvez, não sei. Mas foi realmente muita sorte ela ter impedido que o Trip deixasse o rapaz entrar. Premonição, visão, pressentimento, sei lá... Mas Kelsey de alguma forma sabia.

Os dois pararam perto de um aglomerado de pessoas e encerraram sua conversa sobre o assunto. Na rodinha estavam Melissa, Skip, Angel, Cassie, Nikki e Sherry.

— Oi gente... – Kelly disse, nada entusiasmada.

A maioria respondeu com o mesmo ânimo da garota. Melissa mexia nos braços, impaciente. Mordeu os lábios e enfim tomou coragem:

— Bom, já que todos vocês estão aqui, tem uma coisa que eu preciso contar.

Ninguém a interrompeu. Melissa tremeu. Skip segurou em sua mão, como a lhe dar apoio. A garota então começou do princípio, contando sobre como seu irmão Bobby teve uma visão igual de Kelsey e como seus amigos morreram um a um. Então contou sobre Mia, e Skip e Angel, que não sabiam dessa história, também prestaram atenção. Por fim ela chegou ao acidente deles e como todos agora estavam na lista. Ao fim do discurso Morgan simplesmente virou as costas e saiu.

— Onde você vai? – Melissa perguntou.

— Eu? Procurar uma rodinha menos maluca. Vocês são insanos!

— Mas o que você diz sobre Trip ter morrido? Ou sobre Kelsey ter previsto o assassinato?

Morgan riu sarcasticamente.

— Essas brincadeiras de fraternidades iam acabar em morte uma hora ou outra. Todos sabiam, inclusive o reitor, que já havia oficialmente as proibido há meses. E quanto a Kelsey... Estranho que ela saiba que Dylan iria matar todo mundo na casa e depois suma do nada, não? Me parece um pouco suspeito.

A hipótese jamais passara pela cabeça de Melissa. Para ela surtira efeito nenhum: ela sabia que Kelsey jamais seria cúmplice de Dylan, era uma boa garota. Mas teve um medo absurdo de que a semente plantada por Morgan desse resultado nos outros sobreviventes.

Não protestou quando o rapaz tentou ir embora mais uma vez. Cassie então pôs-se a fazer o mesmo. Melissa a segurou pelo braço:

— Cas, por favor... Você precisa acreditar em mim.

A oriental manteve sua expressão de imparcialidade ao dizer:

— Talvez eu acredite. Deus escreve certo por linhas tortas, e eu não duvido que Kelsey tenha recebido uma iluminação divina. Mas se isso aconteceu mesmo, e é como você nos diz e nós estamos destinados a morrer, não há o que possamos fazer a respeito. Deus sabe a nossa hora, e se é chegado o momento de encerrarmos nossa jornada carnal, eu aceito. Não vou ficar contra os planos do senhor.

E foi embora.

— Droga! – Melissa protestou.

x-x-x-x-x

Angel escapou da multidão e do aglomerado que havia se formado o local do memorial e decidiu fazer algo que tinha vontade desde que o massacre acontecera: ele precisava visitar à Psi Alpha Zeta. Precisava estar onde Monica estivera em seus últimos momentos de vida.

O que ele esperava acabou se tornando verdade: o local estava completamente vazio. Os policiais que normalmente estavam cuidando para que a casa não fosse invadida, dessa vez se ausentaram, possivelmente cuidando da segurança do evento em homenagem às vítimas. Angel suspirou e entrou porta à dentro.

O local era tão aterrorizante quando no dia em que ele encontrou o banho de sangue. Não havia mais corpos, nem o líquido vermelho pelas paredes e o chão, mas o local ainda cheirava à morte. Era como se tivesse sido condenado, como se fosse uma substância tóxica que o contaminasse. A morte...

— Angel.

O rapaz virou-se assustado. Era Melissa.

— Desculpa, não queria te assustar.

— Não assustou. – Mentiu. — O que você veio fazer aqui?

— O mesmo que você, eu acho.

— Duvido que você tenha vindo por Monica.

Melissa suspirou.

— Eu queria entender, sabe? Entender por que... Não sei, por que meu irmão, por que Kelsey... Por que tantas outras pessoas que conheci, Alice, Mia... Por que elas podem ver coisas? Não faz sentido...

O rapaz meneou a cabeça.

— Há muita coisa que não faz sentido nesse mundo, Mel.

— Mas é que... Por que eles?

O rapaz então se surpreendeu. Negativamente.

— Você está... Com inveja?!

A garota calou-se.

— Mel, como pode? Isso é uma maldição! Imagine a angústia de ver coisas horríveis assim acontecerem na sua cabeça e depois se tornarem realidade. É triste!

— Eu sei, tá legal?! Mas é que eu poderia ajudar tanto se eu tivesse esse... Dom. Seria mais fácil para mim... Salvar vocês. Salvar Skip. Salvar... Você.

Angel mais uma vez assustou-se com o que Melissa disse. Dessa vez, positivamente.

— Não é necessário, Mel. Nós vamos deter a lista, sem a necessidade desse maldito... Dom. Nós somos superiores à morte. Nós vamos vencer.

E Melissa sorriu de canto de rosto.

— Só precisamos ficar... Atentos? — Angel não conseguiu terminar a frase, pois algo chamou sua atenção no topo das escadas.

Subiu.

— O que você viu, Angel? Não vai me dizer que também teve uma visão?

O rapaz não respondeu. Agachou-se no local onde o objeto brilhava e pegou-o. Era um colar. Reconheceu a bijuteria no mesmo instante. Era um presente que ele havia dado à Monica quando fizeram dois meses de namoro.

O colar tinha um pingente com o formato de um pequeno cogumelo, que se abria, revelando dentro a foto dos dois. Nela Monica parecia ainda mais radiante, sorrindo e iluminando a foto com sua beleza e alegria. Era difícil compreender que tanta luz, brilho e vivacidade tivessem sido tirados da terra como se não valesse nada.

— Precisa de um tempo? – Melissa arriscou.

— Não. Podemos ir. — E sorriu falsamente, descendo às escadas.

x-x-x-x-x

Chase certificou-se pela terceira vez que a porta de seu quarto estava fechada e que a fraternidade estava vazia. Como nas duas outras vezes, tudo estava como o esperado.

Sentou-se confortavelmente na cadeira em frente ao computador, usando o seu uniforme de jogador de futebol americano. Conectou-se ao Hot Jocks e começou a bater papo com alguns usuários e usuárias do site. Ria e divertia-se com a perversidade das relações entre as pessoas ali: o nível de malícia e a futilidade com a qual eles tratavam de diversos assuntos era espantoso. Ele fazia o personagem: o college boy que permeava a fantasia de tantas pessoas e que não tinha nada na cabeça. Era o combinado. Era o necessário.

Dessa vez ele tinha um ingrediente a mais que iria atiçar os instintos dos internautas. Retirou a glock de dentro da gaveta trancada da escrivaninha e mostrou pela webcam. A pistola era um presente que ganhara do pai antes de vir para os Estados Unidos, e a mantinha escondida de tudo e de todos. Apesar da segurança reforçada que a reitoria havia imposto a esse ponto, quando Chase chegara tudo era mais fácil. Se Dylan conseguira esconder uma metralhadora durante seis meses, como ele não conseguiria esconder uma simples pistola? Ser latino era apenas um detalhe preconceituoso que a maioria poderia supor.

Chase brincava com a arma sensualmente. Apontou a glock para seu calção e sorriu. Era uma brincadeira arriscada e bastante peculiar.

O rapaz não sabia, mas do outro lado da tela, não muito longe dali, a entusiasmada Heather Diamond assistia ao showzinho particular de Chase com bastante interesse. Seu namorado estava viajando, e ela precisava achar uma maneira alternativa de se divertir. Maxx Star acabava por ser essa maneira.

Chase colocou a pistola dessa vez em seu rosto, lambendo o gatilho. Os internautas comentavam entusiasmados e pediam para que ele fosse mais intenso em seus movimentos. Heather não digitava mais nada: seu entusiasmo de outrora acabara por se tornar uma preocupação latente que ia intensificando-se.

O latino riu. Digitou qualquer coisa no computador e voltou a brincar com a arma. Colocou-a próxima de seu olho, lambendo o gatilho. O movimento fora mais brusco do que pudera prever, fazendo a glock disparar.

O tiro acertou em cheio o olho esquerdo de Chase. Muito sangue começou a sair do local e o rapaz soltou a arma, já morto. A webcam continuava ligada, transmitindo o showzinho particular que acabara por tornar-se uma pequena peça rara do gênero snuff.

Heather tremeu, ainda chocada com o que acabara de presenciar. Esperou por cinco minutos que Chase/Maxx se levantasse e revelasse a brincadeira. Mas isso não aconteceu. Ele estava morto.

x-x-x-x-x

Angel chegou ao barzinho country já seguindo a inconfundível voz do irmão. Skip estava sentado em um banquinho num canto do salão com um violão, tocando e cantando. Não podia dizer que era sua profissão, mas era uma espécie de hobby que pagava as contas.

O mais velho sorriu, e o cowboy retribuiu. Cantava:

E eu amei mais profundamente e falei mais docemente

E dei perdão a quem eu negava

E disse: algum dia espero que você tenha a chance

De viver como se estivesse morrendo.



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Notas finais do capítulo

Um último detalhe: a música do final do capítulo realmente existe. A letra é a tradução de "Live Like You Were Dying", uma música country.
Enjoy!



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