The Sister Of My Best Friend. escrita por Biscoiita


Capítulo 21
Capitulo vinte e um: - O melhor que eu já tive.




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POV Sakura


Cheguei em casa e fiquei na internet até tarde com a Ino e o Gaara. Logo depois Sasori entrou, e lá ficamos nós, por horas conversando e falando besteiras.

Fazia tempos que eu não conversava por tantas horas com eles, e isso fez com que minha noite passasse rápido. Logo depois tomei banho e me vesti.


Rolei por horas na cama, não conseguia ao menos cochilar, quando enfim dormi de verdade já passavam das cinco e o dia já clareava. A primeira coisa que fiz ao acordar no dia seguinte foi me olhar no espelho. Descobri mais tarde que isso tinha sido uma péssima ideia. Minhas olheiras estavam enormes, como um resultado da noite mal dormida. O banho quente, que já tinha me ajudado antes, não adiantou nada dessa vez. Continuei com a mesma aparência de zumbi e, desistindo de parecer melhor, desci as escadas. Ele já estava lá.


- O que ta fazendo aqui?
 

-Ainda não acostumou? –Naruto riu.
 

- Já sim. Só que eu pensei que ele estaria cansado pela noite passada.·.

Os dois riram um pouco. Fiquei sem entender o porquê de tantos risos. Eu tinha certeza que ele tinha passado a noite com a Débora, era típico dele. Olhei mais uma vez pros dois, que continuavam com o sorriso bobo no rosto. Sem me preocupar com aquilo mais do que eu já tinha me preocupado, fui até a cozinha. Preparei um copo de suco de laranja e um misto quente e me sentei-me à mesa para tomar meu café da manhã.


Na minha mente, a confusão da noite passada continuava. E pra minha infelicidade, tinha aumentado um pouco. Além de tudo que passou pela minha cabeça à noite, eu tinha criado uma nova pergunta: por que aquilo me incomodava tanto? Ele sempre tinha saído com outras meninas e nunca tinha escondido isso de mim. E isso nunca tinha me afetado. Pra mim, ele poderia fazer o que quiser da vida dele, poderia ficar com quem quisesse... Ou não, eu já não sabia mais. Não conseguia entender o que tinha mudado tanto.


Ok, nós éramos amigos. Isso tinha mudado. Mas, de qualquer forma, eu nunca tinha ficado assim por causa do Sasori ou do Gaara. Aquilo tudo era novo pra mim, e me afetava de um jeito diferente de tudo que já tinha me afetado. De um jeito diferente, de um jeito ruim? Bom? Eu não sei.


Sacudi a cabeça duas vezes e tentei me distrair organizando meus horários pra fazer dever. Pensar em todos os deveres que eu tinha, e no pouco tempo que eu tinha pra fazê-los me distraiu um pouco. Mas isso só teve efeito até antes do Sasuke entrar na cozinha.

- Oi. – ele sorriu de lado.


- Oi. – eu não retribuí o sorriso. – Então, vai me explicar porque vocês riram quando eu falei que você deveria estar cansando?


- Porque não se fica cansado com aquilo.


- E aquilo seria...?


- Uma noite medíocre. — Ele sorriu


- Como assim? Era a Konan, ela não é... Medíocre.


- Você tem razão. – ele disse enquanto se sentava. – Ela pode não ser medíocre, mas o que ela faz é. Ou se você preferir, o que ela não faz.


- Eu não tenho certeza se estou entendendo.


- Ela é péssima. – ele falou pausadamente. – Quase a pior menina com quem eu já dormi. Foi... Ridículo.


- Ah. – eu soltei, depois de dois segundos. – Entendi.


Ficamos em silêncio por um tempo. Ele, por algum motivo indeterminado. Eu, pra esconder minha pequena alegria em ouvir que ela era ruim na cama.

Depois de um tempo, ele se levantou e foi para a sala. Já eu, quando terminei de comer, subi para o meu quarto. Como tantas outras vezes, não consegui ficar lá por muito tempo, e terminei perambulando pela casa.


O resto do meu domingo se passou indiferente e eu consegui ir pra cama cedo, como uma forma de compensar a última noite. Não sonhei com nada, apenas fiquei mergulhada na escuridão profunda do sono. De uma forma, acho que assim foi melhor.


Minha semana começou mal. Já na segunda-feira, acordei atrasada e só conseguir chegar à escola no segundo horário. O que não era bom, já que o primeiro horário era de física e eu precisava entender a matéria. Fui me sentar na última cadeira, à única vaga, e fiquei quieta lá até a hora do recreio. Minha amiga veio me chamar para irmos até o pátio.

- Porque chegou tarde? – ela falou quando já estávamos sentadas em uma das mesas.


- Dormi demais. – eu sorri de leve pra ela.


- Tinha que ser mesmo. - ela riu um pouco.


Ficamos em silêncio por algum tempo. Eu estava com muito sono, mesmo tendo dormido um tempo a mais, e não tinha ânimo pra puxar assunto com ela. A Ino percebeu meu “estado” e manteve o silêncio. Isso era uma das melhores coisas sobre ela: compreensão. Ela não pressionava nada nem ninguém, e sabia respeitar o tempo de cada um.


Como não estávamos conversando, decidi olhar em volta. As pessoas eram engraçadas de se observar. Alguns conversavam baixo, outros chegavam a exibir gestos largos para demonstrar bem o que estava falando. Alguns outros, assim como eu, apenas olhavam e se divertiam também. Ainda existiam aqueles que ficavam abraçados, trocando alguns poucos beijos quando viam que ninguém estava olhando. Outros se preocupavam em zoar os casais que estavam juntos, e tinham aqueles que apenas riam. E é claro, existiam aqueles conscientes da sua superioridade. Aqueles que sabiam que tinham algum poder sobre os outros e que usavam esse poder indiscriminadamente. Aqueles que escolhiam quem eles queriam, e que afastava de si qualquer um que não fosse bom o bastante para estar juntos deles. Essa cena estava ocorrendo perto de mim.

Sasuke estava em pé em uma roda com seus amigos, como de costume. E também como de costume, essa roda se localizava a poucos passos de mim. Konan estava perto dele, rindo de tudo que ele dizia ao mesmo tempo em que colocava as mãos em seu braço.


Ir para a casa com o Gaara, o Sasori e a Ino também me ajudou a não pensar muito nisso. Era incrível como eles conseguiam me distrair. As brincadeiras infantis, as brigas fingidas, as histórias sobre os professores e os colegas, as dancinhas no meio da rua... Tudo isso não me deixava pensar no assunto que me incomodava.

Pena que minha distração acabou quando eu cheguei em casa e, para minha sorte, o motivo de porque eu precisava de distração estava lá também. Como já vinha fazendo há pouco tempo, fingi que tudo estava bem e que não tinha nada me incomodando. Ele não pareceu perceber o que tinha estava errado comigo.


- Ta calada ultimamente. – ele falou depois do almoço, enquanto assistíamos televisão.


- Impressão sua. – não tirei os olhos da TV. – Mas já que quer conversar, fique a vontade para iniciar o papo.


- Tudo bem... Deixa eu pensar... Ah, você viu como a Konan tava hoje no intervalo?

Engoli em seco. Talvez tivesse sido melhor eu começar a conversa. Aquele assunto não me agradava nem um pouco.


- Eu vi. Acho que todo mundo viu. – tentei rir de leve. Para minha sorte, obtive bons resultados.


- É... Acho que ela pensa que estamos juntos.


- Você acha? – eu olhei pra ele e sorri de canto. Estava ficando boa naquilo de fingir não me importar.


- É quase uma certeza. – ele sorriu de volta. – Droga! Vou ter que falar pra ela que não temos nada.


- Porque droga? Pensei que você tivesse que dispensar meninas toda hora. – eu falei meio irônica. Ele deu uma risada no mesmo tom.


- É porque é a Konan. Ela não é o tipo de menina que está acostumada a levar fora ou ser dispensada.


- Pensei que ela fosse medíocre na cama. Isso meio que não faria todos os meninos, hm, dispensarem ela?


- É uma questão de opinião. E a maioria dos meninos da escola não estabelece o mesmo padrão que eu.


- E como se estabelece um padrão, Senhor Exigente?


- Depende das meninas com quem você já dormiu. Se uma delas for boa demais, você acaba estabelecendo um padrão muito alto. – ele piscou pra mim, e eu não precisei de mais nada pra entender que aquilo tinha sido uma indireta. De repente, uma nova e estranha alegria tomou conta de mim, possivelmente devido ao fato de saber que eu era muito boa, na opinião dele. Me controlando o suficiente, lancei pra ele um olhar de superior misturado com ironia. O sorriso que obriguei a tomar conta do meu rosto combinava com esse olhar.


- Você também não é nada mal. — Dei de ombros


- Eu sou o melhor que você já teve, e você sabe disso.


- Talvez... Mas meu padrão não é alto. É fácil ser o melhor que eu já tive.


- Eu fiz o seu padrão ficar alto, e você sabe, Sakura. Nada do que você disser vai me fazer acreditar no contrário.


Eu sorri pra ele de uma forma prepotente, enquanto ele me olhava com meu sorriso preferido estampado no rosto.


- Tudo bem, então. Não vou discutir com você.


- Porque sabe que eu estou certo.


- O que você quiser Sasuke. — minha voz mostrava meu sorriso.


Ficamos dois minutos em silêncio, e eu cheguei a pensar que tinha acabado. Quando eu já tinha me distraído, ele se levantou da poltrona e me levantou do sofá. Logo depois, sentou-se onde eu estava sentada e me puxou pela mão até que eu sentasse em seu colo, de frente pra ele. Eu permiti que ele fizesse isso. Queria ver o que ele iria fazer.


- Fala. – ele disse, com o rosto perto do meu. Era uma ordem, não um pedido.


- O que?


- Que eu sou o melhor que você já teve.


- E se você não for?


- Sakura...


- Não vou falar.


- Nós dois sabemos que é verdade. Você só precisa falar. – ele estava acariciando meu braço de leve enquanto falava. O rosto também se aproximava do meu aos poucos.


- Se nós dois sabemos que é verdade, eu não preciso falar. – ele riu


- Você não vai morrer se disser.


- Você também não vai se eu não disser. – contra-ataquei


Ele respirou fundo uma vez, como se tentasse ser paciente.


- Por favor, Sakura? Eu preciso ouvir. – ele estava quase implorando. Contentou todo o poder de seus olhos grande e penetrantes em mim. Suas mãos agora estavam na base da minha coluna, me prendendo com força em seu colo. Seu olhar tinha uma mistura de concentração e alguma coisa que me deixava comovida. Eu estava fraquejando, e sentia isso.

- Por que precisa? Você é tão confiante de si mesmo, não é?

- Por favor? – o olhar ficou mais intenso. Eu sabia que era só mais um truque dele pra arrancar de mim o que ele queria ouvir, mas de repente eu não me importava. De repente eu me sentia capaz de revelar pra ele a verdade que nós dois já sabíamos. Ele tinha me vencido.

- Você é.

- Sou o que? – ele sorriu de lado.

- O... Melhor que eu... Já tive. – eu olhei pra baixo por um instante, mas ele levantou meu queixo, me fazendo olhar pra ele.

- Obrigada. – ele me mostrou o sorriso que eu tanto amava — Você também é a melhor que eu já tive.



- Ta. Disso eu já sabia.

- E eu também já sabia o que você me disse.

- Que discussão inútil.

- Pode até ser pra nós, mas pro nosso ego é bem importante.

- Tanto faz.

Ele apenas sorriu mais uma vez e me beijou. E mais uma vez, estávamos conectados de uma forma que me surpreendia. Mas talvez, naquele momento, o que mais me assustasse não fosse à conexão que tínhamos, mas o que se passava na minha cabeça. Eu era uma confusão ambulante.


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Notas finais do capítulo

Não, não se enganem, eles estão bem, mas não juntos. Faças as apostas... Quem será o próximo da Miss. S ?



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