Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 7
Capítulo 6 - Corrida ao baile de outono.


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui é a Amis falando...
Capitulo bonus, para quem não tem muito o que fazer no natal, exemplo eu!
RSRSR
Enjoy it.



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Bridget passou pelas mesas cobertas pelo tecido branco e impecável, colocando enfeites de folhas de outono metalizadas em cada uma. Algumas meninas poliam a prataria do colégio, distribuindo-as nas mesas logo depois ou simplesmente arrumando a porcelana fina em cima das mesmas.

Lizzie, que seguia a loira de má vontade segurando a cesta cheia destes enfeites, bufou.

Era pelo ponto bônus. Ela se lembrava frequentemente.

Faith por sua vez, pregava alguns tecidos de seda no teto, deixando o salão de festas do colégio com um aspecto colossal. E fazia tudo aquilo com a ajuda das líderes de torcida, que apesar de não tão simpáticas quanto ela, estavam-na ajudando de boa vontade.

Mary, então, sem fazer nada, sentou-se em uma das mesas e começou a observar a organização do baile de outono. O salão estava bonito e os tecidos brancos em contraste com as folhas metalizadas davam um ar elitizado ao local.

–Lizzie, o arranjo de flores! Era para você tê-las pego horas atrás! – a voz de Bridget ecoou fina pelos quatro cantos do salão e tirando Mary de seus pensamentos.

–Que arranjo? – Lizzie perguntou entredentes.

A loira olhou desesperada para ela.

–De copo-de-leite, na floricultura... – respondeu gesticulando com a mão.

–Você não me disse nada de flores. – argumentou a outra, indiferente. Indiferença que irritou Bridget.

–Mas é claro que eu falei...

–Eu estava com você esse tempo todo e você só percebeu agora? – a morena a interrompeu, olhando ferozmente.

Bridget fez um gesto de descaso.

–Eu não a vi aqui, não é como se sua presença fosse digna de minha...

A raiva de Lizzie borbulho dentro da mesma. Fazer aquilo por ponto bônus estava se tornando mais desvantajoso que estudar para as provas. E aquela Polly estava simplesmente começando a irritá-la.

Mesmo de longe Mary percebeu. As pupilas de Lizzie se retraíram até se tornarem um pequeno ponto negro. As luzes piscaram até se apagarem de vez e mesmo na falta de luz, a garota pode perceber a silhueta de Lizzie tremendo.

Bridget soltou um gritinho, fazendo Lizzie perceber o que fizera. Rapidamente se acalmou e as luzes voltaram.

A loira jogou seus cabelos para o lado e focou seus olhos em Mary.

–Mary... – ela disse em voz alta. – Vá buscar as flores, por favor... – pediu, sorrindo friamente.

Mary suspirou e assentiu. Sem questionar, se virou, e girando as chaves do carro, foi dirigir, pensando no acontecimento anterior.

A garota conhecia aqueles sintomas. Ela pensava que era a única, mas talvez, Lizzie fosse como ela também.

***

–Vamos Lizzie, colabore com sua mãe. – Richard pediu, cruzando seus talheres em cima do prato.

Lizzie negou avidamente, enchendo sua boca com purê.

A família discutia esse assunto desde o inicio do jantar, mas Lizzie simplesmente ignorava a todos e se concentrava na comida.

–Lizzie, não é sempre que bailes escolares acontecem no dia de seu aniversário, principalmente o de 16! É um a oportunidade única! – disse sua mãe.

–E que oportunidade... – respondeu com ironia.

Sua mãe suspirou. Lizzie sempre fora difícil, mas as vezes lidar com ela era quase impossível.

–Já comprei seu vestido, Lizzie, você VAI!

A garota deu de ombros.

–Foi você que quis comprar, não te pedi nada disso!

Seu pai ficou com o rosto rubro de raiva.

–Lizzie, respeite sua mãe.

A menina automaticamente assumiu uma expressão inocente.

–Mas...

–Você vai, Lizzie, estou afirmando isso. – disse como se encerrasse aquela discussão.

Porém a sua filha não parecia querer encerrá-la.

–Não tem como você me obrigar, Richard! – ela gritou.

Seu pai olhou divertido para ela. Mesmo depois dele ter a mostrado quem mandava naquela casa, ela continuava a desafiá-lo?

–Tem sim, mocinha, e é isso que faremos.

Lizzie bufou e subiu as escadas raivosamente, batendo a porta logo atrás.

***

Bridget olhava indecisa para as prateleiras cheias de esmaltes, pegando vários ao mesmo tempo e repondo-os logo depois.

–Eu não sei qual escolher. – reclamou, fixando seus olhos gelo na embalagem rosa. - São tantas cores, Mary, me ajude! – pediu, se aproximando da garota.

Mary revirou os olhos.

–Tanto faz, Bridget. Que cor que é seu vestido?

A loira sorriu.

–Azul claro, curto com detalhes em prata e rosa.

Mary pensou um pouco e depois sorriu.

–Um esmalte cor de prata.

A outra sorriu, simplesmente amando a ideia.

–Perfeito. Então leve seu vestido para minha casa, meu quarto é enorme e podemos nos arrumar juntas! - disse verdadeiramente animada.

Mary suspirou.

–Eu não tenho par, Bridget, e não vou sozinha.

A loira riu.

–Mas se esse é o problema, eu o resolvo. Vamos, eu tenho vários vestidos novos para te emprestar e te arranjo um par em no máximo duas ligações! – afirmou, puxando Mary pelo braço e a deixando sem saída para dizer “não”.

***

Melanie revirou os olhos irritada com sua mãe.

Já era o dia 21, a tarde do baile e sua mãe continuava a insistir no assunto “baile de outono”.

–Você tem certeza, querida? Vai ser um baile tão magnifico, os representantes das melhores faculdades estarão lá e essa experiência será tão importante... – sua mãe disse, tentando-a a convencer daquilo. – Vamos, filha, o que você fará aqui em casa, então?

Ela revirou os olhos.

–Eu não quero ir, mãe, então me deixe em paz! – disse a olhando com seus olhos verde faiscando. – Irei assistir alguma coisa ou lerei algum livro, apenas não quero ir. – completou.

Sua mãe suspirou pesadamente, a fitando com seus olhos tão verdes quanto os dela.

–Querida, na sua idade eu era tão ativa socialmente. Eu e seu pai, Melanie. Sempre estávamos nos bailes, ajudando a decorar ou fazendo parte da comissão de organização das festas. – disse com uma pequena pontada de decepção na voz. Às vezes ela simplesmente desejava que sua filha tivesse uma vida social mais ativa. – Por que você não tenta um pouco isso?

Os olhos de Melanie naquele momento se encheram de lágrimas.

–Porque, naquela época não existia nenhuma líder de torcida idiota para fazer da sua vida um inferno, mãe! – a garota berrou, se levantando bruscamente e correndo para seu quarto.

– Na verdade, nós tínhamos líderes, eu era uma Mel

Tentando evitar as lágrimas que manchavam seu rosto, ela se sentou no parapeito de sua janela, observando a rua.

Por trás das lágrimas que turvavam sua vista, ela avistou uma cabeleira loira – muito bem conhecida e odiada – acompanhada da garota nova e o mais novo brinquedinho de Bridget andando pela rua, conversando animadamente.

Quis então jogar alguma coisa nelas, suficientemente pesada para mata-las. Todas aquelas garotas eram tão fúteis, mimadas e inúteis, que se alguém as matasse, o mundo agradeceria.

Sem perceber seu corpo se inclinou para fora do local seguro, a fazendo sentir a falta da madeira debaixo de seu corpo.

Sabendo o que viria depois, se recriminou por estar desejando a morte dos outros, enquanto a adrenalina lhe preenchia o corpo.

Algo então, que já havia lhe protegido algumas vezes antes, barrou sua queda, a mantendo entre a janela e o ar de uma forma impossível de se ver.

Pela sua visão periférica ela pode ver dois pares de olhos lhe fitarem, um de diversão, e outro de compreensão.

Fingindo que nada acontecera, e com medo daquela bolha sumir e ela cair, a garota entrou rapidamente em seu quarto.

Mary, porém, em um misto de surpresa e entendimento, sorriu amplamente.

Que ela não era a única ela já sabia, mas haver mais do que duas era novidade.

Quantos mais eram especiais?


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Notas finais do capítulo

Bom gente, nos de como presente de natal reviews e uma recomendaçãozinha, por favor...
E Ah. A Mari desejou um feliz natal, assim como eu:
Feliz natal, pessoal.
Muitos presentes.
XOXO



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