Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 3
Capítulo 2 - Explosão


Notas iniciais do capítulo

Iamos postar mais cedo, mas com a manutenção do nyah, isso ficou impossivel...
Enjoy it



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Melanie chegou em casa cansada após seu longo primeiro dia de aula. Com fome, entrou na cozinha e ligou a cafeteira, pois ela pretendia estudar até tarde da noite e precisaria de energia e disposição para tal ato. Suspirando, ela ligou o fogão e colocou uma panela com água no fogo, para preparar seu jantar.

Arrastando seus pés devido o cansaço, subiu as escadas até seu quarto, tirou os sapatos e telefonou para sua mãe.

O combinado com sua mãe era ligar para ela assim que a garota chegasse em casa. Os subúrbios de Nova York já não eram mais tão seguros quanto antes, e para sua mãe não se desesperar, o telefone era necessário. Caso contrário, Melanie seria obrigada a ficar esperando pelos seus pais na escola.

Tal pensamento a fez estremecer. Ela não conseguia nem imaginar o que aconteceria com ela se ficasse naquele ninho de cobras. Talvez Bridget decidisse mata-la ou coisa pior.

Depois de uma conversa breve com sua mãe, ela desligou o telefone e foi tomar um banho rápido.

Com a água quente caindo do chuveiro, ela deixou seus músculos tensos relaxarem e todas suas preocupações a abandonarem por alguns minutos. Cantarolou algumas músicas antigas desafinadamente sob a água e desejou profundamente que ninguém a pudesse ouvir naquele estado.

Quando sentiu sua pele começar a formigar devido a alta temperatura, desligou o chuveiro e vestiu seu pijama. No momento em que estava colocando suas meias, sua mente deu um estalo e ela se lembrou de algo importante.

– O fogão! – berrou, esquecendo de vestir o outro pé da meia, e correndo escadas a baixo desesperada.

Ao adentrar o local, percebeu que a água da panela havia transbordado e a cafeteira fazia um barulho estranho. Com rapidez, desligou o fogão e quando sua mão tocou o botão on/ off da cafeteira, esta chiou de forma estranha por causa do calor e estremeceu levemente.

Melanie não teve tempo para nenhuma reação, a não a instintiva. Enquanto seus olhos captavam a cafeteira explodir, protegeu seu rosto com as mãos, fechou os olhos e esperou as chamas e os estilhaços lhe atingirem.

Como nada ocorreu, a menina lentamente abriu os olhos e se deparou com uma cena estranha. Algo havia contido a explosão e ao percorrer seus olhos pelo seu corpo, percebeu que eram suas mãos.

Assustada, desviou o olhar para a bagunça a qual sua cozinha se encontrava e escutou mais estilhaços, barrados por ela, caírem no chão, devido a perda de contato visual.

– Ai Meu Deus! – gritou – Eu sou uma aberração! – concluiu, balançando as mãos intactas pelo fogo.

Novamente, olhou ao seu redor e suspirou. Se sua mãe soubesse daquela bagunça, ela seria uma garota morta. Correu para pegar uma vassoura e começou a esfregar o chão freneticamente, se sentindo um pouco trêmula devido ao susto. Ainda com medo da cafeteira, Melanie tirou-a da tomada cautelosa e a jogou no lixo.

Com dificuldades para acreditar no acontecido, balançou a cabeça e decidiu estudar. Talvez aquilo fizesse sua cabeça se esquecer daquela memória.

*-*-*

Lizzie chegou em casa com os dedos enrugados e os joelhos doendo de tanto ficar ajoelhada. Esbravejando o quanto sua mais nova “amiga” loira era estúpida e o quanto ela fedia cachorro molhado, subiu direto para seu quarto e adentrou no mesmo irritada.

A porta, que se abriu em um estrondo, fez Faith, que estava sentada na escrivaninha, fazendo sua lição, se sobressaltar e se virar ligeiramente irritada para a irmã.

Porém, logo a ruiva recuperou sua pose e voltando a fazer sua lição, anunciou:

–Mamãe disse que vai ter que conversar com você quando ela voltar do mercado.

Lizzie, que procurava algo no meio da bagunça de sua cama, se virou lentamente para sua irmã, de forma perigosa.

– Você contou pra ela? – disse com a voz ácida. - Você é uma péssima irmã!

Faith deu de ombros, antes de voltar a encarar sua irmã, com aqueles olhos verdes, que segundo Lizzie, eram enjoativos.

– Não contei nada, Lizzie. A diretora ligou e mamãe ficou uma fera.

A outra ponderou por alguns instantes o que aconteceria com ela assim que sua mãe decidisse conversar com ela, mas logo ignorou seus pensamentos ruins e puxou seu pijama do” elo perdido”.

– Foda-se. – concluiu em voz alta, sabendo que independente do castigo, sua vida continuaria sendo a mesma. - Eu vou tomar banho e... Você podia fazer alguma coisa para eu comer, não é? – sugeriu, com um sorriso presunçoso nos lábios.

Faith riu baixinho e antes que sua irmã fechasse a porta, gritou:

– Não mesmo! Pare de ser folgada Lizzie.

A outra riu e bateu a porta com força. Talvez, se ela demorasse muito no banho, sua mãe desistisse de conversar com ela.

*-*-*

Bridget, que se encontrava debruçada sob sua colcha rosa, virou uma das páginas de sua Teen Vogue um pouco entediada e suspirou, percebendo que não tinha nada para fazer.

Estava prestes a ligar para uma de suas amigas, quando uma das suas empregadas entrou no seu quarto.

–Seus pais querem que você desça para o jantar. – a mulher lhe informou, com a voz monótona.

A loira assentiu e não esperou a empregada fechar a porta para sair do seu quarto. Com calma, desceu a escadaria de mármore circular da mansão e adentrou na sala de jantar.

Seus pais, vestidos formalmente para o jantar, assim como ela, abriram sorrisos assim quando ela se sentou em uns dos lados da enorme mesa de mogno e colocou o guardanapo sob o colo.

–Boa noite, querida. – seu pai disse, calmo.

Bridget respondeu monotonamente e assim que seus pratos foram postos na mesa, sua mãe lhe perguntou:

–Como está indo sua eleição para a rainha do baile desse ano?

A loira mais nova suspirou e abriu um sorriso verdadeiro, o que era raro.

–Perfeita, assim como o planejado, mamãe. – informou, colocando os talheres delicadamente ao lado do prato. – Algumas pessoas me param nos corredores do colégio para me informar que vão votar em mim e outras me dizem que eu já ganhei... – riu baixinho e depois revirou os olhos. – Não que eu já não saiba disso, mas é tão bom ouvir da boca das pessoas.

Sua mãe sorriu e voltou a comer.

–Sua avó ficará orgulhosa de você, querida. Ela ganhou como rainha do baile anos atrás, assim como eu... Claro que não esperávamos menos de você, querida.

Seu pai bebericou a taça de vinho antes de se colocar na conversa também.

–E tem certeza disso, Bridget? – perguntou, olhando a filha nos olhos.

A menina assentiu, se perguntando o motivo da pergunta.

–Melhor ainda. – seu pai disse, repetindo o gesto de Bridget com os talheres e esperando a sobremesa chegar. – Pretendo fazer uma festa assim que você for coroada...

A menina arqueou as sobrancelhas, surpresa.

–Desde quando isso é tão importante para o senhor, papai?

John suspirou. Ela era esperta que nem ele, quase nada lhe passava despercebido.

–Pretendo usar você como uma desculpa para chamar uns amigos meus para um jantar. Os pais de Olívio Easty morreram há dois meses e toda a empresa está nas mãos de um jovem emancipado. Seus avós não sabem administrar nada e eu andei pensando em como tirar proveito disso... – começou a falar calmo como sempre. – A empresa dele é muito conhecida na Europa e fundir a dele com a minha seria perfeito. Claro que para isso, teria que usar um fator extra, algo mais convincente. – sussurrou, como se aquilo fosse um segredo. – E o que seria melhor do que minha querida filha fazendo-o se apaixonar por ela e aceitar a proposta do futuro sogro?

Bridget arregalou os olhos, incrédula.

–Eu vou ter que namorar alguém que não conheço? – perguntou.

Seu pai assentiu.

–Até eu conseguir fundir nossas empresas, sim. Eu apenas quero os benefícios, e como você adora se beneficiar de nossa fortuna, está na hora de ajudar seu pai. – seu tom de voz calmo foi trocado por um mais rígido e formal.

A loira se afundou na cadeira e baixou o olhar. Negar algo a seu pai seria loucura, então ela se limitou a assentir e passar o resto do jantar em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Bom, sem muita coisa pra dizer...
Apenas REVIEWS!!!
XOXO - AMis



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