Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 15
Capítulo 14 - OMPA


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu vou andar bem sumida de agora em diante, mas vou postar nos meus dias direitinho, como estou fazendo agora uahsuahushas



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Sandra caminhava lentamente atrás da quatro garotas com medo de ser notada pelas mesmas. A morena, a qual a médica desconfiava ser uma añomala, se chamava Lizzie, a ruiva, Faith e a outra morena de olhos mais claros Melanie. A última ela ainda não havia conseguido captar das conversas das meninas.

            As garotas haviam saído do hospital deixando Bridget em seu quarto, com Remie, para lhe fazer companhia. Então, sozinhas, elas se embrenhavam pelas ruas de New York, conversando sobre alguma coisa banal.

            Depois de alguns minutos caminhando, elas entraram em um prédio que parecia abandonado e subiram até o segundo andar.  Sandra então parou alguns degraus abaixo para não correr o risco de ser vista e colocou sua audição em alerta.

- Mel, me passa as chaves. – pediu Lizzie estendendo a mão.

A menina encarou a mão estendida de Lizzie antes de responder.

- Não estou nem com bolsa, Liz. – respondeu a garota para a morena.

Lizzie assentiu e se virou para a irmã.

- Tudo bem. Faith? – disse, estendendo a mão para ela.

            A ruiva revirou sua pequena bolsinha, mas fez um sinal negativo com a cabeça.

- Mary, a chave está com você? – perguntou com esperança.

Mary colocou as mãos nos bolsos de sua calça jeans, os encontrando vazios.

- Não... – respondeu.

Lizzie bufou.

- Ótimo, o babaca do Remie se esqueceu de nos dar as chaves. Como aquele retardado esperava que a gente entrasse? Por osmose? – falou irritada.

Mary riu baixinho, mas Melanie, prevendo mais algumas luzes se apagando, colocou a mão no ombro de Lizzie.

- Tudo bem, calma, eu acho que consigo abrir a porta. – disse depois de ter respirado fundo.

            A garota focou seus pensamentos e se concentrou na maçaneta, de modo que um campo começou a surgir em volta da mesma e logo um clic ecoou pelo corredor. As meninas estavam prestes a entrar no apartamento, quando Mary avistou um pequeno tufo de cabelos na escada e as segurou, colocando um braço na passagem da porta.

- Muito bem, quem está aí? – perguntou temerosa.

Sandra, que havia percebido que não lidava mais com uma anômala, com duas, saiu do seu esconderijo com as mão para cima em sinal de paz.

- Tudo bem – falou a médica caminhando calmamente. – Eu sou...

- A médica que tava cuidando da Bridget – completou Faith. – Ela está bem? Aconteceu alguma coisa para você vir até aqui? – ela disparou as perguntas preocupada.

A médica suspirou, tentando selecionar as palavras que usaria.

- Não... Quer dizer sim, mas a Bridget está ótima – respondeu rapidamente, antes que as colocasse em sinal de alerta e preocupação.

Lizzie revirou os olhos e se apoiou na parede suja ao seu lado.

- É bom então que esse seja o melhor motivo do mundo. – disse Lizzie já se alterando. Será que ninguém entendia que a menina precisava comer e tomar banho?

- Na verdade, foi por sua causa, mas vejo que você não é a única... – a médica sussurrou olhando para Melanie.

- Que? – perguntaram as quatro ao mesmo tempo.

A médica respirou fundo. A pior parte era extrair a verdade dos anômalos, sempre fora assim.

- Vejo que as duas. – falou apontando com a cabeça para Lizzie e Melanie – São anômalas, certo?

Faith estudou a expressão de confusão de Melanie e a face irritada de Lizzie.

- Desculpe senhora, mas nós não fazemos a menor ideia do que está falando. – disse Faith antes que Lizzie dissesse alguma coisa comprometedora.

- Vejo que não reconhecem o termo, mas são de qualquer forma – disse recebendo mais olhares confusos. - Anômalas é um termo governamental não publicado que se usa para falar sobre aqueles não humanos, as pessoas que tem poderes. – falou  enquanto as quatro trocavam olhares preocupados.  – O governo, porém, usa os anômalos como animais em pesquisas científcias, e por isso eu e um grupo de outros médicos, engenheiros genéticos e vários outros profissionais criamos o OMPA. – explicou rapidamente.

Lizzie e Mary trocaram olhares desconfiados, enquanto as outras duas colocavam suas cabeças para funcionar rapidamente.

- OMPA? – perguntou Melanie um pouco interessada.

Sandra assentiu.

- Organização Mundial de Proteção aos Anômalos. Nós protegemos os anômalos do governo, damos abrigo e os ensinamos a controlar os poderes, mas ao mesmo tempo damos, para os que não completaram a escola, aulas para que no futuro eles possam voltar para a “superfície” sem correr riscos de serem encontrados e caçados.

Os olhos de Melanie brilharam ao imaginar que ela poderia talvez, retornar a uma vida normal.

- E como podemos saber se você não é apenas alguém da polícia que quer nos enganar? – perguntou Mary, desconfiada.

A médica riu.

- Porque se eu fosse do governo não estaria perdendo o meu tempo falando com vocês, já teria prendido ou matado todas. – afirmou.

            As meninas se entreolharam, todas pensando em meios de fugir ou se deveriam apenas ignorar a mulher, afinal ela poderia ser só uma louca.

Lizzie então se decidiu pela segunda opção.

- Foi ótimo perder nosso tempo falando com você, mais logo logo é ano novo e nós temos que entrar, então... Até mais – falou Lizzie abrindo a porta do apartamento.

A médica correu para segurar o braço da menina, antes que essa trancasse a porta.

- Por favor, como eu disse, tem um abrigo, mas é só para añomalos, não sei se aceitariam a presença das outras garotas, mas pelo menos as duas vão poder viver fora daqui.

Lizzie puxou seu braço rudemente, antes de fuzilar a médica com o olhar.

- E você conseguiu pensar que eu abandonaria minha irmã e minhas amigas aqui, em troca de vida boa, sua idiota? – falou irritada.

- Liz! – exclamou Faith em tom de repreensão.

A sua irmã deu de ombros.

- Que? Ela é idiota de pensar nisso.

A médica ignorou a pequena discussão das duas, perdida em seus próprios pensamentos.

- Irmã? – perguntou curiosa.

Lizzie bufou. Aquela médica estava acabando com o resto do seu dia 31.

- É, algum problema? – disse encarando a médica.

A médica deu de ombros.

- Não, é que isso significa que ela também é anômala, certo Mary? – pergunto, lançando um sorriso a menina que ela julgou ser a irmã de Lizzie.

Mary riu.

- Acertou uma, errou outra. Eu sou mesmo isso daí, mas não sou irmã da Lizzie, a Faith que é. – explicou.

Os olhos da médica duplicaram de tamanho ao perceber a diferença física entre as duas.

- Você? Mas que incrível, irmãs tão diferentes. – disse impressionada. - Lizzie é mais velha certo? Tão defensiva em relação à você. – disse tentando arrancar mais coisas sobre elas.

- Só alguns poucos segundos – disse Faith sem olhar para a médica.

Sandra sorriu surpresa.

- Gêmeas? Que incrível, fantástico, tão diferentes... – disse tentando se aproximar.

Mary se postou na frente dela.

- Olha senhora, adeus – disse dando um tchau com a mão e empurrando as meninas para dentro do apartamento.

Melanie estancou no lugar e impediu que Mary fechasse a porta.

- Esperem. – pediu. - Ela tem abrigo. Para todas, e assim que Bridget sair ela pode se juntar a nós! – disse animada.

A médica abriu um sorriso enorme. Todas elas eram anômalas?

- Cinco anômalas juntas? – exclamou animada. - Isso é mais do que eu poderia pedir.

            Lizzie ignorou o comentário de Sandra, achando a mulher extremamente insana.

- Nem vem, Remie é nosso amigo e não podemos deixa-lo na mão. – disse com seriedade para Melanie.

- Quem não pode me deixar na mão? – perguntou Remie, surgindo das escadas.

Faith olhou para Mary buscando ajuda, sem obter nenhuma. Ninguém precisava saber quem elas eram ou o que faziam, muito menos o Remie.

- Remie? O que está fazendo aqui? – perguntou nervosa.

O garoto suspirou e sorriu para a ruiva.

- Acabou o horário de visitas, então... – seu olhar recaiu na médica de Bridget e ele se lembrou do que havia escutado. - O que está acontecendo? – perguntou olhando a médica confuso.

Sandra sorriu.

- Bem, estou oferecendo um local mais seguro para suas amigas morarem, já que elas estão em risco de serem descobertas – disse rapidamente.

- Descobertas? – perguntou Remie mais confuso ainda.

A medica assentiu.

- Sim, por causa dos poderes delas. – disse com naturalidade.

Faith gemeu, enquanto Mary e Mel prendiam a respiração e esperavam pelo pior.

- Posso bater nessa vadia? – perguntou Lizzie, arregaçando as mangas e avançando na mulher.

- Não. – respondeu Melanie, segurando o braço de Lizzie e criando uma confusão entre as meninas, que queriam falar todas ao mesmo tempo, tentando justificar o que Sandra falara para Remie.

O garoto, confuso, balançou a cabeça e afastou Melanie, que tentava lhe dizer algo.

- Peraí! – gritou  - Poderes? Vocês também têm poderes? – perguntou confuso e surpreso.

Todas se calaram no mesmo momento.

- Droga, a Bridget fez alguma coisa lá? Sabia que ela não podia ficar sozinha... – disse Faith nervosa.

Remie arregalou os olhos. A sua loira tinha poderes também?

- Bridget também? – perguntou incrédulo.

Lizzie, confusa, cerrou os punhos e olhou para a irmã. Em uma simples frase, ela havia entregado a última dos moicanos.

- Merda, Faith. – falou  – Mas de quem você estava falando então?

- De mim... – disse ele um pouco devagar.

O queixo de Sandra caiu.

- Seis! Seis! – exclamou saltitando e por um segundo Lizzie teve vontade de soca-la por assemelhar-se ao chiliques da Polly Pocket. - Em uma tacada só eu consegui recrutar seis! – falou Sandra extremamente animada.

- Não, não e não, senhora, você não conseguiu nenhum ainda. – disse Lizzie – Ainda temos de decidir. – afirmou.

- Decidir? Vocês vão realmente cogitar ir para esse lugar? – perguntou Remie surpreso.

Mary assentiu por todas.

- Bridget acabou de gastar quase todo nosso dinheiro no hospital, não conseguiremos pagar o aluguel do mês e vamos para rua. – disse irritada.

O garoto suspirou.

- Mas, não a conhecemos. – argumentou.

Faith assentiu, mas ao abrir a boca para falar, sua irmã lhe interrompeu.

- Sabemos disso e se ela for só uma louca, podemos fugir, somos seis poderosos contra... Ela – desdenhou apontando para a médica.

Todos assentiram, concordando com Lizzie.

- Bem, vamos esperar Bridget sair do hospital para decidir isso, ok? – disse Faith tentando acalmar os ânimos de todos.

- Tudo bem, amanhã a gente decide então – falou Melanie.

*-*-*

            No dia seguinte todos acordaram ansiosos para saber que rumo tomariam, com exceção de Remie, que já havia decidido ficar.

            Remie e Faith foram buscar Bridget no hospital, e permaneceram quietos a viagem toda. As meninas, então, como o combinado, contaram a história toda para ela ao chegar no apartamento. Por algum tempo ela não reagiu, apenas ouvindo atentamente, mas quando Lizzie chegou na parte do abrigo a loira berrou.

- Ai meus ouvidos, sua demente! – disse Lizzie tampando os mesmos.

A loira ignorou.

- Não acredito, uma casa? De graça? É sério isso? –perguntou sorrindo largamente.

Todas assentiram e a menina soltou outro gritinho animado.

- Bem, já vimos que ela concorda... – Lizzie disse temendo mais um dos seus odiados gritinhos. - Pode ligar para a doutora, maninha. – disse  para Faith.

A ruiva assentiu, mas antes de fazer o pedido, olhou para um Remie quieto e aparentemente triste.

- Tudo bem, mas vamos dar o dinheiro para o Remie, então, ele vai precisar mais que a gente. – falou pesarosa.

Bridget olhou para a amiga, antes de lançar um olhar confuso para o garoto. Percebendo que ela havia perdido alguma coisa, respirou fundo.

- Como assim? – perguntou olhando para todas elas atentamente.

- Ele não quer ir... – disse Mary com cautela, pois ela temia que a loira desistisse de ir por causa daquilo.

A loira olhou para Remie incrédula.

- Como não? Comida, casa... Tudo de graça! Como você pode não querer ir Remie? – perguntou surpresa.

O garoto, não querendo encontrar os olhos gelo dela, não ergueu o olhar ao falar.

- Não confio nessa mulher e não a conhecemos Bridget. – respondeu frio.

A menina revirou os olhos.

- Sim, mas somos seis contra uma. – afirmou confiante.

- Foi o que eu disse! – exclamou Lizzie – Não acredito que pela primeira vez na vida essa Polly falou algo com sentido! – disse com ironia.

Remie bufou.

- Eu não vou. – falou se jogando no sofá.

            Faith pegou o celular e discou o número do cartão que a médica havia dado a ela no dia anterior, caso elas aceitassem, enquanto Mary e Melanie foram arrumar suas bagagens.

- Acho que vou tirar uma soneca, depois a Faith arruma minha mala – disse Lizzie – Você não vai arrumar a sua Polly? – perguntou para a menina emburrada.

A mesma negou com a cabeça.

- Não, depois eu faço isso e Faith me ajuda.

 Lizzie se retirou, deixando Bridget e Remie sozinhos. Bridget se sentou no sofá ao lado de Remie, que passou o braço pelo ombro da loira.

- Vou sentir sua falta sabe? – disse ele dando um beijo no topo da cabeça dela.

Bridget não se afastou como de costume. Depois de toda a atenção que ela recebeu dele no hospital, não tinha como fazer isso.

- Você pode vir conosco, assim ninguém precisa sentir saudades. – disse calma, aproveitando o momento deles.

Remie riu.

- Isso quer dizer que você sentiria saudades de mim? -  perguntou com um sorriso maroto nos lábios.

Bridget riu também.

- Não sei – respondeu a loira querendo se fazer de difícil. – Mas seria legal se você viesse, assim, se ela for uma louca de carteirinha, você pode nos defender, não sou muito boa com defesa pessoal. – sugeriu com o mesmo sorriso brincando nos seus lábios.

Remie, percebendo que apesar do sorriso, a menina falava sério, olhpou para ela profundamente.

- Você quer que eu vá, Bridget? – perguntou sério.

- Acho que seria legal... – respondeu.

            Os dois se olharam nos olhos e Remie tirou uma mecha de cabelos do rosto da menina, colocando-a atrás da orelha da mesma.

- Então, eu posso ir... Eu acho. – falou ele suavemente.

- Ótima notícia – falou ela em um tom baixo.

             Ele sorriu e aproximou seu rosto do dela, e quando seus lábios estavam quase se tocando ouviu-se um estrondo e eles se afastaram envergonhados.

            Remie se levantou e a porta do quarto de Lizzie e Faith se abriu.

- O que houve? – perguntou Bridget meio vermelha.

- Lizzie jogou a mala no chão... – respondeu Faith saindo do quarto.

Os dois suspiraram. Tinha que ser Lizzie.

- Por quê? – perguntou Remie, tentando disfarçar o que estava prestes a acontecer.

- Bem, porque ela... – disse Faith tirando uma pausa para respirar fundo – Ela ficou nervosa porque eu estava arrumando a mala dela enquanto ela tentava dormir e decidiu que o melhor jeito de me fazer parar, era jogar a mala no chão.

- Isso explica tudo. – disse Bridget – Pelo menos as luzes não piscaram, ela já tá começando a se controlar. – disse otimista.

Faith arqueou a sobrancelha.

- Na verdade, o apartamento ficou sem luz por um tempo Bridget... – falou Faith encarando a loira – Como você não percebeu?

- Não sei, acho que não estava prestando atenção – respondeu a garota corando e desviando o olhar para seu colo.

            Faith olhou de Remie para Bridget e de Bridget para Remie, sorrindo.

- Tudo bem, vou pegar o dinheiro para você Remie. – falou a ruiva tentando dar privacidade a eles.

Um sorriso feliz apareceu nos lábios da garota.

- Não precisa mais... – disse Bridget. – Ele vai conosco.

- Vai? – disse a ruiva levantando uma sobrancelha novamente.

Remie sorriu de volta.

- Vou – falou.

- Ótimo, então arrumem suas malas, vamos encontrar Sandra na frente do prédio em uma hora. – informou, os deixando sozinhos novamente.

*-*-*

            Sandra os buscou em dois carros, indo com Remie, Bridget e Faith em um e deixando Mary, Melanie e Lizzie com outro médico, que se apresentou como Jorge, no segundo carro.

            A tal sede do OMPA ficava um pouco longe do apartamento que eles alugavam, e quando os carros pararam em uma ruela vazia as meninas começaram a se arrepender da decisão.

- Aqui é o OMPA?- perguntou Lizzie.

A médica riu.

- Não, é claro que não, querida. – disse Sandra – Ali é o OMPA – falou apontando para um muro.

As garotas olharam para o local indicado.

- Você só pode estar brincando. – disse Melanie.

            Os médicos riram e abriram a tampa de uma coisa que parecia um bueiro no chão perto do muro.

- Venham. – disse Jorge, ajudando as meninas a entrarem no lugar. Quando chegou na vez de ajudar Bridget, Remie desceu na frente dela e a ajudou, sussurrando para a mesma o quanto Jorge parecia ser um pedófilo.

            Lizzie foi a primeira a segui-los curiosa para saber o que eles estavam fazendo e com o argumento de que eles ainda eram seis com poderes, contra dois sem nenhuma vantagem.

            Eles seguiram reto em total escuridão até que Lizzie foi lembrada por Melanie de que controlava a luz. Logo, ela fez todo o ambiente se iluminar enquanto os médicos vibravam de alegria.

            Eles se encontravam em um túnel, alto e cumprido, que ia se tornando mais largo conforme eles avançavam. Depois de um tempo eles chegaram em uma sala aberta, um escritório, todo branco e muito bem mobiliado.  Sandra então entrou nele e disse:

- Bem vindos ao OMPA. – e abriu a porta do escritório, mostrando um corredor igualzinho ao de uma escola.

            Ao deixar aquela sala eles puderam ler “Diretora Janks” na porta da sala que acabavam de deixar e logo constataram que Sandra era a diretora, já que quando passavam por alunos eles a cumprimentavam chamando-a de Diretora.

- Essas são as salas de aula normal, onde vocês aprendem tudo que estariam aprendendo na escola – disse ela apontando para um hall retangular branco, que abrigava uma pequena arvore e duas poltronas, rodeadas por algumas portas de madeira. – Ali em frente é o refeitório, nem preciso dizer que é onde vocês tem todas as refeições diárias.  – disse divertida, apontando para uma porta grande e de madeira, que se dividia em dois. - Aquela sala ali é a biblioteca, ao lado dela fica a sala de estudos e depois a sala de ioga. – informou, apontando para mais um hall, este circular, que abrigava 3 portas, devidamente identificadas. - Do outro lado do prédio temos uma piscina olímpica e uma aquecida, uma quadra e mais adiante os quartos masculinos. – afirmou apontando para uma porta de vidro, que mostrava um pátio de pé direito alto, repleto de plantas e bancos de madeira, e mais distante, a continuação do OMPA. - Os quartos femininos ficam antes da biblioteca, aquele complexo ali, estão vendo? – perguntou, mostrando logo atrás delas, uma outra saída para o pátio, igual á anterior, que mostrava uma construção logo em frente, branca.

- Isso aqui é enorme. – disse Faith, olhando através das paredes e portas de vidro que davam acesso ao pátio.

A médica assentiu.

- Sim, querida, alguns anômalos que estudaram aqui ficam realmente ricos e fazem questão de nos fazer doações – falou Sandra orgulhosa.

As meninas assentiram, imaginando se teriam a sorte de serem ricas também.

- Bem Sandra, eu vou levar Remie até seu novo dormitório. – disse Jorge atrapalhando a linha de raciocínio das garotas. – E pode deixar sua mala aqui, alguém leva-a para você. – falou se dirigindo à Remie.

            Sandra as guiou para seus quartos enquanto dizia mais algumas coisas sobre o local, como por exemplo que a construção tinha como base os antigos moldes dos tuneis criados na lei seca para esconder bebidas e em como o engenheiro, um dos seus amigos, projetou tudo aquilo em baixo da terra.

 Então, quando as curiosidades acabaram, a médica separou elas em grupos. Faith, Melanie e Bridget ficaram juntas enquanto Lizzie e Mary foram para o quarto ao lado, resmungando sobre alguma coisa banal.

            As duas entraram em seu novo quarto, notando que já havia uma cama ocupada.

- Eba, temos uma coleguinha – disse Lizzie ironicamente, se sentando na cama ao lado.

            Ao terminar de dizer isso a porta do banheiro se abriu, mostrando uma loira da altura de Lizzie e de olhos verde claros.

- Vocês devem ser minhas novas colegas de quarto – disse ela desgostosa – Eu sou Linda, meu poder é hidrocinese, posso controlar a água, caso vocês não saibam o que hidrocinese significa. – disse com superioridade.

Lizzie bufou.

- Nós sabemos, obrigada. –respondeu rudemente

- Bem Linda – falou Mary expelindo o nome da outra – Essa é Lizzie e eu sou Mary, meu poder é criocinese, posso controlar o gelo, caso você não saiba o que isso significa. – falou arrancando risos de Lizzie. – E a Lizzie aqui  controla a luz.

            Linda ignorou as duas até um sinal tocar, quando ela então deixou o quarto.

Suspirando, Lizzie se jogou de costas na sua cama.

- Finalmente ela saiu, não acredito que quando finalmente nos livramos da Polly  Pocket ganhamos a Barbie. – falou incrédula.

- E eu não sei? – respondeu Mary franzindo o nariz.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que não ficou muito bom, apesar de longo, mas era necessário para introduzir o OMPA e tudo o mais..
Me falem de ficou muito ruim e apontem os erros porque não deu tempo de eu revisar!
Beijinhos
# Mari



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