Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 11
Capítulo 10 - Fuga


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que poderia atrasar mas estou postando até mais cedo :)
Espero que gostem...
# Mari



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Correndo para fora da mansão Faith começou a se desesperar. Como elas sairiam de lá? Mas Bridget obviamente já havia pensado nisso e tirou uma chave de carro do seu jeans Calvin Klein.

Elas foram até a garagem e Faith abriu a boca ao se deparar com um conversível vermelho no qual Bridget entrava.

– Vamos Faith! – a menina disse com pressa, entrando no carro.

– Tudo bem. – respondeu ela deslizando pelo banco de couro ao seu lado.

Faith discou o número de Lizzie, enquanto Bridget passava pelos portões da mansão, se desesperando ao perceber que sua irmã não estava atendendo.

Com as mãos trêmulas, ela desistiu de ligar para Lizzie.

– Bridget, você tem o número da Mary? Lizzie não atende... – perguntou, imaginando que sua irmã estivesse com ela, como sempre.

A loira assentiu com os olhos na rua.

– Tenho, está no meu celular. – disse jogando a bolsa no colo da ruiva.

A menina pegou o celular e ligou para Mary, que atendeu no primeiro toque.

– Sabia que você mudaria de ideia Bridget! – falou ela em um tom vitorioso.

Faith bufou.

– Não é a Bridget, é a Faith. – disse rapidamente, seca. - Preciso que vocês se encontrem comigo na quadra da escola em 15 minutos, as três Mary! – continuou agora com urgência na voz.

Faith pode escutar Mary bufar do outro lado da linha.

– Estamos meio ocupadas... – respondeu com desdém.

A ruiva começou a se irritar, mas tentou manter a calma.

– É muito importante.

– Tipo, quão importante? – a outra perguntou e Faith podia jurar que ela fazia aquilo para provoca-la..

– Tipo de vida ou morte, por favor, apareçam por lá. – implorou.

– Vou ver o que posso fazer – falou Mary, desligando.

Faith sentiu uma raiva enorme crescer dentro de si no momento em que Mary desligou na sua cara, mas se contendo, se jogou contra o banco de couro e cerrou os punhos.

– Argh, não acredito nisso! – disse - Só porque não quisemos fazer parte do grupinho ela está se fazendo de difícil. Elas Tem que aparecer, Bridget! – disse com a voz preocupada.

A outra revirou os olhos.

– Relaxa, elas vão aparecer. – disse pouco confiante.

*-*-*

15 minutos depois elas estavam na quadra esperando impacientes pelas meninas. Faith andava de um lado para o outro, enquanto Bridget olhava temerosa para o porta de ferro.

– Acho que elas não vão vir, Bridget . – a ruiva disse no momento em que parou bruscamente.

– Vão sim – respondeu a loira enquanto Faith discava o número de Lizzie outra vez, para sua chamada ser mais uma vez rejeitada.

Nervosa, ela bateu o pé no chão.

– Por que ela não atende?

Alguns minutos já haviam se passado, quando ambas começaram a ficar preocupadas, mesmo que Bridget não deixasse isso transparecer. Ela ainda odiava Lizzie, mas conforme foi conhecendo Faith, esta foi contando à loira coisas da infância dela e da irmã e isso foi mostrando o outro lado de Lizzie, mesmo que este quase nunca viesse à tona.

– Esperavam por nós? – falou Mary entrando na quadra ao lado de Lizzie, seguidas por Melanie, praticamente em uma entrada triunfal.

– Graças a Deus vocês vieram. – exclamou Faith aliviada. – Temos que fugir, agora! – disse quase em um ordem.

Lizzie encarou sua irmã durante alguns segundos, antes de rir com irônia e um pouco de desprezo.

– Você e sua Polly Pocket fizeram a gente perder nosso tempo para isso, Faith? – perguntou incrédula.

A ruiva sentiu o tempo lhe pressionar. Era questão de mais alguns minutos, e todas estariam presas.

– Isso é importante! O pai da Bridget viu quando ela levitou uma cesta e foi ligar para a polícia, ele vai mandar nos prender! – disse desesperada.

Mary encarou Bridget enquanto Lizzie encarava a irmã duvidosa.

– E o que ele tem de prova? Vão achar que ele é louco, só isso. – falou Mary com simplicidade.

Faith revirou os olhos.

– Não, ele é rico, e influente e pode mentir, arrumar testemunhas falsas, fazer parecer que somos bruxas ou algo assim. E mesmo que não formos presas, as pessoas vão falar, vão nos tratar como o que somos: Aberrações. –Faith se pronunciou.

Bridget assentiu concordando com ela.

– Não somos aberrações – disse Mary em tom de defesa.

Bridget bufou.

– Bom, eu e Faith vamos, ela que quis convidar vocês, mas eu não faço muita questão. – deu de ombros. - Só vamos passar na casa dela pra pegar umas coisas e depois vamos voltar aqui, tudo isso em meia hora. – anunciou apontando para o Rolex em seu pulso. - Se estiverem interessadas, apareçam, senão, whatever! – disse, pegando no braço de Faith enquanto se virava em direção á saída.

A ruiva se virou rapidamente para a irmã com os olhos marejados.

– Lizzie...- choramingou Faith.

Ao olhar para Lizzie, todos puderam notar que ela estava realmente considerando ir. Não porque tivesse medo de ser presa ou porque ligasse para a opinião dos outros, mas apenas porque, mesmo que ela nunca fosse contar para ninguém, ela não deixaria sua irmã ir sem ela. Para Lizzie ela sempre teria de proteger Faith.

Com um olhar decidido, ela deu um passo em direção á irmã.

– Eu vou com vocês – falou e depois olhou para suas mais novas amigas com pesar. – Foi mal, meninas.

Melanie olhou para Lizzie e Faith e suspirou.

– Eu também vou – disse Melanie tímida – Já não tenho mais chances de entrar em qualquer faculdade boa então... – não completou a frase.

Faith sorriu docemente para a garota.

– E você Mary? – perguntou.

Mary parecia estar entre a cruz e a espada, mas não querendo ficar sozinha, optou pela opção de todas.

– Tudo bem, tudo bem, eu vou. – rendeu-se.

As cinco entraram no carro de Bridget, que parou na casa das gêmeas enquanto Melanie e Mary iam para suas casas que ficavam nas redondezas.

Faith pegou todo o seu guarda-roupas e enfiou na mala, sua carteira e todo o dinheiro que conseguiu encontrar dentro do quarto. Agradeceu a Deus, pois não tinham que se preocupar com seus pais, já que eles haviam ido jantar com seus tios. Assim, a partida seria menos dolorosa e complicada. Faith pegou também as jóias que ela e Lizzie haviam ganhado de aniversário.

Lizzie, por sua vez, só pegou roupas e já estava no carro quando Faith finalmente desceu.

– Porque demorou tanto? – perguntou lançando um olhar raivoso para a irmã. - Eu já estava ficando cansada de ficar sozinha com a Polly Pocket! – falou Lizzie enquanto Bridget dava partida e ia em direção à casa de Mary.

– Eu deixei um bilhete para nossos pais, dizendo que os amamos muito e que entrariamos em contato quando desse, que era pra eles não ficarem bravos, porque nós tinhamos um bom motivo para isso. – explicou se acomodando no banco da frente.

Mary, que já estava esperando na porta com sua mala, adentrou no carro, sem nenhuma palavra. Bridget de relance as observou pelo retrovisor, antes de ir direto para a casa de Melanie, seguindo as explicações de cada curva, enquanto Mary a guiava.

Ao chegar lá, perceberam que Melanie ainda estava no quarto, graças a luz que ainda estava acesa.

Sentindo uma certa inquietação, a ruiva passou a bater o pé no chão do carro.

– Está muito escuro, que horas são? – perguntou Faith.

Bridget consultou seu relógio.

– 20 horas, a festa começaria daqui a meia hora – respondeu a loira, com um suspirou pesado.

– Será que ainda vai ter festa? – perguntou Mary curiosa.

Bridget soltou uma risada carregada de sarcasmo.

– Meus pais nunca cancelariam um evento tão grandioso!

Melanie apareceu pouco tempo depois e entrou no carro afobada.

*_*

– Ei – exclamou Bridget enquanto dirigia já há alguns minutos na estrada. – Vocês perceberam que perfeito? – perguntou com os olhos gelo brilhando.

Mary a fitou confusa, enquanto Faith cogitava a possibilidade de se oferecer para dirigir.

– Perfeito? Fugir? – perguntou Lizzie tão confusa que se esqueceu de zuar a loira.

A menina loira revirou os olhos.

– Não, o carro tem cinco lugares e nós somos cinco pessoas! – disse com um sorriso no rosto.

Lizzie riu alto.

– Nossa Bridget... Não esperava isso nem de você... – falou Lizzie enquanto todas riam, menos Melanie, que parecia pensativa.

– Para onde vamos? – perguntou baixinho.

Faith suspirou alto, olhando para a estrada vazia.

– Não sei, para o centro eu acho, que tal? – sugeriu.

Mary, do banco de trás, assentiu.

– Boa ideia. – disse – Lá podemos arranjar identidades falsas e trabalhar como garçonetes por um tempo, depois podemos nos mudar... – sussurrou pensativa.

– Quanto dinheiro trouxeram? – perguntou Melanie.

– 500 dólares – respondeu Faith.

– 300 – disse Lizzie.

– 300 também – disse Mary, sorrindo para Lizzie.

Melanie encostou a cabeça no vidro.

– Eu trouxe 700 – disse calmamente.

Bridget sorriu triunfante.

– 5000 dólares – falou com simplicidade.

Lizzie se engasgou com a própria saliva quando tentou exclamar de surpresa.

– 5000? – perguntou Mary descrente.

A loira deu de ombros.

– É, eu estava guardando... – disse com simplicidade.

As três no banco de trás se entreolharam sem falar nada.

Algumas horas de viagem depois Mary teve que ocupar o lugar de motorista pois Bridget havia se cansado e queria dormir. No começo as meninas não acreditaram, mas quando a loira não se incomodou em sentar ao lado de Lizzie perceberam que era verdade.

Bridget dormiu em alguns segundos, apesar do desconforto. Melanie e Lizzie também pegaram no sono e Faith só não dormiu porque pensava em seus pais e em como eles deveriam estar naquele momento.

Tocando em seu celular pensativa, desejou poder liga-lo, mas como Melanie havia dito, todas deveriam desligar os celulares, caso seus pais ligassem, já que eles podiam muito bem estar acompanhados da polícia com rastreadores nos telefones. Faith foi a única que se sentiu mal em fazer isso, ou pelo menos a única que deixou transparecer.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, meio parado mas necessário...
Deixem reviews, me digam o que precisa melhorar e me falem se gostaram...
Beijiinhos
# Mari



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