Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 10
Capítulo 9 - Natal e problemas


Notas iniciais do capítulo

Well, mais um capítulo para vocês.
Bom eu amo esse, então, espero que gostem também.
Enjoy it.
PS: Partes em negrito foram as partes concertadas.



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Bridget suspirou, andando da cozinha para a sala, com seu “namorado” logo atrás. Olívio Easty era uma pessoa legal e divertida e ela, de alguma, forma apreciava a companhia dele.

Fora fácil para ela conquistar o garoto. Apenas um simples sorriso doce e uma risada ensaiada, e pronto, ele já estava aos seus pés.

Como seu pai planejara, as empresas estavam quase se fundindo e o garoto parecia estar feliz com aquilo. Na verdade, parecia estar feliz com Bridget ao seu lado.

Ela por sua vez o admirava. Ele era maduro para sua idade, bonito, pois possuía belos olhos verdes e cabelos escuros. Estava simplesmente derretido pela garota, por mais vadia que ela fosse. E pelo simples fato dela o admirar é que ela se sentia mal por enganá-lo daquela maneira.

Ela sabia, melhor do que qualquer um, que Olívio merecia alguém que o amasse de verdade. Que fosse doce e risse de suas piadas sem lançar um sorriso falso logo depois. Ele não merecia a loira, que era simplesmente a rainha da frieza e falsidade daquela região.

Mas, como ela sempre dizia a si mesma, ela não quebraria o coração dele por hora. Terminaria o namoro quando fosse oportuno, sem machuca-lo tanto quanto dizer-lhe a verdade machucaria.

–Então nós dois estamos cuidando de tudo? – ele perguntou quando a loira refez pela trigésima vez o caminho da sala para cozinha.

Bridget suspirou.

–Sim, infelizmente minha mãe inventa as festas e sobra para mim organizá-las, e agora para você também – disse riscando em sua lista o que já estava feito.

Faltava dois dias para o natal e sua mãe havia decidido fazer uma festa na mansão da família.

E como sempre, sua mãe deixara tudo nas mãos da filha e da organizadora da festa, que por sinal não havia aparecido ainda naquele dia.

Olívio, percebendo a agitação da garota, lhe abraçou docemente e sorriu tentando tranquiliza-la.

–Relaxe, Bridget. A organizadora ligou e disse que vai atrasar um pouquinho, mas vai chegar aqui a tempo para organizar tudo até a festa hoje à noite.

Ela suspirou.

–Eu sei, mas faltam as flores, a prataria, os pratos, a comida... Céus, só não falta a casa porque ela está construída há séculos!

Olívio riu.

–As flores e a comida já estão chegando, Bridget. Na verdade, estão passando pela porta dos fundos neste momento. – informou, apontando para a porta dos fundos, que se enchia de trabalhadores relacionados á aquilo.

Aliviada, ela relaxou um pouco e ticou em sua lista mais uma vez o que já estava pronto.

–Eu vou então... – seu celular tocou não deixando terminar a frase.

Olívio fez um sinal de que receberia os trabalhadores por ela e a menina, agradecida, atendeu ao segundo toque.

–Alô.

–Bridget, aqui é a Faith, tudo bem? – a garota da outra linha perguntou gentilmente.

Bridget suspirou.

–Na medida do possível, sim. – informou se sentando no sofá branco da sala e esticando as pernas demoradamente. – Posso saber o motivo da ligação?

–Bom, é que eu consegui controlar o fogo, Bridget! Consegui direcioná-lo a um pedaço de madeira e apagá-lo depois. – informou feliz. – E bem, eu queria te mostrar, sabe... Lhe dizer qual foi meu truque para conseguir isso... – Faith disse.

A loira bufou e assentiu para si mesma. Quando as duas decidiram deixar Mary com seu maldito grupo para treinar, elas não haviam previsto que os poderes de ambas pudessem sair do controle com tanta frequência. Por este motivo, elas haviam se tornado amigas, com o objetivo em comum de controlar aquilo e esconder.

–Claro, mas tem como ser depois? – ela perguntou franzindo o cenho. – Aqui está uma loucura, Faith, você não pode nem imaginar. A decoradora ainda não chegou e eu tenho menos de 10 horas para arrumar meu cabelo, escolher meu vestido, minha maquiagem e pintar minhas unhas. – sua voz ficou um pouco mais fina devido ao desespero. – Além disso minha mãe deixou tudo nas minhas mãos, ou seja, eu estou perdida!

Faith riu do outro lado da linha. Tudo para Bridget tinha que ser carregado de drama.

–Eu te ajudo, afinal, fui convidada para essa festa, nada mais justo do que te ajudar também...

–O que você vai querer em troca? – ela perguntou desconfiada, pois, como sempre fora com suas amigas, se alguém lhe oferecia ajuda, estava disposto a conseguir algo em troca também.

Faith suspirou.

–Nada, Bridget, apenas estou fazendo isso como qualquer outra amiga faria.

A loira riu.

–Não como minhas amigas fariam, Faith.

–Talvez seja hora de você mudar seus conceitos e sua turma...

A menina bufou.

–Nem pensar, sou popular e tenho o colégio em minhas mãos. Esqueça isso, minha reputação sempre vem em primeiro lugar! – disse, revirando os olhos diante da sugestão da ruiva. Abandonar tudo que conquistou para ter amigas de verdade? Aquilo parecia loucura! – Mesmo assim, pode vir aqui se quiser, sua ajuda será bem recebida.

–Está bem, estarei ai em dez minutos. – anunciou e desligou.

*_*

–Está bem, tem certeza que você e a decoradora conseguem cuidar do resto, Olívio? – Bridget perguntou com Faith ao seu lado.

Olívio abriu um sorriso confiante e fez um gesto positivo.

–Eu lhe garanto que sim. Só falta colocar as taças no lugar que você me indicou e tudo estará pronto. – afirmou, roubando um selinho dela. – Vá se arrumar com sua amiga que eu cuido disso, Bridget. Aproveite e relaxe um pouco. – sugeriu.

A loira assentiu e lhe lançando mais um dos seus sorrisos não verdadeiros, mesmo que se sentindo levemente culpada, arrastou Faith para seu quarto.

Encostando a porta, ela suspirou e se jogou na cama.

–Muito bem, o que você conseguiu fazer, Faith? – perguntou lhe observando com curiosidade.

Faith pegou um papel de cima da escrivaninha da menina e rabiscou um coração no meio da folha.

–Olhe, eu vou tentar incendiar apenas o coração. – ela informou, estendendo sua mão para a folha e se concentrando no local.

Bridget se aprumou na cama e observou de cima o que a menina fazia, em silencio.

Aos poucos, conforme Faith ia direcionando a sua concentração para o desenho e desejando que o fogo surgisse, o coração foi pegando fogo, passando apenas um pouco do limite desenhado pela garota.

A loira ficou boquiaberta assim quando a ruiva apagou o fogo calmamente.

–Isso foi demais, Faith. – ela disse sincera. – Como você fez isso? – perguntou curiosa e desejando conseguir fazer o mesmo com o seu poder.

A ruiva deu de ombros.

–Simples, eu apenas desejo e me concentro no que quero e onde quero. No começo era mais difícil, mas agora parece que esse dom flui melhor.

A loira sorriu.

–Depois eu vou tentar fazer isso também, digo, não colocar fogo nas coisas, mas levitar algo mais especifico. – disse animada.

Faith assentiu e pegou de dentro da sua bolsa seu vestido e suas maquiagens, as colocando em cima da colcha rosa da menina.

Bridget correu para seu closet e pegou seu vestido rosa claro com rendas brancas.

–Tive que procurar pela loja inteira até achar o vestido perfeito. Foi quase impossível de encontrar... – ela disse, estendendo o seu ao lado do da Faith, que era branco com detalhes bordados em preto.

A ruiva revirou os olhos e se sentou na cama, analisando os dois vestidos calmamente.

–Quer que eu pinte sua unha agora? – ela perguntou, procurando os esmaltes no quarto da loira.

Bridget assentiu e estendendo a mão em direção a uma cesta cheia de esmaltes, começou a trazê-la, mesmo que instavelmente, á sua mão por meio da levitação.

Faith deu uma risada baixa devido á concentração da menina.

Seu pai, que passava pelo corredor naquele momento, empurrou levemente a porta e curioso para saber o que sua filha fazia e o sobre o que a amiga dela ria, encarou a cena perplexo.

Uma cesta flutuava no meio do nada e seus olhos gelo, incapazes de abandonar a cena, focavam naquela aberração que acontecia obviamente sem truque nenhum e na mão de sua filha, que a controlava com certa dificuldade.

Simplesmente, Bridget era um monstro.

–Eu não acredito, Bridget. – ele disse, passando a mão pela chave que ficava dentro da porta e a puxando rudemente.

A menina loira deu um pulo de susto, deixando a cesta cair no chão e alguns esmaltes se espalharem pelo mesmo.

Rapidamente ela se virou em direção á voz de seu pai, mas antes que a menina pudesse inventar alguma desculpa, a porta se fechou fortemente. Bridget correu para evitar que seu pai a trancasse lá, mas no momento em que tocou na fechadura percebeu que a mesma estava trancada.

Desesperada ela olhou para Faith, que tinha o rosto pálido.

–Meu pai vai nós denunciar, eu tenho certeza disso, Faith. Ele deve ter pensado que eu sou um monstro e foi ligar para a polícia.

A ruiva respirou fundo.

–Ele não faria isso, Bridget, você é a filha dele! – afirmou sem muita convicção.

–Nós estamos trancadas em meu próprio quarto, Faith, é obvio que ele não está se preocupando com isso agora, apenas com a imagem que eu possa futuramente estragar da família! Ele acha que eu vou acabar com nossa reputação...

A ruiva respirou fundo.

–Temos que avisar as outras. Se vierem nos buscar, para perceber as outras envolvidas nisso é questão de segundos! – disse desesperada, procurando seu celular na bolsa. – Eu vou ligar para elas e pedir para nos encontrar na quadra da escola em 15 minutos.

Bridget olhou desesperada para ela.

–O que vamos fazer, Faith? – perguntou.

A ruiva abriu um sorriso triste.

–A não ser que você queira, ou ser objeto de estudo da CIA, ou morrer queimada feito uma bruxa, fugir!

A loira pensou que iria desmaiar.

–Fugir? – perguntou sentindo-se enjoada com a ideia.

–Sim, agora pegue tudo que puder e peça para alguém nos tirar desse quarto!

Bridget assentiu e tremula, começou a colocar desajeitadamente roupas básicas em sua mala de viagem, seu computador portátil, alguns cosméticos básicos e dinheiro, muito dinheiro que ela tirara do cofre do fundo do closet naquele momento.

Faith olhou assustada para os montes de dólares que entravam na mala.

–Quantos dólares tem nesse cofre? – perguntou surpresa.

–5 mil. – disse calma. – É todo o dinheiro que eu escondi do meu pai em caso de emergência. Acho que foi bem pensado! – disse, fechando o zíper com certa dificuldade e discando quase que ao mesmo tempo o telefone de Olívio no celular.

–Olívio, eu preciso de sua ajuda! – disse desesperada, quando no terceiro toque ele atendeu. – Suba aqui agora! – pediu e não esperou a resposta, desligando o celular.

Um minuto depois, o garoto estava batendo na sua porta.

–O que aconteceu, Bridget? – perguntou do outro lado.

Faith olhou alarmada para a loira, mas esta fez um gesto de paz.

–Ele é confiável... – disse calma.

–Seu pai está ligando para a polícia, Bridget. O que aconteceu? – perguntou. – Você está trancada ai dentro! –disse ao perceber que a chave estava do lado de fora do quarto.

A loira suspirou.

–Sim, me ajude a sair daqui, Olívio! – implorou.

As duas puderam escutar o barulho da porta se destrancando e a mesma sendo aberta.

Olívio passou pela porta, esbaforido.

–O que aconteceu? – repetiu a pergunta.

Bridget pegou sua bolsa e sua mala e lançou um sorriso de desculpas para ele.

–Desculpa, Olívio, mas eu não posso contar. Você pode se encrencar também. – disse puxando Faith para as escadas que levavam á porta dos fundos.

Olívio as acompanhou.

–Você está fugindo de casa? – perguntou ao perceber a mala sendo arrastada pela loira.

Ela assentiu.

–Espera, Bridget, por quê? – perguntou assim que ela passou pela porta dos fundos.

A menina lhe olhou com os olhos desesperados e assustados.

–Se a polícia me alcançar vai ser meu fim, Olívio. Me desculpa, mas eu tenho que fugir...

O garoto mexeu nos bolsos e tirou as chaves do seu carro dele.

–Eu vou com vocês! – disse convicto.

As duas negaram com a cabeça, enquanto Faith digitava o numero do celular de Mary.

–Não, você não precisa se meter em mais problemas! – Faith disse docemente.

–Mas...

–Não seja idiota, Olívio. – Bridget disse friamente e o garoto recuou um passo. – Não tem como você ir, você tem uma empresa para cuidar e seus avós não precisam perder o neto também. Aliás, não funda as empresas, anule o contrato enquanto há tempo! – ela disse e fechou a porta de casa com pressa.

O garoto abriu a porta novamente e segurou o braço da loira.

–Você não pode fazer isso comigo, Bridget. Sem aviso, sem nada...

Bridget bufou.

–Não prevejo o futuro, Olívio. Apenas me deixe ir, isso não foi planejado! – disse tentando sair do aperto dele.

Ele negou com a cabeça.

–Não, Bridget, você não pode simplesmente ir sem nenhuma explicação plausível.

A menina o encarou com os olhos gelo ferozes.

–Me solta. – disse entredente.

Faith bate o pé impaciente, pronta para tacar fogo na cabeça do garoto se aquela discussão se prolongasse.

–Eu te amo, Bridget.

–Mas eu... – a loira respirou fundo e o encarou novamente. – A policia não pode me pegar, Olívio, se isso acontecer eu estou praticamente morta. – disse tentando soar calma, mas sabendo que estava na beira de um ataque de nervos. – Se você me ama de verdade, você tem que me deixar ir.

Os olhos de Olívio faiscaram e rapidamente foram tomados por tristeza.

–Bridget...

–Olívio, ela está falando a verdade. – Faith disse com urgência. – Você precisa nos deixar ir...

Ao escutar a voz doce da ruiva, Olívio soltou o braço de Bridget e suspirou.

–Deixe eu ir com você... – pediu novamente.

–Não Olívio, adeus. – ela sussurrou fria.

–Então é adeus? Para sempre? – perguntou a ela, desejando que aquilo fosse apenas uma fase.

Bridget assentiu e afastou alguns passos dele.

O garoto fez a menção de segui-la, mas Bridget ergueu a mão em um sinal negativo. Olívio recuou alguns passos e a olhou novamente. Ele a amava e sua segurança era mais importante.

–Me ligue, Bridget, assim que estiver segura! Eu preciso saber que você vai estar bem... – sussurrou com os olhos marejados.

A menina assentiu odiando estar terminando com ele daquela maneira. Não era para ser daquele jeito, sua vida não era para ser daquele jeito!

–Eu prometo que ligarei. – disse sentindo uma sensação há muito tempo apagada de sua memoria: carinho. Com força fechou a porta e soprou um beijo para ele, antes de correr em direção á garagem, escutando Faith implorar para as meninas lhe encontrarem lá também.



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Notas finais do capítulo

Well, deixem reviews
XOXO - AMIS
Gente como cada uma posta o capítulo que escreve estou tomando total responsabilidade caso eu atrase para postar o próximo, porque estou viajando e nem sempre a internet tá boa...mas acho que vou postar no dia certinho...
# Mari



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