A Little Piece Of Heaven escrita por VictoriaPlague


Capítulo 9
Ripped her heart out right before her eyes


Notas iniciais do capítulo

E aí seus leitores lindos! Eu disse que iria postar com mais frequência, e estou cumprindo com o combinado xD. Capítulo novo fresquinho e muito emocionante pra vocês! Já podem começar a odiar o Daniel um pouquinho mais, ok? Haha! Espero que gostem, boa leitura!



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Becky’s POV

Os rapazes ficaram por apenas mais alguns minutos e foram embora. Apenas Jimmy havia ficado, pois eu ainda não tinha terminado de cuidar dele.

-Como está se sentindo? – perguntei.

-É... Fora o nariz doendo, o rosto inchado e a cabeça latejando... Me sinto muito bem, obrigado.

-Eu sinto muito pelo Daniel, Jimmy, sinto muito mesmo. Eu não acredito que ele foi capaz de...

-Becky, dá pra parar de defender ele, por favor? – disse ele em tom irritado.

-Eu não estou defendendo ele, Jimmy. É só que... O Daniel que eu conheço nunca faria uma coisa dessas.

-Pois ele fez. É um filho da puta. Da próxima vez que eu encontrar ele...

-Jimmy, não... Você vai se meter em encrenca. Deixa que eu falo com ele amanhã, tá bom?

-Me explica, por favor, como você foi capaz de namorar um cara desses?

-Ele não era assim.

Ficamos em silêncio por alguns minutos enquanto eu segurava a bolsa de gelo no rosto de Jimmy, até que ele disse:

-Não sei se quero que você vá falar com ele amanhã.

-Ué, por quê? – perguntei confusa.

-Vai que ele tenta fazer alguma coisa com você...

-Eu não acho que ele faria...

-Bom, depois do que ele fez comigo você ainda acha o cara “inocente”! Como você é ingênua.

-Eu vou tentar falar com ele.

-Toma cuidado. Se ele fizer alguma coisa pra você, - ele me segurou pelo braço, me trouxe pra perto e me beijou – acho que ele vai apanhar mais.

-Até eu fiquei com medo agora – respondi e ele me beijou outra vez.

Jimmy me pegou pela cintura e me sentou em seu colo, ainda me beijando. Deixei a bolsa de gelo cair enquanto ele tirava minha blusa e eu a dele. Jimmy se deitou por cima de mim no sofá, ainda me beijando, quando perguntei:

-Não é melhor a gente subir? Da última vez, o sofá ficou meio pequeno.

-Tem razão – disse ele me beijando outra vez.

Ele me pegou no colo e subiu as escadas até chegarmos ao meu quarto. Havia umas roupas jogadas na cama, mas ele as tirou rapidamente e, logo, estávamos deitados nela.

Ele tirou minha calça e eu fiz o mesmo com a dele. Logo depois, estávamos ambos sem roupa e ele já me penetrava. Seu corpo se movia suavemente contra o meu, se encaixava de forma perfeita ao meu. Ele me beijava ternamente enquanto fazia leves movimentos vai e vem em mim.

Eu dava leves arranhões em suas costas e ele segurava firme minha cintura. Logo chegamos ao ápice de nosso prazer. Ambos estávamos ofegantes. Ele foi me beijando enquanto foi se deitando ao meu lado.

Ele nos cobriu e disse no meu ouvido:

-Eu te amo, sabia?

-Me lembro da primeira vez que você disse isso – respondi me virando para fitar seu rosto. Mesmo machucado, era lindo. Seus olhos azuis brilhavam, seus cabelos estavam bagunçados e ele tinha um sorriso suave no rosto. Ele beijou minha testa e eu apoiei minha cabeça em seu peito.

Ficamos deitados por mais alguns minutos, depois, ele se vestiu de novo e eu fui tomar um banho. Me vesti, fui até a sala onde peguei minha blusa que estava jogada lá e voltei para o quarto. Jimmy estava sentado na cama batendo os dedos nas coxas.

-Você não se cansa de fazer isso? – perguntei.

-Nunca! Me sinto tocando uma bateria de verdade – ele respondeu se levantando e me abraçando.

-Vamos descer? Minha mãe vai chegar daqui a pouco.

Fomos para a sala onde ligamos a televisão. Jimmy apoiou sua cabeça em meu colo e ficou ali deitado enquanto procurávamos algum canal interessante. Não achei nenhum canal que prestasse e, por fim, decidi deixar em um canal de desenhos.

Alguns minutos depois, minha mãe havia chegado. Ela estava radiante e não ficou surpresa de ver Jimmy ali.

-Jimmy! Tudo bem com você rapaz?

-Sra. Johnson, tudo e com a senhora?

-Tudo bem, tudo bem. Pode me chamar de Jane.

Eu fiquei preocupada, no bom sentido. Minha mãe não costumava pedir para as pessoas a chamarem de Jane. Também, eu não a via feliz daquele jeito já muito tempo.

Jimmy levantou do meu colo e se colocou de pé e eu o acompanhei.

-Acho que já vou indo.

-Jimmy! Por que não janta com a gente? – perguntou minha mãe.

-Ah, Jane, fica para a próxima!

-Tudo bem então. Até mais.

-Até. – disse ele então se virou para mim – Não vai me acompanhar até a porta?

-Ah... Vou. Vamos.

Chegamos à calçada e ele me beijou.

-Sua mãe está meio animada, não é?

-Eu vou descobrir o que aconteceu...

-Quem sabe ela não arrumou um namorado – ele disse sorrindo.

-Acho que não gostaria de ter um padrasto – eu disse.

-Hm, se você diz. Vou indo, Becky, e... Por favor, não deixa aquele Daniel fazer nada com você amanhã.

Daniel! Havia me esquecido que iria falar com ele amanhã.

-De qualquer forma, eu venho te acompanhar amanhã. Assim, não corro o risco de ele te seqüestrar no meio do caminho – ele sorriu.

-Vou me cuidar. Até amanhã.

-Até amanhã – ele me beijou novamente e foi embora. Algo me dizia que o dia amanhã seria muito longo.

Entrei em casa e encontrei minha mãe na cozinha.

-Me diz o que foi que aconteceu com você hoje? Desde quando está tão feliz?

-O que foi Becky? Sua mãe não pode ficar feliz? – ela perguntou sorrindo.

-Pode – eu respondi sorrindo também – mas me fala quem é o cara.

-Não tem cara nenhum – ela disse mordendo o lábio. Ela fazia isso quando estava nervosa.

-Sei. Pode ir falando dona Jane, quem é seu namorado?

-Ah – ela começou nervosa – não é bem meu namorado. É um homem novo que entrou lá onde eu trabalho. Ele tem a minha idade e é muito simpático. Faz uns dias que ele entrou lá. Conversamos muito esses dias e ele me chamou pra sair, e eu aceitei.

-E quando vocês vão sair?

-Amanhã. Ele é tão gentil Becky, você precisa conhecê-lo!

-Então, você precisa me apresentá-lo! – respondi sorrindo – Mãe, você viu que o Daniel voltou pra cá?

-Daniel? Da rua de trás? Seu ex-namorado?

-Sim. Ele voltou e teve uma briga feia com Jimmy e os rapazes.

Contei à minha mãe sobre a briga, contei que Daniel havia mandado dois caras atrás do Jimmy e que os rapazes deram uma surra nele.

-Minha nossa, Becky! Mas por que será que ele fez isso?

-Eu não sei. Amanhã vou falar com ele.

-Melhor você tomar cuidado, então.

-Jimmy disse a mesma coisa.

-Ele é um bom rapaz...

-O Daniel?

-O Jimmy, Becky! Gosto dele.

-É. Eu também. Muito.

                                                                         ***

No dia seguinte, Jimmy me acompanhou até em casa depois do colégio.

-Por favor...

-“Toma cuidado, Becky”, “Se ele fizer alguma coisa, me avisa” – respondi imitando ele e sorrindo.

-Não tem graça, eu estou falando sério.

-Eu vou me cuidar.

-Espero – ele respondeu me beijando e indo embora logo depois. Era agora ou nunca.

Cheguei à casa de Daniel e bati na porta. Quando ela abriu, ele se encontrava parado ali. Seus olhos estavam meio roxos e ele usava umas roupas surradas.

-Rebecca! – ele exclamou.

-Daniel – respondi secamente – Eu vim para conversar com você.

-Ah, okay. Entra.

A casa de Daniel não havia mudado nem um pouco. A porta de entrada dava para uma sala ampla e iluminada. Tinha uma pequena televisão no centro e dois sofás de cor chocolate em volta dela.  Havia uma vidraça grande que dava para a rua envolta por cortinas brancas.

-Não vai sentar? – ele perguntou.

-Não.

-Ah, - disse ele meio sem graça – okay então. Você veio aqui falar sobre... A briga, não é?

-Você adivinhou tão rápido, Dan.

Houve uma pausa em que eu fitava Dan o fuzilando com o olhar, e ele me fitava envergonhado.

-Qual o seu problema?! Por que mandou aqueles caras atrás de Jimmy? O que deu em você, Daniel?! Você nem o conhece... Não acredito que você fez uma coisa dessas!

Ele não respondeu, fitava o chão calado.

-DIZ ALGUMA COISA! O QUE DEU EM VOCÊ?! POR QUE FEZ AQUILO? – eu estava com muita raiva. Aquele não era o Daniel que eu conhecia.

-Eu... Fiquei com ciúmes, Becky. Eu acho que ainda gosto de você.

-Ciúmes não é um bom argumento para você ter feito aquilo! Eu namoro o Jimmy, Daniel. É dele que eu gosto. Você estava pouco se fodendo pra mim quando a gente namorava e agora vem dizer que quer alguma coisa e, ainda por cima, manda dois filhos da puta baterem no meu namorado. Você é um desgraçado.

-Dá pra parar de me xingar um pouco?

-Parar de te xingar?! Você merece muito mais do que ser xingado. Eu devia ter deixado o Matt e o Brian terem acabado com você.

-Mas não deixou...

-Dá pra parar?! Eles iam se meter com confusão se te matassem, mas eu não acharia uma má idéia se o fizessem. Você merece – eu cuspia as palavras.

-Eu... Soube que você e Alice não se falam mais – aquilo me pegou de surpresa. Era verdade que Alice me ignorava desde que eu havia começado a sair com o Jimmy. Ouvir aquilo me deu um aperto no coração muito grande.

-Isso não é da sua conta, Daniel.

-É sim, Becky, Nós podíamos voltar a ser o trio que éramos antes – ele foi chegando mais perto de mim, seus olhos verdes faiscando – podíamos voltar ao que fomos.

Seus braços seguraram minha cintura e seu rosto foi se aproximando.

-Me solta, agora. – disse tentando me desvencilhar de seus braços. Infelizmente, Daniel era mais forte do que eu.

-Você não quer que eu te solte, quer?

-Quero. Me solta! – eu quase gritava, estava com raiva por Daniel estar fazendo aquilo.

Ele foi me soltando devagar e sorrindo.

-Eu vou embora, não há mais nada a se dizer aqui – e saí pisando duro em direção à porta. Quando a abri, Daniel me segurou pelo braço e me beijou. Foi um beijo urgente, meio violento, me fez sentir nojo dele.

-Qual o seu problema seu idiota?!

-Eu sei que você ainda gosta de mim, Becky. Eu não vou desistir de você. Não tão cedo.

-Da próxima vez, eu prometo que Matt e Brian vão garantir que você não acorde mais – e fui embora.

Fui para casa caminhando lentamente. Quando cheguei, tomei um banho e, logo em seguida, liguei para a casa de Jimmy.

-Alô? Sra. Sullivan?

-Isso, é a Becky?

-É sim.

-Oi Becky, tudo bem?

-Tudo, e com a senhora?

-Tudo ótimo!

-Que bom... O Jimmy está?

-Não... Ele saiu com os rapazes, como sempre – ela riu.

-Ah, sim.

-Eu peço pra ele te ligar assim que chegar, tudo bem?

-Tudo sim Sra. Sullivan, obrigada.

-De nada querida, tchau.

-Tchau.

Eu poderia falar com Jimmy amanhã. Liguei a televisão e coloquei em um canal de filmes, mas não conseguia prestar atenção no filme que estava passando. As cenas do dia de hoje continuavam a se repetir em minha mente.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado! *-*



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