Eragon bateu na porta depois de um longo suspiro. Ele havia se preparado para enfrenta – la. A horas estava tentando se acalmar, e agora que estava calmo estava ali. Na porta do quarto dela. Ouve um longo minuto de silencio e Eragon pensou que ela não estava ali, mas logo escutou passos e a porta se abriu.

Nenhum dos dois disse nada. Ele olhava para os olhos verdes que tanto amava e ela para os castanhos. A elfa estava neutra, mas quando o viu ele percebeu que sua mão apertou com força a porta fazendo com que seus dedos ficassem brancos.

- Eragon o que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? – Ela perguntou e Eragon notou uma frieza em sua fala.

Eragon limitou – se a suspirar. – Arya você sabe muito bem o que eu estou fazendo aqui, por que insiste em fingir não saber?

Ela ficou quieta, não deu sinais que iria responder. – Eragon eu estou ocupada, não posso falar agora. – Ela fez menção em fechar a porta, mas Eragon foi mais rápido e entrou.

- Você consegue arrumar um tempo. – Ele falou com firmeza, fechou a porta atrás dele e encarou a elfa.

- O dever é mais importante. – Ela disse e ele sentiu a indireta. Ela falara isso por um motivo principal. Eragon odiava isso, odiava que Arya sempre escolhia o dever e não o desejo do coração. – Eu não quero falar sobre isso Eragon...

- Como sempre.

-... Você sabe o que eu vou escolher. Pare de insistir eu não quero fazer você sofrer, Eragon. Por favor.

Eragon a encarou. Como sempre Arya escolhia a razão, ele não aquentava mais isso. Uma parte dele de certa forma sabia que ela sentia algo por ele, só que a outra parte também sabia que ela nunca o escolheria. Ela não imaginava, não sonhava o como ele desejava ter ela para ele. Mas não, o dever. O altíssimo dever sempre fazia com que ela se afastasse mais e mais dele.

E Eragon estava cansado. Cansado pelo fato que ele sempre corria atrás dela e ela sempre, sem exceções, dava foras nele com desculpas péssimas: dever, idade e o tempo mudara isso. Era sempre assim. Às vezes ele pensava que Arya era um pouco egoísta, ou as vezes ele imaginava que podia estar errado: Arya apenas gostava dele como amigo, e não como algo mais.

Ele encarou os olhos verdes esmeralda não demonstravam emoções, ela estava neutra, mas suas mãos tremiam e Eragon sabia a quão nervosa ela estava.

- Ok. – Foi à única coisa que ele falou, ele foi frio, ele foi curto, mas ele foi firme. Se era aquilo que Arya queria então ele atenderia seu desejo. Ele viu os olhos da elfa encher de água, mas ele ignorou. Ouve uma batida na porta e alguém entrou uma mulher tão parecida com Arya e tão bela como a tal. Era magnífica sua pose. Ela encarou os dois preocupada.

- Atrapalho? – Rainha Islanzadí perguntou olhando de Eragon para Arya e vice – versa.

- Não, eu já estava de saída. – Eragon falou saindo do quarto sem olhar para nenhuma das duas. Ao sair ele fechou a porta e mesmo sentindo uma dor terrível no coração ele voltou ao seu quarto onde se concentrou para comunicar com Reyna e Blödhgarm. Quando consegui, agradeceu aos Deuses por ambos estarem no mesmo lugar e a sós.

- Eragon-elda. – Reyna falou. Uma garota de cabelos loiros ondulados, olhos azuis claros e suas feições eram belas e delicadas. Apesar de toda beleza e delicadeza, Reyna era extremamente corajosa, madura e uma pessoa forte, nunca desistia.  

- Olá Reyna, Blödhgarm. Como vão os Cavaleiros? E os treinamentos? Tudo em ordem? – Eragon perguntou forçando um sorriso.

- Vai ótimo, tudo como você deixou mestre. – Reyna respondeu alegre. – E a guerra?

- Esta complicada. Escute, Reyna preciso que você venha nos ajudar. É a quem eu mais confio e entre todos a melhor. Blödhgarm você fica na liderança da ilha. Tem como vim?

Os olhos de ambos brilharam. – Sim, claro. Posso partir agora e chegar em poucos dias. – A garota falou mais alegre que o normal.

- Eragon será um prazer ter essa confiança em cima de mim, irei fazer todas as escolhas que você faria. – O elfo respondeu.

- Ótimo, tenho certeza que cuidara muito bem da ilha Blödhgarm. Reyna pegue alguns Eldunaris, venha prevenida, por favor. Agora tenho que ir, Boa Noite. – Dito isso Eragon não esperou a resposta apenas retirou o feitiço e se jogou na cama.

Essa sua decisão vai fazer sofrer – lo pequenino. Sabe perfeitamente que não ira conseguir esquecer Arya, nem ignorar – la.

Não irei fazer nenhum dos dois Saphira. Apenas irei concentrar no meu dever e tratar ela da mesma forma que ela quer que eu a trate: com uma companheira de batalha, como a Princesa dos Elfos.

Eragon...

Não adianta falar nada Saphira. Eu cansei de corre atrás dela, cansei dela sempre fazer a mesma escolha. Sei que nunca ela me escolhera sempre é o dever.

Ela o ama, você sabe disso.

Eu não tenho tanta certeza.

Argh cabeça dura. Eragon você esta sendo egoísta. O dragão falou irritado.

Saphira chega. Não quero falar sobre isso. Eragon afastou a mente do dragão. Mesmo querendo compartilhar o que estava sentindo com Saphira, ele não queria que o dragão sentisse a dor que ele sentisse. Ou ficasse dando sermões.

Mas ele se perguntava se não havia feito a escolha errada. Uma parte dele dizia que não, mas a outra parte dizia que ele tinha que ir até ela e pedir desculpas. Não, ele não iria atrás dela pedir desculpas. Não de novo. Ele sempre pedia, mas isso não mudava nada. Eragon choramingou. Ele era fraco? Ele era fraco demais por chorar por uma mulher? Não, ele não era. Ele tinha coração, ele sofria, era um direito dele.

Ele suspirou. Ele amava Arya, amava ela de uma forma inexplicável. Ele pensava nela todo dia, desde que a conhecera. Eu não conseguia se envolver com outras mulheres, pois ele só conseguia pensar nela. Os cabelos pretos, os olhos verdes, o sorriso. Tudo, ele amava tudo de Arya. Com lagrimas caindo nos olhos Eragon adormeceu.