Futuristic Love escrita por lissaff


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

obrigada pelos reviews meninas, espero que continuem gostando.



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* *
( Edward )

- Eu quero minha filha de volta Carlisle! – Gritei o mais alto que pude, Jake e eu estávamos procurando ela o dia todo e um cidade perto daqui. Mas era claro que ele não iria para perto daqui.
“ Só quero que faça as coisas com consciência.” Ele respondeu com pura calma, era incrível como ele ainda não tinha se alterado com o sumiço de minha filha.
“ Estou cansado, tempo para um soneca e comer?” Jake pensou se jogando do sofá, obriguei ele a correr desde cedo. Foi ai que percebi que estava sendo duro demais.
- Claro Jake, pode descansar o tempo que quiser. – Soltei um sorriso que quase não saio por causa da preocupação. Todos estavam tensos – até Jasper – sem Nessie perto da gente. Três dias e nenhuma noticia, mas eu já sabia quem era. Que também havia sumido da escola e da pensão onde estava hospedado.
- Eu to dizendo, aquele bastardo pegou minha filha! – Disse me sentando para qualquer um ali na sala, todos me olharam confusos.
“Já sabemos disso querido.” Esme sorriu com doçura e leveza, me sentei ao lado de Bella passando meus dedos por seu rosto preocupado. – Vamos achá-la. – Sussurrei com um beijo em sua testa, ela assentiu reprimindo lágrimas que não viriam. – Vamos ter Renesmee de volta. – A nova voz na conversa falou alto e claro, era Jasper. Estava fazendo um bom trabalho acalmando Bella. Sussurrei sem graça um “Obrigada” que ele respondeu somente com um de seus sorrisos calmos.
- Masjáprocuramosemtodolugar. – Jake disse alto vindo da cozinha com um muffin na boca.
- Jake. – Eu disse sem humor. – Mastigue e engula.  – Ele gargalhou sem graça “Desculpa” seus pensamentos respondiam e eu assenti, ele mastigou em poucos minutos e depois engoliu.
- Mas já procuramos em todo lugar. – Repetiu em clareza o que disse e eu me frustrei, de novo.
O que ele dizia não era mentira, já tínhamos procurador ao redor de Washington toda, eles concerteza não estavam por perto. – Vamos no dividir, países, cidades grandes e pequenas. – Eu disse em pode daqueles super-heróis que passam hoje na TV.
Meu instinto de pai ainda não tinha aquietado, e eu não ia parar até vê-la bem.


* *
    (Jake)

 - Ok super homem, só me de um segundo. – Bufei subindo as escadas para o meu quarto. A caça por Nessie estava sendo pesado, e claro que eu também estava preocupado alías ela e minha pequena. Quem faria mal a ela? – Eu tinha que lugar para alguém que não liguei a dias atrás.
Discagem rápida e com o telefone no ouvido eu quase pulei de susto.
- JACOB BLACK!Por que não me ligou antes? – A voz dela estava igual a todos que eu escutava, preocupada.
- Claire, me desculpa. Estou ficando louco correndo atrás da Nessie. – Disse como uma criança de 5 anos que fez coisa errada.
- Tudo bem, mas me ligue por favor. Eu fico preocupada assim. – Agora era um apelo, meu coração se apertou e o peso na consciência vinha como bala.
- Ok. – Disse tentando acalmá-la
- Como está sendo a busca? – Ela parecia se importar.
- Mal, não achamos nenhum rastro dela. Quem pegou e bem experiente. – Um bufo eu escutei do outro lado da linha. Um pedido de silêncio vinha do andar de baixo.
Sai daqui agora, eu pensei borbulhando de raiva. O sangue subiu fervendo em meu rosto, em pouco segundos estava o barulho de novo.
- Estou com saudades. – A voz doce me fez derreter, O que e isso Jake?Se derretendo com uma voz doce?, meu subconsciente machão logo gritava.
- Também, espero te ver logo. – Meus lábios se formavam um sorriso parecendo que ela estava em minha frente. – Mas agora eu preciso pegar alguém. – Disse mais firme e grosso. – Tudo bem. – Ela assentiu, desliguei o celular enfiando em meu bolso e corri para as escadas.
- Vamos? – Determinado e furioso eu olhei para todos que decidiam seus destinos para procurar Nessie, escutei que até em Londres eles iriam. – Aonde vou? – Perguntei me aproximando da mesa e olhando para o mapa. Geórgia estava circulada com o meu nome do lado, a pista de estarem lá era porque nos jornais estava muitos assasinatos de presidiários perigosos “Assassinos do bem.” Era o apelido dado aos dois. Edward assentiu e sai porta a fora com os instintos procurando seu cheiro.
Em todo momento de busca eu estava assim, preocupado, furioso e determinado. Ninguém pode pegar minha pequena e sumi no mundo, mas quem pegou, seja Damon ou outro vampiro ou qualquer coisa, estava morto.
Todos com que eu achava gentil ou confiável, mostrava a foto de Nessie perguntando se já tinha visto ela passar ou simplesmente falar, só um senhora dizia que tinha visto e depois mudava de opinião, então não conta. Todos negaram e não viram nada, então o seqüestro foi bem planejado.
Depois que cheguei na cidade, escolhi um hotel e comecei a caçada sem tempo para descanso, como sempre, a maioria negava e algumas pensava que já via por causa do cabelo ruivo e os olhos chamativos.
- Talvez você devia ir ao interior da cidade. – Um moça que olhava demais para a minha blusa com a mente em outro lugar me disse com um sorriso gentil. – Vou procurar na cidade toda antes, mas obrigado. – Respondi dando meu sorriso que Nessie apelidou de “galã de novela” ela quase me engolia com os olhos, salvo belo gongo! Meu estômago estava anunciando a sua necessidade por proteínas. – Obrigado. – Agradeci mais uma vez e entrei na lanchonete ao nosso lado, fazendo a mesma rotina. Perguntando a todos se viram ela por aqui.

  
     * *
(Renesmee)

 - Ah, qual é? Não vai querer mesmo? – Damon quase me empurrava o corpo do presidiário mais perigoso – de acordo com os registros – me encolhi mais ainda na cama onde estava levando meus joelhos a minha cabeça. Aquela festa toda estava fazendo mal a mim.
Todos os dias nos caçávamos, os jornais diziam os presidiários estavam se matando de uma maneira estranha , os presidiários de outras celas começavam a ver nós atacando e falavam que eram vampiros. Antes, para mim seria uma mestiça e um vampiro, mas desde quando tomei sangue humano de novo eu me sentia completamente uma vampira. Damon e eu íamos a bares todas as noites e ele fala sempre a mesma coisa.
- A sua nova vida. – Seu sorriso começava a despertar alguma coisa nova em mim, até parecia que íamos ficar nessa festa toda a eternidade. Mas eu me sentia uma culpa a partir da quinta noite dentro do grande quarto da mansão que estava sendo nosso lar. Os “empregados” foram hipnotizados pelo poder de Damon – que ele jura nunca usar comigo – e agem como fossemos qualquer humano ali.
Damon saciava o sangue do cadáver que deveria ser o meu, sangue todo dia estava me viciando, ele me olhou mais uma vez e parecia que alguma coisa me dizia. “Vá, você está com sede. Alias ele não esta sendo nada mal.” Ignorei todas as vezes que pude pressionando minhas pernas em minha barriga magra, de tantas vezes eu desisti.
- Não vai ser tão mal. – “Ele fez mal ao mundo.” Completei minha fala, Damon rio alto o bastante para somente eu pudesse ouvi-lo e soltou o cadáver ainda com quase todo sangue enquanto meu olhos ficavam negros e acabava com mais uma vida.
Depois da cela toda terminada, nós estávamos sentados na cama descansando para voltar a casa.
– Estou ficando com sono. – Comentei quando meus olhos pesavam e eu lutava para eles ficarem abertos.
– Durma, eu te levarei para casa. – O tom de voz fez meu coração sangrar. Papai deve estar tão preocupado, quando eu estou tomando sangue humano. Sou uma traidora.
 – Durma pequena Renesmee. – Sem querer mais lutar, eu me deitei em seu colo enquanto a sua mão grande e grossa passava por meu cabelo fazendo cafuné, seu sorriso era calmo e cauteloso. Sem perceber, ele fez o golpe que acabava comigo e eu fui para o mundo da fantasia.
Era estranho porque desde que cheguei aqui não conseguia sonhar nada, por estar tão cansada de festas e caçadas todas as noites, mas estava forte, mais forte do que nunca. “Em pouco tempo você irá me derrubar com facilidade.” Disse Damon em uma de nossas lutas de brincadeiras, ele estava sendo meu irmão mais velho, na verdade, mais que um irmão.
Aqueles olhos azuis sempre me fazia esquecer que eu precisava inspirar oxigênio e transpirar gás carbônico, seus vários sorrisos me faziam corar rapidamente em uma atitude idiota. “Não deve ser nada.” Disse a minha mesma outro dia, me lembrando que mamãe havia dito as mesmas características de ações quando se está apaixonada. “ Mas ele só esta brincando com você.” Meu consciente avisada enquanto eu sonhava por míseros segundos de um romance lindo como os de meus pais. E pelo o que me lembre, esse foi o último pensamento que tive quando comecei a sonhar.
No sonho, eu estava na sala de estar da grande mansão escondida num pequeno canto em Geórgia – ele me disse depois de um bom tempo de persistência – eu descia as escadas lentamente passando a mão pelo corre-mão, meu corpo estava coberto, olhei para ele e estava com um vestido justo e vermelho que ia até o chão com uma abertura até encima de meus joelhos. Parecia que tínhamos uma festa. “Mas como uma festa?” Pensei que não tínhamos amigos ali, Damon apareceu na ponta da escada e quando me viu parecia relaxado, “Você está linda.” Seu comentário fez meu coração pular, ele tinha uma mania incontrolável de passar a mão no pescoço quando estou nervosa, vi que estava com um colar de diamantes e minhas orelhas pesavam com o par de brincos formando o par. “ Vamos?” Peguei a mão de Damon que foi beijada em um gesto de cavalheirismo, seu smoking estava perfeitamente arrumado – como ele sempre estava – “Até que fim...” Ele começou a falar. “ Vou te apresentar a Stefan.” Stefan? Quem é Stefan? Dei um sorriso ansiosa, bom, eu devia saber no momento.
O homem de altura media se virou para mim com um sorriso gracioso, ele tinha as feições de Damon. Eram poucas, mas as parecidas eram facilmente percebidas. Ele parecia conversar com uma moça morena de cabelos longos que também parecia feliz. “Renesmee, Stefan.” Damon sorria. “Stefan, Renesmee” Eu sorri e apertei a mão dele que foi oferecida antes de eu pensar. “ Damon fala muito bem de você.” Eu corei com o comentário e sorri levemente direcionando para Damon que parecia orgulhoso. “Meu irmão não agüentava mais e queria que eu te conhecesse, a propósito essa é Elena.” Ele apontou para a moça que sorriu e eu ofereci a mão mais rápida. Ela apertou e sorriu, tinha conhecido o irmão e a cunhada de Damon. Corta a cena.
Agora eu estava dançando música lenta com Damon, quase todos convidados tinham ido embora. “Essa noite foi maravilhosa.” Ele sorriu e eu retribui. “Já disse que te amo essa toda a noite?” Eu me assustei como uma facada no coração, que eu podia sentir como se fosse real. Hã? Onde estou? Ar...preciso de ar. “ Não, você não disse.” Por dentro eu estava desesperada, mas por fora eu estava firme e feliz. Com uma felicidade altamente visível, Damon colocou seus lábios carnudos em minha nuca roçando no começo e sussurrou. “Eu te amo.” Ah, como eu queria escutar isso, aquele sonho estava me mostrando que eu queria aquilo. Eu podia sentir sua respiração em minha nuca e em que uma dela meus pêlos se arrepiava em um desejo súbito que ele parasse com aquilo. Ele se moveu e olhou para mim, fechei meus olhos o beijando com doçura e paixão. Minha mão foi em sua nuca e ele gemeu de dor.
Abri meus olhos assustada e meu pai estava com uma estaca de madeira enfiada no peito de Damon que eu podia sentir roçando em minha barriga. “Não” Eu gritei pegando seu corpo para dentro de mim. “E para o seu próprio bem.” O sussurro de meu pai foi em vão, chacoalhei o corpo de Damon várias vezes até acordar sendo chacoalhada.  
- Nessie! – Damon já tinha a intimidade de me chamar pelo apelido.
– Acorda garota! – Segurei seu braço pedindo para parar de me sacudi só com o toque – ele sabia de meu poder – ele parou no mesmo tempo.
- Por que me acordou? – Essa não era a pergunta certa. Mas ele não iria saber do sonho. – Bom, você esta dormindo e gritou do nada. Eu fiquei um pouco assustado e resolvi te acordar. – “Obrigada”, eu queria dizer a ele. Meus olhos se encheram d’água e eu me arrumei para abraçá-lo desesperadamente feliz por ele estar vivo.
- Shiii, vai ficar tudo bem. – Ele afagava meu cabelo meio que sem saber o que fazer, meu choro era escutado abafado em seu peito. Levantei meu rosto sentindo sua mão, nossos olhos se encontraram mais uma vez. Por que faz isso?, Minha mente perguntava milhões de vezes enquanto nos olhávamos ali.
- Quando eu digo que vai estar tudo bem. – Ele sussurrava de modo doce. – Quero que acredite em mim. – Assenti e voltei a abraçar seu peito, ele afagava meu cabelo com mais confiança.
- Está na hora de ir para casa. – Ele não parecia me dizer, ele parecia estar decepcionado com aquilo. Soltei-o protestando.
– Não quero ir para casa. – Saltou de minha boca antes que eu pudesse pensar em dizer e eu continuei com as falas loucas.
– Quero ficar com você. – Os grandes olhos azuis estavam confusos, abaixei a cabeça corando. Senti seu corpo chegar mais perto.
– Preciso falar uma coisa séria. – Sua voz era quase uma faca enfiando em meu coração. “Pare de ser tola, não deve ser nada demais.” Meu subconsciente me acalmava. “Tem que voltar para casa, o que foi que disse?” Meu consciente estava confuso, eu não tinha próprios pensamentos. “Quietos!” Gritei como se fosse crianças bagunçando a casa, respirei fundo e tentei sorrir.
- Pode falar. – Ele também respirou fundo e parecia procurar as palavras certas para aquilo.
- Esses últimos dias. – Ele parecia engasgar, peguei em sua mão pensando que ia ajudar. Ele olhou como estivesse com culpa e me soltou. - ; esses dias foram os melhores que tive em toda a minha eternidade, você...bom você e tudo, se alguém te falar que você e a pior pessoa do mundo, não acredite. Está me entendendo? – Assenti logo um pouco confusa, ainda não sabia o porquê do discurso.
- Então eu comecei a sentir uma coisa nova, eu consigo ser eu mesmo quando estou com você. E não tranco o meu coração para novos sentimentos ... – Meu coração humano se acelerou, será que ele está sentindo o mesmo? Escute Renesmee, escute. -; depois de um tempo foi que descobri que isso era uma coisa que não sinto a 145 anos que é amor. – Ele me olhou, os olhos azuis maus e vilões estavam tristonhos, parecendo criança quando quer colo.
- Nunca falei isso para alguma garota, eu acho que treinei umas mil vezes. – Ele forçou uma risada e eu sorri, depois de um bufo ele abaixou a cabeça - ; e  eu estou deixando seu pai escutar meus pensamentos agora. – A felicidade que estava se formando, foi dominada pela raiva.

No mesmo momento.( Edward)

“ Esse últimos dias... esses dias foram os melhores que tive em toda a minha eternidade, você...bom você e tudo, se alguém te falar que você e a pior pessoa do mundo, não acredite. Está me entendendo? ..Então eu comecei a sentir uma coisa nova, eu consigo ser eu mesmo quando estou com você. E não tranco o meu coração para novos sentimentos ... Nunca falei isso para alguma garota, eu acho que treinei umas mil vezes e  eu estou deixando seu pai escutar meus pensamentos agora.”
Tudo foi tão rápido que não consegui identificar de primeira.
– Desgraçado! – Gritei me levantado. Todos se assustaram e eu sai procurando o telefone para ligar para Jake.
– Coitado, caiu direitinho na tática de cada um ir procurar ela. – Aonde diabos eu enfiei o telefone?


Voltando...(Renesmee)

- NÃO! – Eu gritei – Damon como pode? DAMON! – Ele se encolhia enquanto eu gritava, as lágrimas invadiam meu rosto e eu suspirava pesado. Sabia que eu tinha pouco tempo para me despedir dele, cheguei mais perto pegando sua mão. Em vez de soltar ele apertou.
- Eu te amo. – Não tinha muito o que dizer naquele momento, poucas palavras tinha que ser o essencial. Damon me olhou surpreso, depois de alguns segundos nos olhando. Ele me puxou para ele.
Em vez de recuar – como fazias nas outras vezes -  eu também o puxei para mim em um beijo apaixonado. Seu hálito era frio e doce, me fazia lembrar a descrição de minha mãe. O oxigênio não queria fazer seu percurso para chegar em meus pulmões , minha mãos passava por seu cabelo castanho escuro e sedoso enquanto sentia sua mão gelada deslizando sobre minha nuca e eu já sabia o que aquilo queria dizer.
Seus olhos começaram a se “transformar” , seus olhos negros olhavam para o meus pedindo clemência, seus caninos cresceram em meio segundo e eu não me assustei. Ele me olhou como dissesse “Posso?” suas mãos foram tirando meu cabelo sempre à mesma tentativa, sem reagir, eu fui erguida para baixo e senti furos em minha nuca.
Era uma sensação louca, eu sentia que como estivessem me machucando bruscamente, mas sem sentir muita dor, mas eu também sabia que aquilo iria me encrencar mesmo que quisesse, ele me soltou e me deu mais um beijo como se estivesse me agradecendo.
- Vamos. – Sua voz estava fria, parecia que nada tinha acontecido ali. – Você tem que voltar para casa. – Sua mão envolveu meu corpo me levantando da cama aonde dormia. Vesti a roupa em que estava no dia em que ele me seqüestrou – Damon comprou várias roupas para me manter aqui – e ficamos no andar de baixo que segundo ele “Até vierem me matar e te buscar.” Eu não vou deixar isso acontecer.

* *
(Jake)

- Tem certeza que não viu? – Eu insistia com a mulher que parecia gentil, ela olhou para a foto mais uma vez.
- Não. – Ela disse com uma careta no rosto, minha perna vibrou com o celular.
- Ok, obrigado. – Sorri pegando o celular sem ver quem era.
- Vá buscar Nessie. – A voz era irreconhecível, Edward.
- Como? – E claro que eu estava confuso, uma hora eu tinha que sair em todas as ruas e agora eu tinha que ir buscá-la.
- Eu sei onde ela está, o desgramado desbloqueou seus pensamentos. – Eu sorri agradecendo a ele.
– Até que fim! – Gritei em forma de comemoração.
Edward me passou o endereço e onde ficava, fui lá o mais rápido que pude. O pior e que eu não podia me transformar em lobo porque tinha coisas para segurar e ainda tava de camisa – Saco!
As portas rangiam à medida que eu entrava e eu quase voltei para não ser atacado. – Não é medo ok?
- Jake? – A voz parecia conhecida, estava doce e confusa, dei mais alguns passos até estar dentro da casa totalmente e fui recebido com um pulo encima de mim.
- Jake! – O pulo era na verdade um abraço.
– Que saudades. – Suspirei aliviado quando o corpo magricelo me abraçou, passei meus braços envolvendo-a e afaguei seu cabelo.
- Que lindo. – A Terceira voz veio silenciosa. Soltei Nessie e a coloquei atrás de mim.
- Não faça nada. – Ela implorou em um sussurro. -; apenas vamos para casa. – O homem parecia comemorar me olhando, mas quando ele passava os olhos para Nessie, a tristeza aprofundava seus olhos de uma maneira que chegava a doer. Ela retribuía da mesma forma, os meus olhos estavam faiscando de raiva. Nessie me apertou ainda implorando.
- Vamos Jake. – Passei meu braço mostrando que eu a estava protegendo nesse momento.
- Obrigada. – Ela sorriu quando já estávamos fora da casa. Sorri e a abracei mais uma vez, era ótimo ter a minha pequena de volta. Ela me abraçava com uma vontade grande, eu podia sentir as suas saudades. Em uma certa parte, eu podia ouvir um choramingo.
- Vai ficar tudo bem.- Sussurrei passando o braço no dela, ela me abraçou mais forte e fungou.
– Jake. – Sua voz parecia triste, ela parou em minha frente. – Me promete uma coisa? – Seus olhos pareciam de algum animal que pede para não matarem.
- Claro, o que quiser! – Disse sem pensar, ela sorriu torto agradecendo. Pegou em minhas mãos.
 – Promete que, não importa o que eu faça de errado. Você ainda vai ser meu melhor amigo? – Meu coração apertou, minha garganta parecia ter inchado. “Ora Jake, ela é sua pequena. Que ações são essas?” Meu subconsciente perguntava confuso, engoli um seco admitindo. Eu estava sendo idiota, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela soltou minha mão soltando mais uma lágrima.
- Já sei. – Ela estava decepcionada comigo. Droga Jake! – dei passos largos até chegar em sua frente.
– Nunca pense que irei abandonar você. – Ela sorriu e me abraçou da mesma forma de antes, mas essa parecia mais que ela estava carente.
- Preciso te contar uma coisa. – Ela bufou, puxei-a a um banco que estava perto. Ela parecia procurar as palavras certas para aquilo, e eu tentava me preparar para a pior coisa do mundo.
- Bom, no seqüestro... – Foram as primeiras palavras dela, ditas com um sorriso um pouco forçado. A cada palavra, cada segundo de descanso para continuar, meu coração apertava. Ela estava apaixonada por aquele vampiro que tinha lhe fazido mal.
– Não aconteceu nada, ele só queria companhia. – Ela disse tentando mostrar que aquele cara era legal, meio impossível. – Eu o amo Jake. – Ela repetia com aquele sorriso que eu amava, aquele sorriso da minha pequena.
- Isso é ótimo. – Tentei falar sendo sincero, ela não era minha companheira da eternidade. E naquele momento eu odiava essa coisa de imprinting, não podia ser amor de verdade, mas ela era minha e não aceitava com mais ninguém.
- Jake? – A voz doce e confusa tinha voltado com fungadas de choramingos tentando ser engolidos, senti em minha mãos, peles mornas que antigamente me faziam ficar calmo. Agora a raiva estava me dominava.
- Jake aqui não! – Ela sussurrou em um apelo que eu não conseguia mais controlar, eu estava tremendo. Empurrei Nessie para que ela ficasse segura, somente vi que bermudas beges e tecidos com mais ou menos a mesma cor e eu sair correndo em quatro patas sem ligar para os outros.
Eu corria com os piores pensamentos em minha mente, me lembrava detalhadamente do caminho até a casa – que não estávamos muito longe – por minha sorte, ele estava fora de casa parecendo limpar o jardim ou alguma coisa assim.
Minha corrida começou a ficar silenciosa, estava prestes a pular quando ele virou pegando meu pescoço.
- Acha que sou tão burro assim? – Seus olhos estavam negros e seus caninos estavam alongados, aquilo era feio e fedido. Espirrei tentando me concentrar, com o pouco ar que restava.
Eu sabia daquela espécie, sempre sabemos de tudo dos nossos “inimigos”, aquele tipo era bem diferente e eu nuca tinha visto, ele sorriu maliciosamente enquanto eu era jogado contra o muro de mármore.
Gruni como forma de raiva, ele deu uma risada alta.
 – O que acha que vai fazer au-au? – E alguns chutes na costela foi o que levei. Tentei me levantar e com muito esforço consegui. De alguma forma eu consegui morder sua perna, ele balançou e se jogou para trás se livrando de mim, ele estava pronto para atacar quando a voz veio do fundo:
 – PARA DAMON! – Ela parecia desesperada, o grito fez minhas orelhas se levantarem e o cheiro era doce, mas ardiam minhaa narinas.  Ela andou até nós com uma cara de quem estava com raiva. Oh não, aqueles olhos mel estão mudando de cor e estão ficando escuros. Calma Nessie, eu queria dizer, mas tudo que conseguir foi ruivar.
Saiu mais alto do que eu pensei, os dois olharam para mim, mas eu não tirava meus olhos de Nessie.
– Ele te machucou. – Ela disse ofegante. -; não tem como eu não ficar brava. – Damon deu um passo para trás parecendo não gostar daquilo. Isso mesmo, fuja. Pensei olhando fixamente agora para ele.
- Você conhece isso? – Sua voz transparecia nojo, espirrei mostrando que ele também não era grande coisa. Ela somente me olhou dando um sorriso, mas aquele sorriso era maligno.
- Ele é meu melhor amigo. – Disse ela com a voz firme, tentei mais um vez tentando alertá-la daquilo com os olhos. Acalme-se, eu queria dizer.
Parecia que aquilo tudo era combinado, sempre que eu estava prestes a me transformar, ela vinha e tentava – e a maioria das vezes – conseguia me acalmar. E eu tentava o mesmo nas poucas vezes que ela ficava mesmo brava.
- Você. – Ela disse com firmeza, mas no fundo parecia triste e magoada. -; nunca mais fale comigo. – Aqueles olhos azuis que eu estava já tomando raiva pareceu cravados por várias estacas.
 – Jake, vire você de novo e vamos embora. – Foi ai que eu percebi que em suas mãos tinha mudas de roupa para mim, ela era mesmo maravilhosa.  Ela jogou as roupas em minhas costas e eu fui para a árvore escolhido como um cachorro mimado, pisando com as pontas dos pés em cada pisada. Nessie pareceu rir, e o outro estava mais confuso ainda. Quando estava na árvore, eles pareciam conversar em sussurros. Queria que nós viajássemos correndo, ela gostava quando corria comigo, mas ainda tinha a droga do carro.
- Está falando sério? – A voz dele estava bem diferente, melancólica, triste e dengosa.    - Nunca falei tão sério Damon, como pode machucar meu melhor amigo? – Sua voz não mudava de tom.
-  Eu não sabia, ok? Agora quer que eu tenha o poder do futuro igual a sua tiazinha louca? – Ela demorou a responder, eu já estava homem de novo e estava mais difícil de escutar.
- Adeus Damon. – Ela disse no final, agora sua voz estava triste. Do mesmo modo que ele, eu percebi que o que ela me falou, era verdadeiro.
Sai de dentro da floresta e ela veio correndo e me abraçou, era muitos abraços no mesmo dia. Mas como o primeiro, meu peito estava sentindo pequenas doses de água que era lágrimas.
- Vamos embora daqui. – Ela assentiu e andamos para o hotel, deixando o vampiro imóvel. Paguei minha conta rápido enquanto ela comprava passagens pelo celular. Foi tudo rápido, ela não demonstrou algum sentimento. Fomos para casa e ela somente me abraçava – como antes – dava aquele sorriso que eu amava e conversamos nossas besteiras. Não toquei no assunto de Damon ou alguma coisa que ficou em Geórgia.


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