Futuristic Love escrita por lissaff


Capítulo 4
Capítulo 4




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- O que ela pensou? – Todos perguntavam várias vezes quando anunciei o que quê Nessie pensou não foi bom. Respirei fundo.
- Ela não quer que eu leia a mente dela essa noite. – Disse com o tom de tristeza em minha voz. Todos abaixaram a cabeça com o mesmo sentimento por um segundo e voltaram para o que estavam fazendo.
A preocupação estava me dominando junto com a curiosidade, a vontade de ler a mente dela e ver pelo menos o que ela estava sonhando, se estava tendo sonho com aquele.... deixa pra lá. Bella tentava me acalmar com o seu olhar e seus abraços, mas era impossível.
- Tente não lembrar. – Tentou ela, para que eu fizesse outra coisa. Joguei-me no sofá bufando com aquilo. Só um segundo, disse meu subconsciente torturando para que eu lesse a mente dela. Tenho que respeitar, respondi comigo mesmo. Não vou fazer isso.
Se ela tivesse algum sonho ruim, teria reações que eu poderia escutar, se tivesse sonhos bons. Tudo bem, mas essa noite vai ser longa.

Por Renesmee

Nenhum sonho, acordei de manhã assustada. Nenhum sonho estranho com que deixava meu dia mais estranho tentando entender o porquê daquele sonho. Levantei-me da cama devagar, o choque ainda estava permanecendo. Fui até o banheiro e abaixei um pouco meu tronco para lavar meu rosto. Quando levantei passando as palpas dos dedos em meus olhos, um grito de pavor e susto  acabei soltando.
Ele parecia ser outra pessoa, em meio de segundo eu me fiz negar que era ele. Mas depois que a imagem do beco veio em minha cabeça eu não acreditei – me virei com os olhos arregalados, coração acelerado. Não tinha mais ninguém ali, minhas pernas tremiam e eu não conseguia tirar minhas mãos da pia. “Se mova!” minha mente protestava, mas antes que pudesse fazer alguma coisa eu estava me levantando da cama com a respiração ofegante.
Foi um sonho, tentando me acalmar eu fiquei mais confusa por não ter pares de olhos no meu quarto tentando ver um o que eu tinha visto. Mas somente um deles sabia, dei um beliscão em mim mesma para confirmar se ainda estava sonhando, boba, meu subconsciente ria com a situação. Com muita dificuldade eu fui para o banheiro e me preparar para a escola.
Não me importei muito com a escolha de roupas, uma calça jeans escura com um detalhes de pedras brilhantes e uma bata com uma estampa diferente e um casaco preto para balancear as cores. Nos pés , um par de sapatilhas.
Desci as escadas devagar e ainda presunçosa, pareciam que todos me esperavam há muito tempo.
- Acordei atrasada? – Perguntei desconfiada com meus olhos procurando o relógio que ficava em alguma parede.
- Não, é que, estávamos curiosos. – Edward demorou a encontras as falas, sorri timidamente agradecendo por ele ter atendido ao meu pedido na noite anterior.
- De nada. – Seu sorriso foi elegante. Ele me deu um abraço de lado.
- Que roupas são essas? – Alice com um vestido rodado azul marinho junto com um bolero bege com uma pequena flor no lado e saltos altos para os pés, bufei tentando falar alguma coisa que não deixe eles preocupados.
- Hoje não... – Tudo que disse em um sussurro fazendo cara de cachorro pidão. Ela continuou com aquele olhar de análise e eu apostava com qualquer um ali, que ela estava escolhendo roupas para mim. Mas depois que olhou para mim ela bufou derrotada e deu um sorriso torto assentindo.
- Obrigada. – Falei com um pouco de motivação, hoje não era aqueles dias que eu estava querendo sair de casa, mas mesmo assim sai me despedindo de Carlisle e Esme, uma pequena rotina, e fui para o colégio.
No caminho foram muitas perguntas de “você está bem?” Acho que eu tive que dizer “eu estou bem.” Com um sorriso esforçado pelo menos umas vinte vezes ou mais. Andava para a minha primeira aula de cabeça baixa, procurando qualquer coisinha para me distrair, uma música nova, uma roupa engraçada que passava no corredor, nos primeiros momentos foi até engraçado. A menina do 2º ano estava se achando com um vestido que parecia um pano de chão.
Fui para a sala com um sorriso forçado, era minha aula sozinha – sem vampiros – e Ângela não precisava saber do que eu tinha, mas uma pessoa na ultima cadeira que me deixou paralisada, impossível, pensei balançando a cabeça e me sentando ao lado de Ângela, só temos história juntos, ele dava um sorriso torto e acenou para mim. E foi totalmente ignorado.
- O que foi? – Ângela sussurrou tentando entender eu me encolhendo na cadeira.
- Não posso ver ele. – Sussurrei mais baixo ainda, mas o bastante para ela entender.
- Por quê? – Ela falou alto demais, todos os olhos dentro da sala foram para ela. Que corou se encolhendo para a mesma altura que eu.
- Meu pai não permite. – Falei e logo me arrumei por causa da entrada do professor, acabei olhando pelo ombro por pura curiosidade. Ele parecia pensativo e pareceu perceber que tinha olhado e aqueles olhos azuis me marcaram com outro sorriso torto.
A aula passou devagar, eu tentava mostrar que estava interessada e evitava olhar pra trás. Quando o sinal bateu, me despedi de Ângela em um sussurro é torci para ela ter ouvido, sai atropelando todo mundo e fui para o meu armário quase morrendo. Jogava os livros que usei para fora e peguei os das próximas três aulas.
- Agora... – Uma voz que reconhecia me fez dar um pulo de susto, me virei e ele estava com os dois braços encostados no armário, não tinha como fugir.
- Vai me dizer o que ta acontecendo?Ou vai continuar fugindo? – Ele falou firme com a sua voz aveludada.
Bem que eu queria responde com palavras, mas era uma coisa dentro de mim que me dizia para ficar longe dele. Como um instinto ou coisa assim. Damon inclinava cabeça com os olhos procurando alguma coisa.
- O gato comeu sua língua? -  Ele disse com um tom de zombaria. Respirei fundo.
- Depois, ok? – Não esperei ele negar ou confirmar, esperei que seu braço ficasse relaxado para fugir, minha próxima aula era junto com os meus pais, andei até a porta tentando me acalmar.
Quando entrei na sala, tinha um acontecimento estranho, meu pai falava com o Sr. Saltzman sobre um assunto qualquer.
- Oi. – Disse tímida para a minha mãe que parecia preocupada.
- Você esta bem? – A pergunta saltou de sua boca antes que eu pudesse pensar em fazer alguma coisa. Protetores, pensei ríspida revirando os olhos.
- Estou bem. – Disse em um sorriso torto, ela demorou para acredita, mas no final assentiu com um sorriso doce. Meu pai chegou e não disse nada, me deu um sorriso como “está tudo bem.” E se voltou para o professor – Dessa vez rabiscando no caderno e pensando que poderia estar em outro lugar.
O resto do dia foi meio normal, descobri que Damon estava em todas as aulas  que fazia sozinha – que normalmente era com Jake – na aula de artes, ele tentou colocar o quadro dele do lado do meu, mas a Sra. Pierce não deixou, ele sussurrou alguma coisa para ela que fez suas pupilas dilataram – as dele também estavam – depois de um tempo ele estava no meu lado, foi bem estranho e suspeito

  • •

 - Eu não sei!Que caso. – Cruzei os braços irritada, todos ouviram reprovando o meu comentário no final. Desde que chegamos em casa, a pergunta era “Como ele pode fazer isso?” , “ O que ele queria com você...” e coisas do tipo.
Entre os meus “não sei”, a raiva já tinha entrando em mim a muito tempo.
- Estou com sede. – Comentei depois de um tempo de silêncio. – Na verdade, estou faminta. – Comentei de novo confusa sentindo o veneno pulsar em minhas veias e garganta. – Posso ir caçar? – Perguntei com um tom de esperança na voz, Edward pressionou os olhos andando até a copa. O silêncio permaneceu quando pensei: Preciso ir sozinha, para pensar. Estava com esperança nos olhos, ele deu uma volta e depois deu um sorriso torto sincero.
- Pode.
Pulei do sofá e corri para a porta sem pensar duas vezes, quando passei por meu pais sussurrei um “obrigada” e corri para a floresta.
O tempo estava bem úmido, mas não a ponto de chover, o vento que vinha do leste estava forte, fazia meus cabelos voarem para todo lado e me fez tremer. As folhas dos pinheiros voavam enquanto as dos carvalhos pareciam ser arrancadas de seus galhos. Esqueci do tempo e deixei meus instintos me levarem.
Meu faro acabou achando um veado-de-cauda-branca em que era muito raro por aqui. Ninguém vai sentir falta de mais um, pensei maliciosa indo em sua direção, senti uma sensação estranha de que alguém me seguia e que queria alguma coisa. Deixei a preocupação de lado e fui saciar a minha sede, ora, não devia ser nada demais.
Encostei-me em um pinheiro e vi se era bom para escalar, subi os galho com habilidade, fiquei um pouco mais abaixo do topo. A adrenalina já estava me dominando e eu me sentia ótima para fazer aquilo, Estava calculando quanta força precisava para pular quando senti uma sensação enorme e sem pensar duas vezes, eu pulei.
Por sorte, eu consegui chegar a veado, imobilizei o veado e logo quebrei seu pescoço e cravando meus dentes nele, na melhor veia. Sem nenhuma sujeira, fui em direção a outro animal que já chamava atenção, mas alguma coisa me pegou por trás.

   * *
                                                 ( Edward)

- Ela esta demorando demais. – Falei andando de um lado para o outro. – Ela normalmente demora 30 minutos. –  “Acho que esta se precipitando demais.” Carlisle me olhou de seu modo pensativo.
- Só estou sendo pai. – Respondi parando de andar um pouco. “Sendo super-protetor, sabe como ela odeia isso.” Emmett bufou jogando uma bola de tênis para o alto.
- Emmett, fica quieto. – Mandei tentando entender meus próprios pensamentos “Eu to quieto.” Ele respondeu com os olhos confusos, olhei para o relógio já ia uma hora e meu que ela estava fora.
- Já chega! – Falei angustiado indo para a porta. – Vou atrás dela e ninguém vai me impedir. – Anunciei antes que alguém me parasse.
Corri para a floresta o mais rápido que pude, procurando por seu cheiro, os ventos não ajudavam, mas não era impossível de se achar. Fui seguindo seu cheiro até um pinheiro e depois parou e não foi mais em direção alguma.
- Não. – Sussurrei pensando o pior, voltei para a casa ir chamar ajuda.

   * *
                                                     ( Jacob )


“Claire estou com fome, vamos voltar?” Perguntei sentindo minha barriga roncar. “Claro, vamos.” A loba branca mexeu no focinho parecendo sorrir, ela foi para atrás de uma árvore e eu demorei para ir voltar a ser humano.
No lugar da loba, saiu uma mulher de short jeans rasgado e uma regata branca mostrando um pouco de sua barriga. Claire era a nova loba do bando, nunca pensei que aconteceria com outra mulher na reserva, somente Leah. Desde que ela chegou ao bando, tenho a grande vontade de ficar ao lado dela, parecia que ela sentia o mesmo.
Claire tinha um corpo altamente esculpido, era aquele magro, mas bonito sabe? – seu cabelo preto batia até o meio das costas, o brilho da luz que vinha da praia realçava o ondulado do cabelo, meus instintos masculinos acordavam aos poucos.
- Que foi? – Ela rio sem graça e corada olhando para mim, balancei a cabeça rapidamente antes de responder.
- Nada, só olhando. – Só olhando? Mais que grande resposta Jacob Black. Ela soltou uma gargalhada e chegou mais perto de mim.
- Sei que não resiste a isso. – Ela deslizou as pontas dos dedos no meu braço tentando me provocar, seu olhar malicioso encontrou o meu quase pulando para fora. Nossos lábios quase se tocavam, mas ela se afastou antes que acontecesse alguma coisa.
- Vamos? – Depois de algum tempo em silêncio, ela perguntou parecendo um pouco confusa e desnorteada.
- Vamos. – Assenti desnorteado, andamos para a minha casa em silêncio, trocando olhares desviados. Logo chegamos em casa, o silêncio parecia ficar mais fundo. Paul quando nos encontrou logo veio correndo com as suas palhaças.
- O que fizeram de bom? – Seu sorriso grande e palhaço, ele esperava por alguma coisa. Sua risada estava sem graça, nada estava bom nele.
- Nada de muito bom. – Ela respondeu dando um suspiro e saindo um sorriso envergonhada. Puxei ela para dentro de casa antes que ele falasse mais alguma coisa.
- Edward ligou! – Ele gritou no final parecendo de lembrar na hora, no exato momento em que meus ouvidos escutaram eu pulei o balcão e corri para o telefone discando o número.
- Não deve ser nada. – Meu pai sussurrou no meio dos toques, Claire parecia confusa olhando a todos que falavam ali. O arrependimento me pegou por eu fazer aquela atitude idiota – mas por que diabos ninguém atende?
Desliguei e liguei de novo, antes de disso olhei para Claire sussurrando um “Desculpe” e ela sorriu e respondeu com um “Tudo bem.” Agora sim tinha gente em casa.
- Alô? – A voz parecia confusa.
- Hum, Oi, Sou eu o Jake. Edward me ligou. – Falei rápido e ansioso.
- Oi, Jake. Preciso de você. – Era ele, a voz estava preocupada.
- O que aconteceu? – Minha voz estava no mesmo tom da que a dele.
A cada palavra em que Edward falava, meu coração apertava , Nessie, a minha pequena estava correndo perigo. Todos que estavam na sala começaram a ficar preocupados por causa de minhas faces. Mas eu pegaria aquele vampirodos infernos.
- Vou pegar o primeiro avião pra aí. – Claire deu um pulo de susto, desliguei o telefone e corri para o quarto pegando a grande mala que ganhei dos Cullens, jogava minhas roupas.
- Vai embora? – A voz doce e triste apareceu no fundo, Claire chegou devagar, seu rosto estava triste. Estava para ver isso.
- Tenho que ir. – Parei de jogar as roupas de qualquer jeito, olhei para ela implorando para que não fizesse aquela cara. Andei rapidamente até ela pegando as suas mãos e olhando em seus olhos.
- Eu volto. – Tentei dando um sorriso, ela sorriu fingindo acreditar. – Nem que seja para ver você. – Ela apontou os olhos para mim em forma de susto, sorri incentivando e por um momento eu senti uma corrente elétrica ligando os nossos corpos, ela parecia sentir o mesmo, passei minha mão para a sua cintura e puxei para mim dando um beijo sem pensar. Mas ela não protestou, colocou sua mão em minha nuca, depois de um tempo nos paramos e ela sorriu.
- Vou te esperar. – Ela disse doce, eu sorri assentindo e voltei a arrumar minhas coisas. Despedi-me de todos falando o mesmo, que iria voltar, mas estava meio desconfiado. Sabia que Nessie não iria deixar eu vir de novo, mas eu a trazia.
Paul me deixou em Seatle com um vôo bem apertado, mas consegui. No caminho eu era zuado sobre tudo, ainda bem que ele não viu o beijo. Quanto mais eu chegava perto de Washington, mas eu ficava com raiva. Eu iria matar quem pegou Nessie.

 * *
                                                 ( Renesmee)


Meus olhos estavam pesados, na minha mão havia capim? – olhei confusa para aonde estava e parecia um celeiro abandonado, minha cabeça doía. E a única coisa que lembro era esta caçando na floresta de noite.
- Acordou a princesa. – A voz vinha cada vez perto de mim, e era altamente reconhecível.
- O que aconteceu? – Perguntei confusa, tirando capim do meu cabelo.
- Eu te seqüestrei. – Ele falou claramente esperando alguma reação, mas não estava disposta a brigar.
- Por quê? – Perguntei ainda com a voz fraca, parecia que fora tirado sangue de mim, estava mais pálida do que o normal.
- Queria me divertir. – Ele deu de ombros, tentei me levantar para me localizar.
- Você esta bem? – O homem despreocupado estava desaparecido, no lugar estava um homem que parecia se preocupar com a vida dos outros.
- Não. – Respondi friamente. – Um vampiro me seqüestrou e eu estou me sentindo fraca e não sei porque, cacei ontem! – Ele prendeu o riso e me ajudou.
- Ontem? – Ele tentava, mas as gargalhadas queriam sair.
- O que? – A confusão me dominava, eu queria sentar e tirar todas as minhas dúvidas.
- Você ta dormindo há três dias. – Eu quase cai de tanto susto.
- Três dias?? – Eu quase gritei, ele olhou para o chão parecendo pedir paciência.
- Sim. – Ele assentiu dando um sorriso irônico e depois uma gargalhada.
- Pelo menos você não me deu trabalho. – Ele me olhou orgulhoso e eu assenti rindo e agradecendo, com a ajuda de Damon, eu andei até onde tinha umas cadeiras. Tinha mais de uma ali.
- Perâe. – Eu disse voltando ao consciente completo. – Não estamos em Washington. – Aquilo não era uma pergunta, o fuzilei com os olhos e não esperei ele responder.
- Damon e sério! O que você ta planejando fazer comigo? – Minha voz parecia apavorada, por um momento eu queria a minha casa, minha cama e minha família. A minha família super protetora que deve estar endoidando de tanto me procurar.
- Seus pensamentos não vão funcionar. – Ele disse com o olhar superior, sua voz estava parecendo comemorar por saber aquilo.
- Como assim? – Eu cuspi para ele, que me soltou me jogando na cadeira.
- Eu penso que estou fazendo outras coisas e seus pensamentos ficam sem sentindo e completamente somem, simples. – Ele disse rápido demais, era informação demais para a minha cabeça.
- Ok, então eu estou “fora do mapa”?  - Depois de poucos minutos de silêncio eu perguntei hesitante.
- Sim, até que eu pense que você está comigo. Mas como estou ficando bom nisso, você  vai ficar fora do mapa para um bom tempo. – A malicia estava clara ali, olhei para ele por baixo e com um pouco de medo, você vai poder pensar sem ninguém atrapalhar, meu subconsciente avisava enquanto em pensava em alguma coisa para dizer. Era verdade, eu poderia pensar e ninguém se meteria no meio até que Damon pensasse que estava fazendo outra coisa.
- Você não me respondeu a outra pergunta. – Comentei no meio de troca de olhares.
- Qual era mesmo? – Ele não estava com nenhuma das emoções que eu queria e esperasse que ele estava, raiva, medo, preocupação ou alguma coisa do tipo. No lugar, ele estava com, alegria, se sentindo vitorioso e louco para festejar.
- O que você que fazer comigo. – Disse em um bufo e fechando os olhos lentamente tentando imaginar alguma resposta.
- Me divertir, só isso, já disse Nessie.- Ele falou da mesma maneira de antes, como nada de ruim tivesse acontecendo. Olhei para ele mostrando a dúvida em meus olhos, ele bufou alto e longo e se sentou do meu lado.
- Eu falo tudo e você fala tudo. Ainda não sei essa de mestiça. – Ele me olhou como seu eu fosse uma aberração, já estava acostumada com aquele tipo de olhar. Assenti e ele começou.
Damon me contou de como ele foi transformado, que tinha um irmão (em que ele infernizava a vida dele.) e que seu irmão, que se chamava Stefan, namorava Elena que era humana – engraçado, não? – e que ele era apaixonado por Katherine, que está pelo mundo depois de mentir que estava presa em uma tumba e ele esta tentando ter uma vida nova.
- Não quer amar de novo? – Perguntei o interrompendo por pura curiosidade.
- Não, quero evitar isso ao máximo, amor machuca demais. – Eu fiquei decepcionada, ele poderia amar de novo, foi que descobri que Damon não era um vampiro mal e sem coração, e sim um vampiro tentando ser mal e com o coração trancado.
Bom, ele também contou que me seqüestrou porque que mostrar o lado bom da vida de vampiro.
- Mas eu sou só metade vampiro? – Disse em tom esclarecedor.
- E isso importa? – Aquele sorriso irônico estava começando a me afetar, toda vez que ele sorria pra mim. Seus olhos azuis esticados fazem com que o oxigênio não chegue ao seu caminho e seu sorriso estava começando a fazer meu coração humano acelerar.
- Agora é sua vez. – Ele mudou o sorriso irônico para curioso, respirei fundo e comecei.
Contei sobre o romance de meu pai e minha mãe – que acabei contando que não eram meus irmãos – e logo pulei para a parte em que casaram, me fizeram na lua-de-mel e que minha mãe virou vampira por causa do meu parto louco e perigoso.
- Uau. – Ele dizia várias vezes em voz baixa, quase um sussurro. Imagina quando chegar na parte mais louca.
Contei a ele sobre os Volturis, em que eu sou a coisa mais preciosa deles e que minha vida tem que ter cuidado e seguranças e que eles querem que eu vá para eles e largue minha família, não contei sobre o meu crescimento precoce – que já tinha acabado – porque se não ele ia correr de mim.
- Wow. – Ele mudou o disco agora. Com os olhos longe, ele virou diretamente para mim. – Você vai adora esse “seqüestro.” – Disse ele dando outro sorriso que me fez efeitos colaterais.
- Eu preciso caçar. – Comentei depois de algumas trocas de olhares, em que tentei desviar. – Estou faminta. – Disse logo depois sentindo meu veneno borbulhar nas veias e quase voar pela garganta.
- Vamos pegar alguma coisa que preste, você dormiu três dias e parece que não caça há um ano. – Ele se levantou rápido e eu tentei segui-lo, mas foi em um ritmo mais lento, sorri sobre o seu comentário e seguimos para a fora da cidade – em que ele não me deixava saber qual era. – mas parecia cidade de interior.
Quando saímos, parecia que estávamos numa fazenda, havia pequenas cabanas e folhas, vegetais e animais, meu estômago humano se despertou com o cheiro e eu quase acabei com umas macieiras que estavam por ali. Tinha crianças brincando pelo terreno e muitas árvores. Admirando a paisagem, tive a impressão de escutar uma coisa e fuzilei desde que eu aprendi a falar.
- Como é? – Perguntei cuspindo.
- Vamos, caçar, humanos. – Ele disse destacando cada palavra.
- Não podemos fazer isso, vão nos descobrir! – Gritei de pavor, ele tampou minha boca antes que eu pensasse em fazer outra coisa.
- Assim, vão mesmo. – Ele sussurrou em meu ouvido, a voz aveludada me fez acalmar e ele soltou minha boca.
- E alias, eu que mando. – Ele disse depois apressando o passo para não ficar do meu lado.
- Posso sugerir? – Lembrei da história de meu pai, e cabia perfeitamente na ocasião. Damon parou e pensou olhando para a minha cara de pidona.
- Pode. – Ele falou se aproximando de mim.
- Vamos a prisões, pegar aqueles que estão condenados a prisão perpétua ou morte. Não vamos matar ninguém inocente e vamos brincar um pouco. – Falei em um sussurro, mas malicioso, o fazendeiro já começava a desconfiar. Ele pensou por muito tempo – dois minutos – mas depois sorriu.
- Pode ser. – Ele pegou minha mão e corremos até a cidade procurando pela a prisão mais perigosa da cidade. Teve um momento embaraçoso em que uma idosa veio perguntar se estávamos a muito tempo juntos e para ficar para sempre. Damon – nada delicado – disse que éramos amigos e que tínhamos pressa. Pedi desculpas e corremos para a prisão.
- Você parece estar com mais fome que eu. – Falei sendo empurrada por ele.
- Hábito de caçar toda hora. – Ele disse rápido, a cadeia estava em nossa frente.
Entramos na prisão pelos fundos, a tempo e a hora estavam bem cedo. Então todos estavam dormindo – ou não – fomos pelo grande campo que parecia aonde eles tomavam sol, o corredor aonde tinha a celas estavam pertos. Entramos.
- Vamos pegar a mesma cela, certo? – Perguntei mostrando um pouco de medo, ele se virou com o olhar um pouco confuso.
- Sim, por quê? – Ele respondeu firme, eu sorri aliviada. Ele sorriu também.
- Estou fraca e qualquer coisa me deixaria no chão. – Eu disse baixa e doce, ele deu uma gargalhada em que somente eu poderia ouvir.
- Não seja boba, não ia deixar ninguém te machucar. – A proteção entrou em mim logo depois que ele disse isso, estava me sentindo bem e segura. Ele foi para a direita, aonde Havia dois homens dormindo.
- Esta está boa. – Com um movimento rápido o cadeado estava todo quebrado, os guardas dormiam pesado enquanto ele abria o portão.
- Escolha o seu. – Ele disse sorrindo, acabei ficando com o de baixo para não subir em nada. Eles não se mexiam, então foi mais fácil, peguei sei braço escolhendo a melhor veia. Podia sentir meus olhos ardendo, então cravei meus dentes nela.
Ele começou a se debater, eu podia sentir que em cima Damon fazia a festa em seu cadáver, segurei a outra mão dele e o imobilizei com o resto livre de meu braço, o seu sangue estava me fazendo bem. Começava a me sentir mais forte, o cadáver estava começando a ficar gelado, estava acabando. Peguei o resto que tinha e limpei a ponta da minha boca.
- Como se sente? – Damon estava com a aparência que temia, os olhos negros com um ponta de vermelho. Suas veias estavam totalmente destacadas e seus caninos estavam alongados. Em vez de recuar como toda vez, eu me aproximei como estivesse sendo chamada.
- Por que não tenho isso? – Seus caninos estavam um pouco melados, toquei em seu rosto para não tocar nos dentes. Ele sorriu e pegou minha mão.
- Porque eu sou um pouco diferente da espécie que você conhece. – Em estados normais, eu perguntaria, gritaria e me revoltaria. Mas aqueles olhos estavam me hipnotizando, eu estava calma e feliz ao lado dele, ele sorriu malicioso e eu retribui.
- Vamos festejar o seu bem estar. – Ele disse, suas mãos vieram em meu rosto, seus olhos estavam dentro dos meios, e seus lábios logo estavam se envolvendo com os meus.
Meu subconsciente gritava enquanto eu ficava ali, minha mão envolveu seu pescoço, meu coração procurava por abrigo enquanto se acelerava a cada milésimo que se passava. Meus pulmões procuravam por algum oxigênio. Tentei sair antes que nos fossemos pegos por alguém, mas ele me puxou e continuamos a nos beijar ali por mais algum tempo.
No final, minha respiração estava ofegante – o pouco que tinha – voltamos para a cabana em silêncio.
- Nesse tempo...- Comecei quando estávamos na estrada. – Vamos ter pelo menos um abrigo? – Meus olhos estavam quase implorando por uma casa, um abrigo. Damon parecia pensativo enquanto olhava para mim.
- Preciso tomar banho. – Soltei em um sorriso, quase uma careta, ele soltou uma risada e pegou minha mão. – Vem, vou te levar num lugar aonde pode se lavar. – Sorri soltando um suspiro aliviado e seguindo ele, mas agora dava pra ficar do seu lado.
Quase voltamos o caminho todo, a cidade pequena já estava à vista, mas tínhamos que entrar em outra trilha que dava para uma imensa casa.
- U-a-u. – Meus olhos cresceram e minha boca caiu, a casa tinha a aparência de ser bem velha. Mas era grande e bonita, como aquelas casas de antigamente.
- Achei ela enquanto estava no seu sono de beleza. – Sua voz estava quase como uma risada, eu olhei para ele e dei um soco em seu braço.
- Cala a boca. – Disse deixando soltar um pequeno sorriso andei até a porta principal da casa. E a minha boca caiu mais uma vez, estava tudo limpo e com belos moveis.
- Quem você matou? – A pergunta pulou de minha boca quando escutei seus passos atrás de mim.
- Ninguém! – Ele protestou. – Estava com a placa enferrujada de venda e eu só peguei. Pelo visto, tinha gente limpando isso aqui. – Seus olhos se voltaram por toda casa, sorri e dei um pulo subindo as escadas, não queria brigar.
- Bom, eu vou fazer o que eu queria, tomar banho. – Ele riu e eu corri para o primeiro banheiro que visse.
O banheiro escolhido foi de um quarto que parecia de uma mulher de minha idade ( aparência). Corri para o banheiro me despindo e me jogando na água quente, enquanto descia por meu corpo magro, os músculos rígidos eram relaxados com o passar do tempo. Fiquei aproximadamente 30 minutos dentro daquele Box, roupas novas já estavam espalhas pela cama.
- Espero que caiba. – Comentei temendo ao pior, desde pequena minha tia Alice que fazia minhas roupas por causa do crescimento precoce, mas felizmente serviu. Desci as escadas com um sorriso doce e gentil no rosto.
- Vamos? – Ele logo estava no fim me esperando com um sorriso conquistador, pegou minha mão dando um beijo na palma.
- Aonde? – A confusão me afetou do nada, parecia uma flexa que tinha acabado de me acertar.
- Nos divertir. – Seu sorriso se alargou e ele me puxou porta afora, nos tínhamos tomado sangue o bastante para ir a qualquer lugar correndo. Alias, era sangue humano, eu podia fazer qualquer coisa que um vampiro completo faria.
Não esperava por nada naquele tempo – ainda indeterminado por Damon – que eu ficaria com ele, mas desde o começo eu vi que seria divertido.


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