Futuristic Love escrita por lissaff


Capítulo 2
Capítulo 2




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Havia chegado algumas pessoas, velhos amigos de Carlisle. Todos sorriram pra mim quando desci as escadas.
- Onde estava? – Meu pai me abraçou rápido enquanto dava um sorriso tímido.
- Ligando para Jake, vou ser mal-educada se não falar com o pessoal pai. – Disse entre uma bufada, ele respirou fundo e sorriu.
- Você não parece bem, depois me diz tudo. – “Como se precisasse.” Pensei sorrindo, ele sorriu e me empurrou pro povo.
Cumprimentei todos os amigos e conversei com todos, e por mal que seja, esqueci o nome de todos eles. – Acho que peguei isso de minha mãe. – parecia que eu era o centro das atenções da festa, não Carlisle. Varias perguntas eram feitas para mim, o que eu comia, se eu caçava, se eu sabia de tudo dos vampiros, várias mesmo. Tinha que ser salva por alguém, mas ninguém dava bola para mim e dava atenção ao resto dos convidados que ficaram com eles.
- Você come comida humana? – Uma vampira com uma beleza natural e surreal me perguntou, quando olhei para ela lembrei seu nome. Era Senna.
- Só as que gostos. – Disse em um sorriso, mas não olhei para quem me perguntou.
- Eu conheço sua espécie, diferente dos outros aqui. – Disse ela dando um sorriso que mostrava todos os dentes, me senti humilhada – podia escutar os rosnados de meu pai. Pensei um pouco para não pagar nenhum mico e lembrei-me de Senna, ela foi uma das vampiras em que tia Alice foi buscar para me ajudar a não ser morta pelos Volturis.
- Claro, me lembro de você. – Disse dando um sorriso torto, ela retribuiu e eu senti um estrondo vindo de meu estomago.
- Vocês me dão licença? – Perguntei para Senna e os outros que estavam conversando, todos assentiram e eu quase corri para a cozinha. Minha mãe olhou confusa e meu pai logo disse do que se tratava, - eu estava com fome. – não era uma fome comum, a última refeição que fiz foi uma caçada na semana passada e minha parte humana precisava de proteínas.
- O que quer? – Uma voz doce e meiga logo disse por trás de mim, me virei e vi que era Esme, sorrindo disposta a tudo.
- Eu me viro, vá cuidar dos convidados. – Disse sorrindo, ela insistiu, mas toquei em seu braço e lhe mostrei que queria que ela fosse cuidar dos convidados.
- Tudo bem. – Ela sorriu e saiu de volta para a grande sala, eu me abaixei arrumando o vestido e procurando a pouca comida que era pra mim. Achei um saco de salgadinhos com sabor queijo, arrumei meu vestido e andei até a varanda com a porta transparente aberta. A noite estava linda, e logo eu estaria com sono – o que era triste, perder a festa -  peguei um punhado de biscoitos e mandei escotilha a dentro – o que Jake falava quando comíamos juntos. Sorri sozinha quando senti um corpo chegando perto de mim.
- Me dá um pouco? – A voz era masculina, nem dei o trabalho de olhar. Apontei o saco e sorri para ele. – Em se segundos eu pensei, vampiros não comem.
- Não grite. – Sua voz ficou maneira e de uma forma charmosa, seus olhos dilataram e eu senti que não devia gritar.
- Tudo bem. – Disse com a voz baixa, depois meu consciente tomou conta de novo. O que eu estava dizendo?
- Quem é você? – Não dava para ver o rosto por causa da escuridão de onde ele estava, só dava para ver suas roupas que eram pretas, seu corpo era bem defenido – que me deixou um pouco sem ar -. Esforcei-me para ver seu rosto, mas ele dificultava se afastando.
- Alguém. – Ele disse de uma forma empolgada. – Que também é vampiro. – Ok, era um vampiro.
- Como não te vi na festa? – Desisti de tentar descobri quem ele era, seus sorriso foi angelical, mas malicioso, ele colocou sua mão em meu pescoço e eu quase explodi por dentro com aquilo. Seu cabelo estava partido perfeitamente, deixando cair alguns fios em sua testa. E eu pude ver que a cor era castanho escuro, quase preto - seus olhos eram de um azul penetrante que combinava com a cor da pele. Meu coração acelerava, levei minha mão até a sua e ele, olhei em seus olhos e quase desmaiei. Como uma coisa pode me deixar tão desorientada? Ele olhou para a porta e sorriu torto.
- Você me verá de novo. – Sua voz foi apressada. Um grande estrondo veio da porta e eu me virei rápido. Era meu pai.
- Cadê? Cadê ele? – Seus olhos estavam negros, me afastei por instinto. Carlisle vinha logo atrás apalpando pelo ombro.
- Ele está... - Me virei de volta, com os olhos arregalados. Por que eu estava surpresa? -, estava aqui. – Todos os Cullen logo vieram.
- Eu vi você conversando com alguém, mas só me preocupei quando vi quem era. – Alice disse preocupada.
- Vamos continuar a festa, sem convidados nós explicamos. – Edward disse respirando fundo e tentando se acalmar, minutos depois seus olhos estava dourados de novo.
- O que tá acontecendo? – Perguntei confusa, todos estavam com a aparência bem preocupada.
- Depois Nessie, Depois... - Carlisle disse me confortando, foi ai que eu fiquei mais confusa. Ele também estava preocupado.
Ninguém falou mais nada, estavam me olhando. - discretamente, mas eu podia perceber que estavam me olhando – resolvi entrar, se era para ser depois da festa. Que seria.
Entrei e logo depois os outros entraram atrás de mim, os convidados não desconfiaram de nada. – O resto da festa foi com um clima bem tenso, todos não agiam como antes até os próprios convidados perceberem e foram embora aos poucos.
- Ok, agora me expliquem. – Disse firme fechando a porta para o ultimo convidado. Carlisle bufou parecendo frustrado, todos foram para o sofá branco. Todos foram e eu os segui determinada, um pequeno acontecimento deu em problema.
- Vocês vão responder minhas perguntas. – “Minha milhões de perguntas...” completei com o pensamento, sabendo que meu pai iria tentar se acalmar e manter a postura.
- Tudo bem. – Carlisle assentiu sabendo que iria responder a maioria das perguntas.
- Primeiro, porque essa preocupação toda? – Destaquei cada palavra firmemente.
- Porque você foi quase pega por o inimigo da família. – Meu pai disse antes que Carlisle abrisse a boca.
- Quem?Ele? O que ele fez? – Disse sem pausa entre as perguntas, depois da serie de perguntas respirei fundo tentando me controlar. Era um pouco engraçado, mas as sensações que senti com aquele vampiro me deixaram a postos para defendê-lo. Meu pai suspirou fundo decepcionado, leu minha mente. “E isso que dá ler a mente dos outros.” Pensei olhando maliciosamente para ele. Ninguém tinha falado nada até minha pergunta, era um silêncio mortal.
- Vão continuar me matando com o silêncio? – Olhei para cada um ali, minha tia Alice estava frustrada junto com tia Rose.
- Ele tentou me levar para ele, quando estava no chão depois de meu ex-marido me atacar. – Tia Rosalie falou rápido, mas no final olhou para o resto com a cara “Pronto falei.”
- Muito bem, mas o que quê isso tem haver com o “inimigo”? – Fiz aspas com as mãos quando falei inimigo. Carlisle olhou para o teto pensador, Esme o abraçou e sussurrou um “tudo bem, continue...” era lindo o amor deles.
Sempre sonhei em ter o meu grande amor, grandes historias de pessoas apaixonadas acabam te deixando esperançosas demais, interrompi meus pensamentos quando vi que Carlisle iria responder.
- Ele seguiu a gente há muito tempo, ele se alimenta de pessoas Nessie, apronta com todos os vampiros. Não lembro dele ter algum amigo ou companheiro... – Carlisle continuou pensativo, não era uma resposta justa. E claro que eles não iriam me contar o motivo real daquilo, mas seguir minha família já e um grande mal.
- Mudou de idéia? – Meu pai me olhou quase cuspindo, meus olhos encheram de lágrimas e eu as interrompi rápido. Ele está com raiva. Repeti várias vezes.
- Eu não pensei isso. – Disse rápido, ele me olhou confuso. Deve ser por causa dos pensamentos que tive para não chorar. Dei uma olhada em todos naquela sala, pareciam frustrados por eu ter descoberto aquilo. Meus olhos pesaram enquanto olhava para todos.
- Vou dormir. – Anunciei bocejando, todos assentiram e eu subi as escadas tentando me livrar de todos os pensamentos.
Entrei em meu quarto e decidi não pensar em nada, absolutamente nada, eu tinha esse dom extra de que quando quisesse podia livrar minha mente. – Tirei meu vestido e coloquei meu pijama, tirei a maquiagem e escovei os dentes me jogando na cama. Estava esperando por um sono tranqüilo, alguma coisa tinha que se tranqüila. Aconcheguei na cama e logo entrei no estado “sonhar” – pelo qual eu temia – no sonho eu estava na floresta em que fica na frente de minha varanda, eu estava desesperada correndo por medo de alguma coisa que queria me pegar, eram vultos pretos em que cada vez mais eu tinha medo, acabei tropeçando em galho quebrado e a coisa parou em minha frente. Mas não era coisa, era alguém, era aquele vampiro em que eu estive por míseros segundos, mas pareceram minutos.
- Por que está fugindo de mim? – Seu rosto era inocente, seus olhos azuis eram mais azuis do que eu tinha visto, eram um azul mar. Mas ainda tinha a escuridão em seu rosto, não sabia quem era. Mas já me tirou o ar, mas eu não sabia responder aquilo, eu não sabia nem porque estava tendo aquele sonho.
- Não vou te fazer mal. – Ele disse dando um sorriso torto,  dei um passo para frente e ele tocou meu pescoço da mesma maneira da primeira vez. Eu sorri e ele também, aos poucos eles foi chegando perto de mim, tirou meu cabelo que estava cobrindo o resto de meu pescoço. O medo naquele momento quase me acordou.
Suas mãos foram mais fortes, eu pude senti-las me prendendo, me debati tentando sair.
- Isso é pro seu bem. – Ele sussurrou se aproximando de minha nuca, seus caninos aumentaram. Seus olhos ficaram negros, e aquela aparência inocente tinha sumido dele. Ele vai me morder, pensei medrosa , então seus dentes tocaram minha nuca e eu acordei ofegante.
Todos estavam me olhando, oito pares de olhos dourados estava me olhando nervosos. Quase cai da cama.
- Que isso? Perseguição? – Disse de uma forma paranóica e ofegante.
- Você não nos deu escolha. – Tia Alice disse.- Você não parava quieta. – Eu fiquei confusa e envergonhada.
- Você se debatia e depois ficou quieta e tranqüila. – Meu pai disse de sua forma paciente. – Eu não pude ver seu sonho, isso me deixou frustrado. – Ele bufou e eu dei uma risada abafada, eu não sabia o que tinha acontecido, mas meu pai não podia ter visto o que eu fiz. Ele está me olhando confuso, Nessie controle seus pensamentos.
- Se você não quer que eu saiba, tudo bem. – Disse ele tentando dar um sorriso, mas eu sabia que no fundo ele queria saber o sonho que tive. Antes que alguém perguntasse outra coisa, eu falei me levantando da cama.
- Chega de show por agora, vamos nos atrasar pra escola. – Eu nem tinha olhado quantas horas era agora, mas ninguém protestou. Eu devia estar certa.
Quase corri para o banheiro tentando fugir daqueles olhos dourados e confusos, demorei bastante no banho. Fazendo com que eles saíssem do meu quarto, no meio do banho eu ouvi a porta de meu quarto bater, suspirei aliviada. Eles tinham saído. Sai logo do banho e escolhi uma roupa básica, não estava afim de pensar em nada e mesmo que eu pensasse, seria interrompida.
Acabei escolhendo uma calça jeans básica e uma regata preta que tinha um top branco por baixo para ficar mais comportado. Coloquei um colar de pedras para dar um certo charme – ri comigo mesma ao pensar nisso – uma sapatilha azul escuro marinho nos pés e o cabelo solto.
- Não acredito. – Alice já entrava no meu quarto com os olhos arregalados.
- Exagerei? – Perguntei confusa.
- Não, você escolheu roupa sem mim! – Ela quase gritou e eu me assustei, era tão ruim assim?
- Deixa ela! – Meu pai gritou do andar de baixo, dei um sorriso motivador para minha tia.
- Você vai ver. – Ela sussurrou saindo de meu quarto, sai logo atrás para ir pro colégio. Peguei alguma coisinha para não deixar o estomago humano vazio e fui para a escola com os meus “irmãos”, minha família louca. Não conversamos nada que preste no caminho, tio Emmett zuou com alguma coisa e nós ficamos rindo o caminho inteiro. Hoje seria uma dia calmo, eu teria a maioria das aulas sozinha, então eu poderia pensar, ou fingir que pensei. Porque eu tenho certeza que ele estaria concentrado em mim o dia todo, Argh! E nesses momentos que eu desejo que eu meu pai tivesse outro poder que não me interrompa.
- Qual você queria que eu tivesse? – Ele perguntou malicioso, quase dei um pulo e mandar ele ficar fora da minha cabeça o dia todo.
- Se quiser eu fico. – Ele disso na mesma forma maliciosa que antes.
- Há-Há-Há, sei que você não ia fazer isso. Ainda mais hoje. – Disse irônica, ele deu uma risada e apalpou meu ombro.
- Ainda bem que você sabe. – Disse ele saindo para a sua sala, a sorte e que eu ainda tinha que passar em meu armário.
Andei pelo corredor devagar, eu não queria pensar, não queria agir, - estava em um momento meio revoltada da minha vida – dei um sorriso comigo mesma e arrumei meu colar que estava todo misturado.
- Ai. – Disse automaticamente quando bati a cabeça em alguma coisa dura, mas alguém se virou e eu corei. Eu tinha batido em uma pessoa.
- Me perdoe. – Disse em seguida passando a mão em minha testa.
- Tudo bem. – Ele disse rindo, eu conhecia aquela voz aveludada, eu conhecia aquela voz.
- Hey, você é o novato...- Ele riu sempre graça e logo falou.
- Não me chama de novato por favor. – Sua cara de pidão foi irresistível, tentei negar ou não olhar, mas não consegui. Deus...mais que olhos! Esses olhos ... azul anda me perseguindo demais. Forcei minha mente para lembrar seu nome, lembro que nos apresentamos ontem mas não lembro o nome. Também com os acontecimentos.
- Damon. – Ele falou parecendo perceber meus esforços sorri corando.
- Damon... Me desculpe, e que tem uma coisa me prendendo e eu não consigo mais lembrar de nada. – Disse de uma forma inocente, ele me olhou confuso e sorriu.
- Se quiser conversar. – Eu queria conversar, mas ele não entenderia, sua voz aveludada me prendeu ainda mais. O dejá vu de que eu conhecia de algum lugar ainda me atormentava.
- Pode deixar que eu te chamo. – Disse dando uma risada pequena, ele também deu sua risada nos olhamos um pouco e o sinal tocou.
- Tenho que ir. – Falamos ao mesmo tempo, depois de uma risada alta sobre a coincidência, saímos no corredor cada um para a sua aula. Rimos como crianças quando vimos que a tínhamos a mesma aula, de química. Com uma professora não muito legal.
- Será que dá para as duas crianças entrarem? – Ela tinha acabado de entrar, mas como sempre a disciplina e ordem e o resto lá, falou ignorante com a gente. Damon se virou rapidamente para dentro de sala e assentiu, eu também assenti e entrei sem falar nada.
Pelo o pequeno momento em que tivemos na entrada da escola e ali, acabamos sentando juntos com um “Não se importa?” de Damon. – a aula seria teórica, seria uma coisa em que ela já passou, passaria para quem tinha faltado a aula. (Ela sempre tinha essa coisa de passar um conteúdo duas vezes, pergunta: será que ela queria alguém reprovado?) Estava “prestando” atenção na aula quando senti um papel tocar meu braço.

Não estou com a mínima vontade de prestar atenção nessa aula.

Eu dei uma risada baixa e ele sorriu. Peguei um lápis e respondi.

Eu já  sei de todo o conteúdo.

Ele sorriu e respondeu.

Queria uma companhia hoje, estou sozinho.

Olhei confusa, era sua segunda tentativa me paquerando.

Pensa que sou igual às outras desse colégio?

Quando ele leu, me olhou confuso. Apontei discretamente para as líderes de torcida e algumas meninas que tinha a reputação pela lista de meninos que já transaram.

Como faço para sair com uma “garota diferente”?

Li, reli e li de novo pensando em uma resposta boa. Por causa dos meus “seguranças” Jake e meu pai, nenhum menino do colégio me pediu uma coisa dessas. Mas eu ia esconder do meu pai o máximo possível e me resolver sozinha. O sinal tocou dando o final da aula, Damon pareceu intrigado por eu não ter dado a ele antes do sinal. Sorri meiga e dei o papel a ele com a melhor resposta que tive.

Me  surpreenda.

Aquela resposta parecia certa e errada ao mesmo tempo, mas quem liga? Sai da sala sorrindo satisfeita comigo mesma. Olhei para os dois lados do corredor parecendo uma criança quando ia atravessar a rua, mas a minha preocupação era uma baixinha que sempre previa as minhas ações.
Fui até meu armário e peguei o necessário para a próxima aula, ninguém de minha família havia ido para lá ainda, estranhei, mas não estranhei por muito tempo porque já vinha gente com um mega sorriso no rosto.
- Pensou que eu não tinha visto? – Sua voz era superior, como “eu vejo tudo que acontece.” Nos seus olhos já via tudo, ela queria saber de cadê detalhe de minha aula e da conversa. Como ela já não soubesse.
- Não conta pro meu pai! – Disse grosseiramente mandona, ela me olhou confusa e eu logo respondi.
- Vou poder ter meu primeiro “romance escolar” se ele não souber de nada... Por enquanto. – Ela sorriu maliciosa e me deu um tapa no braço.
- Safadinha. – Sua risada era devagar e alta.
- Evita pensar nisso ou falar, por favor? – Fiz minha cara de pidona em que ninguém resistia. Ela olhou, desviou o olhar e ficou pensativa um tempo.
- E claro! Estou louca para você pegar o bonitão dos olhos azuis. – Ela falou baixo, eu não pude deixar de rir alto. Depois ela não falou mais nada, segundos depois entendi o porquê, o resto da família havia chegado.
- O que aconteceu na aula? Não consegui me concentrar em você. – Ele pareceu confuso, olhei para tia Alice que também me olhava confusa.
- Não fiz nada. – Disse rendida, todos me olharam confusos por um tempo. Então resolvi partir para o golpe baixo, fiz minha cara de dramática e falei melosa.
- Vocês não acreditam em mim? – Minha voz sai bem melancólica, como eu pensei. Meu pai sorriu e logo me abraçou.
- Claro que acredito. Alías eu ia saber se você tivesse mentindo. – Ele deu dois toques em sua cabeça e todos riram alto. Saímos cada um para a sua aula, e eu podia sentir que tinham olhos me seguindo por trás. As aulas foram normais, meu pai ainda parecia confuso e frustrado por não ter lido meus pensamentos na aula de química. No refeitório ele não parava de olhar pra mim, eu não me incomodei no começo. Mas já estava ficando chato.
- E mais chato pra mim não saber o que aconteceu. – Ele disse ainda frustrado, minha mãe passou a mão pelo braço dele e sussurrou alguma coisa como “Não fique assim.” E ele sorriu tentando não expressar preocupação. Dei uma mordida em minha maçã tentando não prestar atenção naqueles olhos preocupados de que uma hora para outra ficaram confusos.
- O quê? – Me virei desengonçada para ver o que ele estava vendo, Damon estava olhando atentamente para a nossa mesa. Quando me virei ele sorriu e acenou, retribui do mesmo modo.
- Quem é esse? – Meu pai já perguntava bravo.
- Um amigo. – Ele fez a cara traduzida como “continue.”
- Só isso!Um amigo. – Disse me revoltando com aquela atitude dele. “Isso, me exclua do mundo só porque sou uma aberração.” Pensei olhando diretamente nos olhos dele.
- Só estou te protegendo. – Ele disse desviando o olhar, todos me olhavam como que ele fosse o certo ali, a raiva subiu minha espinha e o sangue ferveu em meu rosto, antes que fizesse alguma coisa, o sinal tocou ... graças a Deus. Andei o mais rápido que pude para a minha próxima aula, sem querer esbarrei em Damon.
- Hey, tudo bem? – Seu olhar era preocupado, seus olhos azuis me hipnotizaram de novo. Ele pegou meus poucos livros rapidamente, ele não tirava os olhos de mim. Senti as lágrimas virem para o meu rosto. “Mais que atitude idiota!” pensei pegando meus livros. O que eu queria era sair dali.
- Ei, ei, ei, você não sai daqui antes de falar comigo. – Damon me prendeu, seu corpo era grande e definido e eu não conseguia sair de seus braços.
- Em outro lugar. – Disse abafado entre seu peito, mas pareceu que ele entendeu e pegou em meu braço me tirando dali, olhei sobre o ombro e meu pai lutava para sair dali, o resto de minha família – que agradeço em te-la – estava o segurando.
Damon me levou para fora da escola, à monitora nos parou mandando ir para a sala. Mas de uma forma incrível! Ele fez com que a gente passasse sem levar advertência. Ele me sentou no banco que ficava no estacionamento e começou.
- Me conta agora. – Foi ai em que minha mente clareou, eu não podia contar pra ele. Chegar e falar “eu sou uma aberração e meus pais vampiros quer me excluir do mundo humano.” Não, eu não podia. Fiquei um tempo calada olhando para o telhado, ele me olhou esperando a resposta e eu soltei uma risada curta e espontânea.
- Estou pensando em uma maneira que pode entender. – Disse sorrindo, ele sorriu.
- Vou esperar então. – Ele disse entre uma risada. Olhei para o teto pensando na resposta e rezando para que meu pai não venha me interferir.
- E eu não estou agüentando mais, meu pais estão me excluindo do mundo por uma razão em que é segredo de família. Mas o que eu não entendo e pra que essa proteção toda! – Ele me olhou confuso e depois ficou pensativo.
- Bom, eu tenho certeza que eu não posso saber essa razão. – Ele olhou para e logo depois deu uma piscada. Não pude deixar de rir, ele continuou. – Acho que você devia tentar amizades e eles verem que você está se saindo bem nisso. – Sorri, era uma boa idéia.
- Verdade. – Disse dando um sorriso e com a aparência pensativa. Ele continuava sorrindo, me virei pra ele e o abracei.
- Obrigada. – Disse de um jeito manhoso, demorou a eu sentir seus braços também me abraçando.
- Agora vamos, que nós já faltamos uma aula. – Ele somente sorriu, aquele sorriso parecia insatisfeito. Mas ele pegou suas coisas e insistiu em pegar as minhas – que neguei em todas as propostas – voltamos para o refeitório até que acabasse aquele período de aula para irmos para a próxima.
O resto do dia foi normal, quando encontrei meu pai. Ele me pediu desculpas e disse que ia tentar se controlar com o ciúmes e a proteção.
A tristeza a raiva  tinham ido embora, estava saindo da penúltima aula para ir para a ultima, tio Emmett falava to tal problema de seu jipe.
 - ... Ai por isso o motor não pegava. – Ele disse decidido, eu sorri mostrando algum interesse, de repente senti um par de braços desesperados me pegando e me virando.
- Me conta tudo! – A voz era superior e mandona, Ângela me sacudia enquanto eu tentava entender o motivo do desespero.
- Ang! – Eu gritei. – Primeiro: me solta; Segundo: relaxa e respire é terceiro: que desespero é esse? – Perguntei calmamente, mas mandona. Ela fez tudo devagar , respirou algumas vezes e enfim falou.
- Eu vi você conversando com o novato, vi a troca de olhares e que rolou um sentimento. Renesmee Carlie Cullen, me conte tudo! – Ela aumentou o tom de voz no final, Sorri e puxei ela para a ultima aula – que por sorte (ou azar) tínhamos juntas.
Contei para ela do ataque de ciúmes do meu “irmão” e que Damon foi me acolher para desabafar e  também contei da conversa do começo da aula.
- Vocês tem futuro. – Ângela me olhava pensativa e maliciosa.
- Mal conversamos direito! – Protestei meio confusa, aqueles olhos azuis estavam começando a me tirar do serio.
- Mas podem conversar. – Sua voz ficou maliciosa, olhei retrucando ela, ela piscou como retribuição. Quase fui expulsa de sala por rir alto, a aula correu normal depois daquilo.

 • •

- Jake, isso e ótimo! – Eu dei um grito em meu quarto, as noticias eram boas. Billy havia melhorado mais do que o esperado.
- Não é! – Ele disse com a voz emocionada, a nossa conversa havia acabado de começar quando ele me ligava desesperado para me falar a noticia. Ele respirou fundo.
- Nessie, agora é um papo sério. Edward me ligou é.... – Eu o interrompi.
- Não é boa coisa. – Disse decepcionada, no andar de baixo ficou um silêncio.
- Ele me disse que você está se metendo com a pessoa errada. Quero a sua versão. -  Jake sempre foi justo, sempre quis saber da minha versão das coisas e fazer o seu próprio julgamento, eu gostava de ser sincera com ele.
- Jake, ele é um amigo. E novato na escola e não mostrou nenhuma coisa ruim, meu pai está ficando louco com a veiera! – Disse dando gargalhadas, Jake também soltou gargalhadas do outro lado da linha, no andar de baixo havia rosnados.
- Se cuida, tudo que te falo. – Ele disse respirando depois de uma série de gargalhadas.
- Sim senhor. – Disse ainda rindo, mas pouco.
- Agora to desligando, te amo pequena. – Ele disse carinhoso, meu coração se despedaçou quando ele disse isso.
- Também te amo grandão. – Disse da mesma foram carinhosa e desliguei o telefone. Meus olhos começaram a pesar e protestei, não era para ir pra cama.
- É sim. – Meu pai respondeu bravo, eu soltei uma risada e ele segurou, mas não agüentou e riu também.
- Vá dormir. – Ele disse me empurrando para o banheiro, me troquei e me joguei na cama. O sono humano sempre me pegava.
Deitei na cama fechando os olhos e parecia que eu já estava sonhando – o que era estranho – no sonho eu estava em uma floresta. Não era a de Forks, e eu não conhecia. Caminhei procurando por alguma coisa conhecida, quando alguém “pulou” em minha frente.
- Damon? – Perguntei confusa, ele estava em minha frente com um sorriso torto, suas roupas eram todas pretas, o sentimento de deja vu entrou dentro de mim muito rápido que quase acordei. Ele não respondeu, deu um passo para a frente com um sorriso sedutor.
- Não importa o que ele diga. – Disse ele se aproximando, era difícil eu me mexer por causa do fato de estar deitada e sonhando, mas era estranho porque eu não queria me mexer e nem fugir dali.
- Você será minha, de um jeito ou de outro. – Seu sorriso sedutor foi se transformando aos poucos em uma coisa estranha, seus olhos ficaram vermelhos. Destacando as veias que iam para eles, sua boca se abriu e os caninos se alongaram em um movimento rápido. Ele tirou meu cabelo da nuca e sorriu sedutor – mesmo com aquilo, ele conseguia – e então os dentes foram em minha nuca.
Acordei ofegante com todos os oito pares de olhos olhando tensos para mim – de novo -, me assustei e quase cai da cama. Senão fosse Jasper que tinha me segurado.
- Tudo bem? – Carlisle me perguntou com os seus olhos dourados preocupados pra mim. Demorei um tempo para pensar na resposta, era tudo tão confuso.
- Ela está confusa. – Edward disse por fim se levantando e indo até a janela.
- Era por isso que não queria ele com você. – Ele disse olhando para a floresta que eu conhecia bem.
- Ele é suspeito. – Sua voz era baixa, mas tensa. Me arrastei até o fim da cama para me levantar “Não to afim de dizer nada, vamos pra escola e fingir que vivemos uma vida feliz e normal. “ pensei cinicamente olhando para ele.
- Não fale com ele. – Ele disse na sua forma de pai, assenti olhando para o banheiro e entrei.
Tomei um banho quente tirando toda a rigidez de meus músculos por causa do sonho, demorei bastante pensando em uma idéia de ir caçar. Tinha tempos que eu não fazia aquilo e eu estava ficando enjoada da comida repetida e humana, naquele tipo de circunstância, era claro que eu iria caçar com o meu pai me vigiando. Mas não ligava muito para aquilo.
Vesti o que estava na minha cama – obviamente escolhido por tia Alice – não vendo muito o que era, mas parecia a minha cara e eu gostei daquilo, fui para a escola ainda sem falar nada sobre meu sonho ou o que eu achava daquilo.
De tempos em tempos eles tentavam falar comigo, mas eu não respondia. Alguns – quase todos – pensavam que eu estava com raiva e queriam saber o motivo, mas meu pai explicou porque eu estava calada. Gosto de pensa nas coisas e só pensar, não conversar para não me tirar de foco, ele até disse que peguei isso de minha mãe. Depois disso eles pararam de me atentar e eu pude pensar direito – ou fingir, não gostava de gente xeretando minha mente. – Edward deu uma risada alta quando leu isto.
Não entendi as falas de Damon em meu sonho, não entendi meu próprio sonho! Ele dizia que eu era dele e eu podia me lembrar daquele toque, mas de onde?Ah isso e uma pergunta muito difícil, eu queria tirar todas as conclusões com ele – sabe como é, ter mãe cara-de-pau ajuda muito – mas eu sabia que meu pai não iria deixar e ele iria seguir cada rastrinho meu.
- Muito bem. – Comentou ele dando um sorriso, “Não te perguntei nada, guarde os comentários pra você.” Pensei com raiva, eu não estava. Mas eu estava quase ficando.
- Desculpe. – Ele falou logo, continuei meus pensamentos.
E suas roupas, seu jeito. Aquilo me lembrava, seus olhos azuis eram marcantes e eu podia reconhecer eles 100 metros de distancia. – ok, não seria 100, mas 10 até seria. – quando minha mente voltou para aonde meu corpo estava. Já estávamos estacionando na vaga da escola.
Bufei rendida, aquele não seria o melhor dia. Sai do carro devagar e já tinha gente na minha frente.
- Oi Nessie. – A voz era carinhosa, era de um homem. Levantei minha cabeça para dar um sorriso e alguém já estava me puxando para frente.
- Desculpe amigo, mas ela não falará com você. – Meu pai me puxava com Tio Emmett do outro lado para dar medo, Emmett adorava aquilo – encrencas e brigas – quando pude encontrar seu rosto ele estava confuso, não tanto, ele sorriu pra mim.
- Desculpe por isso. – Sussurrei desesperada esperando que ele entendesse ou visse. Ele sorriu torto.
- Tudo bem. – Ele sussurrou de volta e eu sorri aliviada por ele ter visto, Edward sussurrou alguma coisa que não pude ouvir direito. Tio Emmett me virou para frente e se movimentou de um jeito que eu não podia mais olhar para trás.
- Você tá brincando, certo? – Perguntei firme olhando para meu pai.
- Não. – Ele também respondeu firme sem mover os olhos.


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