Futuristic Love escrita por lissaff


Capítulo 1
Capítulo 1




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- Você vai mesmo embora? – Stefan quase me engolia com os olhos, mas tentava ser cauteloso. Eu estava na janela, decepcionado, angustiado e frustrado.

 Meu plano de trazer Katherine de volta havia dado errado por causa de uma bruxinha de meia tigela, parecia que todos estavam me enganando para ela não voltar e eu sentia no fundo que ela não iria voltar.

- Não confia em mim? – Perguntei dando um sorriso irônico. Sai da janela e fui em sua direção. Ele não respondeu minha pergunta, foi respondida com um olhar de “Você sabe.” Ele e Elena estavam felizes, eu não tinha mais nada em fazer com a minha promessa.

- Vou começar uma nova vida, fazer coisas novas... - Falei com o meu sorriso –... E não vou atentar você. – Ele deu um sorriso.

- Posso saber para aonde vai? – Ele perguntou curioso, dava para ver isso.

- Hum...não. – Gargalhei enquanto Stefan bufava entediado.

- Sério, pensa em algum lugar específico? – A janela iluminava a floresta que parecia me chamar, pensei em algumas cidades e ri de mim mesmo por ser expulso de quase todas elas.

- Algum lugar. – Respondi dando de ombros, um lugar novo, poderia ser legal.

 •  •

- Precisa mesmo ir? – Perguntei com cara de cachorro pidão, ele não resistia a isso.

- Não faz essa cara. – Ele parou de enfiar as roupas na mala e me olhou também com uma cara que eu não podia resistir.

Desde que meu avô Carlisle disse que iríamos sair de Forks, eu seqüestrei Jake para morar com a gente, alías ele era meu melhor amigo. E eu queria que ele arranjasse uma garota para que sofra seu imprinting, nós sabíamos todos os segredos do outro.

Mas as noticias não eram boas em La Push, Billy estava doente e ele como um bom filho que é, vai ajudar o pai.

- Promete que vai me ligar todos os dias? – Disse empolgada pulando na cama, ele riu com a minha atitude.

- Claro que sim, com quem mais eu ia falar minhas besteiras? – Ele disse rindo, eu ri. Ele era o único com quem eu podia me soltar e falar besteiras o dia todo, ajudei colocando umas camisas dobradas perfeitamente.

- Promete não aprontar na escola? – Ele deu aquele sorriso de galã de novela em que tia Rose e tia Alice assistiam, eu fiz uma careta. Não fazia tanta coisa.

- Você fala como se eu fosse a pessoa que mais apronta naquele colégio. – Disse rindo sem jeito.

- Segundo lugar. – Ele disse dando gargalhadas e eu dei um soco no seu braço.

- Agora eu preciso ir. – Disse ele se aproximando de mim. – Se cuida pequena. – Seus braços foram me envolvendo e me apertaram, apertei-o também – mas não com a mesma força – meus olhos se encheram d’água, era a primeira vez desde que eu recebi a notícia que ele iria embora.

- Eu quero ir te deixar. – Disse para ele com minha voz doce, seus braços não me apertavam mais, quer dizer que ele queria ficar mais ali comigo.

- Seu pai não deixa, não quer deixar pistas. – Eu levantei minha cabeça para falar olhando diretamente em seus olhos pretos.

- De quê? Que você ta indo embora? – Ele me olhou confuso.

- Não chora, olha vamos logo se não daqui a pouco ele está gritando com a gente. – Ele sorriu e eu dei um sorriso torto, ele pegou sua mala e eu não queria sair do lado dele.

Todos que não sabiam da nossa amizade pensava que aquilo era namoro, mas eu cresci precocemente com ele ao meu lado. Agüentando minhas birras e coisas de crianças, ele era meu irmão mais velho e aquilo não iria mudar. – descemos as escadas e todos estavam a nossa espera - como sempre - meu pai estava rodando a chave do carro enquanto minha mãe conversava alguma coisa com o resto das minhas tias. Meus tios estavam na garagem concertando o jipe de Emmett – ele não aceitou que tia Rose concertasse – meu pai sorriu quando olhou para mim.

- Não pode deixar meus pensamentos por um momento? – Perguntei dando um sorriso meigo, ele riu.

- Nem que eu morresse, e meio impossível. - Piada sem graça, pensei dando um riso, ele me olhou chateado, mas depois ficou rindo.

- Está pronto? – Ele olhou para Jake que sorria com a nossa pequena conversa.

- Tenho que estar. – Jake levantou a mala..

- Estou saindo, levando Jake! – Meu pai gritou para todos na grande mansão, Jake havia se despedido de todos, deixei a minha vez na ultima hora para não me sentir tão mal. Jake acenou dando tchau para todos, todos que viram deram tchau e eu bufei desanimada.

- Não quer ir para a escola no super conversível vermelho da Tia Rose? – Rosalie me pegou por trás dando um pulo do sofá, eu sorri tentando me animar. O conversível seria engraçado.

- Quero. – Disse um pouco mais animada, ela me abraçou animada e me soltou dando um tapa na minha coxa.

- Então pega as suas coisas que se demorarmos mais, vamos nos atrasar. – Eu corri subindo as escadas para pegar minha bolsa no quarto, peguei minha bolsa rapidamente e desci as escadas de novo. Parei no meio do caminho.

- Clube da luluzinha? – Perguntei rindo, minhas tias e minha mãe estavam com roupas super luxuosas e organizadas como uma elite, todas riram e eu me senti excluída. Entre vestidos lindos e conjuntos de marca, eu estava com um jeans escuro, um all star preto, uma blusa listrada e um cachecol.

- Pode ser clube das Cullens. – Minha tia Alice disse rindo, eu era poucos centímetros mais alta do que ela.

- Você poderia estar usando a roupa que estava no seu sofá hoje de manhã. – Ela disse decepcionada, completamente, eu sorri incentivando ela e desci os restos de degraus que faltavam.

- Vou ficar bem assim. – Disse rindo, ela sorriu. Saímos todas de casa e o jipe estava saindo da garagem com um “Aleluia” de tio Emmett, Tio Jasper pegou as bolsas correndo e se jogou no banco do carona. E assim fomos embora, com Esme acenando e rindo de nossas palhaçadas.

No caminho para a escola foi só palhaçada, motoristas buzinavam enquanto elas jogavam os cabelos e fingiam que não ligava, era estranho como as atitudes delas deixam os humanos loucos e os olhares meio besta e deixando saliva escorrer pelo canto da boca, logo chegamos à escola. O sinal tinha acabado de bater, cada um mandou beijos para as outras e cada um foi para a sua aula – a minha primeira aula era de história, que eu tinha com Jake. Mas agora era somente eu.

Corri e quase passei da porta, quase todos olharam para mim e eu corei, um certo menino que tinha cara de homem em especial olhou para mim com admiração, corei ainda mais.

- Oi. – Disse Ângela, minha melhor amiga humana, que não sabia meus segredos.  Ela olhou para trás confusa. – Cadê aquele seu amigão? – Ela suspirou pesado em cada palavra dita, seus olhos ficaram para cima, ela parecia imaginar coisas. Eu ri por fora, mas por dentro meu coração – acabando de sua recuperação – havia se apertado todo novamente.

- Foi viajar. – Disse uma verdade pela metade, ela deu de ombros. – Espero que não demore na viagem. – Eu gargalhei dando um pequeno tapa em seu braço. – O que foi? – Ela disse prendendo uma risada suave.

– Não pense besteiras com meu Jake no meio. – Meu pai havia me falado depois de várias perguntas de porque Ângela agia daquele jeito toda vez que via Jake.

– Tudo bem. – Com um biquinho ela se virou para frente, me virei também ainda rindo foi quando vi que o professor ainda não tinha chegado.

- Bom dia classe. – Ele disse entrando rápido, aquilo pareceu que era uma máquina e estava no modo “automático”.

- Bom dia. – Retribuímos e eu dei o meu sorriso de sempre.

- Bom, vocês devem ter percebido que tem gente nova na turma. – Ele deixou os livros cair na mesa. – Novato, pode vim se apresentar para a turma? – E então o novato se levantou, enquanto ele passava por mim. Percebi que era o que me olhou com admiração, estudei cada milímetro dele. – Seu cabelo era curto e repicado, partido no meio, suas roupas eram escuras. Uma calça preta, uma blusa social roxa e uma jaqueta estilo “Rock Star” preta. Ele andou até o meio da sala. Ele respirou fundo e sorriu de um modo irônico.

- Oi, - ele deu uma longa pausa -, meu nome e Damon Salvatore e eu vim de uma pequena cidade em Virginia. Aposto que ninguém sabe qual é. – Ele sorriu em todo momento que se apresentou e depois simplesmente saiu de volta para o seu lugar, demorou um pouco para o professor acordar.

- Muito bem, obrigado. Vamos começar hoje com a primeira Guerra. – Ele começou a explicar coisas que eu já sabia, meus pais me ensinavam enquanto eu não pude ir à escola. Sabia de toda a história, português. Inglês e francês. Meu celular vibrou, peguei em um piscar de olhos e ver o que era, era uma mensagem.

O novato não para de olhar para você.

De: Ângela

Eu ri, ela era observadora. Virei meu rosto discretamente para confirmar o que ela disse e sorri corando, ele estava sorrindo para mim.

A aula foi normal como sempre, o sinal tocou e eu bufei dando aleluia.

- Que tédio. – Ângela disse guardando as coisas, eu ri com ela. Fui andando para fora da sala quando alguém me parou.

- Oi. – Uma voz grossa, aveludada e nada humilde falou comigo, eu sorri gentil. Era o novato.

- Sou Damon. – Ele disse sorrindo torto.

- Renesmee, mas esse nome e longo então só Nessie. – Disse rindo, e eu corei, nunca tinha falado assim. Normalmente e só “Renesmee” ou “Nessie” ,ele riu e apertou minha mão.

- Prazer em conhecê-la. – Em seus lábios se formavam um sorriso charmoso que eu tive que ignorar. – Está gostando de Washington? – Perguntei olhando para qualquer lugar que esteja na altura dele.

- Aqui e legal, cidade grande. Bem diferente do que eu vivia. – Ele disse empolgado, eu sorri.

- Eu tenho que ir, a gente se vê. – Disse um pouco apressada demais, apertei sua mão de novo e sai da sala quase correndo, escutei um sussurro como “Tomara que tenhamos mais aulas juntos”, mas ignorei, era estranho como aquele cara me deixou nervosa, mas deixei a sensação para trás quando me mãe me parou.

- Para onde você pensa que vai? – Ela estava encostada na porta de seu armário, e eu percebi que estava quase passando do meu.

- Hum...lugar nenhum. – Disse olhando para o fim do corredor, e depois fui para o meu armário pegar meu livro de matemática e guardar o de historia.

- Nessie você não está bem. Vi que você conhecia um cara novo, mas ficou tudo embaçado. – Tia Alice sussurrou para mim, eu sorri torto para ela.

- Um novato na turma. – Disse ainda sorrindo, ela no começo me olhou desconfiada. Mas depois sorriu.

- Faça novas amizades. – Ela disse me abraçando. Minha próxima aula era com Rose e Jasper – eu evitada chamar ou pensar “ tio” ou “tia” para passar a coisa de “irmãos” – foi quando percebi que nenhum dos homens estavam por perto.

- Onde estão os homens dessa família? – Disse olhando em volta.
- Chegando. – Emmett anunciou e logo me abraçou do seu modo “urso”, eu sorri. Sentia-me confortável com ele. Logo eu senti uma onde de paz e harmonia, Jasper havia chegado. Olhei para ele um pouco desconfiada.

- Desculpa. – Ele disse dando um sorriso grande, eu sabia a razão da felicidade.

- Tudo bem, mas se controle. – Disse rindo, era uma sensação tão boa. Ele deu um beijo rápido, mas apaixonado em Alice e logo se soltou para acompanhar eu e Rose.

Entramos na sala, que não era muito longe de nossos armários, e sentamos juntos. Jasper e Rose se sentaram lado a lado e eu sentei na frente, com um humano meio estranho ao meu lado. – Aula de matemática era muito boa para mim, raciocinar e fazer cálculos era uma coisa que me deixava ativa, o único problema e que o professor me destaca dos outros e nessa aula eu não tenho uma fama muito boa. Toquei em Jasper e lhe mandei como eu não queria ser destacada hoje nem nas outras aulas.

- Vou tentar. – Disse me dando um sorriso confiante. Comecei a fazer os exercícios e nada aconteceu a aula toda, o que acontecia era somente ele parando, olhando meus exercícios e dizia “muito bem” ou “continue assim” e fazia o mesmo com os outros alunos.

- Obrigada. – Sussurrei para Jasper, que sussurrou de volta um “sem problemas.” A aula passou bem rápida e quando dei por mim o sinal estava tocando dando o seu fim, enquanto arrumava minhas coisas, meu coração apertou. Era nessas horas em que Jake vinha e me abraçava e dizia como a aula dele estava chata por não ter ninguém legal para ele conversar – sorri lembrando-se dele -. Mal sai da sala e tia Alice já estava na porta com um sorriso super empolgado.

- Vai ter festa, eu vi! – Ela bateu as mãos em palminhas super empolgadas enquanto tio Jasper a abraçava.

- Quando? – Ele perguntou com um sorriso.

- Amanhã, Carlisle que vai dar. Para ver os velhos amigos. – Sua empolgação me deu medo, ela queria que eu usasse um modelo super glamoroso – até demais- sorri tentando parecer empolgada igual ela e tia Rose.

- Isso e ótimo. – Disse de uma forma gentil arrumando minha bolsa, ela sorriu, mas logo percebeu minha “animação”

- Nessie... - Ela deu um suspiro. – Prometo não exagerar. – Olhei para ela e toquei seu braço, estava perguntando se aquela promessa era verdade.

- Toda. – Ela beijou os dedos. – Promessa. – Eu sorri empolgada e sai para as outras aulas, enquanto saia as duas pulavam em círculos planejando penteados e vestidos.

- Loucas. – Disse zombando de cabeça baixa e fui logo para a próxima aula antes de ser percebida. Na aula de artes eu pintei uma laranjeira que vivia na floresta atrás de casa e eu adorava ir lá, nas outras aulas ocorreu tudo normal – como outro dia – Em educação física, só consegui dar um ataque pela ajuda de tio Emmett, não vi mais Damon – o novato.

• •

Estava quase anoitecendo, todos os deveres já estavam feitos há muito tempo e cada um estava fazendo o que gosta. Meu pai e tia Alice estavam jogando xadrez e eu estava vendo o quanto era engraçado – ela tentando prever os movimentos deles e ele lendo a mente dela – Carlisle estava em seu escritório convidando seus velhos amigos para a festa, Esme estava na cozinha aprendendo a fazer pratos para mim – como se precisasse – Tio Emmett e tio Jasper estavam vendo um jogo de basquete, o estranho e que ele estavam muito interessados naquilo – parecendo minhas tias vendo novela! – Minha mãe estava no andar de cima com tia Rose conversando alguma coisa que eu não poderia saber. Faltava alguém naquilo tudo, meu coração se apertou.

- Não fique assim. – Meu pai disse parando a atenção do jogo, “Pare de invadir minha mente, pelo menos agora” pensei olhando atentamente em seus olhos dourados.

- Tudo bem. – Disse ele em um sorriso torto, era estranho pelo mais que eu tenho os hormônios adolescente explodindo em mim, ele não alterava seu humor. Resolvi subir para meu quarto, fazer alguma coisa de interessante – somente pra mim – meu celular estava encima da cama, resolvi olhar. Tinha mensagem...

Mal cheguei aqui e já sinto sua falta. Todos aqui sentem a sua falta, só estou avisando que estou bem e eu te amo.

DE: Jacob

Passei o dedo na tela, e meio louco. Mas eu tinha certeza que senti os braços quente dele me envolvendo, “meu melhor amigo, meu maior companheiro.” Pensei fechando os olhos e caindo na cama. Meu pai deu um rosnado no andar de baixo, me deitei na cama e respondi sua mensagem.

Eu também sinto sua falta, to sentindo falta de alguém chamando minhas tias de “Barbie” ou “tampinha”, acho que vou começar a chamar para elas não se esquecerem de você.

Mande lembranças a todos por mim, e eu também sinto falta de todos – menos da Leah – e que Billy melhore logo, quero você aqui comigo de novo.

Eu ri quando coloquei “menos da Leah” nós não nos damos bem desde que me entendo por gente, também ouvi risadas no andar de baixo. Mandei a mensagem e joguei o celular para o lado e fiquei deitada pensando em todos em Forks – os lobos, meus amigos e o quanto fizeram por mim – eu não merecia aquilo, aqueles amigos e que sempre estavam comigo e eu os teria na minha festa de aniversário.

Tia Alice já jogava a minha porta fora em segundos depois de meu pensamento.

- Então você vai me deixar fazer? – Seus olhos dourados quase saiam de tanta ansiedade, eu não tinha deixado ela planejar uma mega festa para mim com medo.” Socorro pai.” Pensei me encolhendo na cama. Logo ele chegou.

- Ela só pensou em uma possibilidade Alice. – Ele a abraçou por trás impedindo de fazer alguma coisa, ele ria.

- Mas eu vi, tinha uma festa. – Ela brigava e logo saiu do “abraço dele.”, eu bufei derrotada.

- Não exagera tia. – Disse dando minha bandeira branca,faltava ainda dois meses e eu não entendia aquela ansiedade antes, ela pulou em minha cama e me agarrou em abraços.

- Obrigada, obrigada. – Ela saiu da cama com um sorriso. – Sai Edward, tenho muita coisa pra fazer. – Ela empurrou meu pai que me olhou confuso e eu fiz uma careta “Não fui eu.” Ele riu e saio do meu quarto, eu ria da cena e percebi que meus olhos pesavam. Coloquei meu pijama e me arrumei para dormir. – Acho que eu estava muito cansada e não percebi, não tive sonhos ou não lembro, mas era bom. Os últimos sonhos que tive não eram bem um “sonho”, eu chamaria de pesadelo.

Abri os olhos devagar e vi alguém saindo de meu quarto, no começo eu fiquei confusa, mas o cabelo curto e o tamanho de gente eu já sabia quem era.

- Vá se arrumar! – Seu grito era como de um general de quartel, vou chamá-la agora de “general da moda” – escutei gargalhadas vindas de dois quarto de distância atrás de mim. “Se falar alguma coisa, você tá ferrado.” Pensei logo antes que ele estragasse a minha surpresa.

Resolvi levantar da cama para ver o que me esperava no pequeno sofá. – olhei bem e era uma saia rodada preta, um pouco pequena, e uma blusa rosa que tinha um decote em V – era até bonitinho. Joguei de volta na cama e fui ao banheiro me arrumar primeiro. Enquanto ia ao banheiro, vi um vulto passando por minha janela, meus olhos arregalaram e eu quase gritei.

- Tudo bem? – Meu pai já veio interferir por ler minha mente.

- Tudo. – Disse ainda olhando para a janela. – Pode ser um pássaro. – Disse balançando a cabeça, e indo para o banheiro. Escutei a porta de meu quarto se fechando, eu podia me arrumar tranqüila.

- Vem Nessie, vamos nós atrasar! – Minha mãe me gritava enquanto penteava o cabelo, ele não estava bem hoje, desci as escadas correndo e todos estavam conversando, mas tinha que parar e olhar pra mim.

- Nossa... Filha... - Meu pai abriu a boca para tentar falar, mas continuou com a boca aberta. Desci o resto das escadas e sai atropelando todo mundo.

- Para de ser cego e vamos logo. – Ouvi um rosnado atrás e tinha certeza de que era de meu velho.

- Velho não. – Ele disse dando um sorriso torto. – Só com muitos anos de experiência. – Minha mãe virou o rosto, confusa, para ele e ele piscou, ela entendeu. Todos nós demos gargalhadas. Fomos para a escola zuando do meu pai.

Na escola foi o de sempre, alguns olhavam, mas não eram todos. Ainda bem que só foi no primeiro dia de aula. Minha primeira aula era literatura, eu tinha com o meu pai... Quer dizer meu irmão Edward. Eu estava bem empolgada, aquela era uma aula em que eu gostava mesmo, entrei na sala e fiquei um pouco paralisada – também era a aula do novato, meu pai me olhou confuso e também olhou para o novato. “ Ora...não é nada pai.” Pensei parecendo ler seus pensamentos, toquei em sua mão e lhe mandei que não queria que ele ficasse encarando o novato.

- Não prometo nada. – Disse ele de sua forma protetora, tentei me sentar o mais rápido possível.

- Sente-se e fiquem em silêncio. – A Sra. Steiner entrou e jogou os livros na mesa, ela precisava se animar um pouco, seu jeito era de uma senhora que não tinha muito o que fazer na Terra. Seu cabelo bem arrumado em um coque civilizado estava dando ar de autoridade, seus óculos com a armação nova – de novo – não dava o charme que queria apesar de ter afinado seu rosto fofo, aquelas típicas professoras que querem ser duronas, mas não conseguem.

- Tem um novato na turma! – Falei me destacando de todos piscando os olhos depois de minha revisada.

- Hum...e mesmo. – Ela passou por ele abaixando os olhos analisando, eu soltei um riso abafado quando percebi que ela estava paquerando ele.

- Bom, vamos começar... - Ela piscou e andou de volta para a sua mesa, eu ainda ria abafado com a situação.

- Para. – Meu pai disse tentando também prender sua risada, respirei fundo e sorri.

- Pronto. – Disse sorrindo, ele sorriu agradecendo.

A aula correu, literalmente, a Sra. Steiner tentava ignorar o novato de uma maneira estranha. Não tinha como não rir – o sinal tocou logo.

- Vou para a aula de biologia. – Meu pai falou me dando um abraço, eu sorri. Tinha aula com a tia Alice agora. Enquanto guardava minhas coisas, um corpo ficou atrás de mim. Eu me virei e era o novato.

- Oi. – Ele disse dando um sorriso torto. Levantei a cabeça para olhar e me arrependi, seus olhos azuis igual ao oceano, marcantes estavam olhando nos meus cor de mel, seu rosto era bem desenhado e seus dentes brancos era de uma perfeição inexplicável.

- Oi. – Disse tentando achar o ar, meu coração acelerou e eu corei por ter a reação desnecessária.

- Então, está aqui há muito tempo? – Perguntou de um modo gentil, ele queria puxar assunto.

- Não muito tempo. – Sorri gentil, pude ver tia Rose quase esbarrando no pessoal do corredor para não me atrapalhar.

- Hum...- Tudo que ele disse, me virei para ele e sorri. – Está gostando da cidade? – Perguntei sorrindo, ele sorriu também.

- E, é legal. – Não pareceu sincero sua resposta.

- Vai ficar melhor se você me mostrar. – Ele sussurrou em meu ouvido, eu corei – que reação idiota! – depois ri.

- Ta me paquerando? – Sorri, “Não atrapalhe pai.” Eu podia sentir ele chegando logo em alguma parte do colégio, ele podia vim voando. Ele olhou pro chão e depois pra mim sorrindo.

- Entenda como quiser. – Suas mãos estavam dentro dos bolsos da calça, eu sorri.

- Te vejo mais tarde. – Disse de uma forma provocativa, ele sorriu e foi ao lado contrario do corredor.

Logo minha tia Alice chegou empolgada.

- Eu vi, vocês iam conversar. – Ela disse rindo.

- Obrigada por me avisar só agora. – Disse dando uma risada irônica.

- De nada. – Seu sorriso também foi irônico e eu não pude deixar de não rir.

As aulas voaram, não sei se foi porque a maioria delas eram com Tia Alice, que me dizia das coisas da festa de hoje. O que vestir, o que fazer, educação e blá,blá,blá. Tenho que obedecer a general.

Mal chegamos em casa e ela já foi me empurrando junto com a tia Rose, minha mãe e minha vó.

- Vocês vêm comigo. – Ela parou e olhou para os homens assustados. – E vocês vistam alguma coisa que preste! – Eles assentiram e nós continuamos a ser “empurradas.”

- Calma general da moda. – Disse rindo, ela me olhou furiosa.

- Só não faço nada, porque seu vestido e perfeito demais para ser estragado. – Arregalei os olhos quando vi que ela estava falando sério.

No quarto, ela mandou todas ficarem se arrumando em partes e ela dizia o que fazer, que maquiagem fazer, que roupa, que sapato. Eu fui a sua primeira cobaia – como sempre – ela me pegou pelos braços e me sentou em sua frente.

- Você vai ficar mais linda do que é! – Minha tia disse dando seus pulinhos empolgados e começou a me maquiar, bom eu sabia me maquiar sozinha – uma coisa que ela me ensinou desde pequena – mas ela dizia que era melhor ela maquiar.

Depois da maquiagem, eu fui procurar as minhas roupas espalhadas na cama.

- Como eu disse, não ia exagerar. – Ela disse sorrindo com um delineador na boca. Achei um vestido dourado com uma plaquinha escrita “Renesmee” na letra mais bela de todas.

O vestido era lindo, sua saia era de renda e era um pouco rodada, um cinto dourando estava preso e era para ser usado na cintura e logo acima um top dourado. Foi ai que eu entendi a maquiagem.

- Adorei. – Disse rindo, aquilo era claro que era o “sem exagerar” de tia Alice. Se eu não tivesse falado nada, o vestido mal chegaria ao final de minhas coxas.

- Eu sei. – Ela disse dando uma risadinha aguda. Corri para o banheiro pegando meus sapatos – que era umas sapatilhas, também douradas  - e me vesti com cuidado, sempre tive esse cuidado de não estragar as roupas dela.

Sai do banheiro e todas olharam pra mim – como sempre – eu sorri tímida e fiz uma cara de “Tcharam”

- Está linda minha filha. – Minha mãe disse ao seu sorriso encantador.

- Ta bom, agora deixa a gente se arrumar Nessie. – Disse minha vó antes de a General abrisse a boca.

- Tudo bem. Boa sorte com a general. – Mostrei a ponta da língua quando terminei de falar para ver o que ela fazia.

- General....Nessie sai Logo! – Ela disse apontando para a porta, eu dei uma risada e sai. Fui até as escadas e vi que não tinha ninguém ainda, resolvi ir até meu quarto e fazer uma coisa. – Fui até meu quarto e peguei meu celular na bolsa e disquei o numero bem conhecido.

- Alô? – A voz que eu sentia falta falou.

- Jake, sou eu, Nessie. – Disse empolgada, ele respirou fundo.

- Oi minha pequena, como você tá? – Ele disse de sua foram carinhosa.

- Eu to bem, e o Billy? E você? Me conta tudo. – Disse persistente, ele respirou mais uma vez.

- Ta tudo bem. – Sua voz estava diferente, eu passei a mão sobre meu cabelo e bufei. Por mais que a nossa amizade era grande, ele demorava a me falar as coisas.

- Jacob Black, me fale agora. – Disse persistente, mas com a voz baixa, dava para escutar sua respiração pesada na linha.

- Meu pai piorou. – Ele respirou fundo mais uma vez. – O médico disse que está difícil pra ele melhorar. – As lágrimas encheram meus olhos e eu lutava para elas não estragaram a maquiagem feita por minha tia.

- Jake, olha, ele vai melhorar. Pensa positivo, esse Billy já agüentou coisa pior. Jake não fica assim. – Disse de certa forma, triste. Sorri torto para incentivá-lo mesmo que ele não esteja vendo.

- Tudo bem, Nessie prometo pensar positivo. – Ele disse por mim, eu dei uma risada empolgada pelo o que ele disse.

- Vai ficar tudo bem, confie nisso. – Eu sorria, era idiota, mas eu sorria. Era como ele estar na minha frente, e na janela passou um vulto.

Dei um pulo e minha respiração acelerou, podia escutar Jake “Nessie?Você está bem?” falando várias vezes.

- Jake preciso ir, Carlisle vai dar uma festa. – Ele deu uma risada abafada.

- Boa sorte. – Eu ri.

- Obrigada, e pensa positivo vai dar tudo certo. – Disse e ele riu abafado de novo.

- Te amo pequena. – Eu sorri, precisava daquilo.

- Eu também fortão. – Nós desligamos ao mesmo tempo.

Eu já podia escutar gente na sala no andar de baixo, coloquei o celular encima do crido-mudo e desci as escadas.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem



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