Bons Motivos para Cometer Um assassinato escrita por Sixpence Angel


Capítulo 9
Capítulo 9: Livros Para Ninar Crianças...




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O sol ainda nascia e junto dele eu despertei. Naquela hora ainda não haviam pessoas nas ruas e Chicago não parecia mais ter aquele ritmo frenético, nem sequer parecia ser Chicago, somente mais uma cidade cheirando a ressaca.

O que fazia Chicago diferente das outras? Bem, depois da ressaca ela se levantava novamente e seria a mesma de sempre, com suas grandes festas e extravagâncias, como se nunca houvesse existido ressaca.

Aproveitei esse momento de "paz" para sair de mansinho até uma cabine telefônica que eu havia descoberto na esquina. Eu precisava urgentemente falar com John, mas não me arriscaria novamente com o telefone da hospedaria.

- Alô... - atendeu-me a voz desgastada de John - Quem fala?

- Ed Anderson.

- Quem?

- Edward Anderson - repeti.

- Ed, meu velho... você por um acaso IMAGINA que horas são?

- Fique calmo, preciso falar com você. É urgente.

- Então fale logo!...Preciso voltar a dormir; minha cabeça dói, e muito... Acho que bebi demais...

- Preciso que pare as buscas, John.

- Hã?

- Não quero ser achado! Não por enquanto, mas eu lhe aviso quando eu puder...

- Como assim? E o nosso plano? Já faz três diasque avisei à polícia e à mídia; não dá pra parar assim, do nada!

- Mas eu não posso ser achado agora! Simplesmente não posso!

- Que história é essa?! - perguntou ele meio rispído - Já vou, já, meu bem...

- Como é?

- Oh, não! Não era com você, é minha garota. Ela deu minha falta...

- Você e suas garotas... - ri ao telefone - Eu a conheço?

- Não sei... Não consigo me lembrar do nome dela, acho que tinha alguma coisa haver com...

- Vamos voltar aos negócios. Bem, a história é muito longa para ser contada agora, mas peço que resolva isso.

- Vou ver o que posso fazer... - respondeu-me desconfiado.

 

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Quando voltei à pensão, Vitor acabara de se levantar.

- O que foi fazer lá fora, assim tão cedo? - perguntou-me ele com curiosidade.

Vitor era uma figura engraçada; o andar meio lento e pesado, a ossatura larga e o jeito meio "trapalhão" denunciavam logo sua origem italiana. Os olhos pequeninos e castanhos e o bigode fino de pontas arrebitadas davam-no uma fisionomia caricata.

- Fui tomar um ar - expliquei - Acabei acordando e não consegui dormir mais.

Ele deu um longo bocejo e depois me olhou com cara de sono.

- Vocês franceses são uma raça esquisita... se bem que é meio difícil se acosturmar aqui, até hoje Henry reclama de não conseguir dormir direito...

Eu ia lhe perguntar-lhe se Henry também era recém-chegado, mas ele apressou-se em explicar.

- Henry chegou aqui há mais ou menos um mês e meio, antes disso, Scott dividia o quarto com um sujeito mal-encarado chamado Pete Owson; ele era metido com contrabando de bebidas.

Ele despediu-se de mim dizendo que precisava ir para o trabalho enquanto cambaleava de sono. Eu, ciente de que não conseguiria mais dormir naquela hora, postei-me na pequenina janela do quarto junto de meu inseparável relógio de ouro. Havia sido um presente que um amigo da minha família me deu; eu ainda podia me lembrar perfeitamente da aparência respeitável e do olhos que transbordavam de generosidade daquele senhor.

Por um momento senti uma profunda tristeza ao me lembrar do "favor" que Marie havia me pedido; eu ainda não concordava com a idéia e não ia desprezar completamente minha rígida educação católica (embora mais tarde eu tivesse optado pelo protestantismo). Entristeci-me também por não conseguir idealizar forma alguma de realizá-lo.

Emperdiguei-me tentando afastar esses pensamentos. Comecei a concentrar-me na agitação que vinha do corredor e, curioso, meti a cabeça pra fora da porta para ver o quê estava acontecendo.

Pude distinguir a pequenina silhueta de Annie, esboçando gestos apressados. O som de sua voz musical chegava-me aos ouvidos como pontadas que anunciavam uma dor-de-cabeça que não demoraria muito a chegar. As ligeiras mãos pálidas de Emily jogava diversos tipos de roupas aos braços de uma terceira figura, a qual custei a descobrir que era Marie.

- Eu já procurei no armário, procure agora no baú, só pode estar lá! Não, não é o vermelho, é o azul. Sim, esse mesmo. Achou? Santo Deus! Já não era hora! - berrava Annie.

Em um instante, todas as roupas foram ao chão. O rosto da francesinha agora estava transformado de uma forma da qual eu jamais a reconheceria. Senti a atmosfera pesada. Movido por um impulso, fechei lentamente a porta e encostei o ouvido nela para saber o que se passava. As vozes de Marie e Annie alteavam cada vez mais, até que em determinado momento cessaram.

Ao ouvir soluços baixos e abafados, tomei coragem para abrir a porta.

- Senhorita, está se sentindo bem? - perguntei à triste figura que se encontrava atirada ao chão, com a cabeça enfiada nas mãos.

Arrepiei-me ao ver ela atingir-me com seus olhos azuis cheios de lágrimas e logo em seguida soltar uma estridente risada.

- Quem é você para me chamar de "senhorita"? - gargalhou com os risos misturandos-se aos soluços, logo em seguida voltando a chorar de cabeça baixa.

Não digo que cheguei a ficar triste por ela, seria hipocrisia de minha parte, a única coisa que eu sentia era pena dela.

Estendi-lhe a mão para que se levantasse, ela levantou a cabeça novamente e aceitou-a. Voltou a encarar-me, enquanto suas lágrimas cristalinas desciam-lhe pelo rosto, que agora se encontrava avermelhado e contrastava com seus profundos olhos azuis. Era-me, de certa forma, deprimente ver a juventude, a beleza e a felicidade - coisas que eu e toda a minha geração idealizava - maltratadas de tal forma.

"Pobre criança..."pensava eu enquanto via a triste cena.

Diante de tal situação, tive uma atitude que nem eu e muito menos ela esperava: tomei-a em meus braços, acariciando-lhe suavemente os cabelos. Ela se adequou rapidamente so meu abraço, de tal forma que sua cabeça afagava-me o peito e suas lágrimas rolavam quentes pela minha camisa.

- Sente-se melhor agora? - sussurrei-lhe.

Ela afastou-se de mim e balançou afirmativamente a cabeça, secando as últimas em seu semblante com a manga da camisola que trajava. Sorri-lhe em resposta.

Abaixei-me e comecei a dobrar as roupas espalhadas pelo chão.

- O quê está fazendo? - perguntou ela, estática.

- Estou dobrando essas roupas, o quê mais seria?

Abaixando-se,ela começou a dobrar as roupas também. Ela soltou um suspiro indiferente.

- Tenho raiva de mim - comentou - Sinto inveja de Annie, invejo-a porque tem liberdade e eu não.

Como se quisesse descontar a raiva, ela apertou entre os dedos um chamativo vestido brilhante. Imaginei o quão difícil foi para ela daptar-se àquela nova "família". Via-se claramente que Mrs.Teapie não tinha estrutura mental e muito menos emocional para ter alguém sobre sua tutela e mal o tinha para cuidar de si mesma. Era Marie que controlava suavemente as "rédeas" da situação, desde os afazeres domésticos até os assuntos pessoais da madrasta.

- O que faz você confessar-me isso? Eu sou quase um estranho aqui... - perguntei-lhe.

Ela olhou-me pensativamente e por fim sorriu.

- Para ser franca, não faço idéia.

Admirei por uns momentos o rosto de Marie, com os cabelos desgrenhados, roupa de dormir e os olhos azuis que agora perdiam a vermelhidão provocada pelo choro. Lembrei-me o quanto fui idiota em pensar que a vida nas cidades era fácil e que nelas todos eram felizes.

- Está muito cedo, vá dormir e deixe que eu termino isso. - disse à ela.

- Você está está fazendo troça comigo, não é?

- De modo algum.

- Achei que você era muito diferente... - balbuciou ela.

- Que quer dizer com isso?

Ela não me respondeu, apenas desceu as escadas em direção ao seu quarto.

Estranho como aquele lugarzinho me afetou. O espírito de bom samaritano, que há muito fora abandonado na beira de uma estradinha escura qualquer, agora mostrava-se mais vivo do que nunca e o sotaque georgiano, estranhamente, dava-me sinal de querer entoar-se junto à minha fala, justo num momento que eu jamais poderia deixá-lo transparecer...

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Fiquei deitado no meu quarto na esperança de que algo me surgisse, o que de fato aconteceu. Uma das idéias me soava demasiadamente fantástica para dar certo, a outra, me necessitariam mais recursos e a última, me parecia boa, só precisava ser melhor trabalhada.

Só me dei conta de que já era tarde quando alguns raios de sol se levantavam contra meu rosto através do vidro da janela e o som das rodas e buzinas dos automóveis já eram perfeitamente audíveis.

O tom amarelo que se espalhava por quase toda a casa me deu vontade de me deitar novamente. Tentando tomar coragem de descer às escadas, me agarrei no corrimão de madeira no alto da escada.

Estranhei não ter ouvido as vozes altas e animadas do hópedes na mesa, mas sim sussurros sibilantes, quase imperceptíveis. Curioso, inclinei-me tentando distinguir alguma coisa, talvez da mesma maneira que fez Marie no dia anterior.

- ...estranho... Que acha dessa história? - perguntou uma das vozes.

- Não sei... Não me soa bem... - respondeu uma segunda.

- ...Chegou aqui do nada! Não sabemos nada sobre ele... não confio em estrangeiros... coisa nenhuma!... Talvez seja um revolucionário ou coisa pior! - replicou a primeira.

Percebi que falavam de mim. Usei de toda a minha compostura para impedir que minhas altas e incontáveis risadas ecoassem pela sala.

Pobres homens! Os filmes de faroeste - ou mesmo a falta do que fazer - afetaram-lhes a cabeça! Falavam de mim como se eu fosse um psicopata sanguinário, justo eu, que tive fama de "tolinho ingênuo" e mais tarde de calculista! Daí a me confundirem com um bandido armado era um enorme passo.

De jeito ou outro, era melhor que fosse assim, era melhor que eles pensassem que eu era um bandido do que descobrissem quem eu era de verdade. Nisso eu tinha um certo tipo de vantagem, já que minha fisionomia era facilmente perdida no meio de uma multidão (sempre me paravam na rua com um "Você me parece familiar..." ou então me confundiam com "o solteirão que se mudou no final do bimestre passado" ou algo do tipo).

Depois de quase ter uma crise de risadas, desci fazendo cara de quem acordou não havia muito tempo. Henry e Scott se entreolharam como se ambos houvessem visto um fantasma.

- Bem, Scott, não acha que aquela tábua precisa de um conserto? - disse Henry a Scott, projetando a voz o suficiente para que eu ouvisse.

- Bom dia - interrompi.

- Bom dia, Adam - cumprimentou-me Scott em um sorriso amarelo.

- Bom dia, Adam - disse Henry e continuou:- O que acha dessa tábua? Não consegui pensar em nada mais desde que acordei...

- Precisa de um conserto... - disse eu, ignorando o fato de ter escutado a conversa anterior - ... Se eu soubesse até o faria, mas...

- Scott pode fazer isso, não é mesmo parceiro? - exclamou Henry, voltando-se para Scott - Uma vez me disse que trabalhou em uma carpintaria.

- Não sei... Acho que estou sem prática... - balbuciou Scott.

- Então aquele tempo todo se gabando de que com madeira você sabia fazer de tudo eram só conversa, hein? - exclamou Henry, erguendo, zombeteiramente, uma das sobrancelhas.

Um estrondo em uma das portas do segundo andar assustou-nos.

- Quem ainda está lá em cima? - indaguei, fazendo rapidamente as contas de quem já havia saído e quem restava.

- Deve ter sido o vento... - respondeu Henry, desinteressadamente.

- Ou isso, ou o velho ainda está lá em cima... - replicou Scott com o mesmo ar desinteressado.

- Estou à ponto de acreditar que Mr. Marcus é um fantasma que perambula entre os cômodos. - brinquei - Ou uma brincadeira de mal gosto que vocês inventaram para assustar recém-chegados.

- Está, infelizmente, vivo e bem vivo - afirmou-me Scott comum certo pesar na voz.

- Acho que dia ou outro, sento-me no sofá e não saio até vê-lo cara-a-cara - disse eu.

- Se eu fosse você não ficaria tão curioso - aconselhou-me Henry - Vai acabar se arrependendo, à ponto de nunca querer ter visto-o em toda a sua vida.

Calei-me diante do ardor de tal afirmação. O assunto parecia incomodá-los, então permaneci quieto.

Antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa, Marie entrou na sala como um raio, segurando nas mãos, cobertas por um pano, uma bacia de água fumegante.

- Bom dia - trovejou ela sem dar muita oportunidade para conversas.

- Bom dia, Marie - cumprimentou Scott - Pra quê tanta água? Vai fazer um parto?

- Isso? Oh! Vou fazer as unhas, pra quê preciso ir num salão que vai me cobrar caro se eu mesma posso fazê-las? - sorriu ela.

Rapidamente esguelhou-se pelas mesas até chegar em seu quarto. Esperei que os outros dois saíssem da sala para seguí-la e abrir discretamente a porta do quarto.

Pude ver pela fresta da porta entreaberta um pedaço do imponente rosto de Marie. A fumaça fazia com que o suor brotasse-lhe à testa, mas mesmo assim seus olhos azuis continuavam compenetrados no pequenos envelopes brancos que tinha em mãos.

"Fazer a unhas, hein?"pensei, dando um pequeno sorriso "Garota esperta..."

- Violar a correspondência dos outros é um crime grave - disse eu de modo sarcástico.

Ela estremeceu por ser pega "com a boca na botija", mas respondeu-me no mesmo tom sarcástico.

- Não mais do que se passar por outra pessoa. - ela fez uma pausa e continuou:- Aliás, veja só quem está se metendo na vida dos outros agora.

Não respondi, apenas tomei a liberdade de entrar no quarto e examiná-lo rapidamente. Era um cubículo de aproximadamente 2x2 metros quadrados. Uma lâmpada, que pendia no teto pendurada por uns fios elétricos bastante visíveis, estava acesa, mas não trazia ao quarto luminosidade alguma, pois o tom acinzentado das paredes o escureciam. Encostada a parede oposta a da porta, havia uma cama de madeira, com o colchão forrado por um lençol azul desbotado pelos anos; havia também uma prateleira de madeira, com algum objeto que eu não conseguia identificar devido a escuridão.

- A quem pertece essas correspondências? - perguntei aproximando-me da prateleira, que carregava consigo uma solitária bailarina de porcelana.

- Ao velho - respondeu-me ela sem cerimônias, logo em seguida soltando uma exclamação enojada - Veja só isso! Não consigo ler mais do que as primeiras linhas. Oh! Tome cuidado com as manchas de suor; ele não gosta que mexam nas coisas dele e nota os minímos detalhes.

Forcei a vista para ler a carta ("Não sou nada sem meus óculos", sorri-lhe), ficando igualmente enojado com tais atitudes de Mr. Marcus. Era uma mulher que lhe escrevia, isso é tudo o que posso dizer, pois o resto do conteúdo era tão fútil, na falta de outro termo, que é melhor não citá-lo.

- Do quê se trata o resto?

- Dívidas de jogo - respondeu-me de modo indiferente.

Afastei a bacia de água quente e sentei-me no chão junto à Marie.

- Escute Marie - comecei, colocando delicadamente a mão no queixo dela - Você não precisa matar uma pessoa para resolver seus problemas. Eu pago essas dívidas e dou um jeitode Mr. Marcus ir para bem longe e nunca mais voltar.

- Sei bem disso - respondeu-me livrando-se de minha mão -, e agora vai jurar-me eterno amor e prometer-me fugir para uma linda casa de campo, ou melhor, para o mais belo e caro lugar onde eu quiser morar, logo amanhã de manhã e então nos casaríamos secretamente e todos viveriam felizes para sempre, não é mesmo?

Vendo-me derrotado, levantei e sentei-me em uma das pontas da cama.

- Não, não sou tão sujo para chegar à este ponto - disse-lhe - Você tem uma bela imaginação, daria-se bem em meu ramo.

- A questão não é essa, senhor. - disse ela sentando-se ao meu lado - O que está em jogo aqui é a honra.

- Acho que na relação de "chantageado" e "chantageadora" não é necessário me chamar de "senhor" - ironizei - Além do mais, acho muito brutal para uma garota que mal completou a maioridade carregar consigo a culpa de um assassinato por uma vida toda.

- Não ligo muito para essa coisa de consciênsia - devo ter replicado com um "E não tem mesmo cara de ligar" - O senhor até pode pensar isso, mas o problema real é que você não tem idéia do quê fazer.

- Não é necessário me chamar de "senhor" e... - olhei-a com petulancia -... não tenho mesmo. Como soube?

- Sei quando as pessoas mentem pra mim! - disse ela - Oh! Você deve ter alguma coisa guardada aí! Conte-me!

Relatei-a as minhas idéias. Quando terminei, ela me lançou um olhar engraçado, meio aturdido.

- Eu podia jurar que você era um daqueles que escrevem por recomendação de um psicólogo, sabe? Para não fazer nenhuma besteira, e por um acaso acabou fazendo sucesso - disse ela.

- Deus do Céu! De onde tirou isso? Eu nunca precisei de psicólogos!

- Não sei... Acho que li em algum lugar ou alguém me contou...

Enquanto ela tentava se lembrar de ondeu havia lido ou quem havia lhe falado, tive um súbito e infundável lampejo de curiosidade.

- Já leu algum de meus livros?

- Eu? Bem, uma vez eu li.

- O que achou dele?

- Não me lembro - disse com ar pensativo - Eu o lia quando não tinha sono, sempre acabava dormindo...

- Ah, bem, que grande elogio! - disse eu com naturalidade - Talvez eu escreva uma coleção de livros para ninar crianças e faça uma grande dedicatória a você no primeiro volume.

Ela tentou desculpar-se, mas juntou-se a mim quando desabei em risadas. Ambos rimos por vários minutos, como duas crianças e quando paramos acabamos por rir novamente, da cor avermelhada que tomara conta de nossos rostos. Depois, me lembrei que havia um bom tempo que eu não fazia aquilo, tanto que já havia me esquecido daquela boa sensação.

- Ago-... - ofegou Marie, enxugando as últimas lágrimas de alegria que lhe sobravam no rosto - Agora, ponha-se pra fora daqui, tenho muita coisa à fazer. Além do mais, o que vão pensar de mocinhas que fizam às gargalhadas com rapazes em seu quarto?

- Você não me parece ligar para o que os outros pensam - brinquei.

- E não ligo mesmo - respondeu-me - Mas é melhor que você vá e, se não houver ideia melhor até a noite, avise-me que darei um jeito com aquela...

- Está bem - caminhei até a porta - Você não vai desistir mesmo, não?

Ela abanou a cabeça negativamente.

- Então, até a noite.

- Até a noite - despediu-se sorrindo.

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Voltei pessoal! Embora eu nunca tenha saído daqui, eu voltei! o.o' Estou incrivelmente feliz com os acessos, embora a história esteja ainda com pouco capítulos, está indo muito bem até agora e agradeço novamente a paciência dos que leêm e dos que comentam.
Desculpem eu ter batido meu recorde de tempo para postar um novo capítulo, mas me recuso terminantemente em postar um capítulo que eu não tenha gostado, foi o que aconteceu com este, estava pronto há um bom tempo, mas eu quis reformar ele todo para que os diálogos e a narrativa não ficassem muito ruins, estou tentando melhorá-los.
E, para terminar (essa vai para os românticos de plantão), não aguardem muito por beijos ardentes entre Marie e Ed, por enquanto são só amigos ^^



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