Cápitulo 16: Fim de uma Amizade

A biblioteca se encontrava vazia, a maioria dos alunos se encontravam em Hogmead, e outro no jardim, e aqui estava eu, tentando terminar uma poção idiota.
_Me deixe adivinhar – a voz de Abraxas surgiu ao meu lado – problemas com poções, de novo.
_É assim tão obvio? – perguntei sorrindo enquanto ele tomava os ingredientes da minha mão para terminar a poção ele mesmo.
_Bem vendo que na última aula você explodiu e quase matou todos, e agora olhando para suas roupas e seus cabelos, eu diria que sim, é bem obvio.
_Não seja maldoso Abraxas, foi um acidente o que aconteceu na aula – falei fingindo estar indignada.
_Tudo bem, mais todos nós sabemos que isso se deve ao fato de Tom não ter se sentado ao seu lado.
 Afastei-me dele recolhendo os livros e colocando a poção em um pequeno frasco enquanto ele me olhava assustado.
_Obrigada pela poção, mais eu tenho que ir agora – me apressei a sair mais parei ao perceber que ele me segurava pelo braço.
_Me desculpe, não foi minha intenção falar dele – ele sussurrou chegando mais perto enquanto eu tentava me afastar.
_Não podemos nos beijar de novo Abraxas -  disse me afastando ainda mais dele, enquanto sentia seu olhar sobre mim.
_Mais fiquei sabendo que vocês terminaram, depois daquele dia, eu pensei que depois daquele beijo...
_Sim eu terminei com Tom, mais isso não quer dizer que deixei de amá-lo – o interrompi – desculpa Abraxas mais aquele beijo foi um erro, um erro que não pode se repetir.
_Não acredito em você Lílian Baiocchi, diga nos meus olhos que não sente nada por mim, e eu nunca mais toco nesse assunto.
 Ele me segurou forçando olhá-lo nos olhos, seus olhos fixos nos meus enquanto eu tentava me soltar.
_Eu não sinto nada por você Abraxas, sempre foi ele, você sabe disso – ele me soltou me deixando livre para ir.
 Não olhei para trás, pois sabia que tinha o magoado, e apesar de tudo Abraxas é meu amigo, e eu tinha acabado de perder ele também.
_Lílian Baiocchi? – me virei para ver uma garotinha do primeiro ano me encarando enquanto tomava fôlego.
_Sim – respondi enquanto a menina suspirava aliviada.
_O diretor que ve-la, ele está no jardim, e disse para a senhorita se apressar – e assim a garota saiu pelo corredor sem nem ao menos esperar uma resposta.
  Andei m direção ao jardim, o castelo já se encontrava vazio por já ter passado do toque de recolher, a pouca luz fez com que tivesse que pegar minha varinha.
  Estava frio no jardim, o diretor se encontrava perto do lado negro, ele encarava algo no chão que meus olhos insistiram em acompanhar, e tudo que eu ouvi foi o meu grito de desespero ao ver o corpo de uma garota no chão coberta por sangue.