I'm Not Ok escrita por Bones


Capítulo 25
Capítulo 25 - Outro Ponto De Vista (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Pois é, demoramos um pouquinho, mas o capítulo rendeu tanto que precisou de uma segunda parte para não ficar faltando detalhes muito menos ficar cansativo demais para ninguém, certo?
O capítulo trás uma proposta diferente que eu espero que todos apreciem e, caso tenham alguma reclamação, me digam! Isso é muito importante!
Outro motivo para a demora foi o desaparecimento de mais da metade das minhas leitoras, e confesso que o que me devolveu o ânimo e a empolgação para escrever foi, além dos comentários que eu recebi, a linda recomendação da Luana Haner! Obrigada, de verdade! ♥
Enfim, espero que apreciem o capítulo!
Boa leitura!
Obs.: Música recomendada para o capítulo - Mindless Self Indulgence - Straight To Video



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174098/chapter/25

Capítulo 25 – Outro Ponto De Vista



Pressentimento. Mais conhecido como aquela sensação estranha que surge em algum ponto bem no meio do seu estômago e que vai crescendo conforme o tempo passa. Você tenta ignorar, acha que é bobagem, e sempre existe o válido “se comer, passa”. Mas não passa. E nesse ponto, quando você só então se da conta, aquela “sensação esquisita” já se apossou do seu corpo inteiro, pressionou o seu cérebro contra o crânio e a opção de pensar em outra coisa que não seja esse sentimento ruim já não existe. Muitas vezes ouvi dizer sobre pessoas que são mais “sensíveis” do que a maioria e que, por isso, são capazes de pressentir acontecimentos, sendo eles bons ou ruins – a exemplo dos casos sempre citados mundo a fora de gêmeos, mães e filhos e até mesmo cães e donos. –. Mas eu nunca acreditei em pressentimentos. Porque acreditar nesse tipo de coisa me soava muito como “acreditar no destino”, e isso, para mim, sempre foi uma desculpa para tirar a culpa de algo dos próprios ombros. Eu nunca acreditei nessas coisas e nem me passava pela cabeça a idéia de, um dia, ter aquilo como uma verdade.


– Frank? – ouvi meu nome e, só então, voltei minha atenção (pelo menos, parcialmente) para a cena que acontecia à minha frente.


Até aquela manhã.



Tornei a arregaçar as mangas da blusa e em seguida ajeitei melhor aquele peso sobre as minhas pernas que insistia em escorregar pela minha calça jeans. Corri rápido os dedos pelas cordas, tirando um solo improvisado, mas que, de alguma forma, soava bem. Peguei o lápis e o caderno de música ao meu lado, com a mão esquerda refazendo o caminho que acabara de traçar pelo braço da guitarra e a direita anotando tudo com rapidez no caderno. Toquei mais uma vez o curto solo e conferi com o que estava escrito no caderno, só para ter certeza de que todos os sons estavam ok. E estavam, o que me deixou um tanto satisfeito.


Folheei o meu caderno de qualquer forma, vendo em cada folha o início, meio ou fim de uma melodia diferente. O que era meio frustrante: saber que o máximo que eu conseguiria juntando todos aqueles pedaços de melodias seria um Frankenstein em forma de música. Mas eu não estava preocupado de verdade com isso. É uma frustração comum para qualquer pessoa que tenha decidido se envolver com música, imagino eu. Não é tão fácil quanto se pensa, imaginar uma melodia de uma forma linear. Não é como uma história ou uma pintura. Na música as coisas são bem mais abstratas.


E eu só conseguiria transformar a música em um quadro realista se eu a estudasse e praticasse. Então ajeitei Pansy novamente sobre o meu colo e recomecei com os solos, tentando seguir as escalas o mínimo possível, indo em busca de um som mais original e menos repetitivo. Parei novamente para pegar meu lápis quando consegui arrancar mais algumas notas bonitas da guitarra.


– Você também compunha assim, Billy? – olhei de relance para o grande pôster do Smashing Pumpkins colado na madeira da porta fechada do meu quarto enquanto terminava de escrever uma tablatura de qualquer jeito, apenas tomando cuidado para não colocar as notas nas cordas erradas.


O dia parecia calmo para mim. O fim de um longo e monótono fim de semana na “Mansão Iero” – modo com que Mikey muito debochadamente havia apelidado a minha casa. –. Sorri com a lembrança, mas isso durou pouco. Deixei o lápis e o caderno de música de lado por um instante e voltei a me encostar de qualquer jeito na cabeceira da cama, Pansy ainda sobre as minhas pernas. Era para eu estar tranqüilo. Atolado em papéis com cifras e caçando palhetas perdidas no vão do sofá, porém tranqüilo. Mas esse não era o caso. Algo estava me incomodando.


O problema era que eu não sabia exatamente o que.


Eu nunca fui do tipo que se perturba fácil. Me fazer parar tudo e quebrar a cabeça em um mesmo assunto o dia todo era difícil, muito difícil. E isso apenas me deixava mais inquieto, fazendo com que o clima daquele dia para mim ficasse pesado e estranho.


Mas eu tentei não me dar muita atenção. Como disse, não me perturbo fácil. Se eu não sabia o que era, provavelmente não era nada. Talvez fosse apenas falta de companhia, já que eu havia passado o sábado inteiro sozinho em casa. Eu precisava sair e me distrair! Por outras coisas mais importantes na cabeça.


E isso me fez lembrar automaticamente de Ray – e provavelmente fiz a associação rápida justamente por eu estar com a guitarra na mão. –. Há semanas que ele dizia que precisávamos nos encontrar para tocar juntos, e eu não via uma oportunidade melhor do que aquela. Poderíamos inclusive chamar Gerard e Mikey também, que ficaram de se comunicar contando sobre os primeiros dias da estadia de Lindsey em sua casa, mas até agora não disseram uma única palavra sobre. E confesso que, além de tudo, estava curioso para conhecê-la, e esse era mais um dos motivos pelos quais gostaria de falar com Gerard ou com Ray.


É, era uma boa idéia!


Enfiei as mãos nos bolsos da calça jeans em busca do meu celular e, assim que o achei, tratei de procurar na agenda o número de Ray. Estava prestes a clicar em “ligar” quando ouço alguém bater na porta.


– Oi! – falei alto para sinalizar que estava ouvindo. O olhar fixo na porta fechada.


– Frankie...


Minha mãe abriu a porta devagar, colocando parte do corpo para dentro do quarto. Sorri para ela, que sorriu de volta. Pode ser só impressão minha, mas ela está particularmente bonita hoje. Simples, porém muito bonita. Eu gosto de poder apreciá-la em casa de vez em quando. Sua companhia, mesmo com os assuntos escassos para conversas entre nós, é sempre agradável e confortante. Prefiro assim ao invés de vê-la dentro do carro, impecavelmente produzida, mas a caminho do trabalho.


– Tem um amigo seu querendo falar com você.


E, no mesmo instante, franzi o cenho.


– Amigo meu? – perguntei confuso me levantando da cama prontamente e colocando minha guitarra no suporte e o celular no bolso. O caderno de música que já havia esquecido em qualquer canto.


Enquanto descia as escadas de dois em dois degraus, ri da coincidência de estar, minutos antes, justamente pensando em ligar para alguém em busca de companhia ou um bom programa para matar o tédio. Quem será que decidiu me fazer uma visita? Ray? Gerard? Ou...


– Fala, Mikey! – cumprimentei-o animado assim que entrei na sala, rapidamente chamando sua atenção e indo sentar ao lado dele no sofá. – Pensei que fosse passar o fim de semana todo sem te ver! – ele me olhou atento e tentou sorrir em resposta ao cumprimento, mas estava mais do que claro, pelo menos para mim, que a forma com a qual ele apertava uma mão contra a outra não era normal.


Algo estranho se remexeu no meu estômago.


– E aí, Frank? – ele disse sem ânimo algum como se aquela frase tivesse sido inventada e ensaiada um pouco antes de eu chegar.


Não era preciso passar muito tempo com Michael para perceber quando ele está nervoso, ou quando algo o incomoda. Não era difícil notar quando algo estava errado. Ele é uma das pessoas mais transparentes que eu já conheci, e essa foi a primeira característica marcante que percebi nele.


– Aconteceu alguma coisa? – perguntei, sem muitos rodeios, o tom de animação morrendo na garganta. E ele não pareceu tão surpreso com a minha objetividade. Continuou pressionando uma mão contra a outra, o olhar preso nas mesmas.


– Frank... Por acaso você viu o Ray? – O olhar de Mikey era um tanto apreensivo. Engoli em seco.


– Não. A última vez que o vi foi sexta. – Mikey baixou a cabeça e soltou um longo suspiro de descontentamento, as mãos ainda se mexendo sem parar. – Mikey, - aquela situação já estava começando a me deixar nervoso. A curiosidade e a preocupação mescladas com aquela pressão estranha na boca do meu estômago me fizeram repetir a pergunta com um pouco mais de firmeza. – aconteceu alguma coisa?


– Eu... Eu não quis falar nada para o Gerard, então vim falar com você.


Então realmente estava acontecendo alguma coisa?


Assisti ele separar as mãos e descansá-las uma de cada lado do corpo, o tronco agora completamente apoiado contra o encosto do sofá e os olhos fechados por trás dos óculos. Ele parecia cansado e preocupado, mas eu precisava saber do que se tratava.


– Pode falar, então. – encarei-o, tentando esconder minha apreensão crescente para não afobá-lo. Mikey apenas abriu os olhos minimamente e me olhos de esguelha. Suspirou, tornou a fechá-los e só então começou a falar.


– A história é meio longa e um pouco confusa também, mas eu vou tentar explicar desde o começo. – ele fez uma curta pausa para se ajeitar melhor no sofá e então continuou. – Você está sabendo que a Lindsey veio passar uns dias lá em casa, não é? – eu assenti. – Então... Ontem, quando ela chegou, foi tudo uma correria, então não tivemos tempo de falar com você nem com o Ray. – ele murmurou o último pedaço, em tom de desculpas. – Assim que a Lindsey pôs os pés lá em casa com o Arthur, foi uma questão de segundos para a minha mãe virar a cara para ela e, hoje de manhã... Bom, aconteceu o inevitável.


Ele suspirou pesado mais uma vez, o que confirmou a minha idéia do que teria acontecido. Donna tem uma personalidade forte, e isso é bem perceptível. Gerard decididamente teve de quem puxar tanta teimosia.


– Nós acordamos com os gritos das duas na cozinha, discutindo. Foi uma sorte meu pai não estar lá na hora, ele iria se aborrecer muito... – Mikey começou a gesticular um pouco, exibindo uma expressão bastante decepcionada, o que fez com que eu me colocasse no lugar dele por um instante com certa facilidade. Mikey... – Elas discutiram feio e o Gerard decidiu ir tirar satisfações com a nossa mãe... Eu não quis me envolver, e não acho que eu tenha feito errado, entende? Tinha mais a ver com ele e com a Lindsey do que comigo...


Suas mãos se moviam um pouco mais rapidamente conforme ele se exaltava. Eu apenas assenti novamente e esperei ele continuar. Queria saber no que aquela história toda ia dar.


– Por isso eu decidi sair e acabei indo para a casa do Ray. E foi aí que começou o problema! A mãe dele me atendeu, disse que ele estava na cozinha e... Gregory estava lá. Ele e Ray, sentados à mesa, conversando como... Não sei... Amigos? – ele perguntou, mais para si mesmo que para mim. Seu olhar estava vago em algum ponto à sua frente e eu finalmente começava a ligar os pontos. – Sei que parece uma preocupação estúpida e sem fundamento, mas... – ele fez uma pausa para mais um suspiro cansado e logo seu rosto estava novamente virado na direção do meu. – Foi por isso que eu vim te procurar, Frank.


E já que ele estava pondo a situação naquelas palavras, decidi ser igualmente sincero.


– Não acho uma preocupação estúpida. Muito pelo contrário! – ele pareceu surpreso com o meu comentário em um primeiro momento, mas logo me lançou um pequeno sorriso, que eu logo imaginei que fosse de alívio. – Também não confio no Gregory, e imagino que você confie muito menos por tudo o que ele já fez com você e com o Gerard. Eu ficaria surpreso se você me dissesse que ver Ray e Gregory juntos não te incomoda!


– Obrigado... de verdade, Frank! – ele me agradeceu com a face um pouco mais aliviada, mas seu tronco tenso e suas mãos, que haviam voltado a lutar uma contra a outra, me diziam que aquela história ainda não tinha terminado. Encarei-o com firmeza e ele se encolheu um pouco no sofá antes de dizer: - Mas isso não é tudo... Não me preocupa tanto o simples fato de ver Gregory e Ray juntos... O que me preocupou mesmo é que eu ouvi um pedaço da conversa deles... E eles estavam falando sobre o Gerard. – seus olhos levemente arregalados procuraram os meus novamente, em tom suplicante. Enquanto isso aquela pressão no meu estômago apenas crescia e se espalhava. – Mas eu não disse isso para ele, por isso eu vim falar com você antes. Eu não sei nem o que pensar! Gerard está louco para falar com o Ray, e eu mesmo o incentivei um pouco, mas... Não sei mais o que pensar do Ray!


E eu confesso que naquela altura nem eu sabia mais o que pensar. Mas preferi ir com calma e por partes. Precisávamos analisar a situação e, do modo com que Mikey veio me procurar, duvido muito que ele tenha feito isso.


– O que eles disseram sobre o Gerard?


– Não me lembro do Ray ter dito muita coisa, mas eu ouvi o Gregory dizendo algo como “estou puto com o Way” e “ele precisa aprender umas coisas”. Isso foi um pouco antes de eu entrar na cozinha e, até ali, eu não sabia que era o Gregory que estava conversando com o Ray. Quando eu vi, fiquei tão chocado que dei uma desculpa e fui embora. –Mikey terminou, parecendo um pouco mais “lúcido”, o que ajudava não só a ele, mas a mim também.


O caso não era simples, de qualquer forma. Precisávamos fazer algo, porém, ao mesmo tempo, não tinha muito a ser feito. Eu, particularmente, preferia não acreditar que Ray pudesse ter se juntado com Gregory. Apesar do que tudo indicava como certo, eu não queria pensar dessa forma. Ray era um dos amigos mais sinceros e dedicados que eu já havia conhecido. Uma pessoa simpática e engraçada, de caráter e, aparentemente, com boas intenções, mas que comete erros como qualquer um de nós! Tomar como verdade que ele esteve dissimulando durante todo o tempo que passou comigo e com os Way e que ele sempre teve um grave desvio de caráter era como destruir uma boa parte da esperança que eu havia retomado nas pessoas.


Ray passou os piores anos da vida dos Way ao lado deles, e em momento algum ele pareceu ter interesse em deixá-los em busca de uma vida mais fácil. Exceto na escola, e quanto a isso eu não me sinto no direito de culpá-lo ou julgá-lo. Ele pode ter feito algumas escolhas erradas, mas se vender para o Gregory? E em troca de quê? Um pouco de “popularidade” e migalhas de atenção?


Ele não entregaria a cabeça do Gerard por tão pouco...


– Por que você não contou a história toda para o Gerard?


– Não sabia como ele ia estar depois da discussão que teve com a nossa mãe e, além disso, também não consegui imaginar como ele reagiria a isso... Da última vez que ele e Ray discutiram sobre o Gregory, eu quase tive que apartar uma briga. – ele se explicou um tanto envergonhado.


– Ah, cara, desculpa, mas acho que você devia ter falado com ele antes de qualquer outra coisa. –ele abaixou a cabeça, ainda mais constrangido, e se encolheu contra o tecido grosso do sofá. E mesmo assim eu continuei. Ele precisava ouvir isso. E se não fosse de mim, teria que ser de outra pessoa, de qualquer forma. Então, que isso fosse dito por um amigo. - Você passou três anos da sua vida se perguntando o que teria acontecido com Gerard para ele ter mudado tanto e, durante esse tempo, cobrou dele uma verdade que até hoje ele ainda não se sente completamente a vontade para falar sobre. Era algo grave e íntimo, que ele, depois de tanta insistência, ele contou para você com direito a detalhes na intenção de melhorar a relação entre vocês. De tornar as coisas mais claras entre os dois, sem mais segredos ou mentiras.


– Mas eu não estou mentindo! – ele tentou se defender, mas eu não dei muita chance.


– Está omitindo. – disse um tanto seco.


– Eu sei, eu não devia ter feito isso... Eu... Eu vou falar com ele. Ele precisa saber de tudo se quisermos mesmo falar com o Ray ou... Fazer algo a respeito, não sei. Eu... – ele suspirou longamente mais uma vez e repentinamente tirou os óculos com uma das mãos enquanto, com a outra, massageava a ponte do nariz com os olhos fechados. Aquilo me lembrou vagamente seu pai, Donald. – Obrigado, Frank. – ele me agradeceu pela segunda vez durante aquela conversa. Não que ele realmente precisasse me agradecer por algo. Eu realmente gostava quando precisavam da minha ajuda, e jamais a negaria a um amigo. – Eu acho que eu precisava ouvir isso.


Conversamos um pouco mais sobre aquele assunto e sobre outras coisas também, na intenção de amenizar o clima e, quando Mikey e eu estávamos prestes a nos despedir, o telefone toca. Não demorei muito para reconhecer a voz afobada e preocupada do outro lado da linha.


– Alô?


– Alô? Frank? – com certeza era Gerard. Fiz um sinal para que Mikey esperasse um pouco.


– Oi... - ia perguntar se estava tudo bem, mas ele foi mais rápido que eu e me cortou.


– Frank, o Mikey está aí? Estou há quase meia hora procurando por ele, e ele não está em lugar nenhum! Eu preciso mesmo falar com ele! E preciso falar com você também!


O discurso todo foi tão rápido que eu mal consegui entender o que ele dizia. Ao final de tudo, sua voz ofegante era a única coisa que eu conseguia ouvir vinda do outro lado da linha.


– Gerard, se acalma! – e nesse momento toda a atenção de Mikey (que antes estava um pouco dispersa pela decoração da minha casa) se voltou para mim. Ele parecia apreensivo novamente.


Eu não sei se isso ainda é relevante, mas ainda sentia aquela pressão estranha na boca do estômago, e agora minha cabeça parecia pesada, como se ela carregasse informações além da capacidade.


Eu precisava me acalmar. Se não, não conseguiria ajudar ninguém. Nem a mim!


– O Mikey está aqui em casa sim, relaxa. Aliás, você podia ter vindo aqui, não é tão longe. – ironizei. Eu precisava acalmar os ânimos. Os meus especialmente.


– Não, não podia porque eu vou sair agora mesmo e vocês vão vir comigo! – ele disse, ainda apressado. Eu ouvia o som de passos pelo telefone e sua voz um pouco trêmula do outro lado da linha sugeria que ele estava andando de um lado para o outro. – A mãe do Ray acabou de me ligar e ela estava muito nervosa... O Ray está na delegacia.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como eu disse lá no início, realmente gostaria de ter minhas leitoras de volta, todas comentando e interagindo, criticando ou elogiando!
Tenho 24 leitores, segundo o Nyah!, o que faz eu me perguntar: porque não tenho 24 comentários em cada capítulo?
Leitores fantasma, por favor, apareçam!