The Virtue Of My Sin. escrita por SnakeBite


Capítulo 30
Capítulo 30: Death.


Notas iniciais do capítulo

Olá olá ;3
Bem, como todos sabem, a Bite viajou ontem para São Paulo, e aqui é a amiga dela, Samantha ( a qual não tem conta no nyah, 2bs). A Bite me deu o capítulo em um pen drive, pq ela conseguiu escrever um pequeno capítulo, para que eu postasse quando minha internet melhorasse.
Então, aqui está ;3
Boa leitura!



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  Sra. Clarissa, mãe de Taylor, estava estirada no chão, de bruços. Uma poça de sangue junto à sua cabeça fazia jus à sua pele pálida e meio roxa.

  Os cabelos da nuca e dos braços do homem se arrepiaram enquanto seu punho encontrava a parede, socando-a de raiva e nervosismo.

  A mãe de Taylor estava morta?

-O que nós vamos fazer? Acha que ela está respirando?

-Chama uma ambulância, seu lesado!

  Jimmy berrou, passando as mãos nos cabelos, de olhos esbugalhados e completamente chocado. Não, isso era impossível... Quem faria uma coisa dessas? Kid? Talvez... Mas depois do que Zacky havia feito a ele, ainda teria coragem de fazer algo contra Taylor? Mas isso pode ser vingança também, claro.

  O menor pegou o celular.

-Como eu vou contar para Taylor?

  Jimmy sussurrava para si, sentado no balcão, os dedos pressionando as têmporas. Zacky pegou o celular e disse, gaguejando:

-Vou ligar para Taylor.

  O homem tomou o celular das mãos de Jimmy, que levou um susto, encarando-o com os olhos opacos e a pele pálida.

-Não vamos contar a ela nada.

-Saber por mim vai ser melhor do que pela polícia, Vengeance.

-Saber por mim vai ser melhor do que pela polícia. E que por você. Eu vou para casa. Você fica aqui, e espera pelos policiais e pela ambulância.

  Zacky entregou o celular que discava ao amigo.

  Ele se virou, sendo impedido de dar mais dois passos pela mão de Jimmy em seu ombro.

-Não seja grosso, Zacky. Não agora.

  O baixinho apenas o olhou.

  Se virou.

  Saiu da casa.

  Rumou o local do sofrimento próximo.

                        ...

  A lâmina estava entre os dedos de Taylor, reluzente aos seus olhos.

  Lhe fez voltar aos seus 14 anos, o tempo que antecedeu sua rebeldia; o tempo em que a morte de seu pai a rondava, e que a mãe ausente era sempre presente. Os vários psicólogos, a depressão... Foi no dia do enterro de seu pai que ela se cortou pela primeira vez.

 “Só essa vez”, ela pensara consigo mesma. Só para fazer a dor sumir.

  Mas não foi “só aquela vez”. No dia seguinte. E no próximo.

  Até Zacky descobrir.

  Não se lembrava de muita coisa... Apenas dele pegando seu pulso e olhando as cicatrizes... O olhar que lançou a ela em seguida... E então a pobre garota desabou em lágrimas, sem uma palavra se quer fora dita por ele. Mas aquele olhar... O olhar de quem se magoou. E em Zacky seus sentimentos são sempre muito claros para ela.

  Desviou o olhar da lâmina e olhou para seus braços. Algumas das cicatrizes ainda estavam lá, as mais fundas.

  Limpou uma das lagrimas, fungando. 

  Assim que a lâmina encostou em sua pele, fechou os olhos fortemente, se preparando pela dor seguinte.

                        ...

  Zacky acelerava pela pista. Seu coração acelerava, a adrenalina em suas veias parecendo que iam estourá-las. Não conseguia tirar a imagem de Clarisse morta de sua cabeça, assim como não conseguia pensar em como contar à sua amada.

  Não sabia se essas notícias despertariam as dores da pequena Taylor órfã de pai. Não sabia o que esperar, afinal, ela era Taylor. Mas sempre esperar o pior era costume dele.

  Estacionou o carro, saindo e batendo a porta. Entrou na casa, respirando fundo. Na sala só havia um bilhete de Lola que dizia ter ido na casa de algum homem. Não havia sinal de Brian em seu quarto, assim como não havia sinal de Taylor.

  Quando chegou ao próprio quarto, avistou Taylor secando os cabelos com uma toalha, em pé.

  Abriu a porta lentamente, fazendo um rangido. Taylor olhou para de onde surgia o som, fungando.

-Desculpe. Vim só pegar uma toalha.

  Ela pôs-se a andar, mas quando ia passar por Zacky, o homem a segurou pelo braço; para sua total surpresa, a morena se contorceu, puxando o membro com uma expressão de dor.

  Zacky se virou para ela, de testa franzida. Taylor procurou esconder os braços atrás do corpo, olhando para baixo.

-Você se machucou?

-Estou bem.

  Zacky levou alguns minutos para o pensamento lhe ocorrer.

  Com uma feição rígida e ligeiramente raivosa, Zacky puxou o braço dela novamente, que o escondeu.

-Taylor.

-O que?

  Algumas lágrimas já se formavam nos olhos de Taylor, de tanta dor que Zacky estava lhe proporcionando ao tentar puxar seu braço. Quando a dor foi mais do que ela, deixou que o homem pegasse seu braço.

  Fungando e desviando os olhos, a morena sentiu os olhos de Zacky em suas feridas.

-Taylor... Você está se cortando de novo?

  Ele puxou seu rosto pelo queixo com leveza, tentando fazê-la olhar em seus olhos.

-Taylor, você se cortou? Me responde!

-Eu parei há cinco anos, você sabe disso...

-NÃO MINTA PARA MIM! ACHA QUE EU SOU BABACA O SUFICIENTE PRA NÃO PERCEBER QUE ISSO FOI RECENTE?

-Me desculpa, Zacky, é que e-eu não estava agüentando mais, estou ficando maluca com tudo isso, pelo amor de Deus!

  E ela desabou. Assim como quando tinha 14, apenas com mais palavras. Mas as lágrimas, o pedido desesperado de perdão, que imprimia toda a dor contida que sentia há tempos, que só queria por para fora... E como sempre, era com Zacky.

  Mantinha suas mãos firmes aos antebraços do rapaz, este a segurava pelo quadril, sustentando seu peso. Afogava suas lágrimas em seu peito, soluçando violentamente.

-Me perdoe, me perdoe Zacky, eu não queria fazer isso, eu sei que você fica bravo! Mas eu estava tão mal, com uma sensação de que algo ruim iria acontecer desde que você brigou comigo que eu nem estava mais pensando direito!

  Zacky estava atônito com a fragilidade dela. Pensava que ela estava se divertindo sem ele... Não que estava desse jeito.

-Taylor, se acalme, ok? Eu perdôo você, viu? Só... Se acalme.

  Ele limpou as lágrimas que escorriam de seus olhos para sua bochecha, pela sua pele morta e branca, admirando os olhos que se esquecera de quão bonitos eram, que já não via há muito tempo... Esquecera-se de como Taylor era linda...

  Em seguida, abraçou-a com toda a sua vontade.

  Não podia negar que estava feliz por estar falando com ela novamente, de saber que ela se sentia como ele se sentia. Feliz por ter feito as pazes. Só era triste saber que fora por circunstâncias ruins.

  Queria beijá-la. Mas ele sabia que às vezes um abraço era a melhor coisa em certos momentos.

  Como contaria que sua mãe havia morrido?


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