-O que você pensa que esta fazendo aqui? - Suki perguntou se levantando e batendo as mãos na mesa.

-Engraçado, mesmo você sendo uma mulher, você possui o mesmo gesto de seu pai. - a mulher disse vendo Suki não suavizar o rosto devido estar furiosa.

-Eu acho que você não veio aqui para me comparar ao meu pai. - Suki disse se recompondo e continuando de pé. - Não é, Gennai?

-E você tem razão, querida, não vim aqui te comparar ao seu pai e sim falar com ele. - Gennai disse sorrindo como se nada tivesse acontecido.

-O que você quer? Já não basta ter prejudicado a empresa, agora quer mostrar seu triunfo? - Suki perguntou sarcástica.

-Não tome conclusões precipitadas. - Gennai tentou se defender.

-Ah não? O que você quer que todos pensemos? - Suki perguntou olhando para a mulher a sua frente. - Você pegou o dinheiro, aliás, roubou e depois sumiu do mapa.

-Eu tive meus motivos, Suki. - Gennai tentou se explicar. - Agora, por favor, avise seu pai que estou aqui!

-Tude bem! - Suki concordou pegando o telefone, discou um número que iria direto ao telefone da sala do pai, ouviu a voz dele. - Pai, tem uma pessoa que quer falar com o senhor.

-Quem é? - ele perguntou.

-Quando ela chegar, olhe o senhor mesmo. - Suki disse olhando para Gennai. - Ela já vai subir. - ela disse olhando para Gennai e indicando o elevador com a cabeça, Gennai sorriu e andou até o elevador.

Sala de Danzou

Danzou estava carimbando umas papeladas em cima da mesa quando ouve umas batidas na porta.

-Entre. - Danzou disse não tirando os olhos dos papeis em sua frente, ele ouviu a porta se abrir e em alguns segundos se fechar, mas nada de ouvir alguma voz, ele subiu os olhos e levou um susto quando reconheceu a mulher em sua frente, ela estava parada no meio da sala com os braços cruzados. - Você!

-Foi a mesma reação que sua filha teve ao me ver. - Gennai disse se aproximando da mesa.

-O que esta fazendo aqui? - Danzou perguntou se levantando.

-Vamos desde o começo, eu soube que o seu batalhão estava atrás de mim a cinco anos atrás, uma amiga minha me disse assim que conseguiu me localizar. - Gennai começou a explicar. - Naquele dia, quando o senhor me deu o dinheiro para depositar, eu recebi uma ligação da minha irmã mais nova, dizendo que minha mãe teve derrame e entrando em coma, talvez permanentemente, como eu estava longe de casa e de minha família, um dos médicos queriam que a resposável legal, depois de minha mãe, que seria no caso eu, por ser mais velha, para poder conversar com ele, com essa noticia, meu mundo desabou naquela época, meu pai havia nos abandonado quando ainda só era eu, fiquei com medo de perdê-la e voltei as preças para a minha terra natal, quando cheguei lá, o médico disse que era necessário fazer vários exames e talvez algumas cirurgias, que foi cobrado o olho da cara que acabou com o meu dinheiro, fui gastando com exames, algumas cirurgias e muitos remédios, fui obrigada a mexer no seu dinheiro, que graças a Kami, não o gastei muito, apenas o suficiente e o que precisava, um ano depois, com muita luta e esperança, conseguimos fazer nossa mãe acordar bem, mas mesmo assim, ela tinha ficado com algumas seqüelas que com muita terapia ao longo de alguns anos consegui pagar com o seu dinheiro, mas eu tinha que entrar em algum trabalho e repor todo o dinheiro que foi tirado do depósito que deveria ir ao banco, porém, ficou comigo. - Gennai disse abrindo a bolça e ainda mantendo em suas mãos.

-Se você disse que repôs o dinheiro tirado, onde esta o resto? - Danzou perguntou vendo Gennai sorrir, depois ela respondeu.

-Aqui. - respondeu jogando a bolça em cima da mesa e saindo alguns grupos de cem reais, Danzou ao ver seu dinheiro na sua frente, arregalou os olhos e olhou para Gennai um pouco assustado. - Agora não tem mais o que se preocupar e o que dizer de mim.

-É, Gennai, realmente não tenho mais. - Danzou concordou olhando para ela.

-Se me der licença, eu tenho que ir, meu avião sai hoje mesmo. - Gennai disse se virando e andando até a porta, abriu e saiu da sala, Danzou sentou-se na cadeira e ficou olhando o dinheiro em cima da mesa, ainda sem acreditar que isso tinha acontecido. Danzou ouviu algumas batidas na porta e pediu que entraçe, os seus três filhos entraram quietos até Mitashi falar.

-Pai, o que aconteceu? Eu vi Gennai entrar no elevador.

-Ela apenas veio nos devolver o que é nosso por direito. - Danzou disse virando a boca da bolça para os filhos verem o que tinha dentro.

-O dinheiro! - Suki disse espantada colocando as mãos na boca.

-Quer dizer, então, que nunca teve um desvio? - Órion perguntou.

-Não. - Danzou começou a fechar a bolça e jogando ela para o outro lado da mesa. - A verdade, é que ela sempre esteve com o dinheiro.

-Mas, porque? O que ela disse? - Suki perguntou.

-Não importa mais, Suki, no momento, tudo foi resolvido sem escândalos, isso é o que importa, podem voltar para suas salas. - Danzou disse vendo os três se virarem. - Menos Órion.

-Porque? - Órion perguntou se virando junto com os irmãos.

-Quero falar com você. - Danzou respondeu, Órion olhou para os irmãos e se virou para o pai, começou a andar até a cadeira a sua frente sentando-se, Danzou olhou para os outros dois, e eles entenderam que era para sair, se viraram e sairam da sala, fechando a porta.

-O que o senhor quer falar comigo? - Órion perguntou assim que ouviu a porta ser fechada.

-Bem, meu caro, como você deve saber, o motivo de sua vinda para Suna era por causa da empresa, que infelizmente naquela época estava em maus lençóis. - Danzou explicou.

-Sim, claro. - Órion concordou.

-Como você estava bem instalado e trabalhando com sua esposa no hotel, tive que tirá-los de lá as pressas, em menos de um mês, para ser exato. Agora, meu filho, não há motivos para você e sua família ficar em Suna, porque a sua vida esta em Konoha, lá você tem aquele seu amigo, assim com a Shiori e as crianças, e ela me mostrou e me disse muito sobre o hotel dela, e concordo que vocês devem voltar para tomar conta e se possível, fazer novas reformas. - Danzou disse vendo o filho ficar confuso por causa de suas palavras.

-O que quer dizer com tudo isso, pai? - Órion perguntou.

-Que você esta liberado pra voltar para Konoha. - Danzou respondeu sorrindo, aos poucos, Órion foi alargando o sorriso. - E para que isso aconteça, essa reforma no hotel e possivelmente se quiser mexer em sua casa, este é o meu presente para você, minha nora e meus netos. - Danzou disse pegando a bolça e empurrando para frente de Órion.

-Pai, eu...

-Não precisa dizer nada, apenas aceite. - Danzou disse levantando a mão e a abaixando em seguida.

-O senhor quer mesmo que eu vá? - Órion perguntou fazendo o pai sorrir.

-É o que você mais quer, meu filho. - Danzou disse ainda sorrindo.

-Sim, é o que...

-Então, é o que você quer, eu sei, não precisa dizer mais nada ou dar explicações, desde que você veio, nos ajudou muito, assim como seus irmãos, vá, meu filho, você é importante pra mim assim como a sua família, podem estar longe ou perto. - Danzou disse fazendo o filho sorrir.

-Obrigado, pai. - Órion agradeceu pegando a bolça e se levantando, indo até o pai, abraçando-o em seguida, depois saiu da sala, indo até a recepsão, onde a irmã estava.

-Suki. - Órion disse respirando fundo por ter andado rápido.

-Nossa! O que foi? - Suki perguntou vendo o irmão recuperar o fôlego.

-Eu preciso de uma ajuda sua. - ele disse vendo a irmã sorrir.

-Claro, em que posso ajuda-lo? - Suki perguntou.

-Escuta, dentro de um mês e meio, estarei voltando para Konoha com Shiori e as crianças...

-Como assim voltando pra Konoha? - Suki perguntou interrompendo o irmão.

-Escuta primeiro. - Órion disse. - Como estarei voltando, eu gostaria que você fizesse uma pequena mudança em uma parte da casa.

-Qual parte? - Suki perguntou pegando um bloquinho de anotação.

-O quarto de Sakura e Zion. - Órion respondeu.

-O quarto ainda não é separado? - Suki perguntou colocando a ponta da caneta na boca.

-Ainda não, e eu gostaria que você fosse o mais rápido possível, junto com o seu pessoal para fazer outro quarto. - Órion respondeu.

-Mas na sua casa tem espaço para fazer outro imóvel? - Suki perguntou tirando a caneta da boca e anotando algumas coisas no bloquinho.

-O quarto deles é o maior da casa, dá para dividí-lo em dois e fica um ótimo espaço para eles. - Órion respondeu.

-Ok. - Suki disse fechando o bloquinho e colocando em sua bolça que estava guardada em baixo do balcão. - Ah, eu esqueci de falar.

-O que é? - Órion perguntou louco para ir pra casa.

-Eu gostaria de mudar algumas coisas na casa. - Suki disse.

-Que coisas? - Órion perguntou desconfiado.

-Tipo: a cozinha, a sala, o banheiro, seus quartos...

-Você quer mudar praticamente tudo! - Órion interrompeu-a, fazendo a irmã sorrir. - Tudo bem, mude o que quiser, mas não tire o modelo original da casa, estou indo, tchau. - Órion disse saindo quase correndo da empresa, ancioso para contar a esposa, mas para os gêmeos, seria um surpresa, que será contada dois dias antes de partirem.