Em fevereiro fazíamos dois meses. Dois meses de plena felicidade. Eu havia comentado de Gerard com a minha irmã, por telefone, ela ficara animada e contou a toda a família a novidade. Era difícil eu namorar sério, eu sempre era focada no trabalho, mas Gerard era totalmente impossível de ignorar e o modo como ele veio a mim, já estava escrito que ele entraria na minha vida e a mudaria como ninguém mais conseguiu, ele era o amor da minha vida. A pessoa que eu mais amaria em toda minha vida, a pessoa com quem eu formaria família.

Nós já falávamos sobre isso.

“Talvez no meio do ano dê para comprarmos uma casa maior para no finalzinho do ano, quem sabe em dezembro”, ele me olhou com um sorriso torto nos lábios, ele estava planejando tudo para ser perfeito, como tudo era com ele.

“Seria lindo casar em dezembro”, sorri cúmplice e me sentei em seu colo, ele tirou as mechas do meu cabelo da frente do meu pescoço e começou a beijá-lo.

“Será lindo!”, ele prometeu sem cessar os beijos.

“Gerard, eu preciso contar uma coisa”, disse hesitante, mas ele continuou a beijar meu pescoço e acariciar minhas costas ignorando meu nervosismo.

“Sim?”

“Eu comentei com minha irmã sobre você e ela meio que espalhou para a família inteira”, sua mão parou de se movimentar e seu corpo ficou rígido e sua respiração hesitou. “Geerr?”

“Há algum problema com isso?”, ele me envolveu pela cintura e fitou meu rosto.

“Não, quer dizer... há? Pra você?”

“Claro que não!”, ele sorriu e meu coração se acalmou. “É bom sua família saber, assim eles não caíram para trás ao saber do casamento.”, eu ri e ele voltou a beijar meu pescoço, agora me deitando na cama. Fechei os olhos e me deixei levar por Gerard.

No finalzinho de fevereiro nós fomos visitar minha família, Gerard parecia extremamente animado com a idéia, eu até ficava feliz. Ele era meu príncipe e porque não dividir a felicidade com a minha família? Minha irmã reclamava que eu vivia muito só na cidade grande. Com Gerard, em lugar algum eu ficaria sozinha.

Meu pai adorou Gerard, mas por ele me deixar feliz do que por outra coisa. Minha mãe não gostava do trabalho dele, dizia que não dava muito dinheiro, minha irmã pareceu se dar bem com ele. Eu tinha medo dele se sentir mal no meio deles, mas quando eu o questionei sobre isso ele riu e me abraçou, e disse que iria se casar comigo e não com a minha família.

Eu tinha duas semanas de folga do trabalho, uma passamos na casa dos meus pais e a outra em Nova Jersey, na casa dos pais dele. Uns amores. Receberam-me muito bem, a mãe dele me agradeceu, pois Gerard parecia outro:

“Ele parece tão cheio de vida, tão feliz.”, eu percebi as lagrimas nos seus olhos, sorri e lhe abracei.

O pai de Gerard era um homem que transbordava autoridade, mas era uma pessoa divertida e alegre. Fazia piadas e amenizada qualquer clima ruim que pudesse acontecer. Mikey pareceu no meio da semana para se juntar a família, e eu já me sentia totalmente da família.