De manhã ele me fez ligar para meu trabalho e dizer que eu estava doente, em qualquer outra ocasião eu teria negado até a morte, mas com ele ali deitado me abraçando e me beijando daquela forma, eu atendi ao pedido dele até feliz.

Nós pedimos o café da manhã em uma padaria próxima, mas deixamos claro que o café tinha que ser da Coffee Shop. Foi engraçado quando o café chegou, nenhum de nós queria levantar para abrir a porta, combinamos de contratar uma empregada, com ele tudo parecia simples, mas no final ele foi -com o lençol enrolado na cintura- abrir a porta, mas parecia ter vindo um bônus. Um buquê lindo de rosas vermelhas estava sobre a caixa de papelão onde estava nosso café da manhã.

“Espero que você goste de rosas vermelhas.”, ele disse tímido colocando a caixa de papelão sobre a cama e me entregando o buquê.

“São as minhas preferidas.”, disse surpresa por ele acertar, mas se bem que rosas vermelhas são bem comuns.

“Imaginei.”, ele sorriu e se inclinou para me dar um beijo rápido, mas eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço e o puxei para cair sobre mim. “Se eu não estivesse com fome eu não cessaria esse beijo nunca”, ele disse ainda com os lábios colados nos meus e eu ri, o soltei e me sentei normalmente.

Nós comemos depois tomamos banho e saímos, ele disse que Nova York era mais que uma cidade de negócios, de trabalho corrido e etc. era também uma cidade romântica, para quem sabia ver. E eu estava disposta a deixá-lo me mostra esse lado de Nova York. E ele me mostrou, nós andamos por parques lindos que estavam todos cobertos de neve, ele prometeu me levar de novo quando estivesse todo florido, nós almoçamos em um restaurantezinho aconchegante e desconhecido.

Depois ele me levou para conhecer a casa dele, e foi lá que ele me pediu em namoro, ele disse que essa coisa de namoro era só temporária enquanto ele não criava coragem para me pedir em casamento, eu derreti com aquelas palavras. E nós estávamos totalmente envolvidos, totalmente apaixonados que fazia todo sentido casar naquele momento mesmo. Não importando que nós conhecíamos oficialmente a menos de uma semana.

Eu aceitei namorar ele. Eu aceitaria qualquer coisa que ele me propusesse.

Dormi na casa dele naquela noite, de novo nos braços dele.

De manhã eu acordei e ele não estava na cama, eu me enrolei no lençol e sai do quarto, foi ai que dei de cara com o irmão dele, Mikey:

“Wow! Muito obrigado, Senhor”, ele ajoelhou e agradeceu aos céus, como eu já estava morrendo de vergonha essa reação dele fez meu rosto queimar e uma vontade enorme de virar e me trancar no quarto do Gerard me invadiu, eu não sabia que aquele homem era irmão do Gerard, tanta vergonha não me fez reparar nos traços praticamente idênticos aos de Gerard.

“Mikey!”, Gerard repreendeu aparecendo no corredor, ele usava só um short surrado, seu peito branco e perfeito estava de fora, e era lá que eu gostava de dormir, aninhada em seus braços. Você também perderia o foco vendo ele daquela forma. O cabelo bagunçado e negro caia uma parte sobre a face e outra parte desalinhada na nuca.

Precisei respirar fundo.

“Gerard! Que Deusa!”

“É! Eu sei, agora levanta daí.”, ele puxou Mikey pelo braço e o ajudou a levantar, ele me olhava esquisito, me encolhi. “Cloe, desculpe por isso. Pretendia te acordar com o café na cama, mas acho que não deu muito certo.”, ele riu e soltou Mikey, eu ensaiei um sorriso para mostrá-lo, mas a vergonha era mais forte e o sorriso não saiu. Ele percebeu.

“Tu-tudo bem!”, respondi.

“Esse é Mikey, meu irmão...”, ele disse lentamente se aproximando de mim, me abraçou e eu o abracei mais forte, “Desculpe por isso.”

Ele me levou de volta para o quarto, nós tomamos café lá e depois eu troquei de roupa e voltei para casa, tinha que ir trabalhar.