–A professia de Houje! - Tom exclamou.

–A professia de quem?! - Perguntei, incrédula.

Eu não gosto muito da palavra professia, geralmente quando a ouço, alguém acaba sendo sacrificado ou muito ferido.

–Mestre, você acha que...

–Calado! - Papai gritou, interrompendo Lucius, e eu me aproximei de Draco, não com medo, mas sim com receio do que papai seria capaz de fazer.

–Melhor irmos embora? - Draco sussurrou a meu ouvido.

–Ainda não. - Falei, também em sussurro, e logo depois falei mais alto, quase gritando. - Que professia é essa, papai? - Ele na certa estranhou eu tê-lo chamado de papai.

–Saiam todos, exceto minha filha e Draco. - Papai disse frio, e logo os comensais aparataram, e eu me aproximei dele. - A professia de Houje. Ela dizia que por longos tempos haveria um Lorde das Trevas, no entanto, eu. Mas, dizia também, que alguém mais poderoso que eu, alguém que não consegui matar, iria se revoltar contra mim, e derrotar-me. Matar-me. - Conclui que era Harry.

– E só a mencionou ela hoje por que... ?

– Eu tinha certeza que essa pessoa, o guerreiro Houje, era Harry Potter, o menino que sobreviveu. Mas hoje... Você me dominou, com forças desconhecidas por mim. Você entrou a meu corpo com os pensamentos e me obrigou a fazer algo que não queria. Provavelmente, o Guerreiro Houje, é você. - Ele me olhou maligno.

Devo admitir que desta vez senti algo semelhante a medo, mas não dele, e sim de mim. Eu não conseguiria matar o meu proprio pai, não mesmo.

– Realmente, te matar seria difícil para mim, filha... Mas você acabou se tornando a caçadora, e eu a presa... - Ele fixou o olhar no chão. - Bom, se eu fosse você eu me prepararia, sabe que piedade não existe em nossa família. Nunca existiu.

Draco estendeu o braço para mim, e nós aparatamos para um dos quartos de Hogwarts, deve ser o masculino da Grifinória.

–Nossa... - Draco sussurrou confuso.

– Eu... Não posso matar meu pai, eu não consigo... Não dá! - Fiquei andando em círculos, e Draco veio me abraçar.

– Não se preoculpe meu amor, aconteça o que acontecer, estarei sempre a seu lado.

Ele havia deixado escapar um meu amor, o que me deixou muito contente, e mesmo ele sendo péssimo em consolos, eu me sinto melhor ao seu lado.

Eu estava indo a meu quarto, e quando entrei não vi a melhor cena do dia. Alana estava abraçada com Draco, os dois estavam muito envolvidos.

Agora entendo porque ela o chamou, e não a mim para falar com Voldemort, se é que eles foram de verdade.

Eu na certa não fiquei alí vendo aquela cena, saí, sem eles perceberem que alguém havia os visto.

Fiquei andando pelos corredores, confuso e pensativo. Meu coração estava confuso, e eu não sabia se o que eu vi apenas me abriu os olhos, eu realmente não a amava, era apenas atração, e não me incomodo de Draco e ela se gostarem de verdade.

Ao passar por meio dos alunos, eu vi a Mione e o Rony, sentados em um banco se beijando. Já não era sem tempo, todos sabiam que eles se amavam, menos eles mesmos.

Não os interrompi, e continuei andando, me sentindo o único solteiro do mundo, quando bem do nada a imagem de Gina apareceu em minha cabeça. Não sabia o porque, nem como, mas essa imagem não queria sair de mim. Comecei a pensar nela, em seu sorriso, seu rosto, nela por inteira.

Senti uma imensa saudade atingi de vez o meu peito, e sem mais delongas eu fui procurá-la.

Percorri o colégio praticamente todo, até encontrá-la na biblioteca, com a cabeça deitada em seus braços cruzados, que repousavam na mesa. Eu toquei seu braço, que estremesseu com o susto. Ao levantar seu rosto eu reparei que ela estava chorando.

–Harry? Não era para você me ver desse jeito! - Ela começou a enxugar bem rápido o rosto.

–Gina, porque está chorando? Pode me falar. - Me sentei ao seu lado, acariciando seus cabelos.

–Não é nada, eu estou bem. - Eu deitei sua cabeça em meu ombro e abrcei-a pela cintura, seu corpo estremessia, por causa da proximidade.

– Conversar ajuda, ás vezes...

–Não precisa... Só de você estar aqui já ajuda muito...

Eu a vi levantar o rosto, nós estávamos mais próximos do que nunca, e não sei ao certo o que me aconteceu, mas eu segurei sua nuca e a puxei para mais perto de meu rosto, a beijando.

Nosso beijo durou pouco, e quando a soltei, tanto eu quanto ela estávamos ofegantes e corados, e meio segundo depois ela me tomou mais um beijo.

Sinceramente, adoro garotas que tem atitude.