Passei um tempo com Draco, e depois nós fomos falar com meus pais e minha irmã. Ela estava com a Catherine, ultimamente elas tem ficado muito amigas.

Papai e mamãe me disseram que iriam falar com Dumbledore sobre o Guerreiro de Houje, mas ele já deve saber, porque acaba de nos chamar em sua sala.

Entramos, exatamente na hora em que alguns Sonserinos sairam de lá, e Dumbledore estava de costas para nós, olhando a janela.

– Por favor, Alana, Draco e Harry, entrem. - Disse ele, suavemente.

– Er... O Harry não está aqui. Quer que o chame? - Amanda perguntou, dando passos para trás, e quando Dumbledore assentiu tanto ela quanto Catherine sairam correndo atrás de Harry. Eu e Draco entramos.

– Então... A senhorita não está nem um pouco disposta de seguir seu destino, não? - Ele ergueu a sombrancelha, e se sentou a nossa frente.

– Eu não pedi nada disso. Não pedi para ser sequestrada, não pedi para ser essa tal guerreira e nem mesmo para amá-lo como meu próprio pai! - Falei em surto.

– Ah, então é isso... Não se preoculpe, daremos um jeito.

– Qual?! Qual?! Pelo que sei APENAS EU conseguiria matá-lo! APENAS EU sou forte o bastante! - Falei em tom alto e grosseiro, mostrando meu lado Riddle.

– Calma, Lana! - Draco me sentou na cadeira ao lado da sua.

Neste instante, no qual eu me sentei, Harry entrou na sala, meio confuso.

–Me chamaram?

–Certamente. - Afirmou Dumbledore. - O assunto de nossa reunião lhe diz respeito, senhor Potter.

–E qual seria?

– A professia de Houje. - O silêncio tomou a sala ao pronunciar essas palavras. - Espero que esteja ciente do por quê que Voldemort quis te matar todos esses anos. - Harry balançou a cabeça negativamente. - Pois bem, existe uma lenda, um mito para ser sincero. Muitos acreditam ser verdadeiro, inclusive eu, pois fala que a cada vinte anos um bruxo tomará as artes das trevas para si, e tentará governar o mundo mágico.

– Voldemort. - Harry sussurrou.

– Exatamente. E também diz, que um outro bruxo nascerá sobre sua soberania, e ele, junto a seus infinitos poderes, conseguirá derrotá-lo, e por fim nas intrigas dessa nova era. - Harry estava boquiaberto, juntamente a Draco. - Acontece que todos esses anos nós achamos que você era o Guerreiro Houje, já que foi o único sobrevivente da maldição da morte, mas bem recentemente descobrimos alguém, - Ele me olhou discreto. - que conseguiu dominá-lo, e assim possuir suas forças, como diz a lenda.

– Quem é?

– A Srta. Stiller. - Todos me olharam, e eu fingi estar surpresa.

– Alana? Ela é a Guerreira Houje? Mas como, ela... ela... - Ele estava tão confuso quanto eu e Draco.

– Pois sim, ela é e sempre foi bem mais forte do que qualquer outro bruxo do colégio, inclusive eu. - Eu me senti muito lisongeada. - Ela é a única que conseguiria, mas claro, não sozinha. Jamais. Todos o enfrentaremos, e isso nos fará concluir a professia, e terminar com o ciclo de maldade Riddle.

– Você está dizendo que todos os Lordes das Trevas são da família Riddle? - Perguntei.

– Exatamente. E foi por isso que tentei trazer Tom a nossa escola, para ele não se tornar outro Lorde. E foi por isso que Voldemort te sequestrou, para ter um Herdeiro, ele queria que se acontecesse algo a ele, que você retomasse seu lugar em vingança.

Fiquei sentado em meu trono, como pude acreditar que o Potter era o Guerreiro Houje? Como pude ser tão tolo? Como pude não pensar na possibilidade?

Desde que Alana era apenas uma menina eu sabia que ela era muito mais poderosa que muitos outros. Quando eu ia matá-la e meus braços não se moveram a quatorze anos atrás eu sabia que alguém alí estava me manipulando. ELA ME MANIPULOU. Ela usou seus poderes e desde que tinha um ano somente, já era mais forte do que eu, o Lorde das Trevas.

Não foi má idéia eu capturá-la, pude conseguir uma herdeira e lealdade, mas acho que lealdade não a impedirá de matar-me ou tentar ao menos. Na certa Dumbledore estará treinando-a para acabar de uma vez comigo, mas eu não vou permitir. Ela continuará sendo leal a mim, mesmo que eu tenha que matá-la.

Matar a única pessoa em que eu já depoistei confiaça e a coisa mais parecida com amor. Certamente será difícil, mas não vou morrer por um ser tão insignificante que planeja matar-me. Não mesmo. Armarei uma emboscada. O quanto antes melhor, e ela não sobreviverá, e também não morrerá sem saber que ninguém é capaz de me destruir!

– Meu lorde... - Lucius Malfoy saldou-me. Na certa ele virá me bajular. - Vossa grandeza não deve se preoculpar com algo tão insignificante quando a Srta. Riddle. Ela não merece tanto nem tão pouco.

– Sem bajulos, Malfoy. Temos uma emboscada para planejar! - Falei esnobe, fazendo pouco caso de suas palavras.

– Uma.. uma.. emboscada? - Gaguejou incrédulo. - Para quem, meu Lorde? Não estaria tramando matar sua filha, estaria?

– Na certa que sim. Ela tentará matar-me, e eu não deixarei. Ela tem que aprender que NINGUÉM tenta matar o Lorde das Trevas e sai imuni. NINGUÉM.

Imagino o que ele deva estar pensando. O mesmo que eu, na certa. Alana é mais forte, mais decidida, mais poderosa e mais nova que eu. Com certeza começará na frente, e poderia ter um resultado positivo, mas não será bem assim. Ela pode ser mais poderosa, mas eu sou mais sagaz e mais experiente em mortes. Ela não perde por esperar.

Eu estava com medo do que poderia acontecer a Alana. Com medo do que Voldemort poderia fazer a ela. Sei que ele não a ama o quanto ela o ama, e sei que ele não mede espectativas e que vai tentar matá-la.

Na certa ele usará todas as suas armas para matar sua própria cria, e estou impressionado por ele tê-la criado tão bem. Alana é forte, esperta, poderosa e desde sempre sagaz. Saberá o que fazer e o que não fazer na hora do combate.

Não estará sozinha, sei que na hora certa todos estaram alí para apoiá-la e ajudá-la. Todos precisarão enfrentar a realidade. Muitos morrerão, e os que sobreviverão enfim vão dominar durante as próximas décadas, com imortalidade.

Foi difícil para mim décadas atrás derrotar Morgana Riddle, mas quando eu consegui, algo pior aconteceu. Recebi a imortalidade. Eu posso morrer, mas não envelheço mais, e isso para poder proteger e guiar o próximo Guerreiro Houje para o seu combate, e enfim, quando tudo isso acabar, eu estarei livre, e poderei enfim descançar, junto a meus ancestrais amados.

Me preoculpo em todas as circunstâncias. Se ela perder, o anos seguintes estarão perdidos, e se ganhar, ela, assim como eu, terá que ver todos os seus amados morrerem, e terá a escolha de continuar e esperar o próximo guerreiro, ou morrer e comprometer o resto do mundo.

Espero até lá, eu tê-la treinado bem, e que ela consiga distingir as decisões, certas e erradas, que durante a vida, virão disfarçadas uma da outra.