A Herdeira das Trevas escrita por Lua


Capítulo 11
Resgatando o passado




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Capítulo 11: Resgatando o passado




PDV. Alana Riddle




Ficamos todos em um silêncio mortal, até ouvirmos um grito bem agudo, o que significa que a guerra está a começar.


–Mão a obra...-Eu disse com os olhos vesgos para cima, demonstrando raiva.


Logo os alunos ergueram suas varinhas e começaram a fazer um escudo de proteção a nossa volta, não entendi exatamente porque apenas estavam me protegendo, e não a si mesmos, todos sabem que eu, mais do que todos, sei como acabar com o papai.


Talvez seja orgulho, mas eu sai correndo sem rumo, apenas querendo me proteger por minha conta. Novamente eu não peguei a minha varinha, e corri tentando passar pela mutildão de comensais e alunos despercebida.


Eu nem mesmo sentia meus pés, estava imune do barulho, meus ouvidos pareciam estar tapados e minha visão em câmera lenta. Logo vi duas mãos com compridas luvas negras me puxarem, e em um rápido movimento, eu estava presa nos braços de alguém, e com uma varinha apontando para meu pescoço.


Depois de respirar - ofegantemente - eu me ousei olhar para cima, e lá estava ele, Lucius Malfoy, não só amigo de Voldemort como também pai de meu... namorado, digamos assim.


–Pensou que iria se livrar de nós, pequena Lana? - Ele falou sarcástico. Senti gotas de suor cairem de seu rosto em cima de mim. Eca. - Nós, que somos sua família legítima, nós quem protegeram-na de todo o bem esse tempo todo... Nós que... - Ele foi cortado por uma voz pouco distante. O mundo parou ao meu redor.


–Basta Malfoy! - Meu pai das Trevas falou com a voz grossa e veio caminhando até nós. Logo Lucius soltou um pouco minha garganta, deixando-me respirar. Vi Harry e Draco fitando papai, quer dizer, Voldemort. Tenho que deixar essas minhas manias.


–Meu lorde... - Lucius o saldou.


–Largue-na. Ela pode até estar querendo vingança, mas ainda é minha filha, - Vi os olhos de meus pais ficarem repletos de raiva. - e obviamente eu a devo respeito e honra, assim como ela me deve o mesmo.


Logo Lucius me soltou de vez. Eu o encarei vitoriosa e fiquei no centro, entre Lucius, papai, meus pais biológicos, Harry, Draco, Rony, Mione, Gina, Catherine e Amanda. Logo vi uma sombra se aproximar. Era Dumbledore.


–Ora ora... Vejamos. Os falecidos Stiller, hein? Quem diria que ainda os veria, ainda mais vivos. - Papai gargalhou.


–Deixe-na fora disto, Voldemort. - Mamãe implorou. Novamente ele riu.


–Não, papai. Sua conversa é comigo, agora vamos embora daqui! - Gritei revoltada. - Ninguém tem o direito de morrer por mim, esse é o meu orgulho sonserino, a parte que puxei de meu pai, a parte que diz que ao menos que eu mate, niguém morrerá tentando me salvar.


–Nossa, estou orgulhoso, Alana Riddle. - Ele me aplaudiu. - Está agindo cada vez mais como seu pai, e obviamente, como já deve saber, eu não irei obedecê-la. - Ele gargalhou.


–Eu já esperava, - Ele me olhou incrédulo. - Mas... Pelo que sei você não está em condições de me obrigar a fazer nada, Tom. - Falei esnobe, ele sempre me obedece quando falo como Tom Riddle, e não Alana Stiller ou Alana Riddle.


–Algum trato, filha? - Ele falou, vi surpresa nos olhos das pessoas ao nosso redor.


–Sim, apenas ninguém morrerá hoje, e se for para morrer que seja um comensal ou um de nós dois. Combinado? - Falei enquanto balançava a minha horcrux.


–NÃO ALANA! - Draco gritou, já derramando lágrimas. Vi decepção nos olhos de Lucius.


–Ah, e tem mais, quero me despedir de meus amigos, pode ser a última vez que os vejo. - Fui até eles, sem dar as costas a papai.


–Muito nobre e corajoso de sua parte. Encontro-na em nossa casa em dez minutos, ao máximo! - Logo ele desapareceu nas cinzas.


–Ficou maluca, Lana?! - Amanda gritou vindo até mim, e logo os outros fizeram o mesmo.


–Não, você não vai para a casa desse monstro mesmo! - Mamãe falou superprotetora apontando o dedo para mim.


–Eu moro lá, mamãe. Não é nada de assustador! Eu só vou conversar, já sei o que fazer. Não se preocupe, além de que o Draco vai comigo, vai ficar tudo bem! - Falei o olhando.


–Vou?


–Vai sim, você merece sua chance, sei o que poderá fazer.


–Ela está certa. - Dumbledore chegou nos pregando um susto. - A srta. Riddle deve ir sozinha, apenas e exclusivamente ela sabe dos pontos francos do pai, e pelo que percebi, tem um ótimo plano.


–Obrigada. - Assenti, e logo não esperei mais nada, apenas aparatei para os arredores do castelo. - É bom estar em casa. - Falei suspirando.


–Sério isso? - Draco perguntou, exatamente quando percebi que estávamos de mãos dadas. - Quer dizer, essa ainda é sua casa, Lana?


–É, afinal de contas eu sempre morei aqui, e por mais estranho que pareça, eu amo este lugar, meu quarto, meu pai. Tudo em meu passado. - Falei com sinceridade, afinal tudo isso foi acolhedor quando mais precisei. Nós conversávamos enquanto caminhávamos até o salão principal de minha casa.


– Isso foi... - Esperei ele dizer algo como muito bonito. - idiota. - O olhei incrédula. - Você foi presa sua vida toda por um homem que fingiu ser seu pai e queria matar os verdadeiros, e mesmo assim você o ama?


–E você? Foi forçado a vida toda a seguir as leis do diabo, e ainda não tinha palavra em casa, seu pai era mal com você e apenas quem te entendia era sua mãe e sua coruja, e mesmo assim você ama seu pai, estou certa? - Falei.


– Cheque-mate. - Ele exclamou exatamente quanto entramos no salão, e tomamos um susto, os comensais estavam enfileirados com suas varinhas em mãos, e papai sentado em seu trono com um olhar vitorioso.


–Pelo visto trouxe companhia, não é mesmo srta. Riddle? - Papai falou com sarcásmo.


–Sem sarcásmo, papai. O assunto é sério, e pelo que sei, o Draco é quase seu comensal, não é? - Falei atravessando o salão, com o queixo levantado e de mãos dadas para Draco. Ele parecia receioso, ainda mais agora, quando papai se levantou.


–Certamente. Agora diga-me o motivo de sua traição, e pouparei seu namoradinho. - Eel apontou para Draco. Estava tão óbvio assim?


Logo estiquei meu braço, e com uns movimentos com os dedos, trouxe até mim duas cadeiras, onde me sentei com Draco. Nem papai havia tanto controle com as mãos dessa forma.


–Digamos que essa é a regra da vingança, Tom.- Falei, e devo admitir que eu estava me sentindo uma princesa das Trevas naquele momento. - Você me traiu, eu devo fazer o mesmo contra você. - Balancei meu dedos novamente, e levei a minha frente a horcrux. - Gostaria de experimentá-la? - Papai estava fervendo de raiva, nunca havia sido desafiado dessa maneira. Logo eu gargalhei.


–Está vendo pequena Alana? - Papai veio até mim. - Poderíamos fazer uma ótima dupla. - Ele sussurrava. - Lembra da lenda das crianças imortais? Poderíamos ser nós...


–Tom, você não está mais em condições de usar nem a palavra nós, e nem a palavra criança como sua característica. - Ouvi risos de alguns comensais, e me levantei, o rodeiando. - Está velho, acabado, e logo não terá mais muito tempo de vida. Foi por isso que me segurou nesse castelo? Para ter uma substituta?! - Comecei a gritar.


– Enfim você entendeu, não é mesmo? - Ele sussurrou, e logo depois gritou. - CRUCIO! - Ele apontou sua varinha para Draco, que logo caiu no chão de dor. - Nunca mais irá me desafiar, Alana! Nunca mais!


–Pare, agora! - Gritei, e logo senti meus olhos queimarem, e vi Tom perder o controle de seus braços, e Draco voltou ao normal. Não sei bem o que aconteceu, mas papai caiu no chão, e parecia bastante surpreso.


–A professia de Houje! - Tom exclamou.


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