The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 23
23 – Fantasma De Um Velho Amigo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Bom, me desculpem pela demorar em postar, mas é que eu tive alguns problemas pessoais, por causa do frio meu trabalho aumentou de novo e também o mouse do meu computador quebrou, ainda não comprei um novo, sem grana, mas consegui dar um jeito de postar.
Enfim, vamos ao capitulo. Espero que gostem... Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173812/chapter/23

Cada um voltou para a sua casa. No fim o plano não deu nem um pouco certo. Stefan ainda estava à solta por ai e descobrimos que Matt tinha “trazido”, por um tempo, a irmã dele de volta, mas ela ainda era um fantasma.

Sabe, ele deu uma de Nico e acabou invocando o fantasma, da irmã dele, mas ela o enganou. O ritual que ela “sabia” foi dito por uma bruxa que vivia do “outro lado” e essa bruxa só contou a ela sobre esse feitiço se ela prometesse matar Elena.

Juntando as peças, Vicky era a responsável pelo que tinha acontecido no carro de Alaric. Seja lá quem for essa bruxa do “outro lado” sabia de mais, mas parece que ninguém além de mim se apegou a essa pequena parte depois de tudo que tinha acontecido, pelo menos que eu tenha percebido.

Eu fiquei curiosa em saber sobre ela, mas eu sabia que não tinha como eu saber quem é ela há não ser que eu invocasse algum fantasma que estivesse ligado ao mundo dela – o mundo das bruxas, vampiros e lobisomens – creio que nem Nico poderia fazer uma coisa dessas já que os Deuses faziam questão de deixar os dois mundos separados.

Por hora, resolvi deixar de lado até que eu tivesse alguma ideia de como descobrir sobre essa bruxa. Talvez Bonnie pudesse me ajudar com isso.

Eu não tinha ido para casa, na verdade eu estava sentada na varanda da casa de Matt com ele sentado ao meu lado. Ele parecia um pouco abalado com tudo e eu também não podia culpa-lo depois que ele me contou o que havia acontecido com ele esta noite.

Thalia adorou ir para a casa de carro sozinha, só espero que ela não sofra um acidente porque pelo que eu saiba Thalia não sabia muito bem dirigir, mesmo ela falando ser uma ás no volante. Não sei porque ela invocou com carro desde que chegou aqui, na caçada ela nem se quer lembra sobre os automóveis.

Percebi que Matt e eu não conversamos muito desde que nós conhecemos e acabei de descobrir que ele mora a algumas quadras de onde eu atualmente estou morando. Parece que a cada dia acontece uma coisa que me impossibilita de fazer qualquer coisa.

Eu nem consegui ligar para o Percy até agora, ele provavelmente esta esperando eu ligar porque até agora não recebi nem uma MI, ele deve estar sem dracmas, e Quíron só permitiu que Percy só recebesse chamadas no seu celular.

Obviamente isso foi uma ordem da minha mãe para o Percy “não ficar me ligando a qualquer momento ou poderia atrapalhar a minha missão”, foi isso que o Percy me disse da ultima vez que conversamos por telefone.

Apesar de eu estar querendo falar com o meu Cabeça de Alga eu não podia deixar Matt sozinho principalmente pelo fato de que eu sabia como ele estava se sentindo no momento. Saber que tem alguém ao seu lado pode amenizar as coisas e como os amigos de Matt tinham seus próprios problemas eu não me importava de ficar aqui por um pouco mais de tempo.

– A gente nunca teve tempo para conversar. – murmurou Matt quebrando o silencio. – Para falar a verdade, tudo que sei de você é o que os outros me contaram.

– Idem. Só espero que não tenham exagerado nada sobre mim. – disse eu sorrindo e Matt somente assentiu olhando para frente.

– Até o momento, nem um exagero. – disse ele e olhou para mim. – Você não precisa ficar mais aqui. Obrigado por ter me trazido... – por Matt estar com as duas mãos machucadas, bem nas palmas das mãos, ele não poderia dirigir e eu me voluntarie para traze-lo. –..., mas eu...

– Ficar sozinho não é a solução para quase nada. – falei ficando de pé. Eu tinha acabado de me lembrar de algo. – Vamos para dentro, você esta com as duas mãos machucadas, precisamos fazer alguns curativos.

Em alguns minutos estávamos na sala da casa de Matt. Eu estava terminando de fazer os curativos nas mãos dele. Não foi muito grave, mas como ele não havia cuidado do ferimento na hora acabou inchando um pouco. Em todo caso amanhã ele estaria bem se não excedesse com movimentos bruscos.

– Você é boa nisso. – comenta Matt olhando eu terminar o curativo.

– Infelizmente, isso é pratica. – falei um pouco desanimada arrumando o que eu tinha bagunçado para fazer os curativos.

– Ser uma meio-sangue pode ser ruim assim? – pergunta ele catando o lixo e jogando em um saco de lixo preto.

– Eu não diria que é ruim, só é difícil. Muito difícil. – respondi me levantando e pegando o saco de lixo da mão dele. – Tenta não fazer nem um movimento desnecessário com as mãos para sarar mais rápido.

– Ok. Mas porque seria difícil? – Matt me guiou até a cozinha aonde eu sai pela porta dos fundos e joguei o saco na lata de lixo.

– Muitos monstros atrás de você, todos aqueles monstros da mitologia grega existem, eles são bem reais e pavorosos. E eles não morrem. – falei e Matt fez uma careta, confuso. – Bom, monstros não morrem. Você pode mata-los, mas eles não morrem.

– Isso foi bem explicativo. Agora entendi tudo. – disse ele sarcástico e isso me lembrou de Percy quando ele apareceu no acampamento pela primeira vez e ele tinha ficado dois dias desacordado depois de ter enfrentado o minotauro .

– Eles não têm alma, como você e eu. Você pode bani-los por algum tempo, talvez até por toda uma vida, se tiver sorte. Mas eles são forças primitivas. Quíron os chama de arquétipos. No fim, eles se reconstituem. – repeti exatamente o que eu tinha falado para Percy naquela época.

Apesar de tudo que passamos aquela era uma lembrança feliz. Percy era fofo todo confuso por não saber das coisas e não as compreender muito bem e também teve o banho histórico que ele deu na Clarisse com a agua da privada.

– Se eu entendi direito parece ser bem difícil e complicado ser um meio-sangue. Acho que você ficaria um bom tempo me explicando tudo e mesmo assim eu não entenderia quase nada. – disse Matt e depois suspirou desanimado. – Parece que existem problemas piores do que de um cara sozinho em Mystic Falls.

– Eu poderia dizer que você tem amigos e que não esta sozinho, mas acho que não é esse tipo de solidão a que se refere. – disse eu entrando na casa de novo.

– Minha mãe me abandonou e minha irmã me usou, minha própria família. – disse Matt desanimado sentando na mesa.

– Você não faz ideia de como te entendo. – sentei-me à mesa me lembrando de algumas coisas que me deixaram um pouco triste. – Família é complicada. Assim como promessas, a família pode ser quebrada facilmente.

– Hum, bem facilmente. – murmurou Matt. Percebi que ele estava quase dormindo sentado na cadeira. Eu não tinha reparado em como ele estava mal e com os olhos um pouco inchados.

– Acho que eu vou indo. Você precisa descansar. – assim que eu disse isso Matt se levantou rapidamente da cadeira um pouco assustado, acho que ele tinha cochilado por um segundo. – Você precisa mesmo descansar.

– Ah não é...

– E eu preciso garantir que meu carro não se encontrou com um poste, ou qualquer outro lugar. – interrompi Matt sorrindo vendo como ele tinha ficado com o rosto um pouco vermelho.

– Não esta preocupada com a Thalia? – perguntou ele arqueando uma sobrancelha duvidoso.

– É, posso incluir ela nessa lista de preocupações. – falei divertida e ele sorriu um pouco. – Eu preciso mesmo ir. – Me encaminhei em direção a porta da sala com Matt logo atrás de mim.

– Posso te dar uma carona até a sua casa. Não será problema nem um. – disse Matt e eu neguei rapidamente.

– Caminhar faz bem e eu não moro longe daqui, posso ir sozinha sem problemas.

– Depois de saber que luta com monstros mitológicos sei que sabe se defender sozinha. – comenta ele divertido.

– E ainda tenho alguns truques guardados na manga para seres sobrenaturais. – falei e nós dois rimos.

– Não duvido. – disse Matt abrindo a porta para mim. – Obrigado por tudo.

– Disponha, se precisar é só ligar. Só não ligue em alguns minutos por que Thalia ainda esta com o meu celular. – falei dando um beijo na bochecha de Matt.

– Então me passe o seu celular. – disse ele sorrindo tirando o seu celular do bolso e me estendendo. Peguei o aparelho sorrindo e rapidamente digitei o meu numero. Aproveitei e vi que horas eram e me espantei por constatar que já estava passando da meia-noite. – Valeu. Boa noite.

– Boa noite. – falei descendo os degraus da varanda.

A rua estava um completo silencio, eu ouvia só o barulho dos meus passos. Só as luzes dos postes acesas. Acabei me lembrando de um livro que eu li não faz muito tempo, O Estrangulador. O assassino só atacava a noite quando estava chovendo, ainda bem que não estava chovendo seria coincidência de mais.

Mas se eu parece para pensar muito. Cenas como essa que eu estava passado eram perfeitas para um filme de terror.

– Uma perfeita cena para um filme de terror. – disse uma voz bem perto do meu ouvido fazendo um arrepio percorrer o meu corpo.

Travei na hora. Eu não conseguia mexer um musculo se quer do meu corpo, eu não conseguia pensar em nada além de como essa voz me era familiar. Meu coração batia em disparada. Minha respiração estava acelerada.

Senti minhas pernas fraquejarem e minha boca se abriu em um perfeito ‘o’ quando eu vi ele se postar na minha frente com um sorriso tímido no rosto. Eu nem tinha percebido que tinha parado de respirar, meu coração ainda batia fortemente contra meu peito.

Não podia ser verdade. Eu não podia acreditar que ele estava aqui bem na minha frente. Isso era impossível. Ele estava morto. Por mais que eu tentasse eu não conseguia me mexer, eu não conseguia pensar. Era absurdo de mais o que estava acontecendo, eu tinha que estar tendo algum tipo de alucinação.

Minha cabeça estava pesando e eu estava me sentindo um pouco tonta, mas isso era irrelevante com o que estava me acontecendo agora.

– Você deve respirar, Annabeth. – disse ele soando um pouco divertido.

Minhas pernas fraquejaram e eu fechei os olhos esperando meu corpo cair no chão, mas em vez disso senti dois braços envolverem minha cintura impedindo que eu caísse.

Fechei os olhos com mais força quando senti que ele realmente esta aqui. Continuei com os meus olhos fechados. Com minhas mãos tremulas toquei em seu rosto um pouco hesitante. Contornei seu rosto com as pontas dos dedos até que meus dedos tocaram sua cicatriz.

Abri os olhos. A luz que vinha do poste iluminava seu rosto com perfeição. Ele estava do mesmo jeito de quando nós vimos pela ultima vez, quando eu lutei contra ele no Monte Olimpo, tirando o fato de agora estar usando roupas normais, calça jeans e camiseta.

Ele não tinha mudado em nada. Os cabelos cor de areia bagunçados. Seus olhos azuis com um brilho. Um sorriso tímido nós lábios. E sua inconfundível cicatriz no rosto.

– Lu-lu-luke. – seu nome saiu por entre soluços de meus lábios.

Luke sorriu ainda mais e me puxou para um abraço forte. Deixei as lagrimas rolarem pelo meu rosto e passei meus braços por sua cintura o abraçando fortemente também. Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo.

– É bom sentir um abraço de outra pessoa assim. – disse ele rente ao meu ouvido.

– O-oqu-oque vo-c-ce... argh. – eu não conseguia falar. Meu choro estava incontrolável e eu nem sabia o porquê estava chorando assim.

É claro que ver Luke de novo me deixaria emocionada e feliz, mas não pensei que fosse tanto ainda mais sabendo que ele estava mor...

– Morto. – sussurrei a palavra me trazendo de volta para a realidade. Me afastei de Luke o olhando meticulosamente. Luke ainda mantinha o sorriso tímido de canto.

– É, eu ainda estou morto. – disse ele calmamente me deixando confusa. – Você não esta tendo algum tipo de ilusão, isso também não é nem uma imaginação sua tampouco você esta sonhando. Eu estou aqui realmente.

– Isso não pode ser. Você não deveria estar a..

– Mas eu estou aqui.  Você estava pensando em mim e aqui estou, Annabeth. – disse ele me interrompendo.

Fechei os olhos com força. O que pelo raio de Zeus estava acontecendo aqui? Como Luke pode estar aqui se ele esta morto?

– Fantasma. – abri os olhos para encara-lo. – Você é um fantasma? – ele assentiu. – Mas como você...

Minha voz morreu aos poucos quando me lembrei da minha conversa com Matt e os outros quando ele contou o que fez para trazer a irmã dele de volta e o que Bonnie tinha feito para manda-la de volta.

– Exatamente. – disse Luke concordando com meus pensamentos. – O que eles fizeram me trouxe de volta e... Bom, melhor irmos para a sua casa para podermos conversar, tem outra pessoa que eu também quero ver.

– Luke...

– Vamos, Annabeth. Vamos reunir nossa família mais uma vez, nem que seja pela ultima vez. –disse ele passando um braço sobre o meu ombro e me puxando junto a si seguindo em direção a rua da minha casa. – Mais uma vez, eu, você e Thalia juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado...
Não sei se ficou bom o capitulo, mas eu acho que até que não ficou tão ruim como eu estou pensando que esta...
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Other World" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.