2 Broke Boys escrita por gi_wentz


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa!
Eu sei que demorei para postar mas eu nao estava em casa e estava longe de ter um pouco de net.
mas agora o cap ja esta ai, espero que gostem *O*
(e comentem)
Boa leitura ^^



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No dia seguinte, Bill acordou sozinho na cama, abraçando o travesseiro que pertencia a Tom, já este estava longe, trabalhando no seu segundo emprego. O moreno não se lembrava muito bem da noite anterior, mas se lembrava de ter sido abraçado e receber carinho quando estava quase dormindo, o suficiente para fazer um lindo sorriso nascer em seus lábios. Ele se levantou devagar e foi à cozinha, onde ficou tão surpreso que quase não acreditou que já estava acordado.

Sobre a mesa, havia uma xícara de café fumegante, duas pequenas pílulas brancas e um cupcake.

Tom, mesmo longe, estava cuidando dele, provavelmente sabia que o outro acordaria com dor de cabeça e com fome, então havia deixado tudo pronto em cima da mesa. Mas o de tranças, quando fez, estava meio relutante, não querendo se apegar a alguém que não conhecia muito, mas mesmo assim fez, e torcia internamente para não ter motivos e se arrepender daquilo.

O resto do dia, para Bill, se passou chato e devagar, já para o outro rapaz foi agitado e cansativo, mas no fim, os dois se encontraram na lanchonete.

O moreno alto foi atrás do outro, sorrindo de orelha a orelha, e parou na sua frente. Tom o olhou de cima a baixo em quanto arrumava os cupcakes, e depois o ficou encarando.

- Queria te agradecer, você sabe, pelo café da manha... – ele sorriu – Foi muito gentil da sua parte...

- Tudo bem... – Tom falou sem graça. Nenhuma palavra foi trocada após isso, mas os dois se sentiam bem com o silencio.

Então eles começaram a trabalhar.

- Tom, uma moça perguntou se temos algo sem glúten. O que eu digo a ela? – Bill perguntou todo fofo para o outro.

- Diga que ela não é alérgica a glúten, só esta mascarando um distúrbio alimentar. – Tom falou e foi levar os pratos de sanduiches paras as mesas.

O resto da noite se passou sem muitos problemas, tirando o fato que Bill – completamente distraído olhando Tom – quebrou três copos e quase derrubou uma torta de chocolate em uma moça que olhava Tom trabalhar.

- Como eu amo dinheiro. – Bill falou suspirando, já sentado em uma das mesas, separando as gorjetas do dia.

- Eu seeeei. – Tom falou sorrindo, se sentando a sua frente. – Sinto muito eu ele tenha terminado com você! – disse rindo, se encostando a cadeira.

- Olha, o novo IPad chegou! – Han, o patrão dos dois, falou se encostando a mesa dos meninos. – Espalhe as pralavras!

- Palavras. – Tom corrigiu contando o dinheiro.

- Palavra! – Han exclamou e sorriu. – Tom, faz três semanas que pedi para ser seu amigo no facebook, e você ainda não aceitou. – Han disse triste, mas Tom não respondeu. – Tom!

- Oh, me desculpe, estava com meus fones de ouvido. – Tom falou sorrindo.

- O que são esses? – o chinês pegou um par de fones pretos sobre a mesa.

- Ok, vai me chatear para ter a verdade? Vamos lá. Han, eu nunca vou ser seu amigo no facebook. – Tom falou sem expressão e continuou a contar o dinheiro, já que havia perdido a conta.

- É difícil de ouvir. – Han disse triste, com a mão sobre o peito.

- Bom, eu aceito você como meu amigo no facebook. – disse Bill indignado olhando o de tranças.

- Obrigada! Você faz meu coração cantar. – ele disse sorrindo para Bill, e foi se sentar no balcão, deixando os meninos a sós.

O moreno olhou para Tom. – Isso foi como assistir alguém abater um filhote de foca! Porque você simplesmente não aceita o pedido?

- Porque eu não nunca entro no meu facebook, e porque deveria? Só para uma garota com quem trabalhei a anos atrás fala que esta chovendo, e ela esta deprimida! – Tom exclamou, mexendo as mãos como se estivesse digitando em um celular.

- Bill! – Han chamou do balcão. – É melhor verificar seu facebook, talvez alguém tenha mandado alguma coisa! – ele falou sorrindo e foi embora, para seu escritório.

O moreno sorriu meigo, e abriu a bolsa, pegando seu iphone, com uma capinha preta, cheia de strass e glitter.

- “Han Lee marcou você em 25 fotos.” – Bill leu em voz alta, e olhou Tom.

- Agora quer emprestado meu porrete de foca? – Tom perguntou irônico.

- Oh, isso dói... – Bill disse triste olhando seu celular. – Perdi uns 300 amigos no facebook desde que meu pai foi preso...

- Bom, seu pai fez muitos amigos na prisão, então está equilibrado. – Tom sorriu, se levantando. – Pronto para ir?

- Nós precisamos? – Bill perguntou manhoso deitando a cabeça na mesa. – Esta tão quente lá fora. – ele suspirou. – Quando foi que o calor ficou tão quente? – o moreno se lamentava.

- Pare de drama vai. – Tom suspirou, já de pé.

- Não podemos ficar um pouco mais? – ele se desencostou da mesa, olhando o de tranças. – Não temos ar condicionado em casa. – mas o moreno já estava de pé também.

- Tenho um ar condicionado que os meninos podem usar. – Emma disse sorrindo, com as mãos na cintura, e um decote tão grande que quase não havia blusa ali. Então a moça assoprou os dois meninos.

- É como um ar condicionado que acabou de comer banana split. – Tom falou incrédulo.

A moça apenas riu e jogou os cabelos para trás e saiu rebolando. – Há espaço para mais bananas aqui. – com isso ela desapareceu pela porta dos fundos da lanchonete.

- E meus pés doem. – Bill choramingou, se apoiando no balcão do caixa, mexendo os pés dentro das botas de couro que subiam até acima dos joelhos.

- Bom, tem que parar de usar essas coisa, e usar tênis, como qualquer garçom normal. – Tom falou apontando para as botas de couro.

- Tênis? Como você se atreve? – o moreno disse chocado. – Além do mais, não posso comprar novas botas, esse par custou quase mil dólares.

- Então isso não é dor, é karma! – o outro exclamou. – Bom, eu vou te ajudar, amanha vamos a um lugar com preços bons e ótimos estilista. – Tom sorriu de lado.

Os olhos do magrelo se iluminaram, e logo eles saíram do ar condicionado para a rua, rumando para casa.

Bill dormiu com dois ventiladores ligados na sua direção, em quanto Tom dormiu completamente nu envolto pelos seus lençóis.

...

- Legião da boa vontade? – Bill exclamou, assim que passaram pela porta de vidro da loja na manhã seguinte.

- Bem vindo ao meu lugar! – Tom exclamou rindo e abrindo os braços.

- Você me fez acreditar que faríamos compras de verdade. – Bill choramingou.

- Eu sei, mal podia esperar para ver sua cara de choque. – o de tranças tentava falar entre as risadas. – Mas venha, você pode achar algumas coisas legais aqui. – Tom pegou o pulso fino do outro e o puxou para mais dentro da loja. – Bom, preste atenção, eu sei onde as coisas boas estão.

- Eu também, nas lojas da Dior e Chanel. – Bill se emburrou de vez.

- Venha. – Tom puxou de leve o pulso do moreno novamente, que apenas o seguiu.

Passaram por varias araras cheias de roupas, moveis com alguns objetos em cima, até chegarem a parede de trás da loja, com uma enorme prateleira prateada, e vários tipos de sapatos arrumados ali.

- Bom já que estou aqui vou fazer o melhor... – Bill suspirou e começou a olhar os sapatos.

- Olhe, não se preocupe, eu tenho um spray em casa que faz com que os sapatos pareçam novos – Tom falou olhando as blusas largas perto dos sapatos.

- E você conseguiu isso de um feiticeiro? – Bill arqueou a sobrancelha, voltando a dar atenção aos sapatos. – OMG! – ele exclamou, e pegou um par de botas de couro preto com tachinas prateadas. – Essas botas eram minhas! Eu as doei para caridade porque fui fotografado os usando duas vezes... – ele olhava as botas. Ele se lembrava daquele par. Era magnífico, subiam até seus joelhos. – Tudo bem, isso aqui custa 800 dólares, pelo menos quando comprei, e agora custam 15 dólares... – Bill olhava chocado o par de botas. – Como eu... Eu valho 15 dólares... Eu fui reduzido... – ele olhava Tom todo choroso com um beicinho meigo tomando conta de seus lábios. – Agora tudo se tornou tão real... – ele choramingava se abraçando as botas.

Mas a essa altura Tom estava em uma arara de blusas bem distante de Bill, olhando as peças como se o drama do moreno não tivesse nada haver com ele.

Bill parou de olhar para o chão e olhou para cima, vendo Tom bem distante, e indignado foi até ele.

- Você não me viu chorar? – perguntou com a mão na cintura fina.

- Muita gente chora na Legião da boa vontade. – Tom disse simples e pegou uma blusa branca. – Você vai a França e come caracóis, você vem aqui e chora.

- Isso é bem estranho, você nem sequer reagiu. Você precisa reagir quando as pessoas choram perto de você. – Bill continuou.

- Eu reagi, revirei meus olhos e mexi meu piercing. – Tom falou pegando dessa vez uma calça larga de jeans escuro.

- Olha, quando eu chorava perto das minhas amigas, elas diziam algo assim: “Porque esta chorando Baby-Bill? Olhe pra você lindo, é uma fera! Você tem seu glamour!” – Bill disse gesticulando.

- Suas amigas eram drag queens? – o de tranças falou e se virou a outra arara. – Olhe esse boné, eu vi ele em uma vitrine super cara.

- Oh, acabamos a minha parte. – o moreno reclamou.

- Boné legal. – um moço alto e com ombros largos falou com a voz grossa a poucos passos atrás de Bill. – Estava de olho nele, só trouxe minha garota para ver. – ele disse passando o braço pelos ombros magros de uma moça loira. – Então entregue. – ele estendeu a mão para Tom. Bill já tinha as pernas tremendo e já pensava em usar suas botas de 15 dólares para se defender e defender a Tom.

- Você sabe a regra, vire as costas na prateleira, esta sob ataque. – Tom disse rindo. – Essa é a lei. – ele disse simples.

O homem voltou a andar com a namorada pela loja.

- Isso ai, é melhor irem embora! – Bill disse apontando o dedo magro ao casal, mas falava aos sussurros, fazendo Tom sorrir. – Isso foi intenso!

- Só mais um dia normal. – Tom falou sem vontade voltando a olhar as roupas.

O de tranças percebeu quando sorriu do nada para o outro, e isso o tirou de orbita. Ele não conseguia se lembrar a ultima vez que sorrira de verdade e não de modo forçado, mas com aquele magrelo escandaloso era fácil e simples. Sentiu-se estranho em pensar que seria fácil viver com ele, e como sempre fora fácil e bom. Também se lembrou como havia gostado de dormir com ele nos braços quando estava bêbado, e como sabia que ele dormia em sua cama sempre que podia (já que seu cheiro bom grudava em seus lençóis). Essas coisas aparentemente insignificantes o deixavam louco de vontade de ficar próximo ao outro.

Bill também reparara que se sentia melhor ao lado do moço dourado de olhos profundos, gostava de vê-lo andar pela casa procurando por suas roupas, adorava o ver cozinhar os cupcakes e ainda por cima amava dormir em sua cama, sentindo seu cheiro bom. Mesmo sem perceber começou a notar varias coisas sobre o outro, como que suas mãos sempre tinham um cheiro doce e suave, ele adorava dormir agarrado em um travesseiro (do qual o moreno dormia abraçado também quando Tom não estava em casa). Notava pequenas coisas do qual o faziam ficar fascinado e ficar acordado a noite durante horas repassando cada movimento, cada olhar e cada tom da sua voz rouca que parecia acariciar sua pele e o fazer ficar arrepiado.

- Disse para olhar dentro das coisas, certo? – Bill perguntou interrompendo seus pensamentos sobre o outro, pois sabia que se continuasse, iria ficar parado ali, fantasiando.

- Certo. – o outro respondeu.

Bill abriu um tigela estranha em forma de abacaxi na cor verde.

- Tom, olha, na minha primeira tentativa! – ele exclamou pegando um short preto com tachinhas.

- Legal, quem escondeu isso vai ficar puto. – ele disse sorrindo, e tentando não imaginar Bill naquela roupa pequena e justa. Ele se aproximou do outro e pegou a peça de suas mãos. – Checando a qualidade. – ele revirava as peças nas mãos. – O Jeans não esta rasgado, não tem manchas estranhas em lugares estranhos... Bom trabalho Sherlock Holmes. – Tom riu e jogou o short para Bill, que abriu o short.

- Olhe, ela é de um designer, verão 2010, 400 dólares... E para mim hoje... – Bill olhou a etiqueta – 10 dólares! Essa é a redução que eu gosto! – Bill disse sorrindo e começando uma dancinha da vitoria da qual movimentava o quadril sensualmente falando alegre “10 dólares! 10 dólares!” deixando Tom meio zonzo, se esquecendo da sua cesta de comprar em cima de um criado mudo rosa.

E assim eles continuaram as compras, e Tom sorria vendo a alegria do outro.

- Olá Maria. – Tom disse colocando as cestas sobre a bancada.

- Olá querido. – ela sorriu.

- Oi Maria, eu sou amigo do Tom. Algum jeito de conseguir desconto nessas botas? – ele levantou as botas pretas. – eu sei que os saltos foram reformados. – ele sorriu gentil, arrancando um suspiro da senhora.

- Não acredito que esta fazendo isso. – Tom falou massageando a ponte do nariz.

- Posso fazer por 10 dólares. – Maria sorriu começando a somar os preços das roupas.

Tom percebeu que seu boné não estava lá e olhou para Bill um pouco nervoso.

- Meu boné se foi. – ele franziu o cenho – Acho que aquele homem mal encarado pegou da minha cesta em quanto olhava a sua dança estranha da vitoria. – ele rugiu e foi embora sem se importar com o resto.

- Eu pago pelo dele... – Bill disse chateado, se lembrando do outro hipnotizado pelo seu corpo dançante no meio da loja. De certa forma ele ficou até feliz com o fato de Tom estar o olhando e se esquecer do resto.

Por uma questão de respeito (ou medo) Bill demorou a voltar para casa, ele andou devagar e não pegou o metro, preferiu andar devagar pensando no que faria da vida, o que faria com Tom e todo o resto.

Quando chegou e abriu a porta viu um Tom sem camisa fazendo cupcakes. Ele apenas quis se deliciar com a visão em vez de entrar e colocar as sacolas pesadas em algum lugar e tirar aquelas botas que já estavam deixando seu pé dolorido.

Mas quando Tom o viu, ele decidiu entrar e ir colocar uma roupa mais leve, já que era a noite de folga dos dois.

- Está ficando quente pó aqui, TÃO QUENTE!  Então tire as suas roupas. Estou ficando tão quente, eu vou tirar minhas roupas! Aham! Ahaaaam! – Bill dançava pela sala da casa em quanto Tom terminava de passar a cobertura nos cupcakes e o olhava arqueando a sobrancelha.

- Talvez você queira manter sua voz baixa, aqui perto tem três criminosos sexuais fichados. – Tom sorriu e se deitou no sofá já que seu trabalho estava feito e os colinhos estavam cobertos e prontos.

- Está ficando quente aqui, para deixar o drama do boné para trás! – Bill sorriu e deu um pulinho na frente de Tom. Ele vestia seu short novo com uma blusinha bem colada ao corpo preta mostrando o relevo de seu piercing no mamilo, e botas pretas de cano alto que subiam ate seus joelhos, fazendo suas coxas parecerem mais roliças e apertáveis (na opinião de Tom). - Vamos é nossa noite de folga! – Bill disse dando pulinho e puxando o braço do de tranças. – Vamos ficar bêbados no ar condicionado! Nem mesmo vamos pagar por nossas bebidas, esse short vai pagar. – Bill disse rindo e rebolando a bunda perto do quadril do outro.

- Esta literalmente parecendo um prostituto de 10 dólares. – Tom disse rindo e sem perceber abraçou a cintura do outro.

- Vamos vaaiii! – Bill falava perto dos lábios do outro, mas Tom percebeu como estava perto, e sem camisa, e como suas partes intimas queriam ganhar vida e logo se afastou e foi vestir uma blusa.

- Ta bom. – ele disse rouco, mais que o usual, já que ele engolia em seco e tentava não ficar animado lá em baixo.

E eles foram ao bar.


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Notas finais do capítulo

Bjs
G Wentz