- Não é um bom momento para conversarmos sobre isso – diz Cascão mudando de assunto

Magali começa a desconfiar.

- Então... Você tem algo a ver mesmo? – diz Magali não acreditando

- Claro que não! Você acha que eu... – diz Cascão quando percebe que está se envolvendo no assunto – E... E o que você tem a ver com isso? Já te disse pra não se meter na minha vida!

Magali se sente ofendida.

- Me desculpa, mas foi só uma pergunta! – diz Magali

- Mas tem que bancar a inconveniente toda hora – diz Cascão nervoso

- Eu não sou inconveniente! – diz Magali também nervosa

Então os dois começam a discutir no meio da rua, e eles falaram tão alto que incomodaram os vizinhos...

- Ei! – diz um homem de sua janela – Dá pra calarem a boca? Quero ver minha novela!

- Er... Desculpa senhor! – diz Magali morrendo de vergonha

- Crianças... – diz o homem fechando sua janela

- Crianças?! – diz Cascão nervoso – Quem esse cara pensa que é?

Em seguida, Magali olha de cara feia para o rapaz.

- Não olha pra mim assim! – diz Cascão – É assim que agradece por terem salvado sua vida?

Magali fica sem graça e diz:

- É melhor pararmos de discutir... – diz Magali de cabeça baixa – Me... Me desculpe por ter te feito aquela pergunta, eu realmente fui inconveniente.

- Ah... Tudo bem – diz Cascão – Só vou te pedir pra não me perguntar de novo.

Magali acena com a cabeça.

- É que... É um lance pessoal – diz Cascão – E não posso dizer...

Magali respeita a decisão do garoto, então eles chegam a casa dela, quando sua mãe atende a porta fica surpresa.

- Mas... Filha o que aconteceu? – diz dona Lili – Você está com uma cara péssima!

- Er... Acho melhor explicarmos tudo aí dentro – diz Magali

Então, eles se reuniram na sala e Magali e Cascão contaram tudo o que aconteceu, os pais da garota ficaram muito preocupados.

- Magali! – diz dona Lili – Precisa tomar mais cuidado, assim acaba matando a gente de susto!

- É! – diz seu Carlito – Já pensou se fizesse alguma coisa com você?

- Eu sei... – diz Magali de cabeça baixa

Naquele momento, dona Lili abraça a filha chorando e diz:

- Graças a Deus você não se machucou! – diz ela – E... Ao Antenor também!

- Se não fosse por você – diz Carlito – Nossa filha estaria em apuros agora!

- Er... De nada – diz Cascão com um sorriso – Podem me chamar de Cascão!

- Tudo bem... Cascão! E contamos com a sua ajuda para ir a delegacia prestar queixa – diz dona Lili – Afinal, eles ainda estão por aí!

- É – diz Carlito – E vocês tem que tomar cuidado!

- Eu que não volto mais naquela rua – diz Magali – Ainda me lembro do rosto do chefe do grupo...

- Ele era como? – pergunta Cascão

- Ele era gordo e loiro – diz Magali – Era muito estranho!

- Será que... Não pode ser! – pensa Cascão

- Bem... É melhor esquecermos disso agora – diz Carlito – Já está tarde, e precisa falar com a Mônica!

- É mesmo! – diz Magali – Tinha me esquecido...

Cascão se levanta e fala:

- Preciso ir – diz ele

- Tudo bem – diz dona Lili – Obrigada mais uma vez!

- Você ajudou muito! – diz Carlito – Podemos te recompensar de alguma forma?

- Ah... Não precisa! – diz Cascão – Eu tenho que ir mesmo!

- Eu... Abro a porta! – diz Magali se levantando

- Tchau Cascão – dizem os pais da garota

- Tchau! – diz Cascão

Magali abre a porta para ele e também se despede:

- Tchau... – diz ela

- Tcha... – diz Cascão ao perceber que o pulso da garota estava muito vermelho – Nossa, machucou muito?

Cascão aponta para a área vermelha, quando ela percebe diz:

- Ah... Nem está doendo, deve ter sido na hora que me amararam – diz Magali – Não precisa se preo...

Magali parou de falar quando o garoto pegou na mão dela para examinar o pulso.

- Já tive uma coisa parecida quando a Cascuda me deu um relógio novo – diz Cascão – Passa alguma pomada quando entrar em casa...

- E-Eu sei como devo tratar isso... – diz Magali corada – Agora... Pode soltar minha mão?

Cascão ficou sem graça ao ouvir o pedido, e obedece na hora.

- Bem... Vou indo – diz Cascão dando às costas a garota – Se cuida...

 O garoto vai embora e ela entra.

- O que foi aquilo? – pensa Magali olhando para sua mão

Enquanto isso...

- A Magali está demorando não é? – diz Mônica

- Pois é... – diz Cebola – Será que se perdeu?

- Não sei... – diz Mônica preocupada – Estou tentando falar com ela e não consigo!

Naquele momento, o celular de Mônica toca e quando vê quem é, atende rapidamente:

- Até que enfim! – diz Mônica – Onde você está?

- Er... Aconteceu um imprevisto – diz Magali – Eu estou em casa!

- Em casa?! – diz Mônica surpresa – O que aconteceu?

Magali explica a história toda pelo telefone, a cada palavra dela Mônica fazia cara de espanto, Cebola não entendia, mas cada vez mais ia ficando preocupado.

- Eu não acredito! – diz Mônica – E como você está? Se machucou muito? Como eles fugiram?

- Calma Mô – diz Magali – Eu estou bem! É que... Eu te falei que fui salva!

- Ainda bem! – diz Mônica – Sabe quem foi?

- N-Não posso dizer... – diz Magali

- Por que não? – diz Mônica sem entender

- Você não vai gostar de saber... Acredite em mim! – diz Magali

- Claro que vou sua boba! – diz Mônica – Sou muito grata a alguém que salvou a vida da minha amiga!

- Tudo bem... Mas só te conto pessoalmente! – diz Magali – Na segunda!

- Nossa, que mistério! – diz Mônica rindo – Pode ficar tranquila que amanhã vou te visitar! Ai você me conta!

- Então tá! – diz Magali – Amanhã a gente conversa!

Elas se despedem e Mônica desliga o telefone, Cebola já vai perguntando:

- O que ela disse? – pergunta Cebola

Mônica explica a ele tudo o que sua amiga disse ao telefone:

- Nossa! – diz Cebola surpreso – E ela tá bem?

- Graças a Deus! – diz Mônica – E ao cara que salvou ela! Disse que chegou bem na hora!

- Que cara? – pergunta Cebola

- Não sei – diz Mônica – Mas vou descobrir amanhã... Ela disse que quer contar pessoalmente!

- Quanto suspense – diz Cebola rindo

- Não é? – diz Mônica rindo em seguida

Os dois continuaram conversando e rindo, pediram uma pizza, e em seguida foram embora, Cebola achou melhor levar Mônica pra casa:

- Não vai te atrapalhar? – pergunta Mônica vestindo o seu casaco – Sua mãe fica preocupada com você quando passa das onze da noite!

- Claro que não, somos vizinhos lembra? – diz Cebola sorrindo – E você está maluca se eu ia deixar você ir sozinha pra casa depois do que aconteceu com a Magali!

Mônica dá um leve sorriso.

- Estou muito orgulhosa de você, sabia? – diz Mônica – Jogou muito bem!

- Obrigado Mô – diz Cebola retribuindo o sorriso

- Está vendo como você pode? Como você é bom? – diz Mônica

- Ah... Isso foi sorte! – diz Cebola

- Que nada Cê! – diz Mônica – Para de ser pessimista desse jeito! Você é forte por dentro, tem que ser assim mais vezes!

- Não... Foi pura sorte! – diz Cebola – Se não fosse pelo o Cascão, eu não jogava.

Mônica se lembrou dessa questão, e ficou pensativa:

- Será que ele percebeu mesmo o seu potencial? – pergunta Mônica – Do jeito que aquele lá é invejoso...

- Todo mundo ficou curioso – diz Cebola – Mas acho que ele está mudando...

- Mudando? – diz Mônica surpresa – Essa eu quero ver!

- Ué – diz Cebola – Existem possibilidades

- Ah, não pra ele – diz Mônica – Ele não iria mudar do nada...

- Podem ter o convencido, sei lá – diz Cebola.

- Você acha mesmo que uma pessoa bruta igual aquela iria ser convencida facilmente? – diz Mônica – Claro que não... Acho bem difícil e...

Naquele momento, um barulho alto veio do beco próximo aos dois.

Mais que rapidamente, Cebola pega Mônica no colo e sai correndo.

- Ai meu Deus! – diz Cebola com medo – São eles!

- Cebola! Cebola! – grita Mônica – Para!

No mesmo instante Cebola parou.

- Me põe no chão... – diz Mônica de cara feia

Cebola põe a namorada no chão, então ela diz:

- Era só um gato! – diz Mônica – Ele pulou na lata de lixo! Olha!

Ele olha novamente para o beco e vê um gato se lambendo e a lata de lixo caída ao seu lado.

- Miau.

Mônica continua olhando de cara feia pra ele, e ele diz:

- Er... – diz Cebola com um sorriso amarelo – Acho que exagerei um pouco.

Mônica dá um suspiro e em seguida um sorriso.

- Devia ter visto a sua cara... – diz Mônica rindo – Meu medroso...

- Medroso é? – diz Cebola com um sorriso – Eu ia te salvar...

- Eu sei... – diz Mônica

Assim, ele levou Mônica para casa e foi para a sua em seguida.

Naquela mesma noite, uma loira estava vendo televisão deitada em sua cama, seu celular começou a tocar, quando viu quem era deu um sorriso e atendeu.

- Pronto? – diz Cascuda

- Er... Tivemos um problema – diz ele

Cascuda não acreditou nas palavras dele, ele nunca tinha falhado, então perguntou:

- Que problema?!

- Nós vamos consertar isso... – diz ele – Ainda vamos atrás dela e...

- Ficou doido?! – diz Cascuda com raiva – Ela já deve ter ido dar queixa de você e desses seus capangas idiotas! Como é que você deixa isso acontecer cara?!

- Eu só fiz o que a madame pediu! – diz ele – Dar um jeito na garota, ela entrou na nossa rua e encurralamos ela!

- NO MEIO DA RUA IDIOTA?! – grita Cascuda – DEU CHANCE PRA ELA FUIGIR?

- Estava tarde! – grite ele – Aquela rua é deserta a noite! Como eu ia saber que iriam entrar lá?

- Está me dizendo... – diz Cascuda – Que alguém ajudou ela?!

- Foi... – diz ele – Não pudemos fazer nada...

- Como assim idiota?! – diz Cascuda revoltada – Eram cinco contra um! Quem foi o cara?!

Ele não disse mais nada pelo telefone, e Cascuda insistiu.

- Quem foi?! – diz Cascuda – Fala logo!

- O A.J! – diz ele – Ele chegou de surpresa! Você sabe que não temos chances contra ele!

Cascuda ficou em silêncio e o rapaz perguntou:

- Cascuda? – diz ele

- Não ouse ligar mais pra mim gordão... – diz Cascuda num tom sério – Se eu precisar de você, entro em contato...

 - Mas...

- E você tem exatamente uma semana pra devolver meu dinheiro – diz Cascuda – Entendido?

- S-Sim... – diz ele – Mas enquanto a garota?

- Já que você me saiu tão incompetente – diz Cascuda nervosa – Eu cuido dela!

Naquele instante Cascuda desliga na cara do rapaz, e seus capangas perguntam:

- O que ela disse chefe?

- Nada que lhe interessem... – diz ele – Não vamos mais nos meter nos assuntos dela, temos que ficar atentos a policia, aquela garota pode ter dado queixa...

- Temos que achar outro lugar pra ficar... – diz um capanga – Se a policia vier na nossa rua, com certeza irá achar nosso lugar secreto...

- Eu sei... – diz o chefe – Daqui a duas horas partimos...

- E em quanto ao A.J? – pergunta outro capanga

- Não sei se é um bom momento para vingança – diz ele – Tudo em seu tempo, primeiro temos que sair daqui, depois vou pensar no que faço, Cascuda não pode gostar.

No dia seguinte, Magali acordou um pouco indisposta, não tinha conseguido dormir direito pensando no que tinha lhe acontecido noite passada, mas não poderia de deixar de fazer suas obrigações, então foi arrumar suas coisas e em seguida foi terminar a maquete de seu trabalho escolar.

- Eu preciso de um novo laboratório – diz Magali para si mesma – Assim meu quarto vai ficar uma bagunça!

Naquele instante, Dona Lili acorda com barulhos no quarto ao lado, ela estranha e vai ver o que está acontecendo, pois estava muito cedo.

- Magali? – diz Dona Lili abrindo a porta vagarosamente – O que está fazendo?

- Ah... Bom dia mãe! – diz Magali com um leve sorriso

- O que é isso? – diz Dona Lili apontando

- É meu trabalho de escola! – diz Magali – Ainda precisa de alguns ajustes...

- São seis horas da manhã de domingo filha! – diz Dona Lili – Você precisa descansar!

- Eu sei... – diz Magali de cabeça baixa – Eu não consegui dormir direito...

- Eu também não... – diz Dona Lili preocupada – Só consegui cochilar agora, então ouvi um barulho e vim aqui para saber se está tudo bem...

- Tudo não né? – diz Magali num tom triste

- Mas vai ficar... – diz Dona Lili abraçando a filha – Vamos hoje a delegacia contar o que aconteceu, assim nos sentimos mais seguros.

- Ainda bem... – diz Magali desfazendo o abraço

- E ligamos para a casa do Antenor – diz Dona Lili – Seu amigo Cascão vai dar queixa e dizer o que viu.

- Que bom que ele quer ajudar... – diz Magali com um leve sorriso

- Amigo é pra essas coisas né? – diz Dona Lili sorridente

- Não, ele não é meu amigo – diz Magali – Apenas colega de turma...

- Não foi isso que me pareceu – diz Dona Lili – Ele ficou preocupado com você!

- Mas é normal alguém ficar preocupado depois do que aconteceu ontem – diz Magali se voltando para a maquete – Vai por mim ele não quer a minha amizade!

- Vocês jovens são complicados – diz Dona Lili

- Sim, sim! É a puberdade! – diz Magali se virando para a mãe – Agora se me der licença, vou voltar para o meu trabalho.

- Ah não mocinha! – diz Dona Lili – Primeiro a senhorita vai tomar café da manhã!

- Mãe, eu preciso acabar logo... – diz Magali

- Magali... – diz Dona Lili preocupada – Entenda filha, você tem que relaxar e se alimentar.

- Eu como depois, e também o trabalho vai me distrair – diz Magali com um sorriso – Eu gosto de botar a mão na massa!

- Ai... – diz Dona Lili com um suspiro – Então está bem, pode ir.

Magali vai correndo em direção a maquete e então sua mãe fecha a porta.

- Agora sim vamos fazer isso funcionar! – diz Magali pegando algumas ferramentas

Ela ficou quase cinco horas trancada em seu quarto, mas o resultado foi excelente, a maquete da energia hidrelétrica funcionava perfeitamente com seus mini-motores e água de verdade como exemplo. Magali ficou esgotada, mas feliz.

- Darwin, olha só pra isso – diz Magali com um sorriso – Acho que não falta mais nada...

Seu gato olhou sonolento para o trabalho e miou.

- Espere até o Cascão ver como ficou... – diz Magali – Além de nerd, vai me chamar de gênio!

Naquele momento sua mãe abre a porta.

- Filha! – diz Dona Lili – A Mônica ligou e ela está vindo pra cá, disse que você ainda ia tomar banho!

- Me esqueci dela! – diz Magali – É melhor eu ir correndo para o chuveiro!

- Seja rápida – diz Dona Lili fechando a porta do quarto

Magali foi correndo tomar uma chuveirada, e quando sua amiga chegou, ela estava penteando o cabelo em seu quarto.

- Oi! – diz Mônica abrindo a porta de seu quarto – Sua mãe disse que eu podia entrar!

- Oi Mô! – diz Magali com um sorriso – Senta aí na cama!

Mônica senta na cama e rapidamente o gato de Magali vai pra debaixo da cama.

- Hum... Acho que ele não gostou de mim – diz Mônica

- Bobagem – diz Magali prendendo seu cabelo como de costume – Ele é tímido!

- Então... Quem é o cara que te salvou?– diz Mônica curiosa

- Bem... – diz Magali – Você não conta pra ninguém se não estou frita!

Mônica não entende.

- Como assim? – diz Mônica

- Não vai ser legal pra ele se a escola toda descobrir e...

- Magali! – diz Mônica – Agora mesmo que eu quero saber quem é! Ainda mais se é do colégio!

Magali dá um suspiro e diz:

- Foi o Cascão! – diz ela – Ele estava passando na hora que me encurralaram

Mônica ficou sem palavras.

- Mônica?

- Foi... – diz Mônica sem acreditar – Foi ele mesmo?

- É...

Naquele momento a ficha cai e Mônica diz:

- Espera aí! – diz ela – Você e o Júnior estão se encontrando?!

- O-O que? – diz Magali

- Isso mesmo! – diz Mônica – É por isso que você tem agido estranha esses dias, sempre dizendo que tinha compromissos! Vocês estão tendo algum caso?

- C-Caso?! – diz Magali avermelhada – Tá doida Mônica?!

- Por qual motivo mais ele iria te salvar? – diz Mônica – Gente como eu nunca percebi!

- Você tá entendo tudo errado! Eu não estou tendo caso com ninguém! – diz Magali – Olha... Eu não posso te dizer agora, mas não é isso que você está pensando!

- É o que então?! – diz Mônica

- Esquece isso! – diz Magali – Não está feliz por eu estar viva?

- E-Estou, mas eu acho estranho que... – diz Mônica

- Então pronto! – diz Magali a interrompendo – Vamos esquecer desse assunto! Foi ele que me salvou e acabou!

Magali ficou nervosa e Mônica se sentiu mal por ter insistido e diz:

- Er... Desculpa – diz Mônica – É que eu não acreditei quando você falou...

- Tudo bem... – diz Magali mais calma – Eu já esperava que você iria ficar surpresa, já que conviveu anos com ele no colégio.

- Pois é, fiquei surpresa mesmo – diz Mônica – Mas ainda bem que ele te salvou e...

Mônica para de falar quando percebe uma pequena bagunça no canto do quarto, havia uma coisa grande coberta por um pano, ela ficou curiosa.

- O que é isso?

- Ah! – diz Magali – Meu projeto!

- Já terminou? – diz Mônica surpresa – Mas é só semana que vem!

- Eu sei – diz Magali – Mas gosto de me prevenir.

- Hum... – diz Mônica desconfiada

Antes que pudesse perguntar algo de sua dupla, Magali muda de assunto.

- Hoje vamos à delegacia – diz Magali – Prestar queixa dos caras de ontem.

- E ele também vai?

- É claro – diz Magali – Ele tem que dizer o que viu!

- Que barra... – diz Mônica – Deve ser difícil pra você relembrar o que aconteceu...

- É... – diz Magali num tom triste – E o Cebola? Onde está?

- Foi treinar um pouco no campinho – diz Mônica – O próximo jogo é daqui a quatro dias, ele quer estar preparado.

- Mais do que está? – diz Magali com um sorriso

- Pois é – diz Mônica – Mas ele não quer vacilar com o Júnior.

- Mas vai dar tudo certo – diz Magali com um sorriso

As duas ficaram um bom tempo conversando sobre outros assuntos, até que a mãe de Magali entra em seu quarto e diz:

- Filha – diz Dona Lili – Já está na hora...

- Tá bom mãe! – diz Magali – Mô, preciso ir!

- Tudo bem – diz Mônica – Vou me encontrar com o Cê! Boa sorte!

- Obrigada! – diz Magali com um sorriso

Mônica vai embora, enquanto Magali e seus pais vão até a delegacia, quando chegam lá, Cascão já estava esperando por eles.

- Oi Ante... Quer dizer... Cascão! – diz Seu Carlito

 - Oi Seu Carlito! Oi Dona Lina! – diz Cascão

- Er... Oi! – diz Magali

- Oi... – diz Cascão

Eles entram na delegacia e aguardar para poder falar com o policial. Enquanto isso, Magali comenta com o garoto.

- Eu... – diz Magali – Terminei a maquete!

- Já? – diz Cascão surpreso

- É...

- Mas é só semana que vem – diz Cascão – Que rapidez!

- Quis terminar logo – diz Magali – Se você quiser ver...

- Er... Talvez depois – diz Cascão

Naquele momento um policial chega perto deles e diz:

- Podem me acompanhar – diz o policial – O chefe vai recebê-los!

Todos eles foram até o chefe, e ele pediu para que sentassem e contassem os detalhes da história, também havia um policial que desenhava retratos-falados.

- E depois disso, eles conseguiram fugir? – pergunta o policial

- Sim – diz Magali – Foi tudo muito rápido!

- Isso está me parecendo familiar – diz o policial pensativo – Você poderia descrever o chefe do grupo para mim?

Magali deu em mínimos detalhes de como era o homem enquanto o outro policial fazia o seu retrato-falado, quando ele terminou perguntou a ela:

- Seria esse aqui?

- Mas... – diz o policial chefe – Esse é o...

- Tonhão! – diz Cascão surpreso

Continua...