Alice e Luise - Gregos e Egípcios Juntos escrita por PJandHP


Capítulo 22
Capítulo 22 - Corrida contra o tempo




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P.O.V. Luise

Amber guiava Luise e Ian pelo Labirinto que parecia ficar bem estreito e cada vez mais parecia uma caverna. Luise ia atrás de Ian, para não haver fugas inesperadas e Amber ia bem à frente andando rápido, quase correndo. Finalmente a caverna transformou-se em um túnel de onde Luise podia sentir o cheiro do mar e logo estavam fora do Labirinto, de volta à luz do dia em uma praia em São Francisco.

- Uau! Depois de tanto tempo em lugares escuros a luz do sol pode ser bem ofuscante – exclamou Amber.

- O que vão fazer agora? Soltar-me? Pois eu quero MUITO isso! – disse Ian.

- É claro que não vamos soltá-lo! Você irá comigo para o 21º nomo, quando tudo isso acabar e então vão decidir o que fazer com você, mas no 14º nomo você não fica mais! – disse Luise.

- Ok, precisamos enviar uma mensagem de Íris, mas como? Vamos achar um modo de criar um arco-íris, venha garoto traidor – Amber puxou Ian pelo braço fazendo-o andar com ela, Luise os seguiu.

- Se quer um arco-íris, use uma mangueira, o sol está forte e dá pra fazer um fácil! – disse Ian.

- Ele tem razão, mas onde achamos uma mangueira? Alguma ideia, Amber? – perguntou Luise.

- Podemos tentar o hidrante! Ah não, vamos chamar atenção de mais, que tal um posto de gasolina? Eu acho que tem mangueiras lá – supôs Amber.

- É. Talvez. Vamos – disse Luise.

Os três foram até um posto e acharam a mangueira, Amber a ligou e Luise conseguiu criar um arco-íris perfeito. Ian sentou-se ao lado de Luise como Amber mandou, para que alguém ficasse de olho nele, ela jogou o dracma na água e disse:

- Oh Íris, deusa do arco-íris, aceite minha oferta! Mostre-me Quíron no Acampamento Meio-Sangue.

O arco-íris tremeluziu e um centauro observando o Acampamento apareceu, ele estava na varanda da Casa Grande.

- Quíron! – chamou Amber, o centauro virou e parecia surpreso.

- Amber? Onde você está, mocinha?! Estávamos preocupados! – ele disse.

- Desculpe, mas eu estava errada e eu conto com detalhes o que aconteceu depois, agora você precisa saber algo! – ela disse.

- Então diga criança! O que é tão importante? – perguntou Quíron.

- Cronos está se reerguendo nesse momento e Alice e os outros, inclusive os magos, estão correndo para impedi-lo, ele tem um novo corpo e pode ter se reerguido nesse instante! – contou Amber.

- Amber, isso é muito sério, mas não temos quem enviar! Sabe-se lá onde Percy está naquele Labirinto! Mas se os outros estão indo até lá, resta rezarmos para que cheguem a tempo – disse Quíron.

- Sim, senhor. Nós voltaremos ao Acampamento o mais rápido possível! – prometeu Amber.

- Eu espero que sim! Agora preciso cuidar de dois problemas chamados Travis e Connor Stoll – Quíron agitou uma das mãos e a imagem se dissipou.

- Quem é Percy? – perguntou Luise.

- Irmão de Alice, ele é bem popular no Acampamento, mas você não entenderia nem metade se eu te contar algumas coisas que ele fez – disse Amber.

- Concordo! Agora vamos esperar que tudo dê certo no Labirinto – disse Luise.

P.O.V. Alice

- Silver? Sabe pra onde ir, certo? – perguntou Anna.

- Sei, mas corram se não nunca chegaremos a tempo! – ela respondeu e começou a correr mais rápido.

Logo ouviram o vento que vinha por um túnel e Silver disparou naquela direção, Alice sentiu um cheiro forte, eucaliptos, e sabia que não era um sinal que indicava uma saída feliz.

- E aqui – disse Silver parando – Estão ouvindo isso?

Eles pararam e começaram a escutar vozes, rosnados, gritos. Alice se adiantou e foi em direção à saída, o ar frio cortava o ar e ela viu mais a frente o palácio dos titãs. Ela caminhou até lá e antes que chegasse viu duas criaturas que ela reconheceu como telquines, um garoto com um tapa-olho e o que fez seu sangue gelar: Luke.

Ele estava massageando o olho e havia uma escova de cabelo azul no chão. Alice não via Luke já havia alguns anos, ela não era super amiga do garoto, mas o conhecia antes de ele se unir a Cronos. Então ele a viu.

- Ora, uma nova visitante! – ele disse, mas não era a voz de Luke, era diferente, uma voz terrível.

- Uma meio-sangue? – perguntou um dos telquines.

- Sim, uma semideusa. E não uma semideusa qualquer! Alice, irmã de Percy Jackson – anunciou Luke – Sim, menina, Luke me falou sobre você.

- Luke falou para você? Mas você é Luke! – disse Alice.

- Menina tola – riu Luke – Eu sou Cronos! Esse é o meu novo corpo, por enquanto.

- O que?! Mas...

- Alice! – gritou Duda – Aonde você... O que? Luke?!

- Mais meios-sangues? Quantos estão com você Alice? – perguntou Cronos.

- Estamos em sete! E vocês em quatro! – disse Will.

- Luke? – foi tudo o que Anna conseguiu dizer, ela ficou paralisada e não se movia.

- Não, pela segunda vez, sou Cronos! Luke está, bem... Quase morto. – ele riu, Alice percebeu pela primeira os olhos, não é eram mais os olhos azuis que ela conhecia, estavam...

- Dourados? Mas os olhos de Luke eram azuis, o que...  – começou Emily.

- Já não disse que não sou Luke? – desta vez Cronos não usou um tom calmo – Podem matá-los, exceto a garota, essa eu mesmo o farei.

Ele pegou a foice e andou na direção de Alice, os telquines e o garoto foram na direção dos amigos de Alice. Todos sacaram suas armas e estavam prontos para lutar.

Emily e Max ajudavam como podiam, suas armas não feriam os monstros, mas os afastava. Silver ficou com o garoto do tapa-olho e estava se saindo bem, ela o bloqueava com a magia e era rápida, mesmo sem armas conseguia lutar. Duda e Anna estavam com os telquines. Will ficou com Alice para ajudá-la, mas o poder de Cronos era muito forte e eles não conseguiam fazer quase nada, Alice precisava de algo para distrair Cronos e conseguir fugir. Anna e Duda mataram os telquines e estavam indo na direção de Silver, ajudá-la.

Cronos ria dos esforços de Alice e Will e não percebera que os telquines foram mortos e que logo o garoto também seria, o que importava  era matar Alice. Ela pensou na escova que estava no chão e teve uma ideia, se tivesse acontecido o que ela imaginava eles tinham uma chance.

Ela tirou do bolso um bracelete que ela sempre carregava, era de sua mãe, mas era muito grande para ela, por isso guardava no bolso, ela recuou e o poder de Cronos ficou menos intenso, ela mirou o bracelete nele, ela acertou seu rosto e Cronos ficou confuso.

Alice gritou para corressem de volta para o túnel, mas isso distraiu Silver e o garoto que lutava contra ela a apunhalou antes que pudessem impedir. Max viu e deu um chute no garoto que caiu, ele pegou Silver no colo e disparou pelo túnel atrás dos outros.

Alice ouviu Cronos gritar e correu mais rápido, quando estavam a uma boa distância do túnel, todos pararam. Max colocou Silver no chão e então que Alice percebeu a gravidade do ferimento, foi no mesmo lugar onde Will fora apunhalado por Melinoe, mas estava bem mais fundo e sangrava muito mais.

- Di immortales! – praguejou Will – Temos que sair do Labirinto AGORA! Silver consegue nos dizer pelo menos por onde ir? Precisamos chegar até Amber! Ela tem a mochila com néctar e ambrosia!

Silver assentiu e Will a levantou, ela dizia a direção para Will e todos acompanhavam, ela estava perdendo muito sangue e Alice temia que acontecesse o pior, ela não conhecia muito bem a garota, mas não queria que ela morresse, também porque se sentia culpada pelo que aconteceu. Silver era poderosa e tinha uma coragem imensa, ela não podia simplesmente morrer. E havia Luise, a menina prometera que iria ficar tudo bem.

- Estamos chegando! – anunciou Alice – Eu estou sentindo o mar!

O Labirinto mudou para um túnel e todos se acharam na praia, com um mar azul e calmo à frente.

- Alice? – uma voz chamou, eles viraram-se e viram Amber e Luise com um Ian bem mal humorado.

- Amber! Graças aos deuses! Precisamos de sua mochila! Agora! – disse Alice.

Amber desceu da pedra em que estava sentada já com a mochila na mão e correu para onde estavam. Will colocou Silver no chão e revirou a mochila de Amber. Silver começou a tossir e com a tosse ela cuspiu sangue, Will se apressou. Luise finalmente conseguiu chegar com Ian.

- Silver? – ela disse, com lágrimas nos olhos – Não, não, não, não! Silver! – gritou Luise e se abaixou ao lado da menina – O que fizeram com ela?!

- Não fomos nós! Foi um garoto! Ela estava lutando contra ele e quando íamos recuar ele a apunhalou – disse Duda.

- Silver, por favor, não morra! Você prometeu que não iria me deixar! – Luise começou a soluçar.

Will deu o pedaço de ambrosia para Silver, mas ela recusou.

- Silver isso vai ajudar a salvar você! Pegue – ele ofereceu novamente e ela recusou mais uma vez.

- Não vou ser salva, não dá mais tempo – ela disse.

- Claro que dá! Silver, coma isso! Eu estou mandando, você não vai fazer isso comigo! – berrou Luise.

Silver olhou nos olhos de Luise e sorriu, lágrimas brotaram em seus olhos verdes.

- Desculpe – ela disse para Luise e olhou para cada um que estava na praia, ela deitou a cabeça e seus olhos, antes brilhantes e cheios de vida, perderam o brilho e a cor vibrante. Amber se abaixou e fechou os olhos dela. Luise continuava chorando e agora gritava. Alice não conseguia suportar aquilo, era uma cena horrível, e ela sabia que nunca mais iria esquecer a imagem do corpo de Silver na areia. Will levantou-se e vendo que Alice estava chorando, a abraçou, ela enterrou o rosto em seus braços e não conseguiu frear o sentimento de culpa e parar de chorar.


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