P.O.V. Luise

Estavam todos na praia e Luise não conseguia segurar o choro. Era horrível demais perder Silver, ela a conhecia a pouco tempo, mas sentia como se Silver tivesse sido sua irmã.

- Precisamos voltar – disse Emily por fim.

- A pergunta é: como? Eunão tenho mais nenhum tostão e não sei se quero entrar nov Labirinto tão cedo! - disse Amber.

- Não havia pensado nisso – disse Alice – Avião, de jito nenhum! Por mar não dá.

- Teremos que ir por terra, não há dúvida, mas se não temos dinheiro fica bem difícil – observou Will.

- Mas temos que dar um jeito! - disse Max.

- Sabemos, mas sem dinheiro não há muito o que fazer – disse Anna

- Estamos ferrados! - exclamou Duda

- Por que não tratamos de um assunto mais fácil. O que faremos com Silver? - perguntou Luise

Todos olharam para ela e em seguida para o corpo de Silver. Alice disse que não seria bom enterrá-la e que poderiam levá-la para o Acampamento e fazer uma mortalha para ela. Luise concordou com a ideia. Uma coisa a menos.

- Mas ainda temos o problema de como voltar para New York – esclareceu Emily.

- Isso, se pedirem com jeitinho, posso ajudar – disse uma voz masculina.

Todo se viraram e Luise ficou de boca aberta. Lá estava um garoto de no máximo 20 anos, loiro, bronzeado e de olhos azuis perto de um Maserati Spider vermelho. Luise pensou que ele lembrava muito Will, mas aquele garoto conseguia ser ainda mais 'quente'.

- Pai? - perguntou Will, espantado

Luise se perguntou como ele podia ser pai de Will, eles pareciam ter quase a mesma idade.

- Olá filho! Prazer, sou Apolo – ele se apresentou.

- Apolo? Tem certeza? O deus? Você não é meio novo? - perguntou Luise.

- Luise! Não questione um deus tão bonito! - disse Emily.

- Obrigado – ele piscou para Emily – Sim, sou Apolo, o deus. E quanto a ser muito novo, eu posso ter a aparência que eu quiser.

- Ah, faz muito sentido – disse Luise.

- Não faz muito sentido mesmo, mas ter a aparência da idade que tenho iria ser muito estranho, não concorda? - disse Apolo.

- É, você tem razão – concordou Luise.

Luise pensou que seria estranho mesmo, e que gostava bem mais dessa aparência, mas não comentou nada.

- Então, ainda precisam daquela carona? - perguntou Apolo.

- Precisamos! E bem, o que fazemos em relação a Silver? - perguntou Alice.

- Podem levá-la no carro, tenho certeza que os campistas farão uma mortalha para ela – respondeu Apolo.

- Mas, senhor Apolo, seu carro é um modelo esporte, não vamos caber – observou Amber.

- Bem observado, lindinha – disse Apolo – Infelizmente terei que colocar no modo 'mini van'.

- Modo 'mini van'? - estranhou Anna.

Apolo assentiu e pegou as chaves do carro e apertou o botão do alarme. O carro reluziu e no lugar do Maserati estava uma pequena van.

- Uau, eu preferia o outro modo – comentou Will.

- Eu também, mas fazer o que? Tome – ele jogou a chave para Will – Quer dirigir?

- O carro-sol? Eu posso? - espantou-se Will.

- É claro! Você já tem mais de dezesseis anos, não? - disse Apolo.

- Dezesseis e meio, mas já tenho licença – disse Will.

- Então ótimo! Vamos lá! - disse Apolo, entusiasmado.

- Will, você tem certeza disso? Não vai acabar matando todos nós? - perguntou Anna.

- Claro que não vou matar ninguém! É o carro de Apolo, e eu sou filho dele! - respondeu Will.

- É bom mesmo! Pois já perdemos uma – disse Luise.

Todos entraram no carro e Apolo foi na frente com Will, para ajudar em qualquer coisa. Luise ficou impressionada, o carro atingia as alturas com um simples movimento do volante e Will dirigia muito bem, a única coisa que a perturbava era que Emily não gostava muito de altura e estava prestes a vomitar e ela estava sentada ao lado de Luise.

- Emily? Está tudo bem? - perguntou Max, ela balançou a cabeça em negativa.

- Oh não, Emily não se ATREVA a vomitar enquanto está sentada no banco atrás do meu! - gritou Anna, Alice riu – Não é engraçado, mocinha!

- É sim! - riu Duda.

- Will? Falta muito para chegarmos ao Brooklyn? - perguntou Amber.

- Não! Daqui a pouco estaremos lá! - gritou Will em resposta.

Luise achava que Emily ia vomitar mesmo, a garota não parava de olhar para a janela e isso não ajudava, só piorava! Quando finalmente estavam em New York, Luise relaxou, agora Emily não iria vomitar. Will 'estacionou' o carro na frente da mansão e disse que iria para o Acampamento.

- Vamos vocês qualquer hora! - despediu-se Luise.

Max meio conduziu, meio carregou Emily para a mansão e a deitou no sofá e Luise levou Ian com ela. Carter estava esperando os três com notícias não muito animadoras.

- Vocês perderam toda a luta – disse.

- Que luta? - perguntou Luise.

Carter contou que despertaram Rá, mas ele não estava em seus melhores dias, que Apófis estava muito perto de sair de sua prisão e que o exército de Menshikov tentou derrotar o 21º nomo.

- É, parece que perdemos uma boa briga – disse Max.

- Sim, mas tivemos a nossa, que não foi tão ruim – disse Luise e contou sobre o que houve com eles desde que deixaram o 21º nomo.

- Ian estava contra nós o tempo todo? - perguntou Carter.

- O tempo todo – confirmou Luise.

- Bom, o novo sacerdote-leitor chefe saberá o que fazer com ele – disse Carter.

- Com certeza!

P.O.V. Alice

Will continuou dirigindo até Long Island e parou perto do lado, assustando alguns campistas distraídos. Todos estavam lá, era um dia normal no Acampamento, o que pareceu estranho para Alice.

- Vocês voltaram! - saudou Quíron, Alice percebeu que ele estava na sua cadeira de rodas.

- Quíron! - Ela correu para abraçá-lo, ele retribuiu o abraço.

Quando ela o soltou, seu irmão, Percy, tinha se aproximado e ela o abraçou também, ele parecia bem, mas um pouco cansado.

- Perdemos alguma coisa – perguntou Will.

- Bom, bastante. Tivemos uma batalha e Quintus era Dédalo, e ele se sacrificou para destruir o Labirinto e nós achávamos que vocês não tinham conseguido sair – contou Percy.

- Acho que saímos no último segundo então! - disse Duda.

- Com toda certeza! - disse Silena, irmã de Duda, enquanto a abraçava.

- Quíron, nós encontramos uma semideusa, filha de Hécate, e ela foi morta enquanto lutávamos contra Cronos e ela precisa de uma mortalha. Seu nome era Silver – disse Alice.

Naquele noite, na fogueira, eles queimaram a mortalha de Silver. O chalé de Apolo e de Atena ficaram encarregados de fazê-la, o resultado foi uma bela mortalha prata com detalhes em roxo.

- Você vai ficar aqui no verão ou vai para a casa de Amber? - Will sentou-se com Alice na beira do lado após a fogueira.

- Eu acho que vou ficar – ela respondeu – Soube que o garoto que eu gosto vai ficar.

- Ah é? E você vai ficar só por ele? - perguntou Will, sorrindo.

- Não. Travis e Connor precisam de alguém para ajudá-los nas pegadinhas – respondeu Alice.

- Interessante, e quem seria o garoto que você mencionou?

- Eu não sei o nome dele, ele nunca fala, pode ser William, Willisburguer...

- Willisburguer? - riu Will – Parece um nome de lanchonete!

- Então é esse seu nome? - riu Alice.

- Não, mas agora eu sei, definitivamente, por quem você vai ficar.

Will deu um beijo na bochecha de Alice e sorriu, ele segurou a mão dela e ficaram assim o resto da noite.