Alice e Luise - Gregos e Egípcios Juntos escrita por PJandHP


Capítulo 20
Capítulo 20 - Uma ajuda de Hermes




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172978/chapter/20

Os cinco saíram da cabine em direção aos botes, Devon sabia o caminho então foi na frente, seguido de Luise, Silver, Emily e Max no final.

- Eu soube que Luke saiu essa manhã e não voltou ainda -  disse Devon – Não sei para onde ele foi, mas talvez isso nos dê uma boa vantagem, pois não sabemos o que ele pode fazer conosco se estiver aqui.

- Como assim Luke não está no navio? – perguntou Luise – Ele deixou os monstros sozinhos?

- Ele faz isso às vezes e não, tem um monstro mais inteligente tomando conta do navio, e semideuses, mas ele levou uma boa parte dos monstros com ele – respondeu Devon.

- Que estranho – comentou Emily.

- Por isso escolheram essa noite? – perguntou Max – Por que Luke não estaria aqui?

- Não, ninguém sabia que ele iria sair, ficamos sabendo de manhã – respondeu Devon.

- Realmente estranho! E ele disse para onde ia? – perguntou Luise.

- Não, só que alguns magos o escutaram mencionando um labirinto e alguém de nome Dédalo, mas esse nome não é familiar para nós, talvez seja um monstro ou algo assim, mas grego. Espera aí, Silver, você sabe o que ou quem é Dédalo? – perguntou Devon.

- Não, mas acho que meu pai já falou dele – respondeu ela.

- Dédalo não é o cara que fez um Labirinto ou coisa do gênero na Mitologia Grega? – arriscou Emily.

- É claro! É esse mesmo! Ele era muito inteligente, filho da deusa da sabedoria! – lembrou-se Luise – É da história do minotauro!

- Bom, se esse lugar existe, é pra lá que ele foi – disse Devon.

- Que bom! – comemorou Emily – Porque o Labirinto fica lá pela Grécia!

- Não tenho tanta certeza, o Olimpo fica no Empire State agora – disse Max - Esse Labirinto pode ficar em qualquer lugar!

Depois disso ficaram em silêncio até chegarem aos botes. Quando chegaram já havia vários magos colocando pessoas mais velhas e crianças nos primeiros botes. Havia nove botes ao todo para cerca de cinqüenta magos.

- Terá botes para todos então? – perguntou Luise.

- Sim, não são todos os magos que decidiram fugir – respondeu Devon.

Eles ouviram passos pesados ecoando pelo caminho que eles tinham vindo, logo um bando de monstros estava lá, de todos os tamanhos e cores. Luise lembrou-se de seu cajado que ela podia convocar do Duat com a varinha e o fez, ela colocou Silver em um círculo de proteção e pediu que usasse seus poderes de lá, se pudesse. Enquanto isso os outros iam lutando como podiam, usando amuletos, cajados, varinhas e os monstros não tinham muito como reagir. Luise e Emily transformaram a fileira da frente de monstros em pequenos gambás, isso fez alguns semideuses inimigos fugirem.

Como não tinham um líder, os inimigos estavam bem desorganizados, isso ajudava os magos. Silver levitava armas e escudos e os jogava ao mar, isso ajudava os magos bastante também. Em determinado momento os inimigos perceberam que Silver era quem estava jogando as armas no mar e foram até ela. Silver não percebeu e saiu do círculo de proteção, Luise percebeu e foi correndo até ela, fez o monstro que estava mais perto virar um gatinho e correu para Silver, ela chegou bem a tempo. Silver fez com que um dos monstros encolhesse, mas o outro tinha a espada pronta e tentou acertar Silver que estava meio caída, mas Luise entrou na frente e recebeu o golpe, na perna.

Silver transformou o monstro em uma estátua e foi pedir ajuda. Luise sentia como se estivessem arrancando sua perna, Devon chegou correndo com Silver.

- Oh não, como você fez isso? – perguntou ele.

- Fui salvar Silver, ela estava no chão, o monstro ia acertar o coração dela! – Luise respondeu.

- Vamos logo então! Consegue ficar de pé? – perguntou Devon, Luise assentiu e ele a  ajudou a se levantar.

- Estamos ganhando, os monstros vão recuar a maioria já fez isso – disse Luise.

- Eu sei, mas precisamos chegar ao bote e então... – Devon foi interrompido porque o navio começou a balançar naquele momento.

Luise pegou a mão de Silver e segurou na grade do navio, Devon fez o mesmo. Alguns monstros caíram no mar e outros correram para partes mais seguras do navio, agora os magos estavam sozinhos, mas não queriam arriscar chegar ao bote com o navio balançando.

- Vamos naufragar? – berrou Luise.

- Não, quer dizer, isso já aconteceu antes. Poseidon, o deus dos mares, pode estar tentando fazer com que o navio naufrague, mas o titã Oceano não vai deixar, provavelmente – explicou Devon.

- Então podemos naufragar? – perguntou Luise, Devon assentiu.

- Mas acho que isso não vai rolar, fique calma, já aconteceu antes – Devon a tranqüilizou.

- Ok, vamos tentar chegar nos botes, é só ir segurando a grade – sugeriu Luise.

Eles fizeram isso e quando estavam na metade, o balanço parou. Os magos entraram nos botes o mais rápido que podiam, Emily e Max estavam ajudando. Devon passou um braço de Luise pelo pescoço e a segurou, ajudando-a andar.

- O que houve com sua perna? – perguntou Max.

- Golpe de espada. Vamos logo nesse bote antes que eu sangre até a morte – disse Luise.

- Não é má ideia, vamos desacelerar isso – disse Emily.

- O que? Mas vocês não são amigas? – espantou-se Devon.

- Não somos amigas! – as duas disseram ao mesmo tempo.

- Calem-se! – pediu Max – O bote está pronto, entrem logo!

Todos entraram, Max soltou o bote que caiu no mar e ele e Devon começaram a remar, Luise rasgou um pedaço da calça e amarrou no lugar onde tomou o golpe.

- Obrigada – agradeceu Silver – Por ter entrado na frente, eu teria morrido.

- De nada, Silver. Só me prometa uma coisa, não me deixe aqui sozinha, ok? – pediu Luise.

- Prometo! E você? Promete não me deixar aqui sozinha? – repetiu ela.

- Com todas as minhas forças – Luise fez cócegas em Silver, as duas riram.

- Está tudo bem com a perna, Luise? – perguntou Devon.

- Doendo bastante, mas fora isso normal – respondeu ela. A verdade era que a perna estava doendo demais e ela não sabia se iria sobreviver, mas não ia falar isso na frente de Silver.

- Não minta querida, sua perna vai acabar matando você – disse uma voz.

Eles olharam na direção da voz, um outro passageiro estava lá. Um homem magro, em boa forma de cabelos grisalhos estava sentado atrás de Emily, ela deu gritinho.

- O que... Quer dizer, quem é você? – perguntou ela.

- Ah, prazer! Sou Hermes – ele se apresentou.

- Espera ai. Hermes? O deus? Não é possível! – exclamou Luise.

- Bom, eu estou aqui, não? – ele respondeu – Como está a perna?

No momento que Hermes perguntou sua perna melhorou completamente, até parou de sangrar.

- Bem melhor! Como fez isso? – perguntou Luise, espantada.

- Não posso curar totalmente porque não sou Apolo, mas posso ajudar um pouco – um telefone começou a tocar naquele momento e Hermes o tirou do bolso, o telefone tinha um brilho azul, ele puxou a antena e duas cobrinhas verdes começaram a se mexer em volta dela – Preciso atender, um minuto.

Ele começou a falar sobre entregas, pedidos e coisas que eles não entenderam, depois ele desligou e colocou o telefone no bolso novamente.

- Vocês três deviam estar no Mundo Inferior, enquanto conversamos, seus amigos estão em um sério perigo – disse Hermes.

- Mas como chegaremos lá tão rápido? Afinal o Mundo Inferior fica na Califórnia, não? – perguntou Luise.

- Sim, mas eu posso levá-los até uma passagem do Labirinto de Dédalo que vai cair diretamente onde o Tártaro fica – ofereceu Hermes – Meu filho usou uma passagem do Labirinto, não faz muito tempo.

- Seu filho? Espera! Luke é seu filho?! – perguntou Devon.

- Sim, ele é – disse Hermes.

- Oh, olá Darth Vader – riu Emily.

- Emily, essa piadinha não tem graça! – repreendeu Max.

- Pra mim tem! – respondeu Emily.

- Tem graça em momentos engraçados, mas este não é um desses momentos – disse Hermes.

- Desculpe, mas então, como iremos até essa entrada? – perguntou Emily.

- Vocês precisam de alguém que veja através da Névoa – respondeu Hermes.

- Ah, e onde achamos alguém assim? – perguntou Luise.

- Esse não é o problema, o que me preocupa é:  vocês vão levar esse mago com vocês? – perguntou ele.

- Não, não quero que Devon vá, é muito perigoso – respondeu Luise.

- Perigoso? Luise, eu estava a bordo de um navio cheio de monstros! – respondeu Devon.

- Eu sei, mas é diferente. Vá para o 21º nomo que encontramos você depois. Resolvido Hermes – disse Luise, Devon cruzou os braços mas não disse nada.

- Mas e a pessoa que vê a Névoa? – perguntou Emily.

- Ela não vê A Névoa, ela vê ATRAVÉS da Névoa – explicou Hermes – Mas ela está bem ali – ele apontou para Silver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alice e Luise - Gregos e Egípcios Juntos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.