Just Smile. escrita por everbelieber


Capítulo 8
Nightmare




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_ Kaya... acorda! Kaya – alguém me balançava de leve

_ Já estou indo – cocei os olhos e ele saiu do quarto.


Fui até o banheiro, tomei um banho rápido, vesti minha roupa, deixei o cabelo solto, fiz a mesma maquiagem de sempre.

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40494427&.locale=pt-br)


_ Você vai comigo? – perguntei quase caindo de sono

_ Não, eu vou com a Juliana – ele sorriu e eu bufei saindo

_ Não vai tomar café? – a Pattie perguntou

_ Eu compro algo no caminho – sorri lhe dando um beijo na testa


Era estanha essa sensação, era estranha a forma que meu coração acelerava quando eu estava perto dele ou até mesmo a forma que meu coração apertava quando eu ouvi o nome de alguma menina saindo se sua boca junto com um sorriso, se eu soubesse tinha deixado ele feio mesmo, ele não era feio, só que as garotas olhavam menos para ele, ele é meu e de ninguém mais, só meu. Tudo bem, não é, mas quem dera que fosse... Mas o que eu estou falando? Eu não posso está me apaixonando por ele, aliás eu não posso amar ninguém dessa forma. Droga.


[...]


_ Kaya, você vai para onde? – o Justin perguntou confuso

_ Vou para casa – falei já pondo minha sapatilha.

_ Você não ia voltar só na quarta? – ele coçou a nuca

_ Mas eu vou voltar hoje – falei com certa arrogância na voz.

_ Ok – ele falou e saiu do quarto aparentemente irritado, talvez a namoradinha dele resolva isso. Argh!


Levei a mala até o carro e entrei novamente na casa.


_ Pattie, eu vou voltar para casa – dei meio sorriso e lhe dei um beijo em sua testa. Fui até o Justin. – tchau Justin – lhe dei um beijo na bochecha, mas ele me segurou.

_ Se isso for culpa minha ou eu tiver te magoado de alguma forma me desculpa – ele retribuiu o beijo, sorri de lado negando com a cabeça. Mexi de leve em seu cabelo e saí.

De volta ao inferno.


Cheguei rapidamente ao condomínio em que morávamos, estacionei meu carro, peguei minha chave e minha mala. Assim que cheguei a porta ouvi uma discução.

_ Você vai proteger aquela outra lá mesmo?

_ Sim, ela é minha filha e com certeza merece mais respeito que você! – meu pai gritava

_ NÃO! Quer saber, se eu matar vocês agora talvez eu fique logo com todo dinheiro dessa família, vocês não o aproveitam bem.

_ Não mãe, para com isso, larga isso, é sério, você não pode fazer isso.


Aquilo estava errado, muito errado, liguei para a Pattie e entrei em casa, na mesma hora ela atendeu.

– Kaya?

– Pattie, liga para a polícia, por favor! – falei e desliguei fitando o rosto assustado do Kauã.


_ Chegou, só assim é o fim para todos de uma vez.

_ Não faça nada com ela, por favor, mãe – o Kauã falou e ela deu um soco no rosto dele.

_ Eu deixo todo o dinheiro para você, mas não os machuque – meu pai falava quase desesperado.

_ Eu odeio essa garota, um projeto de vadia, aposto que passou esse tempo todo rodando a bolsa nas esquinas, lucrou quanto?

_ Sou sua filha, mas não sua réplica, desculpe pela decepção.

_ Anny! não ouve o que ela diz mãe.

_ Deixa Kauã, eu não tenho nada a perder, atira, vai! ATIRA, MIRA NA MINHA CABEÇA sua idiota.

_ É isso que eu vou fazer – ela direcionou a arma a mim.

_ VAI, RÁPIDO!

_ NÃO! – o Kauã gritou e correu até mim, ela já estava apertando o gatilho.

Foi à única coisa que eu vi e ouvi antes de sentir um corpo sobre o meu. Oh merda!

Senti lágrimas escorrerem por meu rosto, minha mãe caiu de joelhos no chão parecendo está arrependida de atingir o Kauã, meu pai chutou a arma para longe e veio até nós.

Ele ajeitou o Kauã com cuidado, ele murmurava de dor, eu sentei-me encostada na parede, mas logo depois saí correndo até meu quarto quando vi um movimento a mais adentrando a porta.


Só o que me restava era descontar o sofrimento da forma mais idiota do mundo.

Peguei a lâmina que estava dentro do espelho do banheiro e passei sobre todo meu braço. Fui para dentro do Box no banheiro que era escuro e escorreguei pela parede. Fiz linhas e mais linhas em meu braço, eu apenas chorava e lembrava de todas as coisas ruins que aconteceram, tudo que era culpa minha, meu irmão tomou um tiro por mim, eu não mereço isso de ninguém!

Pousei mais uma vez a lamina em meu pulso e fechei forte os olhos, senti uma mão sobre a minha, soltei a lâmina e encostei minha cabeça na parede abrindo meus olhos vagarosamente.

Encarei o Justin que olhava fixamente para meus braços ensanguentados, em sua face tinha uma expressão de dor e uma lágrima escorreu por seus olhos.

Com uma ação totalmente sem pensar lhe dei um beijo na bochecha, onde a lágrima ousava escorrer, ele me olhou e deu um leve sorriso. Ele levantou-se e pegou em minha cintura me ajudando a levantar. Ele pegou a lâmina, a limpou e enrolou em um lenço. Colocou no bolso e sorriu.

_ Toma um banho bem demorado, estou te esperando aqui no quarto.


Justin -


A Kaya ligou para minha mãe, ela logo desligou, minha mãe ligou para a polícia rapidamente e nós pegamos um táxi em direção até a cada dos Gódon’s, assim que pisei na calçada ouvi um barulho de tiro, corri até a porta, mas me impediram de entrar. Quando eu finalmente entrei vi a Kaya correndo até seu quarto, demorei um pouco para achar seu quarto, entrei e não tinha ninguém, mas um baixo barulho de choro fez com que eu deduzisse algo.

Quem dera eu está errado, abri aos poucos o Box de seu banheiro, ela estava de olhos fechados e chorando, ela pôs a lamina em cima de sua veia e a arrastou, aquilo doeu em mim, eu toquei sua mão a aparando assim que iria chegar a veia maior. Ela soltou o objeto o fazendo cair em qualquer canto, eu fitei seus braços, eu queria a abraçar e dizer que tudo iria ficar bem, mas eu não tinha essa certeza. Uma lágrima escorreu por meu rosto, senti seus lábios pressionando meu rosto, eu a olhei e sorri de leve.


Ela terminou o banho e vestiu uma calça folgada jeans se eu não me engano chama boyfriend... Uma blusa de manguinhas azul claro quase do mesmo tom da calça e pegou uma jaqueta e foi em direção ao seu banheiro. Ela voltou uns 5 minutos depois já com a jaqueta.


_ Justin eu preciso te perguntar e te dizer uma coisa – ela falou e sentou-se a minha frente.

_ Pode perguntar – sorri simpático.


Kaya –


_ Você está namorando com a Juliana? – perguntei sentindo meu coração apertar

_ Namorando não... ficando – ele falou e sorriu de lado

_ Olha Justin... me desculpa pelo que eu vou falar agora, mas... não dá mais. Eu passei esse tempo todo não merecendo nem seu olhar, e acabei me apaixonando, me desculpa Justin, o problema sou eu, se você vai ficar tendo compaixão de mim a cada corte, me desculpe. Me desculpe também por todas as coisas ruins que te fiz passar, tudo que eu falei que te machucou, minhas ações, seu tempo perdido e tal, eu preciso me desligar disso, preciso me desligar de você e voltar a ser a idiota e inútil que eu era antes. Por favor, não fica tão próximo de mim, aliás, tenta não fazer contado comigo. – falei quase em um sussurro

_ Ok – ele tirou o lenço que tinha a lâmina enrolada – volta a ser o que era antes, como você quer, volta a andar com o seu grupo, mas só quero que você mude três coisas.

_ Pode dizer.

_ Primeiro que volte a ser o que era antes sabendo que a vida de minha mãe e a minha vida mudou quando você surgiu... Segundo, vou deixar isso com você, mas eu quero que você prometa que não vai usá-la, e se sentir vontade de fazer isso novamente vai me ligar ou vai falar com alguém. – ele levantou-se – promete?

_ Prometo... mas faltou uma coisa Justin. – falei e ele respirou fundo

_ Eu quero que enquanto você está conversando e rindo com eles eu estou em algum lugar... pensando em como fui idiota de perder uma amiga como você sem nem antes dizer que eu te amo – ele sorriu me dando um beijo na testa.


...


_ Ah Kauã, eu te juro que quando você sair dessa cama de hospital eu vou te bater muito! – falava o olhando brava

_ Por quê? – ele perguntou assustado

_ Você se jogou para me salvar Kauã, eu não mereço isso, imagina se tivesse acontecido algo grave? – cruzei os braços

_ Mas você é minha irmã, e você merece qualquer coisa que eu faça por você – ele sorriu e sentou-se com dificuldade. Apenas sorri e o abracei com cuidado por causa de seu ombro.

É, por sorte o tiro acabou atingindo apenas perto do ombro dele, ele fez uma cirurgia.

_ Me conta...

_ O que? – perguntei confusa

_ O que aconteceu, porque você está assim, sei que é algo relacionado com o Justin.

_ Não é nada – encostei minha cabeça em seu colo enquanto ele afagava meu cabelo com uma mão

_ Diz... por favor.

_ É que ele disse que estava com a Juliana, e eu tenho ciúmes, se eu soubesse que ele ia ficar rodeado de meninas por ter mudado o cabelo e algumas roupas eu tinha deixado ele como antes mesmo. Daí eu pedi para ele se afastar porque eu precisava o tirar de meus pensamentos. Falei voltaria a ser o que era antes, a pessoa idiota que anda com uma gangue.

_ Ele falou o que?

_ Que antes disso queria que eu parasse de me cortar, e caso eu tivesse vontade era para eu conversar com alguém, disse que eu consegui mudar a vida dele e da Pattie e falou que enquanto eu estiver lá rindo e conversando com meus “amigos” eu lembrasse que ele estaria em algum canto pensando em como me ama. – falei e respirei fundo

_ Minha irmã e meu amigo apaixonados, dois babacas, idiotas, um gostando do outro. – ele revirou os olhos

_ Não é tão fácil assim Kauã, é que parece que ele pensa que eu ligo para as coisas materiais, ele muitas vezes se culpou por gostar de mim e eu ter tudo, seria impossível eu gostar dele e bla bla bla.

_ E o que você acha com isso?

_ Dá vontade de socá-lo até ele retirar cada palavra dessa, todo mundo sabe que pra mim o que menos importa é o dinheiro. – revirei os olhos

_ Kaya – meu pai entrou no quarto aparentemente cansado – precisamos ir, amanhã você precisa ir para a escola – ele sorriu

_ Tchau Kauã, dorme bem – lhe dei um beijo na bochecha

_ Tchau filho, tem uma enfermeira que vai vir aqui a todo momento ver se você precisa de algo.

_ Ok, ela é gata? – perguntou na maior cara de pau

_ É, e eu avisei que você iria dar em cima dela, ela vai te ignorar – meu pai riu e saiu, soltei um beijo no ar e o segui.


...


_ Boa noite pai – lhe dei um abraço

_ Boa noite – me deu um beijo na testa e nós fomos para os nossos quartos.


Não havia mais nenhum vestígio do que havia acontecido já que para as “provas” precisava apenas da gravação da câmera da sala.


Tomei um banho para relaxar, vesti um pijama e deitei-me, fiquei encarando o teto em uma tentativa de dormir, revirei a noite toda na cama, quando fechei os olhos os abri com o despertador soando, eu dormir umas 2 horas, mas pareciam mais minutos.




http://loveofbelieber.tumblr.com/


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Notas finais do capítulo

E aí amores? tudo bem com vocês? Eu estou ótima. Adivinha quem está em 6 finais? pois é, sou eu.
Mas sem problemas...
Como vão curtir o feriado? vão viajar ou ficar na internet?
Eu vou fazer uma longa viagem, do quarto para a cozinha e depois pro pc, mas ok.
Beijinhos, obrigado por estarem acompanhando a fic até aqui :)



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